quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Helton: «Pedi aos jogadores alegria, era o que precisávamos»

Helton em declarações à «Sport Tv», depois da vitória sobre o Shakhtar Donetsk (2-0), em jogo da 5ª jornada da Liga dos Campeões. O guarda-redes do F.C. Porto foi decisivo com duas grandes defesas a evitar o golo dos ucranianos ainda com o resultado em branco.

«Graças a Deus, defendi e defendi novamente. Faz parte, a gente está ali para isso mesmo. Vencemos pelo empenho, vontade e personalidade dos meus companheiros. Sabendo que estávamos num momento bem complicado, tivemos personalidade para jogar futebol. Pedi aos jogadores alegria, era o que precisávamos. Dou os parabéns ao grupo que esteve bem unido».


in "maisfutebol.io.pt"

Hulk: «Mostrámos o que é o F.C. Porto»

Avançado elogia «concentração» do grupo e diz que não tem de responder aos adeptos, mas aos companheiros


Hulk, autor do primeiro golo do F.C. Porto em Donetsk, em declarações à Sport TV,no final do triunfo por 0-2:

«A única certeza que tinha para hoje era que se mostrássemos vontade podíamos ganhar. Estivemos muito concentrados e estamos todos de parabéns. Se não fosse a ajuda dos meus companheiros, não tinha marcado. Fico feliz pelo resultado, que é muito importante para nós.»

«A diferença esteve na concentração dos jogadores. Contra a Académica tinha sido uma vergonha, não estivemos concentrados. Mas hoje sim. Mostrámos o que é o Porto, hoje.»

[Promete aos adeptos que não voltarão os maus momentos?] «Falo dos jogadores, dos adeptos não tenho que falar. Estão de parabéns os jogadores, porque estiveram concentrados e mantiveram o nível todo o jogo.» 

in "maisfutebol.iol.pt"

Vítor Pereira: «O jogo anterior está morto e enterrado»

Treinador diz que a equipa que bateu o Shakhtar é que é o verdadeiro Porto


Vítor Pereira, treinador do F.C. Porto, em declarações à «Sport Tv», depois da vitória sobre o Shakhtar Donetsk (2-0), em jogo da 5ª jornada da Liga dos Campeões:

«Dissemos antes deste jogo que viríamos aqui para lutar pela Liga dos Campeões e é com esse objectivo que continuamos. Tivemos um Porto consistente, a saber exactamente o que pretendia do jogo e ganhámos com todo o mérito. Dependemos de nós próprios, queremos lá estar e é com esse objectivo que vamos jogar em casa com o Zenit. O jogo anterior [Taça de Portugal] está morto e enterrado. A equipa que jogou não vai surgir mais, esta é uma equipa à Porto. Mérito dos jogadores. Hoje fizemos aqui um jogo consistente, com muita alma, que nos orgulha muito. Sabemos o que queremos, sabemos quais são os nossos objectivos, vamos lutar com alma. Este é um momento da equipa, um momento dos jogadores».

in "maisfutebol.iol.pt"

LC: Shakhtar Donetsk-F.C. Porto, 0-2 (crónica)

F.C. Porto sobrevive no improvável pé direito de Hulk. Agora «basta» ganhar ao Zenit no Dragão


A Ucrânia voltou a ser redentora para o F.C. Porto. Três anos depois da reviravolta de Kiev que ajudou Jesualdo Ferreira, a equipa de Vítor Pereira agarrou-se a uma das últimas tábuas de salvação que ainda tinha. 

Resistiu à pressão e ao frio, sobreviveu a duas bolas no poste e descobriu a glória no improvável pé direito de Hulk e num tardio autogolo de Rat. Ganhou em Donetsk (0-2) e garantiu, para já, a Liga Europa. Os «oitavos» voltam a ser uma realidade. 

O F.C. Porto depende de si próprio para seguir em frente na Liga dos Campeões. Tem de vencer o Zenit em casa. Não é impossível. Não é fácil. É, ainda assim, preciso mostrar mais, porque o bom resultado não apaga tudo. 

Pede-se mais acerto defensivo que esta noite, em Donetsk, por exemplo. A ficha limpa, no final do jogo, é um bom sinal, claro, até porque a equipa vinha de sofrer três golos em Coimbra, mas uma análise cuidada ao jogo descobre muitos buracos. Sobretudo pelo centro. 

Com Maicon de novo a lateral direito e Djalma como grande surpresa no onze, Vítor Pereira mudou as peças sem mexer o esquema. O ambiente era difícil, as temperaturas negativas condicionaram e o F.C. Porto jogou aos repelões grande parte do tempo. Futebol partido, com muita defesa, algum ataque e pouco miolo. Criou algum perigo com Hulk, que jogou como ponta-de-lança, mas permitiu ao adversário as ocasiões mais flagrantes. 

Luiz Adriano atirou ao poste no primeiro tempo. Fernandinho, após brilhante defesa de Helton, fez o mesmo na segunda parte. A sorte, que terá faltado noutras alturas, esteve com o F.C. Porto na Ucrânia.

Pelo meio, o F.C. Porto mostrou vontade, mas pouco discernimento. Depressa e bem há pouco quem, já diz o povo. Como ilustração desta verdade, fica uma imagem do primeiro tempo: Hulk conquista uma falta, mas, com a pressa de seguir o jogo, entrega a bola ao adversário. Sintomático.

O ritmo inconstante do jogo também ajudou o F.C. Porto. Forte numas alturas, fraco noutras. Os portugueses adaptaram-se sempre melhor a essas quebras que prejudicaram o jogo do Shakhtar. 

No entanto, ao intervalo, apenas Hulk, aos quatro minutos, tinha ficado perto do golo. À segunda não perdoaria. Foi preciso esperar pelo último quarto de hora. 

Mérito (muito) para o passe de João Moutinho. Frieza de Hulk, pé direito (!) na bola, ressalto fatal e golo. F.C. Porto na frente. 

Em cima do apito final, mais um lance improvável: remate de Maicon, após brilhante trabalho de Hulk na linha de fundo, desvio de Rat para a própria baliza. Segundo golo e confirmação da vitória que afasta o Shakhtar das competições europeias. 

Vítor Pereira festeja. Os adeptos respiram fundo. O F.C. Porto sobreviveu. É talvez a expressão mais acertada para classificar a vitória. Não foi brilhante, não foi esmagadora, mas foi preciosa. E pode abrir caminho a outras, mais efusivas.

in "maisfutebol.iol.pt"

NÉLSON PEREIRA: "O FC PORTO TEM DE SER CONSIDERADO FAVORITO"

Esta quarta-feira (21h00), no rinque do Óquei de Barcelos, o FC Porto Império Bonança procura retomar a liderança do campeonato nacional de hóquei em patins. Os Dragões, que somam por vitórias os quatro jogos disputados, acertam calendário num terreno tradicionalmente difícil, mas Nélson Pereira, em declarações ao www.fcporto.pt, assume o favoritismo.

Retomar a liderança
"O jogo da próxima quarta feira será bastante complicado, face a uma equipa que combina juventude e experiência, num rinque difícil, perante uma massa associativa que apoia o clube da casa. Os resultados do Óquei de Barcelos estão à vista, trata-se de uma equipa que joga muito bem e que apenas perdeu nesta época pela margem mínima, mas o FC Porto tem de ser considerado favorito pelas exibições que tem vindo a fazer. Iremos tentar aproveitar a partida para retomar o primeiro lugar que nos foge, por termos um jogo a menos."

Mais trabalho
"Os resultados são fruto de muito trabalho durante a semana e isso vê-se nos jogos. As vitórias dilatadas são a prova disso mesmo: não servem para menosprezar o clube adversário mas para demonstrar que trabalhamos mais para conquistar as vantagens. Vamos manter este rumo para dar continuidade às vitórias."

No rumo certo
"Penso que fizemos um bom jogo frente ao actual campeão europeu. Não considero que a equipa do Liceo da Corunha tenha sido frágil, mas sim que se debateu com um FC Porto muito superior nos momentos mais importantes. Considero que a estratégia utilizada é a pretendida para triunfar ao longo do campeonato."


in "fcp.pt"

CAIXA TRITURADORA

Quatro vitórias, 30 golos e 172 pontos em 24 horas é obra. No espaço temporal de um só dia, caíram, no Dragão Caixa, Sampaense, Benfica, Liceo e Terceira Basket, numa sequência iniciada e encerrada pelo campeão de basquetebol, e garantida, de permeio, pelos de andebol e de hóquei. No fecho da noite de sábado, o FC Porto Ferpinta somou a sua quinta vitória (64-87) em cinco jogos na Liga. E ainda falta um, em atraso.

Em casa, embora na condição de visitante, depois de o temporal nos Açores ter provocado a transferência do encontro para o Porto, sem lhe trocar a ordem, o FC Porto Ferpinta repetiu a entrada intensa que já lhe serve de marca, reproduzida no parcial de 19-8 nos primeiros seis minutos e meio, mas replicando também episódios de inconsistência e desconcentração, que mantiveram o jogo vivo.

Diante da adopção do inglês como língua oficial do Terceira, que utilizou simultânea e repetidamente quatro estrangeiros no “cinco” (três norte-americanos e um canadiano), numa solução permitida por um alargamento peregrino e polémico, Moncho López não abriu excepções ao plano de rotatividade, que teve como contraponto à variante internacional do opositor a utilização coincidente de Miguel Maria (18 anos) e Diogo Correia (21 anos), jovens e portugueses, que até alinharam de início.

Do registo frequente de parada e resposta, que acelerou o ritmo e agarrou o público, resultou a aproximação açoriana no segundo período, a preservação cuidada da margem de segurança portista no terceiro e a leitura de sentença no quarto, preparada e proferida por Greg Stempin, que somou 11 pontos no último quarto, a um ritmo de mais de um ponto por minuto.

Stempin, que já se havia distinguido como MVP 24 horas antes, frente ao Sampaense, voltou a sobressair como o homem do jogo, novamente com um duplo-duplo, mas agora ainda mais amplo: 29 pontos, 14 ressaltos e 6 assistências. Rob Johnson também atingiu os dois dígitos em dois dos mais relevantes itens estatísticos: 12 pontos e 14 ressaltos.

FICHA DE JOGO

Campeonato da Liga, 4.ª jornada
19 de Novembro de 2011
Dragão Caixa, no Porto
Assistência: 502 espectadores

Árbitro principal: Pedro Coelho
Árbitros assistentes: Fernando Rezende e José Lopes

TERCEIRA BASKET (64): Nathan Bowie (9), Tony Murphy (23), Álvaro Pontes (2), Durrell Nevels (16) e Diogo Gonçalves (10); Jonas Pierre (4), Pedro Matos (0), Frederico Tavares (0) 
Treinador: Rui Fonseca

FC PORTO FERPINTA (87): Miguel Maria (3), Diogo Correia (4), Carlos Andrade (2), Greg Stempin (29) e Rob Johnson (12); Reggie Jackson (9), Miguel Miranda (18), João Santos (8), David Gomes (0), José Costa (0), Nuno Marçal (2)
Treinador: Moncho López

Ao intervalo: 40-43
Por períodos: 11-21, 29-22, 11-17 e 13-27


in "fcp.pt"

Pinto da Costa: "Saímos sempre por cima"

Depois de, no passeio matinal, ter fotografado uma réplica da Taça UEFA, Pinto da Costa esgrimiu memórias de Donetsk e de um duelo com o Shakhtar na campanha para a primeira final europeia dos dragões. A curiosidade de uma televisão local levou o presidente ao passado, sem perder de vista o momento actual da equipa. "Vamos procurar sair desta crise, estou convencido de que isso vai acontecer, já passámos por situações semelhantes e saímos sempre por cima", confia, recuperando momentos mais tensos e evocando a sua superação.
O passado conforta e anima. Por exemplo, Pinto da Costa percorreu a pé o velho Estádio Olímpico de Donetsk, mesmo em frente ao moderníssimo Donbass Arena e onde os dragões passaram em 1984, a caminho da final da Taça das Taças, que perderiam para a Juventus. "Estava a nevar, muito mais frio do que agora", começou por recordar, prosseguindo: "Em 1984 foi um jogo dos quartos-de-final, depois jogámos com o Aberdeen e chegámos à final. Foi um jogo muito bem disputado, empatámos 1-1 depois de termos ganho 3-2 nas Antas, e foi uma boa eliminatória. Lembro-me da neve, foi a primeira vez que jogámos debaixo de neve, mas no final os adeptos ucranianos despediram-se de nós com uma grande ovação."
Uma memória galvanizante de quem continua a associar a Ucrânia às meias-finais da Taça dos Campeões de 1987. Em Kiev, a vitória por 2-1 carimbou o acesso à final de Viena, mas na capital ucraniana o FC Porto também assinou a retoma num dos piores ciclos do passado recente. Foi em 2008/09, com golos de Rolando e Lucho. Inspirador?

in "ojogo.pt"

Defour: "Vamos provar a nossa qualidade"

Confiança e qualidade foram as duas palavras mais utilizadas por Defour durante a conferência de Imprensa de ontem. Em inglês, o belga mostrou-se convencido de que, com maior ou menor dificuldade, o FC Porto sairá de Donetsk com uma vitória, apesar do ciclo negativo que os dragões atravessam. "Espero um bom resultado e sei o que temos de fazer para vencer. Estamos prontos e vamos mostrá-lo neste jogo", começou por afirmar o médio, antes de recusar a hipótese de se contentar com o terceiro lugar e consequente repescagem para a Liga Europa. "Não estamos a pensar nisso. Estamos prontos para este jogo e estou mesmo confiante que vamos vencer", frisou.
Apesar de tanta "confiança", Defour não deixou de elogiar as qualidades do adversário, sobretudo as ofensivas. "Têm uma equipa muito técnica e forte no ataque. Teremos de estar atentos aos pontos fortes do Shakhtar. Eles têm muita qualidade, mas nós também temos e vamos prová-lo neste jogo". Depois, surgiu uma pergunta em ucraniano, sobre os eventuais pontos fracos do Shakhtar. Defour não afinou pelo discurso habitual, aceitou eventuais fragilidades do adversário e só não disse quais. "Vamos discutir isso internamente... Nunca iria falar sobre isso com os jornalistas presentes". O internacional belga desvalorizou ainda o facto de Zenit e APOEL se defrontarem antes do encontro do FC Porto - ou seja, quando os portistas entrarem em campo já sabem o resultado do outro encontro do grupo -, até porque "não é esse o espírito" do Dragão. "Não olhamos para as outras equipas. Somos Porto e só pensamos em nós", rematou.

Belga não quis imitar Guarín

A presença de Defour na conferência de Imprensa adensou a convicção de que vai mesmo ser titular. Vítor Pereira não garantiu e o belga disse que não sabe de nada, evitando repetir a tirada de Guarín antes do encontro no Dragão frente ao APOEL - "os jogadores que vêm aqui costumam ser titulares", referiu na altura o colombiano. Defour foi por outro caminho. "Não sei se vou jogar. Estou aqui apenas para falar do jogo. Veremos amanhã [hoje] se vou jogar", limitou-se a afirmar o belga. Vítor Pereira, ali bem ao lado de Defour, foi confrontado com a possibilidade do médio ser titular, mas também sobre os aspectos que pode acrescentar ao jogo da equipa. "É um jogador de grande qualidade. É mais um com quem conto, claramente, para amanhã [hoje] e para outros jogos. Pode acrescentar qualidade ao nosso jogo", explicou o treinador.


in "ojogo.pt"

Vítor Pereira: "Temos de confiar uns nos outros"

A tensão está aparentemente aliviada em torno da equipa, e Vítor Pereira mostrou-se mais solto e sorridente do que o momento poderia antecipar. Com Pinto da Costa e Antero Henrique atentos, o treinador garantiu a retoma imediata, prometeu uma estratégia para surpreender o Shakhtar e assegurou que exibições como a de Coimbra não se repetirão. Três certezas absolutas que o plantel terá de reiterar em campo já esta noite...


Como vai a equipa reagir depois do jogo com a Académica?

Estamos aqui numa competição completamente diferente, o jogo da Académica foi referente à Taça de Portugal e isto é Liga dos Campeões, num jogo de extrema importância para nós. Viemos discutir o resultado e levar os três pontos contra o Shakhtar.

Que espera do jogo e do comportamento da sua equipa?

Vamos de certeza fazer um jogo completamente diferente, estamos conscientes das dificuldades, mas sabemos que este jogo nos pode abrir boas perspectivas de passar à próxima fase da Liga dos Campeões. Vamos jogar confiantes, conscientes de que não podemos repetir o jogo da Académica. Confiamos no nosso trabalho e no talento dos jogadores, acreditamos que vamos fazer um jogo à altura da Liga dos Campeões. Será um Porto diferente de certeza absoluta.

A eliminação da Taça de Portugal pode deixar marcas ou serve de incentivo para a retoma?

O jogo anterior já foi mais do que dissecado. Entre nós, sabemos que não estivemos ao nosso melhor nível e sabemos que isso tem de ser rectificado. Temos de ser mais agressivos, com uma circulação mais rápida e com aquilo que eu já disse que não tivemos. Sabemos que vamos defrontar um Shakhtar que joga o tudo ou nada, que vai querer assumir o jogo e assumir riscos. Se falhar, falha tudo - falha um objectivo fundamental. Temos de acreditar no nosso jogo, rectificar algumas coisas, mas temos de confiar no nosso trabalho e uns nos outros. Estamos unidos, conhecemos o nosso talento como equipa. Esperem para ver, mas vamos de certeza apresentar uma outra qualidade de jogo.

Precisando o FC Porto de vencer, de que forma isso se pode transformar em ansiedade com o passar dos minutos?

Temos de nos preparar estrategicamente para todas as eventualidades e temos a experiência necessária para abordar estes grandes jogos. Sabemos que temos de manter o controlo emocional, acreditar muito na organização da equipa, na estratégia.

Tem sido comentada a possibilidade de ser demitido caso os próximos resultados não sejam satisfatórios. De que forma é que isso o afecta?

Não tenho dedicado sequer um minuto a pensar nisso, porque o meu tempo tem sido dedicado a ganhar o jogo ao Shakhtar. Confio plenamente no nosso trabalho, no talento dos jogadores e no carácter da equipa. Estou empenhado em contribuir para criar as condições necessárias para ganhar ao Shakhtar.

Soube da ameaça de atentado em Donetsk? Isso mexeu com o grupo?

Estamos de tal forma focados no que é competitivo que quase que as coisas que nos envolvem nos passam ao lado, porque estamos mergulhados e absorvidos por aquilo que temos de fazer para ganhar o jogo. Nem sequer perdi - e acredito que os jogadores também não - tempo com outra coisa que não seja ganhar o jogo.


PERGUNTA O JOGO: "Não perspectivamos jogos para empatar"

Mircea Lucescu disse acreditar que o empate seria um bom resultado para o FC Porto, na medida em que lhe permitiria ser terceiro e jogar a Liga Europa. Admite que é um mal menor? Será um resultado aceitável?

Este clube joga sempre para ganhar, nunca perspectivamos um jogo no sentido de empatar. O que me preocupa é tomar consciência, é fazer tomar consciência, de que uma vitória abre perspectivas para aquele que é o nosso objectivo. Temos de definir a estratégia adequada e exigir rigor, empenho total, e é nessas premissas que acredito e nas quais estou concentrado.

in "ojogo.pt"

F.C. Porto em Donetsk: como foi há 27 anos?

Jaime Pacheco e António Sousa relembram através do Maisfutebol a viagem azul e branca à União Soviética no apogeu da Guerra Fria


Apenas por uma vez o Porto defrontou o Shakhtar Donetsk na Ucrânia. O empate a uma bola foi suficiente para os dragões seguirem para as meias-finais da Taça das Taças em 1984. Duas antigas glórias que actuaram pelo F.C. Porto nesse jogo relembram ao Maisfutebol como foi há 27 anos. Jaime Pacheco e António Sousa num passeio falado pelo apogeu da Guerra Fria na União Soviética.

Tal como nesta quarta-feira, também a 21 de Março de 1984 a deslocação a Donetsk assumia contornos decisivos para a continuação do F.C. Porto nas provas europeias. Mas as semelhanças extravasam as quatro linhas; se hoje o contingente policial nas ruas da cidade ucraniana é grande, também na época o olhar predador das forças de segurança estava em todo o lado. 

Jaime Pacheco lembra-se, principalmente, das difíceis condições climatéricas. «Lembro-me do frio. Estava muito frio, o campo estava com cerca de meio metro a um metro de gelo, o jogo esteve até para não se realizar», recorda o antigo médio ao nosso jornal.

Ainda assim, Jaime Pacheco salienta a boa organização dos portistas. «Íamos preparados com alimentação e com cozinheiro; naquela altura viajar para a União Soviética era complicado. Íamos bem prevenidos, bem preparados para tudo.»

Empate serviu à equipa treinada por António Morais

Tal como é prática corrente nos dias de hoje, Jaime Pacheco assume que há 27 anos iam precavidos para as dificuldades que a equipa soviética podia causar: «Sabíamos o que íamos encontrar. Fizemos uma análise individual e colectiva. 

Tínhamos um conhecimento muito forte do adversário, dentro das possibilidades do clube. Sabíamos que o Shakhtar Donetsk era uma equipa forte.»

Daí as dificuldades descritas ao Maisfutebol pelo técnico de 53 anos, que salientou a pressão dos adeptos: «Foi um jogo muito difícil. Eles estiveram a vencer por uma bola a zero e acabamos por empatar. Foi um jogo difícil não só pela pressão dos adeptos, que estavam muito em cima, mas também pela qualidade da equipa.»

A missão do F.C. Porto foi, porém, bem sucedida. O empate a uma bola foi conseguido aos 71 minutos por Mike Walsh. O Shakhtar Donetsk esteve com um pé nas meias-finais mas o F.C. Porto nunca perdeu o norte: «A seguir ao golo foi complicado; ganhar por um golo era suficiente para eles, mas sabíamos que podíamos marcar e nunca baixámos os braços.»

O que pode fazer este Porto?

Em 2011 como em 1984. Jaime Pacheco acredita num grito de revolta do F.C. Porto comandado por Vítor Pereira, mas avisa que no seguimento das actuações mais recentes as probabilidades de derrota são elevadas.

«Se o Porto for o Porto dos últimos tempos pode perder e as hipóteses de perder são altas. Se houver uma mudança na mentalidade, e o Porto tem capacidade e jogadores para isso, pode até dar um grito de revolta e partir para um bom final de Liga dos Campeões», referiu Jaime Pacheco.

Para o actual treinador do Beijing Guoan, da China, a receita para os dragões darem a volta por cima é a união: «Os jogadores têm qualidade, depende deles.»

A 21 de Março de 1984, em Donetsk, o F.C. Porto apresentou a seguinte equipa: 

Zé Beto; João Pinto, Lima Pereira, Eurico e Eduardo Luís; Rodolfo Reis (Mike Walsh, 66); Jaime Magalhães, Jaime Pacheco e Sousa; Fernando Gomes (Inácio, 88) e Vermelhinho.

Treinador: António Morais
Golos: Gratcho (63) e Walsh (71)

Donetsk, 1984: a ditadura e a Guerra Fria na vida soviética

António Sousa recorda ao Maisfutebol os momentos difíceis vividos na viagem à União Soviética. «Nem uma peça de fruta se podia levar no avião.»


1984. O F.C. Porto vivia a sua primeira grande história de amor com as competições europeias. Uma história que acabou mal frente a Juventus na final da extinta Taça das Taças. Romances em Zagreb, Glasgow, Donetsk e Aberdeen eclodiram numa triste noite em Basileia.

Voltemos a Donetsk, então parte da antiga URSS. Um jogo épico, com um golo decisivo de Mike Walsh a dar o empate e o apuramento para as meias-finais. Essa é a parte desportiva, para recordar aqui. Nesta peça falamos da aventura dos portugueses numa terra onde a ditadura comunista e as agruras impostas às pessoas eram bem visíveis.

«Olhavam para nós com caras tristes. Sentia-se que passavam claramente por grandes dificuldades», recorda ao MaisfutebolAntónio Sousa. «Faziam filas para ir às compras no supermercado», lembra-se o actual treinador do Trofense.

A falta de liberdade era gritante. Com o exército nas ruas, não era permitido aos ucranianos aproximarem-se dos dragões. «Nem deixavam os miúdos chegar até nós para receber um autógrafo. Éramos nos que nos tínhamos de aproximar desta juventude», explica.

Outro sinal da ditadura eram as «situações caricatas» nos controlos no aeroporto: «Cada pessoa demorava mais de cinco minutos no controlo. Olhavam para a fotografia do passaporte, depois para a nossa cara e lá confirmavam. Tínhamos de abrir as nossas malas para eles verem tudo. Em média perdia-se entre uma hora e meia, duas horas». 

Caricato até ao fim: a obsessão pela segurança «nem deixava levar uma peça de fruta no avião».

Há poucos meses, em entrevista ao nosso jornal, Walsh tinha dito «que as equipas portuguesas não podiam eliminar equipas soviéticas». Apesar desse sentimento, António Sousa não recorda ter sido vitima de pressão: «Não houve provocação. O jogo disputou-se normalmente», assegura.

27 anos depois, com a «democracia» instalada na Ucrânia, será um jogo completamente diferente entre as duas equipas. O F.C. Porto de 2011 quer viver uma noite tão memorável como a de 1984. «Espero que se inspirem na nossa equipa», conclui António Sousa.

in "maisfutebol.iol.pt"

FC Porto ganhou 8 milhões na Champions

Dragões também receberam pela Supertaça


O FC Porto ganhou até agora 8,4 milhões em prémios fixos na Liga dos Campeões 2011/12. Se somarmos a Supertaça Europeia, os lucros europeus dos «dragões» sobem aos 10,4 milhões.

A UEFA também reserva verbas para a Supertaça. O vencedor, que foi o Barcelona, levou 2,5 milhões, o finalista vencido, o FC Porto, dois milhões.

De resto, o FC Porto teve entrada directa na fase de grupos e por isso recebe 3,9 mais 3,3 milhões, de prémio de presença e bónus por cada um dos seis jogos que disputa. 

No que diz respeito aos resultados, e antes de jogar em Donetsk para a quinta jornada, a equipa orientada por Vítor Pereira tem estado abaixo das expectativas, o que se nota também nos cofres. Ganhou até agora 1,2 milhões, correspondentes a uma vitória e um empate. As duas derrotas não têm qualquer contrapartida, como sempre.

Estes valores não contam as receitas do clube, nomeadamente as de bilheteira, e ainda serão acrescidas das verbas relativas ao «market pool». Aí, como campeão, o FC Porto começa por receber mais que o Benfica, a outra equipa portuguesa presente.

Receitas do FC Porto na Champions

3,9 milhões ¿ presença na fase de grupos
3,3 milhões ¿ bónus pelos seis jogos na fase de grupos
1,2 milhões ¿ uma vitória e um empate na fase de grupos (4 jogos)

in "maisfutebol.iol.pt"

Dragões tranquilos com cidade em alerta

POSSÍVEL ATENTADO TERRORISTA AUMENTA TENSÃO EM DONETSK



É o assunto que domina a atualidade informativa na Ucrânia, mas ao qual o FC Porto é alheio, assim como alguns dos cidadãos de Donetsk. As forças de segurança receberam ontem, via telefone, ameaças de um possível atentado terrorista na cidade e, nesta medida, colocaram de sobreaviso os seus cidadãos, sendo declarado estado de alerta.
Quanto aos dragões, que nem por isso reforçaram as suas medidas de segurança ou alteraram o seu plano para o dia de ontem – passearam num dos parques de Donetsk na parte da manhã, tal como estava previsto – a atitude é essencialmente de tranquilidade, como revelou Vítor Pereira em conferência de imprensa. “Estamos de tal forma focados no que é competitivo, no que é este jogo, que essas coisas nos passam um pouco ao lado. Estamos absorvidos pela partida e, portanto, todo o meu tempo disponível utilizo-o para trabalhar sobre o confronto com Shakhtar”, referiu.
in "record.pt"

Perto do abismo

É certo e sabido que vencer os dois jogos que restam na fase de grupos da Liga dos Campeões é a única coisa na qual o FC Porto pode pensar. Com o tempo – e os pontos – a escassear, os campeões nacionais estão obrigados a discutir o triunfo, já hoje, com o Shakhtar Donetsk. Como poderão fazê-lo? Jogando ao mais alto nível, tão elevado que é difícil recordar nesta equipa de Vítor Pereira.
Entre o céu e o inferno, como é normal no futebol, vai apenas um pequeno passo. Triunfar hoje dará aos dragões, pelo menos, a possibilidade de discutirem o apuramento na sua própria casa, com o Zenit, na derradeira jornada. No entanto, e do lado oposto a esta ascensão celeste está, precisamente, o purgatório.
in "record.pt"

Dragões em contagem decrescente para a ‘final’ de Donetsk

O tempo agradável – céu azul e temperaturas (ainda) positivas – possibilitou ao plantel do FC Porto um breve passeio, durante a manhã, nos jardins da unidade hoteleira onde a comitiva azul-e-branca se encontra instalada em Donetsk.

Depois do almoço, os jogadores recolhem aos quartos e voltam a reunir-se para a derradeira palestra de Vítor Pereira antes do jogo com o Shakhtar, agendado para as 19.45 horas.

À hora do jogo, os termómetros deverão rondar os 9 graus negativos, condicionante a que os dragões se têm procurado adaptar desde a chegada a solo ucraniano.

O Donbass Arena, com capacidade para 52 mil espectadores, vai ter nas bancadas cerca de 50 mil adeptos do Shakhtar, que prometem vestir a camisola do 12.º jogador no apoio à equipa orientada por Mircea Lucescu.


in "abola.pt"

Jogadores têm a palavra em Donetsk

Vítor Pereira conhece hoje mais um episódio que pode traçar o seu destino enquanto técnico do FC Porto, mas ninguém está em condições de afirmar que em caso de derrota o seu lugar ficará imediatamente livre. 

A única decisão que Pinto da Costa tomou foi transmitida após o jogo de Coimbra e, principalmente, depois da recepção hostil à comitiva no Estádio do Dragão: sem falar, sem se manifestar, o presidente da SAD do FC Porto limitou-se a não agir para dizer que continua a confiar no técnico que escolheu para ser o sucessor do vitorioso André Villas Boas na principal cadeira do futebol profissional azul e branco.

A grande questão do momento é simples: qual será a atitude dos jogadores no embate decisivo de hoje? O FC Porto joga a sua continuidade na Liga dos Campeões, uma derrota significará praticamente o fim nas aspirações dos campeões nacionais na principal prova de clubes da Europa, tendo sido reclamada ao plantel, portanto, uma mudança radical de comportamentos em campo.


in "abola.pt"

Dragão retocado em três sectores

Vítor Pereira projecta algumas mudanças na equipa que vai apresentar esta noite no Donbass Arena, relativamente ao onze que alinhou em Coimbra, no fim-de-semana, para a Taça de Portugal. 

As alterações começam logo na baliza, pois Helton estará de volta ao seu posto habitual depois de ter dado lugar a Bracali para somar minutos numa competição destinada aos guarda-redes suplentes.

Na defesa, o reaparecimento de Fucile entre os convocados traduz que o uruguaio já está apto da lesão que o afastou dos últimos jogos. Dado o fraquíssimo rendimento de Maicon nessa posição no embate de Coimbra, é provável que o técnico jogue pelo seguro e aposte na opção de raiz. Rolando, Otamendi e Álvaro Pereira estarão, em princípio, seguros entre os titulares.

No meio-campo, é praticamente adquirida a entrada de Defour, talvez ao lado de Fernando e João Moutinho, jogador cuja experiência pode ser determinante para ajudar o FC Porto a sair de Donetsk a salvo das investidas dos ucranianos (e dos brasileiros) do Shakhtar.

Na frente, Hulk está firme, Kléber ocupa o seu lugar habitual depois de Walter ter sido titular na Taça de Portugal, enquanto o lado esquerdo poderá estar reservado para o regresso de James, com Varela a ser o sacrificado. Entre muitas dúvidas, há uma certeza: o dragão vai entrar em campo retocado.


in "abola.pt"