quinta-feira, 5 de maio de 2011

Liga Europa: Villarreal-F.C. Porto, 2-3 (crónica)

F.C. Porto na final da Liga Europa. Villarreal conseguiu uma mini «remontada» e ganhou o jogo. Não deu para mais porque...o Porto é melhor e provou-o.


O F.C. Porto de André Villas-Boas é um bom exemplo para as mais variadas teorias. Esta noite provou aquela que diz que a melhor defesa é o ataque. Num jogo de duas caras, embora, ao contrário da primeira mão, a divisão não se tenha feito ao intervalo, os dragões resolveram uma eliminatória, que nunca chegou a estar em causa, quando ganharam alma para subir no terreno, empurrar o rival e marcar. Mesmo perdendo (2-3), o F.C. Porto está na final da Liga Europa. Está em Dublin, acima de tudo, porque merece. É melhor que o Villarreal, como tinha sido melhor que todos os outros adversários que lhe apareceram pelo caminho. Prémio justo, portanto.

Apesar disso, é de louvar o empenho do Villarreal. Quando entrou em campo, tinha de fazer o que ninguém fez a este Porto: marcar quatro golos. O balanço ofensivo, notado numa equipa que dispunha de um tridente (Nilmar, Rossi e Marco Ruben) que semeou o pânico nos primeiros minutos, foi suficiente para levar o estádio a acreditar. E quando o El Madrigal acredita, tudo fica mais fácil. 

É impressionante a força que vem das bancadas. Os adeptos entraram numa onda de fé quase sobre-humana que poderia ter dizimado qualquer equipa. Não chegou para o F.C. Porto. Primeiro porque houve Helton, na fase de maior ataque à baliza portista. O guarda-redes só não travou o golo de Cani, aos 17 minutos. Outra vez ele a fazer estragos...

Eliminatória ganha-se uns metros mais à frente

O remendo ao golo do Villarreal foi resistente o suficiente para garantir que não se voltaria a abrir. Ferida sarada com coragem. A equipa subiu no terreno, passou a destruir o jogo do rival mais à frente e começou a criar mais perigo. 

Depois, Hulk arrancou e, com sorte à mistura, fez o empate. O golpe parecia acabar de vez com a ilusão do «submarino amarelo». Mas não foi suficiente para calar as bancadas. Se o F.C. Porto fez cinco golos em 45 minutos, por que não poderia o Villarreal fazer o mesmo? Porque o Villarreal não é o F.C. Porto. A resposta tem a mesma dose de presunção e mérito. Para quem tinha dúvidas, veio nova lição: o Porto confronta a história a cada pontapé na bola.

Pedia-se uma «remontada». Houve duas. Os dragões conseguiram mesmo virar e comandar o jogo. De tal forma que antes do intervalo, Hulk podia ter colocado a equipa na frente. Seria injusto. Mas seria futebol. A segunda reviravolta estava reservada para o fim. Já lá vamos.

Um prémio para o El Madrigal

A entrada do Villarreal no segundo tempo não teve nada a ver com a do primeiro. Reformulando. O F.C. Porto entrou muito melhor. Reduziu os espaços, manteve a postura ofensiva e voltou a marcar, numa jogada perfeita, com marca de qualidade colombiana. James abriu para Guarín, o médio cruzou para Falcao e «El Tigre» fez o resto. De uma vez, duas ultrapassagens: o Porto ficava a ganhar pela primeira vez, Falcao passava a ter o melhor registo de sempre numa temporada europeia.

A partir daí o Villarreal deixou de acreditar. Tiros a mais num submarino que já chegava frágil à peleja. O F.C. Porto aproveitou para mostrar credenciais. Guarín, um dos melhores em campo, atirou à trave. James perdeu na cara de Diego López um golo «à Barcelona». Rendilhado perfeito, quase ballett clássico, com o artista a escorregar no momento da decisão. O jogo não morreu aí, acabou por ressuscitar. Obra de um fantástico El Madrigal. Novo grito de incentivo para a equipa que passou a querer, pelo menos, ganhar o jogo.

Conseguiu-o na recta final. Capdevilla aproveitou uma desatenção da defesa portista e fez o empate. Rossi, de penalty, deu nova reviravolta. Foi a «remontada» possível e um prémio para quem tanto acreditou na equipa.

O F.C. Porto, esse, segue viagem para Dublin com todos os créditos e mais alguns, devidamente firmados. Se numa final devem estar os melhores, então, no conjunto das duas mãos, não há dúvidas que os dragões tinham de ter lugar marcado. 

in "maisfutebol.iol.pt"

F. C. Porto: dia quente em Villarreal


Céu limpo, sol a brilhar, temperatura estimada na casa dos 20 graus e um jogo que pode ser histórico. Em Villarreal, em Espanha, o F. C. Porto pode carimbar a passagem à final da Liga Europa.
O F. C. Porto defronta hoje, quinta-feira, o Villarreal, na segunda mão das meias-finais da Liga Europa, um jogo que pode ganhar contornos históricos com o apuramento para a tão desejada final da prova. Em Espanha, os portistas têm uma vantagem de 5-1, mas o treinador André Villas-Boas já deixou claro que irá manter a mesma filosofia ofensiva que caracteriza a equipa, colocando de lado qualquer táctica puramente defensiva.
O dia acordou quente e as previsões apontam para uma temperatura máxima de 23 graus, mas é certo que à hora do jogo (20.05 horas em Portugal) o mercúrio dos termómetros passará para níveis bem inferiores. A comitiva portista encontra-se num hotel situado em Castellón, a cerca de dez quilómetros de Villarreal, onde o técnico ultima a estratégia a apresentar logo à noite num estádio que deve registar uma enchente. Foram vários os apelos dos futebolistas e dos dirigentes para lotar o recinto - tem capacidade para 22 mil espectadores - no sentido de o público funcionar como um 12.º jogador para a tão sonhada reviravolta.
Mas esta época, o F. C. Porto ainda não perdeu qualquer jogo fora de casa na Liga Europa, aliás soma sete desafios e outros tantos triunfos, além de ter a particularidade de nunca ter sofrido mais do que dois golos num jogo. "El Madrigal tem de ser hoje um inferno para o F. C. Porto", escreve o jornal espanhol Marca sobre o sonho de os espanhóis chegarem à final da Liga Europa, que se disputa a 18 de Maio na cidade irlandesa de Dublin. O mesmo jornal recorda que os portistas já não perdem em Espanha desde 2002, quando foram surpreendidos pelo Real Madrid (1-0).
"À final pela via heróica", escreve o diário desportivo AS, que esclarece ainda existir uma boa margem de esperança na equipa espanhola para a remontada, recordando uma vitória do Corunha sobre o Milão, por 4-0, depois de uma derrota em Itália e que se traduziu no acesso à meia-final da Liga dos Campeões da época 2003/04. Mas hoje, a noite pode ser do F. C. Porto. E tem tudo para ser histórica.

in "jn.pt"

F.C. Porto e o jantar com árbitro: UEFA não actua


Foi notícia de jornal




A UEFA não vai proceder a qualquer diligência na sequência da notícia do jornal «Marca», que acusava directores do F.C. Porto de ter jantado com o árbitro do jogo com o Villarreal, e que foi repetidamente negada pelos «dragões».

A informação foi dada ao Maisfutebol pelo gabinete de imprensa do organismo que tutela o futebol europeu, depois de questionados os responsáveis. À UEFA não chegou de resto qualquer denúncia ou informação sobre o assunto.


in "maisfutebol.iol.pt"

Tó Neves no FC Porto agora como treinador

Tó Neves, que acumula as funções de jogador e técnico da Oliveirense, vai ser o treinador do FC Porto para a próxima temporada, sucedendo a Franklim Pais, técnico que leva uma década a vencer o campeonato nacional e a disputar sucessivas finais europeias. Aproxima-se assim o natural ponto final numa liderança recheada de êxitos e que, com a temporada 2010/11 ainda curso, luta neste momento em três frentes: Campeonato, Taça de Portugal e Liga Europeia.

Tó Neves surge como opção dos portistas para dar continuidade ao trabalho ímpar conseguido por Franklim Pais, o qual, ao que O JOGO apurou, se vai manter na estrutura directiva do clube. Quanto ao homem que nos últimos sete anos jogou e treinou a Oliveirense, regressa a uma casa que bem conhece. Como jogador, Tó Neves vestiu a camisola azul e branca durante 28 anos, 18 dos quais na I Divisão. Foi um avançado com carisma, respeitado pelos adeptos e que em 1992/93 chegou a transferir-se para o Benfica, mas a adaptação foi difícil e a experiência acabou por ser curta. Referência no hóquei nacional e internacional, Tó Neves prepara-se para herdar um percurso histórico construído por Franklim Pais, com quem, de resto, jogou no FC Porto e cujos destinos se voltam a encontrar no clube do Dragão.

A O JOGO, Tó Neves tinha afirmado, em Dezembro de 2010, que no final desta época terminaria a longa carreira de jogador, pelo que o seu último jogo no campeonato (FC Porto-Oliveirense) acontecerá na última jornada (30ª) e precisamente no Dragão Caixa. Recorde-se que o FC Porto luta pelo décimo título nacional consecutivo e dentro de duas semanas disputa, em Andorra, a final-eight da Liga Europeia, onde também está outra equipa portuguesa (Candelária).

O clube, ao apostar em Franklim Pais como dirigente e em Tó Neves como treinador, transmite para o exterior uma imagem de invencibilidade e união perante os principais rivais, que também já estão no mercado, como é o caso do Benfica, envolvido também numa final europeia (Taça CERS) e que amanhã parte para Vilanova (Espanha).

in "ojogo.pt"

Pinto da Costa nega jantar com árbitros

"N ão é verdade". Foi desta forma que Pinto da Costa reagiu, à partida para Espanha, à notícia publicada ontem pelo jornal "Marca", sobre um alegado jantar de dirigentes portistas, incluindo o presidente do clube, com a equipa de arbitragem chefiada pelo holandês Bjorn Kuipers no final do jogo com o Villarreal. "Posso garantir que não é verdade, porque os árbitros andaram sempre com os delegados. Nenhum dirigente do FC Porto andou com eles. Essa notícia não corresponde minimamente à verdade. É mentira", acusou Pinto da Costa.

Como se pode ver em baixo, o jornal espanhol dedicou uma página ao tema. Escreveu que "Kuipers jantou na Marisqueira de Matosinhos com Reinaldo Teles e António Garrido. Mais tarde, o presidente Pinto da Costa também apareceu no restaurante".

O contacto entre dirigentes e árbitros não é bem visto pela UEFA. Já agora, António Garrido foi escolhido pela Federação Portuguesa de Futebol para acompanhar a referida equipa de arbitragem.


"Ainda vamos andar aqui tantos anos..."

Se o FC Porto ultrapassar o Villarreal, a final da Liga Europa será entre equipas portuguesas, algo que Pinto da Costa nem acha muito difícil de repetir. "Ainda vamos andar aqui tantos anos... O importante é estarmos na final, depois teremos de jogar com quem lá estiver", disse também a propósito de uma eventual preferência de adversário em Dublin.
De acordo com o presidente portista, a equipa está em Espanha "com os mesmos sentimentos de sempre, ou seja, confiança total e sentido da responsabilidade", preferindo não dar a eliminatória como terminada. "Ainda não está ganha, apesar de estar bem encaminhada".
Sobre o que o FC Porto pode fazer na Champions na próxima época, Pinto da Costa lembrou o... Benfica. "Já ouvi essa cantiga [promessa de uma boa Champions] este ano e deu mau resultado, porque depois só foram à Liga Europa após o Lyon ter marcado no último segundo. Essas promessas não são para mim".

Nem 99 milhões tiram Hulk do Dragão

O brasileiro Hulk não pára de ser apontado como alvo de vários clubes. Agora é a vez de o Milan, segundo a Imprensa italiana, estar muito perto de o contratar. Pinto da Costa acha... incrível. "Não sei nada. Só se for brincadeira. Já quiseram contratar o Cissokho e não foram capazes. A história dos dentes foi um pretexto. Acho que é ridículo. Surgem notícias nos jornais sobre propostas a jogadores do FC Porto, mas não temos nenhuma. Dizem que há conversações, mas quero já avisar-vos que conversações não haverá com ninguém. Os jogadores têm cláusulas de rescisão e quem os quiser terá que bater a verba em causa. Se há uma cláusula de rescisão, ou pagam ou não pagam. Se não pagam, não vai. E a cláusula de rescisão do Hulk é de 100 milhões. Se alguém bater com 99 milhões, não vai! Portanto, não há conversações com ninguém. No dia em que a quantia entrar na conta, e se o jogador quiser ir...", explicou Pinto da Costa.


Sapunaru: «Sofrer quatro golos? Acho que não...»

Lateral portista conhece o poderio do adversário mas também sabe o que vale a sua equipa e não se imagina a encaixar quatro golos. Atenção estende-se a toda a equipa e não só ao ataque do Villarreal.

O defesa do F.C. Porto, Cristian Sapunaru, conhece o potencial ofensivo do Villarreal, está alerta para as dificuldades do jogo mas passa uma mensagem de confiança: não acredita que os dragões venham a sofrer quatro golos.


«Sinceramente, acho que não vamos sofrer quatro golos. Mas o Villarreal fez sete jogos em casa, ganhou-os todos e em dois deles marcou cinco golos. Por isso, temos de fazer o nosso melhor para ganhar e também para não sofrer golos», afirmou, na conferência de imprensa de antevisão do duelo desta quinta-feira. 


Juan Carlos Garrido, treinador do «submarino amarelo», já prometeu um tridente ofensivo para tentar abrir a defesa portista, mas o romeno lembra que os perigos não virão só daí. «O Villarreal não vai jogar só com três jogadores. Tem 11 bons jogadores e mais os suplentes. Temos de fazer o melhor para ganhar e não para gerir o resultado que conseguimos em nossa casa», referiu. 


Tal como Villas-Boas, Sapunaru também não revelou a sua preferência pelo adversário, numa possível final. «Qual prefiro? Prefiro chegar à final!»


Por fim, o defesa falou do jogo da primeira mão, nomeadamente do discurso ao intervalo, sem, no entanto, entrar em grandes pormenores. 


«Conversámos no balneário e acreditámos que era possível virar o resultado. Conseguimos ganhar 5-1 e ficamos mais perto da final. O que falámos no balneário fica lá, não sai. Nem uma frase», garantiu.

in "maisfutebol.iol.pt"

AVB: "Não mudamos, queremos ganhar"

O FC Porto não muda. Não muda só por estar em vantagem na eliminatória e também não muda só porque o Villarreal promete entrar com tudo no jogo desta noite. Sem nunca esconder o profundo respeito que a equipa espanhola lhe merece, sem nunca dar a eliminatória por garantida e a presença na final de Dublin por assegurada, André Villas-Boas garantiu que o FC Porto não vai mudar de cara para jogar no El Madrigal. Mesmo com a vantagem de quatro golos garantida no Dragão, o treinador promete manter a mesma filosofia de jogo, o mesmo sistema e a mesma vocação ofensiva que o trouxe até aqui. Até porque, como diz, "o caminho é muito mais fácil quando se acredita no sucesso"

Apenas três equipas conseguiram dar a volta a uma desvantagem de quatro golos numa eliminatória das competições europeias. Acha que o Villarreal tem condições para ser a quarta?

Acho que três vezes são mais que suficientes. Já houve remontadas suficientes para nos deixar em alerta. Sabemos que o Villarreal é uma equipa magnífica, que merece máximo respeito e que demonstrou ao longo da temporada uma grande capacidade de concretização. Sabemos o que sentem, a vontade que têm de dar a volta, porque também conseguimos o mesmo numa meia-final da Taça de Portugal que teve muito significado para nós. Sei que existe uma grande crença da parte deles, como há uma grande crença do nosso lado de que vamos seguir em frente.

O treinador do Villarreal falou do potencial que tem o seu ataque para chegar aos golos, mas esqueceu-se de referir a defesa. Acha que o FC Porto pode aproveitar a ansiedade do adversário no ataque para explorar eventuais fragilidades defensivas?

A estratégia do Villarreal será certamente a adequada para lhe dar algumas garantias de poder inverter a eliminatória. Nós não fizemos alterações em nenhum jogo, mantivemos sempre a nossa filosofia e o nosso 4x3x3 voltado para o ataque. Um dos nossos motivos de orgulho é que não mudamos de filosofia de jogo e mantemos equipa de ataque frente a qualquer adversário e vamos fazer o mesmo aqui. Vamos procurar ganhar o jogo o que será o suficiente, ou neste caso, mais do que suficiente para chegar a Dublin.
Mas não vai reforçar a capacidade defensiva da sua equipa?
Não haverá uma preocupação declaradamente defensiva da nossa parte. O caminho é muito mais fácil quando se acredita no sucesso e foi isso que nos trouxe até aqui. No Dragão, o Villarreal também abriu a sua frente de ataque e até marcou primeiro, mas nós soubemos reagir. Sabemos que nos vão criar dificuldades e que podem chegar ao golo, mas temos uma identidade própria da qual não abdicamos.

A equipa está preparada para reagir às emoções e ao ambiente no caso de sofrer um golo ou dois?

Se sofrermos só dois golos é suficiente para seguirmos em frente (risos). A equipa terá de saber reagir mentalmente às adversidades. Aliás, não seria a primeira vez que o faria. Teve de saber reagir no jogo da primeira mão, por exemplo. E também soube reagir a ambientes muito complicados esta época, como os que viveu em Sevilha, na Turquia ou nas duas vezes que visitou o Estádio da Luz. Sobrevivemos com grandes resultados e não acredito que seja por aí que as coisas possam correr mal.

Concebe a hipótese de sofrer quatro golos?

Bem, seria a primeira vez esta época, mas pode acontecer. Respeitamos muito o imprevisível, mas esse seria um cenário extremamente negativo. Somos competentes, sofremos apenas três derrotas em 53 jogos esta época e temos sido capazes de ultrapassar obstáculos sucessivos. Pode acontecer, mas temos de estar no máximo das nossas aptidões para evitar que aconteça.

Chegar à final da Liga Europa na primeira época à frente do FC Porto é um sonho, para si que se assume como um adepto?

É verdade que também há o adepto presente em mim e tudo neste clube é vivido de outra forma. Fizemos um percurso óptimo esta época, mas seria muito melhor juntar estes dois troféus que ainda estamos a disputar, a Taça de Portugal e a Liga Europa às nossas conquistas, até porque em termos históricos teria um impacto diferente. Mas acredito que esse sentimento e essa ambição está presente em todos. Também os jogadores amam este clube.

Sabe se é o treinador mais jovem a poder disputar uma final europeia?

Não tenho objectivos individuais e por isso não me preocupa se sou o mais novo ou não.

"Dá-me igual o que se passar em Braga"

André Villas-Boas não se cansou de sublinhar que o FC Porto ainda não garantiu o acesso à final da Liga Europa durante a conferência de Imprensa de ontem. Por isso mesmo, quando foi convidado a escolher qual seria o adversário ideal para o jogo de Dublin, o técnico portista preferiu mostrar-se cem por cento concentrado na partida de hoje com o Villarreal. "Ainda não estamos na final", recordou, antes de frisar ser-lhe "perfeitamente igual o que se passar em Braga", sem querer perder mais tempo com o jogo que esta noite vai colocar frente a frente o Braga e o Benfica na outra meia-final da Liga Europa.

"Moutinho? Quem jogar dá todas as garantias"

É a grande dúvida em relação ao onze que André Villas-Boas fará alinhar hoje, mas o técnico não quis levantar a ponta do véu: Moutinho, que se encontra em risco de exclusão, será opção de início? Villas-Boas não respondeu, limitando-se a assegurar que o onze que fizer alinhar será aquele que lhe dá melhores garantias de atingir os objectivos. E esses passam por garantir o acesso à final que, apesar da vantagem de quatro golos, o treinador insiste em considerar em aberto.

Considerando que está em risco de exclusão se vir outro amarelo, já decidiu se o João Moutinho vai jogar de início este jogo?

Essa pergunta anda na cabeça dos adeptos e da comunicação social, mas não nos preocupa. Estamos à porta de uma final e não facilitamos. Sentimo-nos à vontade com qualquer equipa constituída por este plantel e posso garantir que aquela que entrar em campo será a que nos dá mais garantias de sucesso de uma forma ou de outra.

Mas será um onze muito diferente do habitual, ou andará próximo daquele que foi usado na primeira mão?

Amanhã (n.d.r. hoje) logo se verá. Temos a máxima confiança na equipa que jogará amanhã e em todos os jogadores que formam este plantel.

Com uma vantagem de quatro golos, não vai deixar a perspectiva da final influenciar as suas escolhas para este jogo?

Não vou pensar na final, isso é garantido. A convocatória está feita e o onze será aquele que acreditamos que nos vai levar ao sucesso. É importante perceber que não temos a final garantida e por isso não há gestão possível num jogo desta importância.

"Equipa de 2003/04 tinha um treinador de top"

Sendo o jogo desta noite disputado em Espanha e conhecendo-se o percurso de André Villas-Boas antes de iniciar a carreira como treinador principal, era praticamente uma inevitabilidade que o nome de Mourinho viesse à baila. Os jornalistas espanhóis quiseram saber se os dois técnicos mantinham algum tipo de relação e Villas-Boas recusou responder por considerar tratar-se de um assunto de natureza pessoal. Depois, em jeito de provocação, perguntaram-lhe se este FC Porto é melhor do que o de 2003/04. A resposta saiu sem hesitações. "Não". "A equipa de 2003/04 venceu tudo em duas temporadas consecutivas. Era uma equipa de top mundial liderada por um treinador de top mundial. Nós queremos lá chegar, gostávamos de lá chegar, mas ainda não estamos nesse ponto e temos consciência de que podemos morrer na praia".

in "ojogo.pt"

F.C. Porto processa judicialmente jornal "Marca"



O F. C. Porto anunciou, esta quarta-feira, que irá processar judicialmente o jornal espanhol "Marca" e o autor da notícia que relatou um alegado jantar entre os dirigentes do clube com o árbitro do jogo F.C. Porto-Villarreal.

Depois de um comunicado publicado no site do clube, Rui Cerqueira, director de comunicação do F.C. Porto, anunciou em Villarreal, antes da conferência de Imprensa do treinador André Villas-Boas, que o clube vai avançar com uma queixa judicial ao jornal "Marca" e ao jornalista que relata um alegado jantar entre dirigentes portistas e o juiz holandês Bjorn Kuipers, num restaurante de Matosinhos. Foi esse o árbitro do F. C. Porto-Villarreal, da primeira mão das meias-finais da Liga Europa.

"Dada a falsidade das informações hoje reveladas pelo jornal Marca e sabendo com que propósito foram feitas, o F. C. Porto decidiu processar judicialmente o órgão de comunicação e o jornalista que escreveu a falsa notícia", disse o director de comunicação dos azuis e brancos, explicando que aquela seria a última vez que o clube iria falar sobre o assunto.

in "jn.pt"

Villarreal-F.C. Porto (antevisão): dragão «anti-remontada»

El Madrigal é a última paragem antes de Dublin. Todos os números, todas as estórias, toda as declarações, todo o envolvimento do jogo que pode levar o F.C. Porto de volta a uma final europeia.


O cenário

Depois de sair para o intervalo a perder, o F.C. Porto consegue uma impressionante goleada de 5-1, no jogo da primeira mão das meias-finais da Liga Europa, com o Villarreal. A vantagem portista parece decisiva, mas os espanhóis mostram fé inabalável na histórica «remontada» e os dragões estão alerta para o que der e vier. Pelo meio, o jogo fica marcado por uma notícia do jornal espanhol Marca, que fala de um jantar entre o árbitro da primeira mão e dirigentes portistas. O F.C. Porto já veio desmentir tudo.

Os números

O Villarreal sabe que tem de fazer, pelo menos, quatro golos para seguir em frente. Não fosse isso uma tarefa, já de si, delicada, há a somar o facto de o F.C. Porto não ter sofrido mais de dois golos em nenhum dos jogos da actual temporada. A última vez que a equipa azul e branca sofreu mais de dois golos remonta a Março de 2010, na final da Taça da Liga, com o Benfica, perdida por 3-0. Ainda assim, resultado idêntico apurava o F.C. Porto. No entanto, no mesmo mês registou-se o último desaire que, a repetir-se, afastaria o sonho de Dublin. Em Londres, a 9 de Março, a equipa de Jesualdo Ferreira era vergada por 5-0 pelo Arsenal.

Em sentido inverso, e olhando para o que tem sido a temporada do Villarreal, também não é fácil encontrar motivos para grandes alegrias. Só por duas vezes a equipa conseguiu um resultado que serviria as pretensões para esta quinta: triunfo por 5-1 sobre o Twente (quartos-de-final da Liga Europa) e por 4-0 sobre o Espanhol (2ª jornada do campeonato).

A história

O F.C. Porto não perde em Espanha há nove anos. Foi em 2002, num dos primeiros jogos de José Mourinho à frente dos dragões, que estes foram desfeiteados pelo Real Madrid com um golo solitário de Solari. O argentino viria a ficar especialista em marcar ao F.C. Porto... 

Só por duas vezes a equipa portista sofreu quatro golos em Espanha. Os carrascos foram Barcelona e Real Madrid. Os catalães venceram por 4-2 em 2000 e o Real goleou por 4-0, três anos antes. 

A palavra dos treinadores

André Villas-Boas: «Vamos manter o futebol de ataque»Objectivo é ganhar no El Madrigal e não apenas defender a vantagem.

Juan Carlos Garrido: «Temos de ter esse espírito de remontada» Tridente ofensivo para ganhar 4-0. 

A palavra dos jogadores

Sapunaru: «Sofrer quatro golos? Não acredito... Romeno seguro da qualidade da equipa. 

Nilmar: «Não podemos errar em nada» Avançado pede um jogo perfeito para alimentar o sonho.

Equipas prováveis:

VILLARREAL: Diego Lopez; Mário, Musacchio, Marchena e Capdevilla; Santi Cazorla, Borja Valero e Cani; Nilmar, Rossi e Marco Ruben.
Outros convocados: Juan Carlos, Cicinho, Joan Oriol, Senna, Matilla e Wakaso.

F.C. PORTO: Helton; Sapunaru, Rolando, Otamendi e Alvaro Pereira; Fernando, Guarín e Ruben Micael; Hulk, Falcao e Varela. 
Outros convocados: Beto, Maicon, Sereno, Walter, Cristian Rodríguez, James, João Moutinho e Souza. 

in "maisfutebol.iol.pt"

Pressão bem-vinda

FC PORTO DÁ MELHOR RESPOSTA EM AMBIENTES CONTROVERSOS


O FC Porto tem esta noite a oportunidade de voltar a escrever com letras douradas o seu nome na Europa desportiva. A goleada por 5-1, conseguida no Dragão, coloca a equipa de AVB com um pé e meio em Dublin, mas, como já reconheceu o seu treinador, é de estar em alerta máximo não vá o furioso futebol do Villarreal pregar-lhes uma rasteira. Ainda para mais agora que todos se mostram incomodados com a arbitragem de Kuipers no jogo da primeira mão. Novo incentivo, pois.
Se o novo campeão nacional colocar hoje em campo três dos seus valores fundamentais ao longo desta época – quer dizer, tranquilidade, ordem e atrevimento (e não há razões para que não os coloque) – é de esperar nova prova da sua força, capacidade e superação. Torna-se, pois, indispensável que o FC Porto revele a sua habitual personalidade, dignidade futebolística e determinação, o que não é de exigir nada de novo, pois esse tem sido o seu comportamento de agosto para cá; se assim for, as palavras de confiança de Garrido e Senna – os porta-vozes da crença espanhola – caem por terra. A solução está na manga de AVB, que apresentará uma equipa em que jogam de início os melhores, como defendeu e, assim sendo, há espaço absoluto para Moutinho de início e para Cristian Rodríguez em vez de Varela.
in "record.pt"

«FC Porto é favorito a vencer a Liga Europa» - Lisandro López

Lisandro López afirma que o FC Porto é o principal favorito a vencer da Liga Europa. 

«O FC Porto é o favorito para mim, sem dúvida. É um clube 100 por cento profissional e extremamente bem organizado. Proporciona aos jogadores as melhores condições para fazê-los sentir-se bem. Merece o lugar que ocupa hoje», elogiou o avançado argentino, em declarações à imprensa francesa.

Lisandro López representou os dragões entre 2005 e 2009, altura em que se transferiu para o Lyon.

A equipa de André Villas Boas defronta amanhã os espanhóis do Villareal, em partida a contar para a segunda-mão das meias-finais da Liga Europa. Recorde-se que a turma azul e branca está em vantagem na eliminatória depois de ter vencido a formação espanhola por 5-1, no jogo da primeira mão.


in "abola,pt"

Rúben e Rodriguez no onze para Dublin

João Moutinho (em risco) no banco mas alerta, se for caso disso Dragão joga sem pensar na vantagem. 

André Villas Boas quer discutir o jogo de hoje, no El Madrigal e não limitar-se a gerir confortável vantagem de quatro golos que o FC Porto dispõe. Intenção que revela, mais do que arrojo, inteligência, porque a mínima manifestação de fraqueza dará desde logo uma força ainda mais extraordinária ao Villarreal, sem nada a perder e com um apoio nas bancadas que lhe proporcionará com a toda a certeza um suplemento anímico fora de série.

Como não de se tratou de um jogo de palavras, para contrariar o jogo psicológico do adversário, que há uns dias a esta parte vem a encharcar os media espanhóis com declarações emocionais e dramáticas, a deixar perceber que, afinal, os dragões só foram superiores no Dragão durante meia hora, Villas Boas deixou claro que vai jogar da maneira habitual, para ganhar, e apresenta a melhor equipa 
Mas esta melhor equipa não quer dizer que seja formada sempre pelos mesmos, porque o leque de opções se alargou, não tanto em quantidade, porque os efectivos se resumem a 17 jogadores de campo, mas em qualidade. 

Daí que esteja previsto o regresso de Rodriguez, em detrimento de Varela e James, se bem que nada surpreenda, porque até foi titular no encontro da primeira mão, e ainda de Ruben Micael, para o lugar, obviamente, de João Moutinho, que a ver uma cartão amarelo neste desafio ficará ou ficaria fora da final de Dublin.


in "abola.pt"