terça-feira, 5 de abril de 2011

Federação alemã atribuiu vitória ao Schalke 04 após agressão a árbitro auxiliar

A Federação Alemã de Futebol atribuiu, terça-feira, a vitória ao Schalke 04 sobre o St Pauli, por 2-0, no jogo de sábado da 28.ª jornada do campeonato germânico, interrompido na sequência de agressão a um árbitro assistente.

 O jogo foi suspenso a três minutos do fim e agora a comissão de disciplina da DFB considerou o jogo "perdido pelo St Pauli, porque o clube é responsável pelos seus espectadores e a interrupção do jogo é lhe imputável".
A interrupção foi decidida pelo árbitro após um dos seus assistentes ter sido atingido nas costas com um copo cheio de cerveja, atirado das bancadas.
Na ocasião o Schalke 04 vencia por 2-0 e tinha o jogo completamente dominado, com o St Pauli reduzido a apenas nove jogadores

in  "jn.pt"

TÍTULO NO FUTEBOL DÁ ÂNIMO AO FC PORTO VITALIS


Na antevisão da deslocação ao pavilhão do Benfica (quarta-feira, 20h30), no arranque da fase final do campeonato, Hugo Laurentino e Ricardo Moreira reconhecem que a vitória de domingo da equipa de futebol oferece confiança adicional. O «sonho» é agora juntar os títulos de hóquei, andebol e basquetebol.

Hugo Laurentino
«Começarmos esta fase final na Luz não é uma vantagem nem uma desvantagem. Teríamos de ir lá, de qualquer maneira. Como queremos ser campeões, é-nos indiferente, porque temos de ir lá ganhar. Neste tipo de competição, não há cansaço, ainda por cima num clássico. Qualquer jogador esquece isso, porque toda a gente gosta de alinhar nestas partidas. O título no futebol dá ânimo, visto que a equipa conseguiu ser campeã no Estádio da Luz e nós vamos lá tentar ganhar para alcançarmos um bom avanço sobre os rivais.»

Ricardo Moreira 
«A nossa filosofia passa por ganhar os jogos que restam, os 10 do campeonato e os dois da Taça. Jogamos o ano todo com pressão, frente ao Benfica ou frente a outros adversários. O segredo será defendermos bem e contra-atacarmos, que são as duas maiores armas que temos, para além de jogarmos como uma equipa. Nestes encontros, é difícil identificar um favorito. O Benfica joga em casa perante os seus adeptos, mas vamos tentar ganhar lá como no ano passado. O sonho é conseguirmos três vitórias nas modalidades em simultâneo, para juntar ao futebol.»


in "fcp.pt"

FC Porto atraiu Benfica para a sua armadilha

O FC Porto conquistou no Estádio da Luz o seu 25.º título de campeão nacional. É um momento sensível para a história do clube do Dragão mas é também um momento histórico do futebol nacional: o FC Porto, com este título conquistado no reduto do seu maior rival, alcança o Benfica (por ora) em número total de troféus conquistados no âmbito das provas oficiais.

A maior virtude do novo campeão nacional tem sido a sua regularidade: um campeonato invicto de uma equipa que nunca se deslumbrou nem perdeu o equilíbrio, mesmo quando ameaçou claudicar ou mesmo colapsar. Aliás, o mérito do FC Porto foi nunca ter deixado instalar-se a ideia de que, nos momentos em que o seu futebol se apresentava menos convincente, poderia haver desmoronamento.

Há mais de dois meses que afirmava o seguinte: o FC Porto, ultrapassada a fase de algumas tormentas, tinha tudo para fazer um fim de época em crescendo. Aí está ele.

O edifício do FC Porto (enquanto equipa) foi construído com bom-senso. O bom-senso de não hipotecar a herança deixada por Jesualdo Ferreira e acrescentar-lhe valor em função das ideias de um jovem e muito promissor técnico de futebol -- André Villas-Boas.

Mesmo os riscos para os quais o FC Porto concorreu (ficar praticamente sem lateral esquerdo num momento sensível da temporada e não impor uma ideia total de solidez na zona central da defesa) foram superados.

O FC Porto, em função de uma ‘escola competitiva’ que tem o cimento de muitos anos de repetição de lógicas, comportamentos, metodologias e automatismos, de acordo com uma liderança afirmativa e unívoca, assimilou facilmente João Moutinho, potenciou o rendimento de Belluschi (primeira fase da época) e Guarín (a seguir) e, nunca prescindindo do seu ‘BI’, criou condições para Hulk, Falcao e Varela colocarem em prática um vasto repertório futebolístico, para além de ter contado com um guarda-redes suficientemente sólido (Helton) para não por em causa o trabalho da equipa.

Mesmo sem Falcao -- e com Walter relegado --, Villas-Boas conseguiu ultrapassar a provação de um Hulk menos operativo sempre que era desviado para a posição do colombiano.

Depois foi tudo uma questão de conceito: nunca colocar em causa o colectivo. Nesse particular, AVB tem toda a razão: é uma questão da cultura desportiva do FC Porto, que não abala com a mudança de treinador, mesmo que esse treinador (como foi o caso de Co Adriaanse) traga ideias novas, um pouco em ruptura com o ‘sistema táctico institucionalizado’. AVB foi corrigindo, aqui e ali, posicionamentos e dinâmicas, preservando o essencial da estrutura técnico-táctica.

Sectores bem ligados, um meio-campo muito forte (em todos os capítulos) e boas noções do ponto de vista da posse e da recuperação da bola. Palavra-passe: ordem. Ordem para tudo fazer dentro do campo sem cultivar o risco.

A ordem é fundamental nas organizações. A ‘ordem AVB’ é uma imagem de marca deste ‘FC Porto campeão’, que soube atrair o Benfica para a sua principal armadilha: fazê-lo jogar no terreno que mais gosta, o terreno do conflito, da tensão, e, às vezes, da provocação. O Benfica dançou ao ritmo da música imposta pelo FC Porto. A festa às escuras foi apenas um pormenor

Rui Sanros in "relvado.pt"

F.C. Porto: cinco desafios à invencibilidade

Três jogos fora, dois em casa

O FC Porto está a cinco jogos de conseguir um feito único na história do clube: ser campeão sem derrotas. De resto, no futebol português só o Benfica conseguiu fazê-lo, na época 1972/73.

Nessa temporada, 72/73, o Benfica de Hagan cedeu apenas dois empates. Dois empates é precisamente o que este FC Porto de Villas-Boas leva até agora.

Até ao final da Liga, o FC Porto terá pela frente cinco desafios à invencibilidade. Para já, fora, o Portimonense, equipa que luta pela manutenção. Depois o Sporting em casa. A seguir mais uma viagem, até ao terreno de outro aflito, o Vitória de Setúbal. Segue-se o Paços de Ferreira no Dragão e a história termina na Madeira, frente ao Marítimo.

in "maisfutebol.iol.pt"

Ibson atribui favoritismo ao FC Porto

O médio brasileiro, antigo jogador do Porto, regressa ao Dragão com a camisola do Spartak Moscovo. Welliton, outro brasileiro do plantel russo, está confiante num bom resultado.

O factor casa leva Ibson a considerar que o FC Porto é favorito neste primeir jogo dos quartos-de-final da Liga Europa. O médio brasileiro alerta, contudo, que "nós também temos uma equipa muito forte e vamos lutar para conseguir um bom resultado". Ibson anuncia um Spartak a lutar pela vitória, mas sublinha que "importante é não perder e não sofrer golos".

Ibson esteve dois anos e meio no Porto e assume "ansiedade por regressar a um clube onde fui muito feliz". O médio assitiu à conquista do título português, no passado domingo, e espera dar os parabéns a Helton, amigo que ficou dos tempos que Ibson passou na Invicta.

Já Welliton, avançado brasileiro também ao serviço do Spartak, está confiante na conquista de um bom resultado no Dragão, apesar de prever "um jogo difícil. Conseguir a vitória seria muito bom, mas o empate também não seria mau".

in "rr.pt"

F.C. Porto: campeões de volta ao trabalho

O F.C. Porto voltou a arregaçar mangas e voltou ao trabalho depois da festa do título e de uma merecida folga para começar a preparar a recepção aos russos do Spartak Moscovo, jogo da primeira mão dos quartos-de-final da Liga Europa marcado para a próxima quinta-feira.

Numa sessão que decorreu à porta fechada, Emídio Rafael continua a ser o único jogador indisponível. O F.C. Porto volta a treinar esta quarta-feira, pela manhã, desta feita no Estádio do Dragão, antes de André Villas Boas fazer a antevisão do jogo com os russos que está marcado para as 20h05 do dia seguinte.

in "maisfutebol.iol.pt"

Título vale pelo menos 15 milhões ao FC Porto

O FC Porto encaixará directamente pelo menos 15 milhões de euros por ser campeão nacional de futebol, isto sem incluir mais-valias decorrentes da venda de jogadores. A estimativa deste montante foi feita pelo PÚBLICO, com informações recolhidas junto do clube e também de especialistas em finanças de futebol.

A Liga portuguesa não atribui qualquer prémio monetário ao vencedor do campeonato. Isso apenas acontece nas Ligas europeias em que a negociação dos direitos televisivos é centralizada, havendo, nesse caso, uma distribuição de dinheiro pelos clubes que também tem em conta a classificação final do campeonato. Nesses casos, além de um montante fixo pela participação na prova (igual para todos), há duas verbas variáveis, uma tendo em conta o número de jogos televisionados e outra segundo a classificação no campeonato. “O Chelsea no ano passado recebeu 60 milhões de euros e o último classificado da Premier League 40”, disse ao PÚBLICO Emanuel de Medeiros, director-executivo da Associação Europeia de Ligas de Futebol, dando o exemplo inglês.

Em Portugal, só na Taça da Liga e Taça de Portugal há prémios em função do desempenho desportivo, porque são estas as duas provas em que a negociação dos direitos televisivos é feita em pacote, no primeiro caso pela Liga de Clubes, no segundo pela Federação Portuguesa de Futebol.

À falta de um prémio por ganhar o campeonato, a presença na Liga dos Campeões assume o papel principal nas receitas directas e quantificáveis. Só por estar na fase de grupos, o FC Porto receberá 7,2 milhões de euros, ao que se junta ainda um montante pelos direitos televisivos (market pool), num mínimo de 2,5 milhões de euros. A estes valores fixos juntam-se ainda os prémios pelo comportamento desportivo, com cada vitória na fase de grupos a valer 800 mil euros.

Curioso é que, sendo a Liga dos Campeões o principal retorno de quem ganha o campeonato, não é um exclusivo do primeiro classificado. É, por isso, que em termos financeiros a grande diferença está entre quem participa e fica fora da Champions e não entre quem ganha o campeonato e os outros. Basta dizer que o Sporting de Braga, segundo classificado na época passada, acabou por tirar mais benefícios da prova do que o campeão Benfica: arrecadaram 11,7 milhões e os benfiquistas ficaram-se pelos 8,8 – em ambos os casos sem contar com o market pool.

No caso do FC Porto, a simples presença garante 10 milhões de euros, um montante que deverá ser maior, tendo em conta o que tem sido o historial dos portistas na prova: nas últimas três épocas em que participaram na “liga milionária”, juntaram 11,6 milhões em duas delas e 16,2 na outra (2008-09).

A outra grande vantagem de ser campeão (e de participar na Liga dos Campeões) é a valorização dos jogadores. “A gestão de activos é fundamental neste negócio. O FC Porto tem feito isso bem, embora com o fair play financeiro seja previsível alguma contenção no mercado de transferências”, aponta Hélder Varandas, especialista em finanças do futebol.

Este benefício na valorização de activos é tão difícil de quantificar quanto é evidente. Basta pensar nos valores das recentes transferências de David Luiz e Di María ou nos vários negócios do FC Porto na última década, com encaixes de 20 e 30 milhões de euros, em que obviamente os valores seriam menores (ou inexistentes) caso a equipa não tivesse sido campeã e disputado a Champions.

Ser campeão implica também um incremento de outro tipo de receitas. Desde logo, os contratos dos clubes com os fornecedores de equipamentos e os patrocinadores (nas camisolas e não só) habitualmente incluem cláusulas com um pagamento-extra no caso de vitória no campeonato. Isso também acontece no FC Porto, confirmou ao PÚBLICO um responsável do clube, estimando em um a dois milhões a receita extra.

O título de campeão incluirá também um acréscimo de cerca de dois milhões de euros nas receitas de bilheteira e de quotização. O FC Porto já sentiu um aumento do número de espectadores na presente época, efeito que se prolongará pela próxima, especialmente nos jogos da Liga dos Campeões. Às rubricas já assinaladas, há ainda a acrescentar mais um milhão de euros em merchandising (ver números).

Tudo isto somado, conclui-se que o título renderá, no mínimo, 15 milhões de euros, montante que pode ainda subir, dependendo do sucesso desportivo na Champions. Este valor é, no entanto, inferior ao que era estimado para o Benfica na época passada (15 a 20 milhões), por duas razões. “Primeiro, porque o Benfica tem mais adeptos, sendo mais fácil exponenciar as receitas de bilheteira, quotizações e merchandising. E, segundo, porque estava mais afastado dos títulos”, aponta Hélder Varandas.

O estatuto de habitual participante na mais importante competição europeia, por exemplo, permite ao clube portuense manter um nível elevado de cachets, por exemplo, nos torneios de pré-temporada.

Ser campeão (especialmente se o feito for repetido frequentemente) pode também permitir maior margem de manobra junto da banca, embora, um especialista contactado pelo PÚBLICO e que pediu anonimato, tenha referido que no contexto actual os bancos não vão facilitar um milímetro aos credores, sejam clubes campeões ou não.

Do lado oposto, ser campeão também representará uma despesa, já que haverá prémios a pagar aos jogadores e treinadores, embora, no caso do FC Porto, a tradição seja de pagar prémios bem mais elevados na Champions (onde o retorno é maior) do que pela vitória no campeonato.

NÚMEROS

Liga dos Campeões: 10 Milhões

A simples presença na Liga dos Campeões vale 7,2 milhões de euros, ao que se soma ainda uma parcela do market pool pelos direitos televisivos – cerca de 2,5 milhões caso haja mais alguma equipa portuguesa na fase de grupos ou cerca de cinco milhões no caso de um único representante. Os prémios na Champions podem ainda crescer consideravelmente consoante o desempenho desportivo: cada vitória na fase de grupos vale 800 mil euros.

Patrocinadores: 1 a 2 Milhões

Os contratos com os fornecedores de equipamentos e os patrocinadores incluem cláusulas que prevêem um montante adicional para o clube, caso seja campeão. Isso também acontece no FC Porto.

Bilheteira: 2 Milhões

Uma equipa campeã leva mais gente aos estádios. Na presente temporada, esse efeito já foi visível no FC Porto, com a média de espectadores no Dragão a subir de 33 mil para 35 mil pessoas. Este efeito prolongar-se-á na próxima época e beneficiará, pelo menos, de três jogos caseiros na Liga dos Campeões. No Dragão estima-se que aumento das receitas de bilheteira e quotização chegue aos dois milhões de euros.

Merchandising: 1 Milhão

Ganhar o campeonato significa vender mais produtos associados ao clube, de camisolas a cachecóis, passando por canetas, isqueiros, brinquedos e relógios. Segundo os responsáveis do FC Porto, o aumento de receitas de merchandising até será mais visível no mercado externo do que internamente, atendendo à situação financeira do país.

Valorização de jogadores: ?

Este é, sem dúvida, um 
dos principais benefícios 
de ser campeão. Os jogadores saem valorizados e têm oportunidade de participar na Champions, que continua a ser a grande montra. É difícil contabilizar quanto é que este capítulo representa mas 
na hora da transferência o clube tira proveito do título

in "publico.pt"

FC Porto. A loja do mister André

O Benfica "foi a gasolina" da chama portista. Villas-Boas copia Mourinho mas também tem as suas diferenças

André Villas-Boas, 33 anos, campeão nacional ao fim de uma carreira de dois anos como treinador principal. Um novo Mourinho ou, como ele próprio diz, um homem "banalíssimo"? O futuro o dirá, mas o passado recente também já sugere alguma coisa. O 25º campeonato da história portista (24º desde o início da Primeira Divisão) é muito seu, ou apenas mais um na interminável obra de Pinto da Costa (veja na infografia em baixo os 14 títulos da sua presidência). Para se perceber qual é o impacto de Villas-Boas nas suas equipas, tentamos entrar no seu balneário. "A primeira impressão que ele causou? Lembro-me que no imediato ficámos impressionados com a facilidade em captar a nossa atenção e em reforçar o nosso espírito de grupo", explica-nos Daniel Amoreirinha, um defesa que conheceu o técnico na Académica de Coimbra. A ideia é reforçada: "Há muitos treinadores que não dominam a linguagem de um balneário, mas o André destaca-se pela forma como passa uma mensagem clara. Ah, e depois é daqueles que aparece motivado para trabalhar todos os dias."

Vamos aos exemplos. Em 2002, quando estava no FC Porto (e tinha Villas-Boas na equipa técnica), José Mourinho afixou no balneário uma entrevista de Manuel Vilarinho, então presidente do Benfica, onde este dizia que iria derrotar os dragões por 3-0 num clássico que se avizinhava. O treinador utilizou a página do jornal como provocação aos seus jogadores, moralizou-os e ganhou 3-2. E Vilarinho meteu a viola no saco.

Na semana passada, os benfiquistas Fábio Coentrão e Jorge Jesus disseram que esperavam ganhar o jogo do título (para o FC Porto) por muitos golos. André Villas-Boas, talvez porque aproveitou a sua escola, também utilizou a provocação. "Vivemos alimentados com o que nos dão. [O que dizem] foi a nossa gasolina toda a época", disse no domingo, a propósito das tais palavras de Coentrão e Jesus.

Mas então será Villas-Boas um clone de Mourinho? Está na cara, pelo menos, que foi buscar ao homem que o formou alguns mecanismos de motivação da equipa. Veja mais este exemplo: na apresentação à equipa portista, no início da temporada, Villas-Boas surpreendeu os jogadores com um vídeo da festa do título que o Benfica tinha ganho há dois meses. O objectivo era simples, só queria explicar-lhes que para fazerem aquela festa teriam de trabalhar como equipa. A coisa pega, sempre atiçada pelo rival. O FC Porto é campeão, sonha acabar a Liga sem derrotas, tem um recorde de dez vitórias na Europa esta temporada e, apesar da eliminação da Taça da Liga ou da desvantagem na Taça de Portugal (0-2 para o Benfica quando falta jogar a segunda mão da meia-final), contornou sem grandes problemas o futebol "diabólico" inventado por Jorge Jesus.

a diferença de mourinho Talvez uma das grandes diferenças entre Mourinho e Villas-Boas esteja na forma como ambos se impõem sobre os jogadores. O primeiro comunica com todos, mas mantendo uma distância que o coloca sempre num nível superior; o segundo cultiva uma relação mais simples e de igual para igual. "O André é uma pessoa de trato muito fácil, não porque não se dá ao respeito mas porque o sentíamos como um de nós. Era um dos nossos", continua Amoreirinha. Mas é normal um jogador tratá-lo por "André" no balneário? "Não, não há qualquer falta de respeito, apesar da idade, é o Mister".

Na loja do mister André Villas- Boas, o jogador é cliente e tem sempre razão. Recentemente, quando perdeu parte do plantel devido aos compromissos das selecções, Villas-Boas fez questão de perceber quais eram os problemas logísticos ou familiares em causa e pediu ao clube que os resolvesse. Depois colhe os frutos dessa proximidade, com o reconhecimento e o empenho de cada um. "O apoio dele é constante", termina Amoreirinha. E assim o treinador consegue que a sua regra funcione: "Um jogador é que decide quando joga, pela qualidade que tem; o treinador só tem de o colocar nas melhores condições".

in "ionline.pt"

As 12 horas de um Campeão

25 passos até ao jogo da glória

É possível que, hoje, André Villas-Boas faça parte do boletim clínico do FC Porto. Diagnóstico: tendinite depois de responder a dezenas de mensagens que lhe encheram as caixas dos telemóveis assim que terminou o jogo da Luz. Não lhe foi fácil adormecer, porque a festa se prolongou até às tantas e também porque, apesar de ter vivido tudo ao vivo e a cores, não conseguiu resistir à tentação de espreitar os resumos televisivos para processar melhor uma festa que, a determinados momentos, sentiu de forma estranha: estava lá, não havia dúvidas, mas numa euforia serena, como que a contemplar de fora uma experiência que lhe parecia demasiado perfeita para ser real. Se fez ou não algo de verdadeiramente especial ontem, não o disse a ninguém. Deixou passar a ideia de que estava a digerir tudo nas calmas, dedicando-se inteiramente à família e aos amigos mais próximos. Agora, é possívelque alguém se lembre de o convidar a colocar as emoções em livro, a contar a caminhada de 25 passos até à glória final no palco perfeito. A realidade também dava um bom livro e a primeira frase é muito fácil de antecipar. Começaria assim: "Era uma vez..."

in "ojogo.pt"

Revista de Imprensa : "Por cada Mourinho que cai outro se levanta"

O 25º título do FC Porto não passou despercebido na Imprensa mundial. Na América do Sul não causou surpresa o destaque dado por vários jornais, desde o Brasil à Argentina, passando pela Colômbia e o Uruguai, mas foi na Europa que o impacto foi maior. Por exemplo, o reputado "Gazzetta dello Sport", de Itália, disse que "por cada Mourinho que cai, outro se levanta", num enorme elogio ao treinador de 33 anos.

marca.com

"As luzes do estádio lisboeta apagaram-se enquanto os jogadores do FC Porto celebravam o êxito. Era demasiado duro para qualquer adepto do Benfica. Um gesto feio, mas entendível até certo ponto"

L'Equipe

"A comparação entre Villas-Boas e José Mourinho é necessária. Os novos campeões de Portugal igualaram o recorde de 13 vitórias consecutivas do Special One na época de 2002/03"

LaGazzettadelloSport

"Por um Mourinho que cai, outro Mourinho se levanta. O ex-treinador do Inter põe fim à época a perder em casa após nove anos e aquele que é apelidado de herdeiro ganha o seu primeiro título que conta a valer com grande estilo"

Olé

"O FC Porto teve uma festa completa na visita ao rival Benfica. É um título justo para o FC Porto, que venceu 23 jogos e empatou apenas dois. Assim, vence o sétimo dos últimos dez campeonatos disputados"

GloboEsporte

"Hulk marcou o segundo golo do FC Porto no clássico com o Benfica, no Estádio da Luz, e comemorou ao estilo micareta: ao lado dos companheiros, comandou a coreografia do Tchubirabiron, música do grupo Parangolé"

BBC SPORT

"O FC Porto só deixou cair quatro pontos no campeonato, fruto de uma brilhante campanha da equipa liderada por André Villas-Boas, de 33 anos. É a primeira época do treinador à frente do FC Porto"

OVACIÓN

"Os festejos de campeão do FC Porto tiveram tudo, incluindo um apagão, aspersores e bandeiras do Nacional de Montevideo, Peñarol e Uruguai. Chateados com o resultado e os festejos, os responsáveis do Benfica apagaram as luzes"

in "ojogo.pt"

Hulk: "Agora, venha a Liga Europa"

Se havia um herói que os adeptos gostariam de ver como protagonista na Luz era Hulk. O Incrível fez-lhes a vontade e entra para a história como o marcador do golo do título em casa do arqui-rival. Em conversa com o O JOGO, o brasileiro assegurou que não pensou em qualquer tipo de vingança quando subiu ao relvado e muito menos se lembrou do caso do "túnel" quando fez balançar as redes de Roberto. "Não entrei com nenhuma mágoa especial, nem rancor pelo que sucedeu no ano passado. O que aconteceu é para esquecer. Fui injustiçado, mas coloquei sempre tudo na mão de Deus . Voltei bem a este estádio e o presente foi a vitória no campeonato. O meu pensamento era jogar apenas e ser campeão, o que aconteceu. Fico feliz por ser outra vez campeão no FC Porto, ainda mais no campo do Benfica. E estou muito contente por ter feito o golo do título, mas os parabéns são para todos", referiu.

O dia seguinte à espiral de emoções que começou no relvado da Luz e terminou no varandim do Dragão foi passado a descansar e com a família. "Foi um dia normal. Não podíamos exagerar na comemoração porque há jogo já na quinta-feira e muito importante. Aproveitei a folga para dormir um pouco e estar junto da minha família e dos meus amigos". Voltando à festa, o brasileiro admitiu que "não imaginava" como seria abrir o champanhe na Luz. "Claro que tem um gostinho diferente, bem mais doce. É o mais saboroso da minha carreira. A partir do momento em que tínhamos esta hipótese focalizámo-nos e concretizámos esse objectivo", referiu, brincando com o apagão no estádio. "Foi pena terem apagado as luzes, mas as nossas caras ficaram na mesma bem nas fotografias e a água que lançaram até deu para um bom banho".

Lançados os foguetes e apanhadas as canas, a hora de voltar a reunir. "Agora o objectivo é terminar sem derrotas para ficarmos invictos. Esta manhã começa a preparação do jogo com o Spartak. "Vamos enfrentar com toda a seriedade porque também aí queremos ser campeões", atirou, sem esquecer a Taça de Portugal. "Voltaremos à Luz dentro de 15 dias e com um resultado negativo, mas a equipa sabe que pode dar a volta. Se formos com humildade, dedicação, acredito que podemos dar a volta", concluiu.

Se surgir uma coisa boa para mim e para o clube...

Hulk tem a cláusula de rescisão mais alta do futebol nacional - 100 milhões de euros - e está a realizar a melhor época desde que chegou ao FC Porto, traduzida em 21 golos só no campeonato. Pelo meio foi chamado ao "escrete" pelo que é natural questionar o avançado sobre o que se segue na carreira. "Tenho mais três anos de contrato com o FC Porto. No momento, pretendo cumprir esse contrato, mas se surgir alguma coisa que seja boa para mim e para o clube, de certeza que se vai concretizar. Mas se ficar no FC Porto ficarei feliz porque é um clube que me recebeu de braços abertos e me deu sempre muito apoio e poderei ganhar muitos mais títulos", sublinhou, acrescentendo que não trocará os dragões por qualquer coisa. "O meu futuro deixo nas mãos dos meus agentes e do FC Porto. Para sair só se for para uma coisa muito melhor porque sinto-me bem na cidade do Porto e no clube", salientou

Não esqueceu Castro e Ukra, nem... os cozinheiros

Hulk tentou não se esquecer de ninguém quando O JOGO o convidou a dedicar o golo e o título conquistado no Estádio da Luz. Dedico a todo o plantel, à comissão técnica, médica, ao roupeiro, à tia da cozinha e aos cozinheiros. A todos. Sem esquecer os jogadores que não foram convocados para este clássico e que nos têm ajudado", acrescentou. E mesmo os que saíram do clube no mercado de Janeiro, mas que ajudaram, nem que tenha sido por poucos minutos, também foram destacados. "O Castro e o Ukra também têm direito a festejar porque fazem parte deste grupo. Este título é nosso e deles", finalizou.

in "ojogo.pt"

É obra do mestre André

PINTO DA COSTA ELOGIOU TÉCNICO
 
“Espetacular!” Foi esta a primeira palavra de Pinto da Costa para André Villas-Boas, consumada a conquista do título em pleno Estádio da Luz. De forma concisa, o presidente espelhou aquele que é o sentimento geral no Dragão. O treinador tem a admiração geral dos seus pares, como se comprova nas opiniões que Record ontem recolheu, mas é entre portas que lhe disparam os maiores elogios. Apesar de se ter definido como um treinador “banalíssimo”, a equipa que o acompanha promove-o à categoria de mestre. “É excelente. No treino, na preparação do jogo, na forma como comunica. Conquistou-nos a todos, sem exceção”, comenta-se a partir do balneário.

Essa empatia reflete-se em campo. “Nunca sentimos que estamos a jogar sozinhos”, dizem os jogadores, que aderiram à filosofia do jovem portuense logo no primeiro dia da época. Num grupo mais curto do que o habitual, muitos gabam Villas-Boas na gestão de ativos, que permite anular azias e insatisfações, mobilizando todo o plantel e abrindo janelas de oportunidades que estão sempre associadas ao mérito e ao rendimento.

in "record.pt"

Fica capitão

Helton entre O regresso e a renovação
 
Chegou a Portugal e, depois, ao FC Porto com o sonho de construir uma carreira sólida que lhe permitisse pousar as luvas ao serviço do Vasco da Gama, o seu clube de eleição no Brasil. Houve, contudo, outros valores que entretanto se ergueram e, agora, Helton também não consegue colocar de parte a possibilidade de terminar a sua carreira no Dragão. O convite nesse sentido já foi apresentado ao guarda-redes e, agora, é só decidir entre... dois amores.

Uma decisão nada fácil, conforme o próprio deu a entender numa recente entrevista que concedeu ao jornal “Lance”! “Rio de Janeiro ou Porto? Briga boa. Posso ficar em cima do muro?”, escapou o guardião, de 32 anos. Nessa mesma conversa com o jornal brasileiro, foi-lhe perguntado de forma direta se o bom relacionamento que tem com o FC Porto o faria terminar a carreira na Invicta, mas também aí foi vago, sobretudo devido ao tempo verbal que escolheu para dar a sua resposta: “Sempre pensei encerrar a minha carreira no Vasco, no clube onde fui projetado para o futebol e passei ótimos momentos.”

in "record.pt"

Entrevista a Castro: «Villas-Boas é um espectáculo»

Há um campeão do F.C. Porto nas Astúrias. E teve um fim-de-semana absolutamente perfeito. André Castro está emprestado ao Sp. Gijón e antes de ver o seu clube a vencer autoritariamente na Luz, ainda teve o descaramento de acabar com um recorde de nove anos de José Mourinho, ao derrotar o Real Madrid em pleno Santiago Bernabéu.

Castro fez 15 minutos contra o Portimonense no campeonato e jogou em mais cinco partidas oficias pelo F.C. Porto esta época. Sente-se «campeão de corpo inteiro» e nunca duvidou que o título viria parar ao Dragão.

«Entrámos muito fortes esta época. Mostrámos desde o início que temos, de facto a melhor equipa. Não me surpreendeu nada, por isso, que o F.C. Porto tenha sido campeão esta época», diz Castro ao Maisfutebol, poucas horas depois da apoteose azul e branca.

«Foi o final perfeito de uma grande campanha na Liga. Diria que a equipa conseguiu uma vitória à Porto. Falei com todos os meus colegas logo depois do jogo da Luz e estavam doidos de alegria. Mantenho uma ligação muito forte com todos eles.»

«Villas-Boas deixou-me uma mensagem muito bonita»

Não é preciso complicar. A procura pelas razões do sucesso do F.C. Porto pode ficar por aqui. Castro ajuda, e muito, a perceber como se vive no balneário dos novos campeões nacionais. E há um nome a merecer os elogios mais rasgados: André Villas-Boas.

«É um privilégio trabalhar com ele. O Villas-Boas é um espectáculo. Mesmo quando não jogamos temos de reconhecer a qualidade do técnico. É este o caso. O mister é um prolongamento dos jogadores, é quase mais um de nós. Valoriza todos os jogadores, trabalha com uma alegria incrível e tem sempre uma palavra amiga», explica Castro.

A despedida do Dragão está, aliás, gravada na memória do médio de 23 anos. «Falou comigo e deixou-me uma mensagem muito bonita. Sinto que confia em mim e por isso temos vindo a falar com regularidade. Entendemos que o melhor era eu sair para jogar regularmente. Estávamos ambos certos.»

«O Porto tem o segundo melhor meio-campo da Europa»

A vida obriga-nos a tomar decisões difíceis. Aceitar a urgência de um passo atrás, na expectativa de dar dois em frente logo depois. Castro percebeu essa necessidade. Fernando, Guarín, João Moutinho, Belluschi, Rúben Micael, Souza. Nomes a mais para um meio-campo com uma densidade qualitativa anormal.

«O F.C. Porto tem o segundo melhor meio-campo da Europa. Só o Barcelona tem tantos e tão bons jogadores. Reconheço isso e por isso acho que fiz bem em maturar no Sp. Gijón. No final da época espero regressar ao meu clube. Se não for este Verão, será no próximo, com certeza.»

Afrontar um colosso, golpeá-lo cirurgicamente e sair vivo da querela. Não é para todos. O Sp. Gijón conseguiu-o no último sábado. Silenciou as ambições do Real Madrid no campeonato e interrompeu um ciclo heróico de José Mourinho: nove anos sem perder em casa. Na força rebelde estava um português. Castro conta ao Maisfutebol tudo sobre a noite épica no Santiago Bernabéu.

«Nem nos meus melhores sonhos acreditava ser possível vencer», confessa o atleta emprestado pelo F.C. Porto. «Entrei no relvado, olhei em volta e percebi que era o estádio mais bonito onde já joguei. Intimida. Estava ansioso no início, não toquei muitas vezes na bola, mas saí satisfeito. Tivemos alguma sorte, é verdade. Foi uma vitória incrível.»

Nos balneários, quando se preparava para o duche retemperador, Castro teve uma surpresa. «O José Mourinho entrou e fez questão de nos cumprimentar um a um. Teve uma grande atitude. Todos nós ficámos perplexos, pois ele tinha praticamente acabado de perder o título espanhol.»

Para o compatriota houve um tratamento especial. «Quando me viu fez questão de me dar os parabéns pela minha exibição e perguntou-me se estava a gostar de jogar em Espanha. Depois disse-me que eu tinha feito muito bem em ir para a liga espanhola. Fiquei orgulhoso porque ele é o melhor treinador do mundo», sublinha Castro.

No relvado, Castro até teve tempo para observar com atenção as estrelas merengues. Sem o lesionado Cristiano Ronaldo, dois outros atletas impressionaram o português. «Gostei muito do Diarra e do Di María. Fizeram um grande jogo. O Ricardo Carvalho, que admiro há muitos anos, também esteve bastante bem.»

«A experiência em Gijón não podia ser melhor»

Os números são à prova de especulação. E dão razão a Castro na opção pelo histórico Sp. Gijón. Nove presenças no campeonato, dois golos, 600 minutos em cerca de três meses. Castro, de resto, ainda não perdeu com a camisola asturiana. Cinco vitórias e quatro empates, com o Barcelona e o Real Madrid a fazerem parte do rol de vítimas.

«Não podia estar a correr melhor. Tenho jogado sempre, já marquei duas vezes e adoro o clube. Na cidade de Gijón as pessoas são todas do Sporting. O estádio está sempre cheio e o centro de estágio é muito bom. Estou feliz.»

A excelente época em Espanha amplia os horizontes de Castro. O médio emprestado pelo F.C. Porto começa a pensar em voos mais altos. A selecção principal, por exemplo, começa a ser um objectivo mais definido, como confessa o atleta de 23 anos ao Maisfutebol.

«Acho que uma chamada à selecção A já não está longe. Estou a jogar com regularidade na melhor liga do mundo e sei que o Paulo Bento é um treinador atento», explica o jogador, internacional em vários escalões jovens.

Castro não conhece Paulo Bento pessoalmente, embora tenha «as melhores referências», e pretende convencer rapidamente o seleccionador. Isto, apesar do leque de opções muito alargado existente para o meio-campo da Selecção Nacional.

«Euro-2012? Mundial-2014? Sinceramente, quanto mais cedo eu for chamado, melhor. Seria um prazer enorme poder chegar à equipa de todos os portugueses, até por que tenho um percurso muito grande nos escalões de formação. Vamos ver o que acontece. Já fui aos sub-23, falta dar mais um passo.»

in "maisfutebol.iol.pt"