domingo, 9 de janeiro de 2011

Falcao garante desconhecer interesse de outros clubes


Após a vitória do F.C. Porto ante o Marítimo, avançado colombiano do F.C. Porto, Radamel Falcao, justificou, no Twitter, a sua ausência do jogo por lesão, acrescentando que só pensa no Porto e em "fazer uma boa época com a equipa".
Ontem, sábado, o goleador não deu o seu contributo na goleado da equipa azul e branco no Dragão, mas tratou de sossegar os seus fãs na rede social.
"Tive um problema muscular e por isso não joguei, de qualquer forma esta semana integro-me no plantel e posso estar disponível para o jogo de domingo", escreveu poucas horas após o jogo do F.C. Porto.
Falcao também demonstrou que sabe das notícias sobre o alegado assédio de clubes estrangeiros, mas coloca-as para canto.
"Neste momento só penso no Porto, em fazer uma boa época com a equipa. Dos interesses de clubes que se fala não sei de nada", "twittou" depois de elogiar o belo golo do colega e compatriota, Guarín, classificando-o de "bomba impressionante".
 
in "jn.pt"

James Rodrigez: Declarações (video)

Pinto da Costa: "Estávamos todos cheios de medo..."

Pinto da Costa aproximou-se ontem dos jornalistas com o objectivo de desejar as "rápidas melhores" ao "amigo" Alberto João Jardim, embora não se tenha negado a responder a perguntas sobre futebol. Os festejos efusivos na tribuna presidencial pelo quarto golo apontado serviram de arranque para a conversa que se seguiu. Teria sido aquele momento um grito de revolta pelas críticas que se seguiram à derrota frente ao Nacional? Pinto da Costa diz que não. A culpa foi mesmo de James. "Nada disso. Revolta porquê? Por termos perdido um jogo da Taça da Liga? Aliás, nem me importo de perder todos os jogos da Taça da Liga. Festejei daquela forma porque o James conseguiu finalmente marcar. Ele andava à procura de um grande golo e marcou depois de uma grande jogada. Fiquei muito feliz, sobretudo porque ele tem tido azar na finalização. Foi apenas isso", explicou. Depois, Pinto da Costa foi confrontado com as constantes trocas de palavras entre André Villas-Boas e Jorge Jesus. "Tem sido muito giro. É bonito. Sinceramente, tenho gostado de tudo. Cada um no seu estilo, mas tenho gostado", afirmou, antes ainda de voltar a comentar as palavras do treinador do Benfica sobre os recentes elogios que recebeu do próprio… Pinto da Costa. "Gostei imenso da resposta dele. Ele é uma pessoa inteligente e por isso é que sou amigo dele, até porque não gosto de gente estúpida". O líder portista respondeu ainda à questão sobre o que poderá tirar o FC Porto da rota do título - "se perdermos três jogos e os vermelhos os ganharem todos" - antes de voltar a falar, com uma forte carga de ironia, sobre as palavras "desestabilizadores" de Jorge Jesus. "Estamos muito desestabilizados… Aliás, não se notou hoje [ontem]? É uma pressão negativa. Estávamos todos a tremer, cheios de medo e nem sequer fizemos golos bonitos. Aliás, nem sei o que vai acontecer com o Pinhalnovense, porque a equipa está muito nervosa", concluiu.

in "ojogo.pt"

O FC Porto um a um


Guarín 8
Dois golaços de se lhe tirar o chapéu

Cedo se percebeu que estava tentado a rematar de longe. Quando teve espaço, não pediu licença: a quase 40 metros da baliza, atirou e até ele próprio ficou surpreendido quando a bola bateu nas redes. Um golão que por si só valeu o dinheiro do lugar anual para os sócios portistas. Empolgado, cresceu, assumiu as despesas de ataques e voltou a marcar; agora com o pé esquerdo e mais perto da baliza, mas mesmo assim fora da área. Mais um grande momento, que teve direito a dança com o "sombrero vueltiao", tradicional chapéu da Colômbia



Helton 6
Não fez qualquer defesa na primeira parte. Marquinho ainda tentou por duas vezes, mas ambos os remates lhe saíram tortos. O brasileiro voltou a tentar aos 64', aí sim, obrigando o guardião a uma enorme intervenção. Nada podia fazer no golo, perante o cabeceamento de Baba um metro à sua frente. Até ao fim, apenas mais uma defesa digna de registo.

Sapunaru 5
Pouco ofensivo muito por culpa de Djalma, que o forçou a redobrar a atenção e a correr quilómetros para trás. Não comprometeu, mas também é verdade que já fez melhores jogos. Saiu lesionado após um choque com um adversário.

Rolando 6
Procurou controlar as movimentações de Baba, o que nem sempre foi fácil. Não complicou na hora de afastar a bola, apostando várias vezes nos passes longos. Dominou no jogo aéreo, ainda que, no golo do Marítimo, partilhe responsabilidades com os restantes companheiros.

Otamendi 6
Esteve sempre com um olho na bola e outro em Rafa. Foi notória a preocupação em dobrar o companheiro da esquerdo, levando-o por vezes a não tomar a melhor decisão. Sempre muito agressivo na disputa de bola, efectuou diversos cortes em zonas perigosas. Terminou a defesa-direito, posição que ocupou no Mundial'2010.

Rafa 5
O elo mais fraco nesta goleada. Ainda lhe parece pesar a camisola do FC Porto, pois esteve mal defensivamente, dando espaço nas costas, e pouco incisivo no ataque. Até tentou apoiar James, mas saiu do jogo sem efectuar qualquer cruzamento. Melhorou um pouco na segunda parte.

Belluschi 6
Bom início de jogo, com um remate perigoso e dois grandes passes para Varela. Voltou a tentar a sorte de longe, mas não acertou na baliza. Aos 37' entregou a bola a um adversário, proporcionando um contra-ataque perigoso.

João Moutinho 8
Exibição fantástica a que só faltou o golo; e foi o poste direito da baliza do Marítimo que o impediu de festejar. Fortíssimo na transição defensiva, recuperou inúmeras bolas. Decidiu sempre bem com a bola nos pés, criando autênticos buracos na defesa do Marítimo. Estendeu a passadeira a Hulk no lance do quarto golo.

Varela 6
Bom regresso. Explorou muito bem os espaços concedidos por Alonso. Um remate à malha lateral aos 11', além de vários cruzamentos atrasados que não tiveram a resposta adequada.

James 7
Continua a crescer a olhos vistos. Cheirou o golo em diversas ocasiões, mas só encostou para o fundo das redes aos 81', muito por culpa de Marcelo. E quase bisou pouco depois. Mas James não foi só finalização; também construiu e distribuiu jogo com grande classe.

Hulk 7
Dois meses depois voltou a marcar de bola corrida, num grande remate de fora da área. Já leva 14 golos no campeonato, confirmando toda a sua importância na equipa. Mais tarde ofereceu de bandeja o golo a James. Foi o ponta-de-lança de serviço, mas foi fora dessa zona de acção que brilhou.

Fernando 5
Depois de ver do banco os golaços de Guarín, teve direito a quase meia hora em campo para recuperar ritmo competitivo, actuando na posição 6.

Maicon 5
Chamado de urgência à equipa no último quarto de hora, porque Otamendi teve de fechar na direita após a lesão de Sapunaru. Não complicou, até porque o resultado ficou resolvido logo a seguir.

Mariano 5
Regresso muito saudado do capitão à equipa, 301 dias depois da grave lesão. O extremo argentino teve tempo para participar em dois contra-ataques e fazer uma assistência de cabeça para James, com o colombiano, porém, a cabecear por alto.

in "ojogo.pt"

Este líder sacode a pressão com bombas

O FC Porto voltou às vitórias depois do deslize frente ao Nacional na Taça da Liga e colocou a pressão toda em cima dos ombros do Benfica que hoje entra em campo sabendo que a diferença para o líder do campeonato está nos dois dígitos: ao certo, mesmo provisórios, são 11 pontos de avanço garantidos com uma exibição personalizada e uma goleada que parece querer dar razão aos responsáveis portistas quando dizem que não precisam de contratar mais avançados. Ontem, mesmo sem Falcao e com Walter sentado no banco, o FC Porto marcou quatro golos ao Marítimo, vencendo exactamente pelos mesmos números da última época e provando pelo caminho, com o devido pedido de perdão para os defensores dos direitos dos animais, que há mais do que uma maneira de esfolar um gato. E durante algum tempo, o Marítimo foi um gato particularmente difícil de esfolar.

Tal como O JOGO avançou em primeira-mão, André Villas-Boas mexeu em todos os sectores da equipa. Helton voltou para a baliza, Sapunaru e Otamendi recuperaram os respectivos lugares na defesa, Belluschi regressou à sua posição no meio-campo e até Varela cumpriu as profecias que davam como certo o seu regresso à equipa depois de recuperado da lesão que o afastou dos cinco jogos anteriores. A novidade, pelo menos para quem não lê O JOGO, foi a utilização de Hulk como ponta-de-lança, o que, com James na esquerda, permitiu a construção de um tridente ofensivo muito móvel, rápido e flexível. Foi esse tridente, devidamente municiado pela inteligência e criatividade de João Moutinho e Belluschi, o responsável pelas primeiras oportunidades de golo, logo nos instantes iniciais da partida. Curiosamente, apesar da eficácia das alterações introduzidas por André Villas-Boas na equipa, seria precisamente um jogador em que não mexeu a decidir o jogo. Com Fernando recuperado, houve quem adivinhasse o seu regresso ao lugar de trinco, mas Villas-Boas resolveu não tirar o tapete a Guarín, premiando a boa resposta dada pelo colombiano após a lesão de Fernando. E foi Guarín quem desatou o nó que o Marítimo tinha conseguido dar no jogo.

Com a velocidade de Djalma e Baba a manter a defesa portista em respeito e com o superpovoamento do meio-campo defensivo a complicar o futebol apoiado da equipa de Villas-Boas, o Marítimo tinha conseguido garantir que o domínio exercido pelo FC Porto desde o início fosse pouco mais do que inconsequente, jogando com o cronómetro e a pressão das bancadas para ampliar o nervosismo do anfitrião. E foi assim até Guarín se fartar de tentar encontrar um caminho por entre os problemas criados pelos madeirenses e resolver sobrevoá-los. Aos 37', o colombiano recebeu um passe de Varela em zona frontal. Sem marcação, com espaço à sua frente, Guarín puxou a perna atrás. Houve quem pensasse num excesso de optimismo quando a bola partiu, mas o facto é que, quase quarenta metros mais à frente, entrou com estrondo na baliza de Marcelo. A vantagem retirou pressão aos portistas e abanou a estrutura montada por Pedro Martins. De tal maneira que a primeira parte acabaria com um remate ao poste de Moutinho, depois de uma excelente combinação com Guarín.

O segundo golo chegaria apenas na etapa complementar, curiosamente logo depois do Marítmo ter ameaçado Helton. Djalma ultrapassou Sapunaru em velocidade, cruzou para a área e Baba só não marcou porque Rafa estava lá a pressionar. Na resposta James e Hulk combinaram em zona frontal. O colombiano faz o passe para o brasileiro e arrastou consigo um defesa, abrindo espaço para o remate de Hulk, sem hipótese para Marcelo. O jogo parecia resolvido aí, mas o Marítimo ainda conseguiria reduzir. Um livre, a castigar falta de Sapunaru sobre Djalma, foi cobrado por Sidnei. Enquanto o romeno recebia assistência fora das quatro linhas, Baba chegava mais alto que os centrais e batia Helton, ameaçando ressuscitar o jogo. Já com Fernando em campo e com Guarín a jogar mais adiantado no terreno, seria o colombiano a dar-lhe a estocada final, confirmando uma das melhores exibições de sempre no FC Porto com mais um golo bem desenhado. O Marítimo acabou aí, o que explica a facilidade com que James marcou o quarto golo do FC Porto, oferecido por Hulk, e a oportunidade que Villas-Boas deu a Mariano para voltar ao relvado do Dragão e ouvir uma das maiores ovações da noite.

in "ojogo.pt"