domingo, 11 de março de 2012

United e Inter de olho em James

ESPIÕES NO DRAGÃO



Os poderosos Manchester United e Inter Milão foram dois dos vários clubes que marcaram presença no Estádio do Dragão, em missão de espionagem, e James Rodríguez terá sido o alvo principal das duas equipas referidas. Tanto o clube inglês como o italiano seguem com atenção o internacional colombiano do FC Porto e até já surgiram notícias – algumas delas recentes – que garantem que essas duas formações vão tentar a sua contratação já no próximo defeso. Para já, com a época a decorrer, limitam-se a observá-lo, mas ontem pouco tiveram para ver...
Heerenveen (Holanda), Lille (França), Trabzonspor (Turquia) e Wisla Cracóvia (Polónia) foram as outras equipas estrangeiras que se fizeram representar no Estádio do Dragão, em observação.
De Portugal, assistiram ao desafio de ontem o Nacional da Madeira – próximo adversário dos azuis e brancos, na 23.ª jornada da Liga Zon Sagres –, o Beira-Mar, o Feirense e o Olhanense, sendo que o Santa Clara, dos Açores, foi o único emblema da Liga Orangina a marcar presença no desafio entre o FCPorto e a Académica.
in "record.pt"

Rolando com nervos em franja

ATIROU CASACO AO CHÃO APÓS SER SUBSTITUÍDO



Pelo segundo jogo consecutivo, Rolando foi substituído e desta feita o central mostrou todo o seu descontentamento face a essa situação, com um gesto que fez a plateia do Dragão assobiá-lo insistentemente. Primeiro, o central não foi cumprimentar Kléber, o colega que o rendeu, e depois, antes de se sentar no banco de suplentes, ainda atirou com o casaco de treino ao chão, logo depois de lhe ter sido entregue pelo roupeiro do clube.
Sempre atentos, os adeptos portistas logo condenaram a ação do experiente defesa-central, um pouco à semelhança do que tinham feito com Hulk, quando o Incrível teve um comportamento semelhante ao de Rolando, na partida com o P. Ferreira, na 9.ª jornada. Contudo, no final desse jogo o brasileiro teve a oportunidade de pedir desculpa, na zona mista do Dragão. Já Rolando não teve a oportunidade de se explicar... “Os jogadores querem jogar sempre, não há que valorizar isso”, disse Vítor Pereira a propósito.
in "record.pt"

Futuro de James em discussão

Segundo o "Tuttomercatoweb.com", Augusto Carpeggiani, um dos empresários de James Rodríguez, estará no Porto para discutir o futuro do jogador com o FC Porto. O sítio italiano fala no interesse do Real Madrid e do Chelsea no internacional colombiano. A cláusula deste, recorde-se, é de 45 milhões de euros.



Pedro Emanuel abraçou Lucho

Pedro Emanuel não perdeu a oportunidade para um cumprimento especial, quando as equipas abandonavam o relvado. O técnico da Académica deu um abraço especial a Lucho, com quem jogou no FC Porto. Mas não se ficou por ali, cumprimentando a seguir cada um dos jogadores azuis e brancos, enquanto a sua equipa se despedia de um punhado de adeptos presentes no Dragão.

Autocarro apedrejado


O autocarro que transportava a Mancha Negra, claque da Académica, foi apedrejado no final do jogo junto ao túnel de saída do Estádio do Dragão. Este incidente não provocou vítimas, no entanto danificou a viatura, que ficou com um vidro partido, atingido por duas pedras da calçada.




in "ojogo.pt"

Lesão de Fernando não é preocupante

O jogo com a Académica deixou marcas, e não foi só em termos pontuais, já que três jogadores se lesionaram. Fernando foi o caso mais percetível, saindo antes do intervalo depois de uma entrada de Pape Sow. O Polvo sofreu uma contusão no joelho esquerdo que o impediu de voltar ao relvado e que para já o deixa em dúvida para a visita à Choupana.
Sapunaru também se queixou e foi substituído, tendo-lhe sido diagnosticada uma contusão na perna direita, pelo que também está em dúvida. Por fim, os médicos portistas suspeitam de uma lesão muscular na face posterior da coxa direita de Djalma, que deverá ser reavaliado nas próximas horas. Este deverá ser o caso mais preocupante.
Recorde-se que lesionados continuam Danilo, Varela e Mangala.

in "ojogo.pt"

Vítor Pereira: "Na primeira parte nós não existimos"

Vítor Pereira chegou ao fim do jogo com a Académica sem conseguir explicar o que aconteceu ao FC Porto no primeiro tempo, a fase que "define o jogo", porque, nesse período, o líder do campeonato "não existiu". "Podíamos estar aqui sem qualquer ponto, porque nos colocámos a jeito para não fazer nenhum", admitiu o treinador, inconformado com dois pontos perdidos em casa: "Demos 45 minutos de vantagem ao adversário. Na primeira parte, não existimos como equipa. Faltou-nos agressividade, do ponto de vista ofensivo e defensivo; a equipa foi lenta, denunciou muito o jogo. Depois, tivemos de ir atrás do prejuízo, com uma equipa bem organizada, defensivamente. Tivemos de nos expor muito". Um segundo tempo jogado em "risco total" permitiu recuperar a igualdade.
O treinador admitiu que "pode haver uma ou outra questão de arbitragem", apontando um penálti por assinalar e um fora de jogo mal tirado a Hulk, mas, fez questão de secundarizar esse aspeto: "Não quero justificar a má primeira parte com a equipa de arbitragem. Nem sequer queria ir por aí, porque o que define o jogo é uma primeira parte que, do nosso lado, não existiu". "Se tivéssemos feito um jogo de qualidade", insistiu, até eventuais erros de arbitragem se diluiriam no resultado. "Também temos de assumir os nossos erros, e tem que servir de lição para o próximo jogo", afirmou, preparado uma discussão do título difícil "até ao fim", mas, não para ver a equipa ceder a vantagem no jogo ao adversário, em pleno Dragão. "Temos de entrar mais agressivos, com uma atitude diferente", insistiu, desvalorizando o evidente descontentamento do central Rolando, no momento em que foi substituído. Vítor Pereira interpretou-o como a reação de "um jogador que quer jogar até ao fim. Não há que valorizar".

Lucho

"Não temos entrado bem nos jogos em casa"


Lucho lamentou a perda de dois pontos no Estádio do Dragão uma semana depois de o FC Porto ter ido vencer à Luz. "São jogos... Não tivemos a possibilidade de fazer o nosso jogo. É preciso dar mérito à Académica, mas continuamos na frente. A intenção era conquistar os três pontos. Ainda faltam muitos jogos, e dependemos só de nós", recordou o argentino na "flash interview".
El Comandante admitiu que o FC Porto não tem estado bem nos últimos jogos disputados em casa. "São coisas que acontecem, e é preciso dar mérito aos adversários também. Não é só culpa nossa, mas é verdade que, nos últimos jogos em casa, não temos entrado da melhor maneira. É preciso corrigir e melhorar essa situação", sublinhou. A terminar, Lucho desculpou a arbitragem de Marco Ferreira. "Pelo que me dizem, foi penálti claro sobre Hulk, mas não gosto de andar a chorar. Os árbitros podem falhar, como nós falhamos também", admitiu.

in "ojogo.pt"

O Tribunal de O JOGO

Um penálti polémico sem unanimidade A arbitragem de Marco Ferreira só não suscitou consenso em relação a um lance de Hulk (56') na área da Académica. Se para Jorge Coroado, não há motivo para penálti, também não se justificava o cartão amarelo, porque o avançado do FC Porto não simulou a falta. O mesmo Hulk é interveniente num lance em que todos são perentórios em afirmar que o Incrível estava em posição regular e com boas perspetivas de criar perigo.

Momento mais complicado

56'
Há razão para reclamar penálti na queda de Hulk?
Jorge Coroado
+
Há um contacto físico e, em desequilíbrio, Hulk acaba por cair, não havendo motivo para grande penalidade; situação muito semelhante a uma jogada aos 71' envolvendo Kléber, que derrubou o defesa da Académica. Contudo, também não houve simulação de Hulk, logo não haveria lugar a cartão amarelo.
Pedro Henriques
-
Nivaldo, com o braço direito, agarra e puxa o braço esquerdo de Hulk, acabando por derrubá-lo no interior da área. Infração passível de grande penalidade.
Paulo Paraty
-
Ao longo do jogo, outras faltas semelhantes foram punidas noutros pontos do campo, pelo que se poderia aceitar a grande penalidade. O cartão amarelo é excessivo, porque Hulk cai na área, mas não simula a falta.
Outros casos
7'
Ferreira joga a bola com a mão e vê o cartão amarelo. Lance dentro ou fora da área?
11'
Há corte com a mão de Pape Sow na grande área?
45'+2'
Hulk estava de facto em posição irregular?
90'
Foi bem assinalada a grande penalidade cometida por Pape Sow?
Jorge Coroado
+
Primeiramente houve mão do jogador; o derrube aconteceu posteriormente e fora da área. O cartão foi exibido, com certeza pela primeira infração.
+
Não fiquei com a ideia de tal ter acontecido; a bola terá batido no dorso do jogador e não no braço.
-
Hulk não se encontrava em posição irregular, porque o pé do defesa da Académica o colocava em jogo.
+
Indubitavelmente, sim: Pape Sow está em movimento para a sua direita e movimenta o braço esquerdo em direção à bola.
Pedro Henriques
+
Movimento de difícil análise, mesmo com acesso às repetições, por isso dou o beneficio da dúvida à decisão, pois a infração ocorreu fora da área
+
Pape Sow, ao saltar à bola para a cabecear, toca-lhe e esta ressalta para o seu braço de forma causal, não deliberada. Não houve motivo para infração.
-
Lance no limite e de difícil análise, mesmo com acesso às repetições, mas Hulk está em linha com o penúltimo defensor no momento do passe.
+
Pape Sow tem a mão fora do plano do corpo, além disso coloca-a de forma deliberada para intercetar a trajetória da bola.
Paulo Paraty
+
Ferreira desliza no solo, roda o braço para bola, parece infração. Muitas dúvidas sobre se é em cima da linha, mesmo com a ajuda da televisão. Dou o benefício da dúvida.
+
Pape Sow faz um movimento com o braço que acabou por atingir a face de Maicon. Não há evidência de ter havido contacto com a bola.
-
Lance muito difícil, mas o importante aqui é que em situações de dúvida, não se deve interferir.
+
Pape Sow (e apesar de a bola ser cabeceada muito perto) abre o braço esquerdo em direção à bola, cortando objetivamente sua trajetória.
Apreciação global

Jorge Coroado
Num jogo lento, pareceu perro de movimentos, de ideias e de ação. Aferição técnica deficiente, ação disciplinar sem critério. Pareceu sentir o peso da terceira atuação no Dragão.

Pedro Henriques
Uma arbitragem personalizada, com decisões difíceis e maioritariamente assertivas. O lance ocorrido aos 56', de difícil análise, foi a decisão menos conseguida.

Paulo Paraty
Num jogo com decisões muito difíceis e que criam sempre polémica, a equipa de arbitragem não esteve isenta de falhas, mas manteve personalidade, segurança e controlo do jogo.

in "ojogo.pt"

O FC Porto um as um

Helton 5
Sem qualquer hipótese no golo sofrido, destacou-se mais a jogar como líbero na reta final do desafio. Na retina ficou também um excelente voo aos 20'.

Sapunaru 5
Diogo Valente não lhe deu muito trabalho, mas nem por isso o romeno foi muito afoito. Desnecessário em desvantagem.

Rolando 4
Deixou Edinho ganhar-lhe as costas no golo da Académica e com isso manchou uma exibição que, excluído esse momento, não teve qualquer mácula.

Maicon 6
Respira confiança e isso nota-se no risco que assume nas saídas para o ataque. Esteve perto de voltar a marcar (3'), mas foi pela capacidade de se multiplicar depois da saída de Rolando que mais se destacou.

Álvaro Pereira 4
Manietado por Saulo no golo da Académica, acusou o momento e caiu a pique. Pouco inspirado, não deu à esquerda o peso habitual no ataque.

Fernando 4
Lesionou-se cedo e fez muita falta à equipa.

João Moutinho 6
Nas costas de Lucho, mas com uma frente de ação mais alargada, culpa do dinamismo que nem a tristeza pelo funeral do avô, horas antes, lhe roubou. Marcou o ritmo, mas a falta de Fernando tirou-lhe protagonismo num espaço mais adiantado. Tal como na Luz, atirou à trave de livre direto (67').

Lucho González 4
Desgarrado, lento e previsível: eis o resumo daquela que foi a pior exibição portista. Aos 55', falhou a emenda para o possível empate.

Hulk 6
Uma má assistência (45') quando a condição de isolado pedia um remate é o maior exemplo de muitas decisões erradas no primeiro período. Renasceu após o intervalo e foi pela sua ação que o FC Porto cresceu. Depois de um bom livre aos 53', ofereceu a James (55') e Janko (59') dois golos desperdiçados. No fim lá marcou o primeiro da carreira à Académica. Foi de penálti, é certo, mas ainda há duas semanas falhou um...

Janko 4
Não foi por falta de ocasiões (38', 47' e 55') que somou o terceiro jogo consecutivo sem marcar. A isto junta-se a chegada tardia a algumas bolas para o resumo de uma exibição muito descolorida.

James Rodríguez 5
Um jogo de altos e baixos. Boas assistências (Janko que o diga), um excelente remate (77') e o cruzamento para o penálti foram pratos bem servidos, mas de sabor efémero. Não soube pegar nas rédeas do jogo nem teve continuidade. E ainda há o golo falhado aos 55'...

Defour 5
Bons passes e alguns desarmes importantes, mas uma falta de verticalidade gritante. Jogou muito para o lado.

Djalma 5
Entrou para lateral e virou a equipa à direita, mas não foi tão incisivo como na Luz. Ainda assim, melhorou a equipa.

Kléber 3
Juntou-se a Janko no eixo do ataque, mas não desfez o nó junto dos centrais academistas. Futebol atabalhoado e vontade de fazer tudo depressa demais, talvez fruto da ansiedade que vive.

in "ojogo.pt!

O apagão depois da Luz

Os mais apressados podem sempre avançar já para a página do Tribunal, porque há razões de sobra para querer passar os olhos pelo que dizem os especialistas em arbitragem: de penáltis reclamados a foras de jogo contestados, não faltam lances duvidosos para discutir. Dito isto, que pode até nem ser pouco, convém acrescentar outras coisas à explicação de um empate que impediu o FC Porto de reforçar o fôlego da última jornada, quanto mais não seja porque o Braga já lhe ganhou dois pontos. São coisas simples, a começar pelo ritmo. Ou pela falta dele.
À velocidade da Luz, a tal com que surpreendera o Benfica logo a abrir o último clássico, o FC Porto contrapôs desta vez uma versão sem pilhas. O primeiro problema de Vítor Pereira poderá ter sido mesmo esse: não há Benfica todas as semanas e, à falta desse suplemento vitamínico, não foi encontrada alternativa capaz de estimular uma entrada mais espevitada. Não é de agora, apesar de o terem disfarçado bem na Luz, que os dragões começam os jogos com a aparente missão de adormecer os adversários e acabam eles próprios embalados numa soneira contagiante. De resto, basta espreitar os golos marcados pelo FC Porto neste campeonato para se reforçar a ideia de que esta é uma equipa que gosta de adiar os problemas para a segunda parte e, mais curioso ainda, para o último quarto de hora dos jogos. Uma opção perigosa.
Mantendo o desenho do costume, Vítor Pereira trocou três peças: devolveu Sapunaru à direita, desviou Maicon para o centro da defesa e apostou em James de início. No meio, Fernando e João Moutinho reforçaram a tendência para se aproximarem um do outro e para se distanciarem de Lucho, elemento que continua algo perdido nas costas de Janko. Moutinho e Fernando mexem-se muito, é verdade, mas não disfarçam tudo. A Académica não teve dificuldade em detetar essa zona vazia, começando por encravar aí a fluidez de jogo ao adversário: David Simão, Adrien e Diogo Melo ganharam muitas vezes vantagem a Moutinho e Fernando, impedindo que os dois arrancassem para as transições habituais. O futebol portista soluçava, com algumas agravantes pelo meio: Fernando lesionou-se, tornando ainda mais visível o tal problema ao meio, e os desequilibradores (Álvaro Pereira, James ou Hulk) também não estavam particularmente inspirados. Pior ainda: a defesa fraquejou num dos ataques organizados da Académica, estendendo uma passadeira a Saulo e deixando Edinho com caminho aberto para a baliza. A desvantagem chegava assim, a seis minutos do intervalo.
Já com uma substituição queimada, Vítor Pereira teve de mexer outra vez por razões físicas, ainda que todos adivinhassem que isso lhe passaria pela cabeça de qualquer maneira: trocou Sapunaru por Djalma, procurando que o angolano cumprisse o habitual papel de dois em um. Pedro Emanuel preferiu esperar, e não tinha razões para apressar nada.
Mais veloz, ainda que trapalhão, o FC Porto procurava então empurrar o adversário para trás, mas a área continuava a ser um labirinto sem saída. Janko era mal solicitado; James, Hulk e Lucho não tinham soluções para chegar a Peiser, protegido por um anjo da guarda chamado Pape Sow. Mas, agora sim, os dragões estavam com pressa. E Vítor Pereira também. Inspirado pelo que fizera na Luz, tirou da manga Kléber e do jogo Rolando; o central não gostou e barafustou. Com o adversário inclinado para a frente, Pedro Emanuel respondeu cautelosamente. Preferiu primeiro dar consistência ao apostar em Danilo, beneficiando do desequilíbrio natural que a opção de risco de Vítor Pereira lhe oferecia. Mesmo enclausurada pela pressão, a Académica conseguiu encontrar o caminho da baliza de Helton, e fê-lo com algum perigo. Do outro lado, apesar da vontade de anular a desvantagem, a verdade é que a entrada de Kléber não significou grande alternativa para chegar ao golo; Hulk e James continuavam a tentar quase sempre sozinhos. E um livre de Moutinho esbarrou no ferro.
Já quase em desespero de causa do FC Porto, Pape Sow, que tinha estado sempre no caminho da bola, voltou a estar. Mas com a mão. O árbitro viu, Hulk não falhou.
O empate pode até ter sido um mal menor para os portistas. Mas foi um mal...

in "ojogo.pt"