sábado, 16 de outubro de 2010

FC *prtp - Limianos (declarações)

Emídio Rafael: «Podem confiar em mim»

Emídio Rafael, jogador do F.C. Porto, em declarações após o triunfo por 4-1 sobre o Limianos:

«Foi uma boa estreia. Estou agradecido pela oportunidade que tive. Há que continuar a trabalhar para estar à disposição do técnico quando ele precisar. Podem confiar em mim. Ganhar foi bom. Para mim e para a equipa. Fizemos um bom jogo. Senti-me bem e estou feliz por esta oportunidade.»

James Rodríguez: «A minha oportunidade vai chegar»

ames Rodríguez, avançado do F.C. Porto, em declarações após o triunfo por 4-1 sobre o Limianos:

«Foi um jogo que até começou difícil, mas conseguimos o mais importante. Estamos confiantes. Quero jogar mais e trabalho para isso durante a semana. Tenho trabalhado cada vez mais. Penso que a oportunidade para jogar no campeonato vai chegar, mas respeito as opções do treinador.»

O que sentiu antes de ver o seu golo anulado?

«Senti uma grande alegria nesse lance. Só foi pena o árbitro não ter validado, mas sei que o golo foi legal.»

Walter: «Sou fã do Falcao e não me importo de ficar no banco»

Walter apontou três golos na sua estreia a titular no F.C. Porto. Ainda assim, o avançado assegura que não se importa de regressar ao banco de suplentes. «O Falcao é um jogador especial», explica, sincero, o avançado recrutado no Internacional de Porto Alegre.

«Senti-me bem. Foi uma estreia de sonho. Fiz três golos com a ajuda da equipa. Todos trabalham para ter um lugar e ninguém pode facilitar porque o grupo é forte. Marquei três vezes em quatro oportunidades. A taça não é tão importante, mas estavam no estádio 40 mil pessoas. É sinal que toda a gente está com a equipa.»

Fica aborrecido se regressar ao banco de suplentes?

«O Porto tem um grande atacante que é o Falcao. Sou fã dele. Por isso posso estar na boa no banco, não há problemas, não me importo. Ele é um enorme jogador, muito especial. Respeitamo-nos muito.»

in "maisfutebol.iol.pt"

André Villas-Boas: «Podia ter corrido melhor»

Walter foi a figura da noite no Estádio do Dragão, mas André Villas-Boas prefere apontar os elogios ao colectivo azul e branco. O treinador do F.C. Porto fez um balanço positivo da estreia na Taça de Portugal, embora reconheça que as coisas «até podiam ter corrido melhor».

«O 2-0 mesmo antes do intervalo foi decisivo. Se não marcássemos íamos alimentar o sonho do Limianos. O jogo foi sempre controlado por nós. Agradeço a forma como o Limianos se comportou. Teve uma atitude digna de louvar e jogou o jogo pelo jogo. Criámos várias oportunidades e só tenho pena de ter sofrido um golo, pois nessa altura íamos experimentar um 3x4x3 mais agressivo. Foi bom mas podia ter corrido melhor.»

O que conquista a sua equipa com esta partida?

«A competitividade no treino tem sido extrema. Há muita gente que quer entrar neste lote . O mais importante é que não haja auto-frustração. Temos 26 jogadores disponíveis e nesse sentido há que louvar a competitividade dentro do plantel. É importante ameaçar os que jogam com mais frequência e desejo que todos se mantenham num nível elevado.»

in "maisfutebol.iol.pt"

Taça de Portugal: F.C. Porto-Limianos, 4-1 (crónica)

Por uma vez no Dragão, a película foi dominada pelas personagens secundárias. Foi uma espécie de revolta dos figurantes, daqueles que normalmente aparecem encobertos na fotografia. Não é fácil imaginar um episódio de Sherlock Holmes com o Dr. Watson a liderar a investigação, ou até mesmo uma crónica de Dom Quixote preenchida por um Sancho Pança a investir de lança sobre moinhos de vento. Esta noite, aconteceu.

Walter elevou-se a figura maior, libertou-se das amarras de Falcao, e fez três golos. O brasileiro mostrou faro apurado nas zonas de baliza, alguns pormenores de excelente qualidade e uma mobilidade que aquele corpo arredondado não deixa antever. O rapaz promete.

O Limianos, equipa do quarto escalão nacional, associou-se à história e sai com direito a aplausos de pé. Postura atrevida, muito interessante, com dois ou três jogadores de qualidade e um golinho celebrado como se o Santo Graal estivesse escondido nas redes de Beto.

Pedro Tiba merece uma linha só para ele. Foi este o responsável pela implosão de alegria no sector destinado às cinco mil almas de Ponte de Lima. Isso mesmo, cinco mil pessoas direitinhas do Minho para o Porto.

Hulk e Varela destravados

É uma característica destes jogos desnivelados logo antes do apito inicial. O algoz anunciado sobe ao local da execução, sorri perante a vítima entregue à guilhotina e decide prolongar-lhe a réstia de vida. A fragilidade natural do opositor entregue ao carrasco pode explicar muita coisa, mas há outra que se chama brio.

Os portistas foram briosos e em apenas nove minutos desceram a lâmina sobre o pescoço do Limianos. Walter abriu a contagem num pontapé de primeira e o sangue jorrou, jorrou e jorrou. O dragão acalmou a fúria pelo golo e entregou-se ao deleite.

Depois de 30 minutos dormentes, desinteressantes, pautados por uma supremacia condescendente dos dragões, Varela lá fez o segundo golo e agitou a turba. Sem acelerar, sem jogar especialmente bem, o Porto cumpriu a sua obrigação, aumentando e diminuindo o ritmo conforme lhe pareceu melhor. Chegou ao 3-0, numa conclusão de Walter à meia-volta, e permitiu o tal sacrilégio a Pedro Tiba, antes de Walter fechar as contas perto do último apito.

Num olhar mais amplo, só Hulk e Varela foram frenéticos e abusadores do princípio ao fim. Mas esses, já se sabe, não têm travões.

Atenção a Emídio Rafael e¿ James

Num filme com tantas figuras novas, duas merecem aprovação total: Walter, conforme o supracitado, e Emídio Rafael. O lateral esquerdo jogou pela primeira vez e jogou bem. Não terá vida fácil com a concorrência de Alvaro Pereira, mas mostrou uma enorme evolução, em relação ao que mostrara na pré-época. André Villas-Boas não se enganou ao trazê-lo de Coimbra.

Sereno alternou o razoável com o medíocre, Otamendi pareceu excessivamente confiante e Beto não teve grande trabalho. Dos médios, Guarín foi o que mais apareceu, com Rúben Micael e Souza a cumprirem os respectivos papéis com competência.

Castro, James Rodríguez e Ukra foram lançados na segunda parte. Os portugueses são unidades de muita qualidade, o colombiano pode deixar de ser personagem secundária a qualquer instante.

in "maisfutebol.iol.pt"

"James está tranquilo e pronto"

Quando lhe perguntaram se era desta que James Rodríguez se estreava oficialmente pelo FC Porto, André Villas-Boas preferiu não responder. A convocatória sugere que sim, que pode ser mesmo desta, justificando a expectativa. Apesar de tudo, James não é o único ansioso desta história. "Ele está com toda a vontade e força para começar a jogar. Só falta mesmo chegar o momento de entrar em campo e demonstrar o que sabe", garante Sílvio Sandri, representante do colombiano e também ele assumidamente a contar os dias. Sandri contou a O JOGO que esteve em Portugal a acompanhar os primeiros dias do jogador no Porto, mas, desde a semana passada, James passou a ter outra ajuda de peso para garantir estabilidade psicológica: a companhia da noiva. "James está muito contente com a cidade, o clube, os companheiros. Com tudo. Isso deixa-o tranquilo, esperando apenas que lhe dêem uma oportunidade para jogar porque sente-se preparado para responder à confiança que depositaram nele".

As presenças de Falcao e Guarín, também eles colombianos, foi importante para a adaptação a uma nova realidade futebolística. Os outros sul-americanos completaram o círculo para que a mudança de país e de continente não fosse tão dramática. "Felizmente, apesar de se tratar de um clube importantíssimo, dos melhores da Europa, o FC Porto tem um bom balneário. Há figuras, jogadores consagrados, mas de grande humildade. James disse-me que todos o ajudaram bastante, recebendo-o de braços abertos", prossegue Sandri, alargando os elogios aos dirigentes portistas, usando um exemplo concreto de que O JOGO já tinha noticiado: o interesse recente do Racing Avellaneda, clube que o queria de volta ao campeonato argentino. "Quando houve essa hipótese, porque o James não jogava, explicaram-lhe que não o deixavam sair porque acreditam que tem um potencial enorme. Pediram-lhe apenas que tivesse paciência, porque sabem que tem condições para ganhar o lugar e será uma peça importante no FC Porto. Neste momento, o que se passa é que ele tem a concorrência de jogadores internacionais, seja por Portugal ou Uruguai".

Mundial de Sub-20 é o próximo objectivo para concretizar

Estrear-se pelo FC Porto e ter continuidade são os objectivos principais de James Rodríguez, que também pisca o olho à selecção colombiana. No próximo ano, haverá Copa América, campeonato sul-americano e Mundial de Sub-20, organizado, precisamente, pela Colômbia. "James é jovem e tem idade para jogar nos sub-20. Para ele seria muito importante participar, mas, primeiro, tem de pensar no FC Porto; tem de jogar e destacar-se. Se o conseguir, estou certo de que as convocatórias para a selecção acabarão por chegar", rematou Sílvio Sandri.

in "ojogo.pt"

Quase nove milhões em caixa

O FC Porto informou ontem, através de um comunicado enviado à CMVM, a alienação, em regime de associação económica, de parte dos passes de João Moutinho, James Rodríguez e Walter, três dos principais reforços para esta temporada, por um valor total de 8,8 milhões de euros. Detalhando o negócio, a SAD vendeu 37,5% dos direitos desportivos de Moutinho por 4,125 milhões de euros à empresa Mamers B.V.; 35% dos direitos desportivos de James por 2,550 milhões de euros à Gol Football Luxembourg; e 25% dos direitos desportivos de Walter por 2,125 milhões de euros à Pearl Design Holding Ltd. Feitas as contas com base nos negócios realizados pela SAD do FC Porto no último Verão, Walter foi o único a ser negociado por um valor superior ao da compra, tendo valorizado a mesma parcela (25%) em 125 mil euros.

Estas associações económicas, como refere o comunicado, permitem o financiamento da SAD, que, recorde-se, realizou um forte investimento no arranque desta temporada. Ou seja, não são vendas, porque o FC Porto continua com a capacidade decisória relativamente ao futuro dos jogadores, mas apenas uma demonstração da capacidade para a SAD atrair novos parceiros, com o objectivo de contratar jogadores de qualidade e manter equipas competitivas. Apesar de manter a tal capacidade decisória, como contrapartida do investimento efectuado pelas empresas em causa, o FC Porto fica obrigado, a partir de um determinado valor oferecido por um suposto interessado, a vender o jogador ou, em alternativa, a recomprar a parte agora cedida às três empresas, apesar de os contratos ontem anunciados serem todos diferentes, com especificidades próprias e desconhecidas.

Para além desta ideia, há mais duas inerentes ao negócio: a SAD formalizou as alienações com estas associações depois de, numa primeira fase, ter demonstrado capacidade para negociar através do prestígio adquirido ao longo dos últimos anos; numa segunda fase, seleccionou e escolheu os parceiros considerados ideais para cada um dos negócios.

Após uma simples pesquisa na internet, não é encontrada praticamente nenhuma referência às empresas em questão, com excepção da Pearl Design Holding Ltd., que adquiriu parte do passe do brasileiro Walter. Relativamente a esta, percebe-se apenas que está sediada em Bristol, em Inglaterra.

in "ojogo.pt"

Benfica pediu 2500 bilhetes para o jogo no Dragão


Para o Benfica, a ida ao Dragão é uma excepção. O boicote não é para seguir. "Porque o F. C. Porto não se bate pela verdade desportiva e porque Villas-Boas está sempre a falar do Benfica", o clube da Luz já pediu 2500 bilhetes para o clássico de 7 de Novembro.

Na Madeira e em Portimão, sim, depois no Dragão, não. Esta é a política do Benfica relativamente aos seus adeptos, nos jogos fora de casa. O desafio no Funchal já se realizou e contou com benfiquistas nas bancadas, o encontro no Algarve só terá lugar no dia 24, mas segue o mesmo caminho.

Ou seja, o superior apelo da direcção, feito no dia 13 de Setembro, não está a ser correspondido pelas bases. Nessa data, depois do Guimarães-Benfica (2-1), foi emitido um comunicado não só para criticar o trabalho do árbitro Olegário Benquerença, mas também para apelar a que os adeptos "se abstenham" de acompanhar a equipa fora da Luz. Essa "ausência será o melhor indicador da nossa indignação", dava conta o duro documento, num protesto contra a alegada falta de isenção e no qual nem o secretário de Estado do Desporto, Laurentino Dias, escapou, ao ser declarado "persona non grata", por "ter abandonado o combate pela credibilização do futebol português". Há dias, o apelo, no sentido do boicote, foi reiterado, numa carta enviada pelo líder benfiquista, Filipe Vieira, à massa associativa.

"Não cumpre os pressupostos"

Mas, de um dia para o outro, o regime deixou de ser tão rígido. Abriu-se uma excepção para a viagem até à Invicta. O F. C. Porto-Benfica (20.15 horas, SportTV1) , relativo à 10.ª jornada e agendado para 7 de Novembro, vai ter público encarnado nas bancadas e com o aval da direcção das águias.

Uma fonte do clube avançou com dois motivos para justificar a quebra do enunciado a 13 de Setembro. "O jogo do Porto é o único que não cumpre os pressupostos em que assentou o pedido dos órgãos oficiais. O F. C. Porto, com esta direcção, nunca se baterá pela verdade desportiva", argumenta o Benfica, por um lado. Por outro, serve-se das declarações do técnico portista, André Villas-Boas, para sustentar o volte-face, embora pontual. "Depois de assistirmos, na última conferência, a mais uma manifestação de benfiquismo do senhor Villas-Boas - aliás, não há uma conferência em que não fale do Benfica - decidimos pedir os bilhetes e retribuir-lhe tamanho entusiasmo".

Devoluções até 24 horas antes

O pedido já chegou ao Dragão. Na devida altura, os bilhetes seguirão pelas vias normais até à Luz. O Benfica tem direito a 5% da lotação e foi esse montante máximo que reservou (2500 ingressos). Cem bilhetes para a bancada-central completam a encomenda. Pelos regulamentos da Liga, o clube visitante dispõe, ainda, de 50 convites para a bancada-central e oito para o camarote presidencial. Nas deslocações ao Dragão, Filipe Vieira tem usado desta prerrogativa para assistir ao clássico.

Resta dizer que o Benfica pode devolver os bilhetes até 24 horas antes do desafio e que, na Luz, há quem advogue a tese de, mesmo ficando com os ingressos, não comparecer e deixar o sector visitante despido de público.

in "jn.pt"

Hulk não vai fazer... ponte

André Villas-Boas não prescindiu dos serviços de Hulk, tendo em vista o jogo com o Limianos, no qual o FC Porto começará a defender o título que lhe pertence. O Incrível está entre os 18 convocados para a 3.ª eliminatória da Taça de Portugal e deve mesmo ser titular, jogando bem perto do amigo Walter.

Quer isto dizer que o camisola n.º 12 não vai fazer ponte para o jogo seguinte, a contar para a Liga Europa, frente ao Besiktas. O mesmo não podem dizer jogadores como Helton, Alvaro Pereira, Rolando, Fernando João Moutinho e Cristian Rodríguez, que foram poupados a este desafio da prova rainha. Fucile também não está entre os eleitos, mas o uruguaio vai cumprir castigo pela expulsão frente ao V. Guimarães.

Quanto às presenças, uma nota para a de Falcão. O internacional colombiano só fez uma sessão de preparação para o compromisso desta tarde, mas está convocado, embora tudo aponte para que fique no banco de suplentes, uma vez que o lugar central do ataque está reservado para Walter.

Será a primeira titularidade do reforço contratado ao Internacional de Porto Alegre e uma ótima oportunidade para o brasileiro começar a justificar o investimento que o clube fez para o contratar. De resto, refira-se que os ainda não utilizados James, Emídio Rafael, Sereno e Kieszek também estão entre os convocados.

in "record.pt"

Coração perto da boca

Villas-Boas dá toque muito pessoal a intervenções públicas
Ontem, ao início da noite, as declarações de André Villas-Boas que visaram o presidente do Benfica ainda tinham impacte. No site do Record, a peça “Villas Boas: «Não é mais ridículo renunciar à Taça da Liga?»” ainda era a mais comentada. O que o técnico diz assume repercussões e não cai em saco-roto, preenchendo a agenda mediática e motivando reações. Como é óbvio, esta contundência do portuense corresponde a uma estratégia institucional, mas ganha outra expressão através da força do discurso do treinador, que passa também a imagem de um líder que sente o pulsar do clube.

A estrutura da SAD trabalha com Villas-Boas como trabalhava com Jesualdo Ferreira, cujo estilo de comunicação raramente motivou tanto entusiasmo dos portistas e tanta exaltação dos adversários. O que distingue, afinal, o novo timoneiro?

Pinto da Costa não contratou Villas-Boas olhando à sua filiação clubística, mas é óbvio que o portismo do técnico caiu no goto de uma massa associativa que não tinha um líder a puxar ao sentimento desde António Oliveira (1996 a 98). O discurso do treinador soa autêntico e não contorna a rivalidade efervescente com o Benfica. É rara a intervenção em que não visa o rival da Luz, assumindo uma confrontação muito ao estilo de Pinto da Costa, cuja exposição tem sido mais resguardada. Isso mesmo é salientado pelo comentador Record, Carlos Abreu Amorim: “Villas-Boas percebeu que havia ali um espaço mediático que estava vazio.”

Atento

Na retaguarda do míster há toda uma equipa que tenta orientá-lo. As suas intervenções públicas são preparadas, antecipando-se perguntas e pontos a abordar. Villas-Boas tenta fugir ao fator surpresa, mas reage bem ao inesperado. Informado e muito atento à atualidade, sabe o que se escreve nos jornais e o que se diz a seu respeito, não se inibindo de criticar opções editoriais. E se o técnico procura informação, o clube também faz questão de lha transmitir, selecionando notícias do seu interesse e que lhe faz chegar durante o dia.

O homem que gosta de tratar os jornalistas por “tu”não foge a perguntas nem acelera as suas conferências. Antes dos jogos, a disponibilidade para as questões é total e não restringe temas. Villas-Boas prepara-se para conversas de 10 minutos ou de uma hora e assume, muitas vezes, a ofensiva, respondendo a “opinion makers” e julgando o trabalho jornalístico.

Carlos Abreu Amorim: «Atirou-se a Vieira como um doberman»

Jurista e sócio DOS DRAGÕES DÁ OPINIÃO

“Villas-Boas respondeu a Filipe Vieira porque se sentiu visado, mas não se limitou à legítima defesa. O seu discurso revela duas preocupações: a de se afirmar como treinador de um grande clube e a de se afirmar como um líder mediático. Está a aproveitar um espaço vazio que se prolonga no FC Porto desde o Apito Dourado. Villas-Boas preenche-o na perfeição e, mais do que uma questão meramente institucional, há aqui um plano pessoal de projeção mediática. Jesualdo Ferreira não tinha esta capacidade de entrar em guerrilhas e já há quem o queira comparar com Mourinho. É verdade que Mourinho fez isto, mas num estilo muito peculiar e inimitável. Villas-Boas está a ser inteligente e arguto, atirou-se como um doberman ao pescoço de Vieira, que não tem capacidade para entrar nesta luta. Os resultados ajudam, mas vejo aqui todas as condições para que se construa um líder mediático.”


in "record.pt"

Arte do calcanhar arrepiou o Dragão

massimo furlan recriou movimentos de rabah madjer na final de viena
 

Arte é uma das palavras com sentido mais lato do dicionário e saudade um termo utilizado apenas pelos portugueses. Ontem, no Dragão, juntaram-se os dois graças ao talento de Massimo Furlan. O suíço recriou todos os movimentos de Madjer na memorável final de Viena, frente ao Bayern Munique, onde os azuis e brancos venceram a primeira Taça dos Campeões Europeus.

Sem bola, em campo inteiro, as fintas, os passes, os sprints, os remates e o calcanhar mundialmente famoso foram recordados por cerca de meio milhar de portistas. Tudo foi ensaiado ao segundo e nem faltou o genial argelino. Na bancada, Rabah Madjer não largou a câmara de filmar da mão e o sorriso rasgado nunca lhe saiu do rosto. De um lado, a esposa arrepiada e o filho vidrado como se estivesse no cinema (nem as pipocas faltaram); do outro, um orgulhoso Pinto da Costa.

Massimo Furlan passou os últimos três meses a decorar a exibição de um dos mais talentosos jogadores da história do FC Porto. Ontem, entrou em campo e durante 90 minutos puxou pela memória. O momento alto estava guardado para a segunda parte: o Dragão ficou a meia luz para assistir ao toque de calcanhar e ao lance rápido que, pouco depois, resultou na cambalhota do marcador. O público festejou quase tanto como em 1987. Só faltou a taça que o capitão João Pinto se recusou a largar no Estádio do Prater...

Artur Jorge seguiu as incidências no banco. Os écrãs gigantes foram passando o jogo verdadeiro e até a rádio voltou a ter importância de outros tempos com um relato em direto.

No final, o verdadeiro artistas não escondeu a emoção. “Ele recriou bem todo o meu jogo, o golo e o lance do 2-1. Foi um espetáculo muito bonito e foi bom recordar um jogo que nunca me sai da cabeça. Foi, talvez, o meu melhor golo, até porque foi numa final, mas também recordo sempre o de Tóquio, que valeu a Intercontinental”, confessou Madjer.

in Record.pt"

Desafio de Istambul dá recorde a Villas Boas

Liga Europa já no horizonte do Dragão. Oliveira pode ficar para trás. Melhor série de sempre ao alcance do técnico.

Gestão lógica, natural, impositiva, o que se queira, como se queira ver pelos diversos ângulos da questão, pois nada mais simples do que fazer descansar mais de meia equipa, quando o adversário não tem nem peso nem porte e, principalmente, porque à vista há um compromisso europeu e a segunda linha do Dragão não é mais do que a extensão de um plantel riquíssimo e carregado de internacionais.

Quase todos são vedetas consagradas e chamar segunda linha a internacionais do Brasil (Souza), Argentina (Otamendi), Colômbia (Guarin e James), Portugal (Ruben Micael), etc, é quase uma força de expressão da circunstância, mas o assunto é claro: o Limianos, em teoria, não chega a ser alerta amarelo, mesmo com alguns (poucos) exemplos de afastamentos em carne viva, o jogo é em casa, e na linha do horizonte está Istambul e o velho conhecido Besiktas, razão adicional de força para se deixar quem acaba de correr mundo a descansar no fim de semana.

Olhando então ao que interessa, ou olhando um pouco mais para a frente, André Villas Boas gere-se com objectivos claros e tem-nos à mão, tendo também outras nuances que farão do jogo de Istambul, também no plano pessoal, um acréscimo de estímulos laterais capazes de duplicar a animação da abordagem à equipa de Guti e Ricardo Quaresma.

in "abola.pt"