domingo, 31 de outubro de 2010

Besiktas vence antes da visita ao Dragão

O Besiktas voltou este domingo aos triunfos, batendo no Inonu o Sivasspor por 2-1, em jogo da 10.ª jornada da Liga turca. Com esta vitória, a turma de Ricardo Quaresma - não jogou devido a lesão -, ascende ao 6.º posto, com 16 pontos.

Bobo, aos 5', abriu as contas, na emenda a um cruzamento da esquerda e Uysal, aos 23', aproveitou um lance de confusão na área contrária para ampliar a vantagem. O melhor que o antepenúltimo Sivasspor conseguiu fazer foi reduzir para 2-1, após o golo de Pedriel Suárez, apontado aos 67'

Assim alinhou o Besiktas:

Rustu; Gulum, Toraman, Uzulmez, Hilbert; Tabata, Ernst, Uysal, Guti (Simsek 70'); Holosko (Nihat 70') e Bobo (Tekke 80'

in "record.pt"

Belluschi (F.C. Porto): «Nunca tinha jogado nestas condições»

Fernando Belluschi voltou ao onze do F.C. Porto no último sábado, em Coimbra, para um dos jogos mais difíceis da sua carreira. As circunstâncias em que o encontro foi disputado, sob um forte temporal e num relvado totalmente alagado, obrigaram os dragões a usar de todo o seu manancial de soluções para jogos... aquáticos.

«Nunca tinha jogado em condições tão complicadas. Já apanhei campos difíceis mas assim, com tanta água, não. Foi muito difícil, jogou-se muito pouco, mas o importante é que ganhámos. Nestas situações, há que jogar com a bola pelo ar, porque pela relva é impossível, não se pode dar muitos toques. O melhor mesmo é chutar para a frente, aguardar pela segunda bola e esperar por algum ressalto para tentar o golo. Mas jogar... é impossível», afirma o médio argentino.

Belluschi é mais um daqueles que entende que a partida poderia ter sido adiada mas como Duarte Gomes assim não entendeu, não restou outra alternativa senão lutar: «Quem sabe no início do encontro, quando parecia impossível fazer alguma coisa naquele relvado, talvez se pudesse ter suspenso o encontro, mas, depois, já era tarde. O árbitro achou que havia condições mínimas e tivemos de jogar. As duas equipas estavam em pé de igualdade em termos de dificuldades e tentaram fazer o melhor ao seu alcance.»

Vem aí o «clássico»

A vitória sobre a Académica permitiu conservar a diferença de sete pontos sobre o Benfica. O objectivo foi, assim, cumprido apesar de todo o contexto adverso. «Era importante ganhar, não só porque vem aí o clássico mas também porque queríamos prolongar este ciclo de vitórias. Sabemos que manter a diferença é importante para o objectivo de conquistar o campeonato. Estamos muito contentes por termos ganho.»

Alvo de poupança do jogo com a U. Leiria, Belluschi regressou em Coimbra e até foi dos jogadores mais adaptados e esclarecidos ao relvado inundado. Terá sido um bom prenúncio para voltar a marcar presença no onze diante dos encarnados? «Eu trabalho sempre para estar à disposição do treinador e cabe a ele fazer as opções. Eu sinto-me bem, cómodo, e espero jogar mas, antes disso, há que pensar no Besiktas, que será um jogo chave para nos classificarmos para a próxima fase da Liga Europa.»

in "maisfutebol.iol.pt"

Moncho e Terrell apostam no espírito de equipa para vencer Supertaça

O FC Porto Ferpinta é uma equipa a crescer «a cada semana» que passa e que sustenta a sua evolução no trabalho colectivo. O treinador Moncho López e Julian Terrell perspectivaram a disputa da Supertaça, frente ao Benfica (segunda-feira, 15h30, em Albufeira), sob o mesmo prisma, apesar das possíveis ausências por lesão. Os Dragões pretendem somar o segundo êxito da época, depois do Troféu António Pratas.

Moncho López: «Gostamos de assumir o favoritismo»

«É um jogo entre duas equipas que se conhecem bem. Para nós, é a segunda final da época e sentimos que vamos adquirindo experiencia em finais. Num ano, estivemos presentes em todas, com a excepção do Troféu António Pratas da última época. Contudo, temos pela frente um adversário igualmente experiente, com jogadores maduros. Gostamos de assumir o favoritismo. Temos um plantel com grandes potencialidades, temos trabalhado bem e sentimos a responsabilidade deste emblema e desta grande organização. Melhoramos um pouco a cada semana que passa, contudo estamos há uma semana a treinar sem dois atletas [Nuno Marçal e Stempin] muito influentes para nós, o que nos levou a preparar a final com algumas incertezas quanto à sua utilização.»

«Sabemos que o nosso adversário perdeu e como perdeu, que dificuldades encontrou frente ao Guimarães e a outros adversários. Mas, essencialmente, o que nos preocupa é a nossa equipa e o nosso jogo, já que temos de ultrapassar as dificuldades decorrentes da ausência de jogadores importantes e do facto de jogarmos muito longe dos nossos adeptos e do nosso ambiente. Quanto a isso, já temos experiência, porque as finais são jogadas quase sempre num local onde é mais fácil para o nosso adversário ter o apoio do público. Espero que o facto da final ser longe do Porto não tenha influência nos árbitros e na nossa concentração. Preferia jogar num local onde houvesse mais possibilidades dos nossos adeptos assistirem ao jogo, assim torna-se complicado.»

«Não sei se este Benfica está mais forte relativamente ao da época passada, mas está diferente. Ganhou um maior poderio físico e de ressalto e talvez tenha perdido algum poder no lançamento exterior. Porém, continua a ser uma das equipas mais fortes do campeonato. Mais importante do que isso é o facto de gostar muito desta equipa do FC Porto: ganhámos muito força no lançamento exterior e muito conhecimento táctico com a chegada do Miguel Miranda, João Santos e José Costa.»

Julian Terrell: «Espero um bom jogo de basquetebol»

«Espero vencer e espero que joguemos como equipa, conforme temos treinado. Temos seis competições durante a época, esta é mais uma e espero vencê-la. Acho que o Benfica vai estar preparado para nos defrontar, será igualmente importante para eles vencer esta final. Espero um bom jogo de basquetebol. Considero que estamos mais fortes do que na temporada passada. A cada ano que passa vamos conhecendo-nos melhor e temos um equipa recheada de jogadores com vontade de trabalhar.»

in "fcp.pt"

Academica 0 - FC Porto 1 (videos)



Breves

Fernando em dúvida

O médio Fernando abandonou o jogo na primeira parte devido a uma dor na coxa direita e fez soar o alarme no departamento médico portista. Para já, a avaliação do problema não é conclusiva quanto a uma recuperação para o clássico (com o Besiktas vai cumprir castigo). Amanhã será reavaliado.

Estrangeiros atentos

As boas carreiras de FC Porto e Académica não passam despercebidas aos emblemas além-fronteiras. A prova disso mesmo é que, ontem à noite, Colónia, Chelsea, Everton, Manchester United, Servette e CSKA Moscovo estiveram no recinto de Coimbra a actualizar as notas sobre os jogadores das duas equipas.

Helton já é português


O processo de naturalização de Helton como cidadão português, requerido há cerca de meio ano, tal como O JOGO noticiou na altura, está finalmente concluído. Quer isto dizer que o guarda-redes brasileiro passa a ter dupla nacionalidade, faltando-lhe, apenas, requerer o passaporte. Um pormenor a ser tratado nos próximos dias. Em Portugal desde 2002, quando trocou o Vasco da Gama pelo Leiria, Helton chegou ao FC Porto no início da época de 2005/06, com Co Adriaanse ao comando, assumindo a titularidade a meio dessa temporada. Agora, aos 32 anos, Helton passa a ser português, o que desde logo lhe dá maior flexibilidade quanto a uma eventual transferência no mercado europeu, principalmente se o destino for Inglaterra.
in "ojogo.pt"

Declarações

André Villas-Boas : "Jogo não devia ter-se realizado"

Por ele, não teria havido jogo. "Foi mau para o espectáculo", criticou André Villas-Boas, treinador de um FC Porto que, mesmo num desafio atípico, conseguiu impor-se. "Lamento que nao tenha sido um espectáculo agradável. A qualidade de jogo e a circulação de bola foram completamente impossíveis. Foi um jogo de luta e guerra que não correspondeu ao que é o jogo português. Gerou-se sempre emoção. Foi um jogo emotivo com o resultado sempre em aberto. Saímos satisfeitos, mas orgulhosos da forma como foi conseguido. Criámos oportunidades na segunda parte, a procurar o golo que nos daria a tranquilidade. Pecámos um pouco na finalização, mas, fomos criando oportunidades", comentou, sublinhando que as condições do relvado "chocaram com o jogo normal de qualquer das equipas, não permitindo que aquilo que se trabalha durante a semana fosse aplicado".

Do temporal saiu o líder azul e branco a sete pontos do Benfica, na contagem decrescente para o clássico do Dragão, para o qual André Villas-Boas voltou a rejeitar o rótulo de decisivo. Isso "é um disparate pegado", reiterou, recordando que "qualquer encurtamento da distância é chama e gasolina a mais para os outros": "Decisivo não é, de forma alguma, e quem o diz pouco entende de futebol. Quem diz que, o FC Porto ganhando e passando para 10 pontos de diferença, que isso é decisivo, não estudou a história do futebol e as alterações que houve nos campeonatos e das equipas que recuperaram de 10 e 12 e 14 pontos, nos vários campeonatos europeus. É uma oportunidade, obviamente que é: queremos aproveitar essa oportunidade, aumentar a distância, torná-la ainda mais confortável, mas, o campeonato é ainda longo e torna-se sempre difícil, porque qualquer encurtamento numa distância é mais um incentivo para os outros". Nas contas da jornada, registou o aumento da vantagem para o Braga: "É sempre positivo".

Hulk

"Não pensamos apenas num jogo"

Exausto, feliz e com mais razões do que é habitual para invocar a fé - foi assim que Hulk chegou ao fim do jogo com a Académica, em que o relvado se tornou um adversário comum. Venceu o FC Porto, que chegará ao clássico do Dragão com mais sete pontos do que o Benfica, embora o calendário imponha ainda a Liga Europa no caminho e no discurso. Ontem, prevaleceu o alívio, nas palavras do Incrível: "Estou muito feliz pela vitória. Agradeço a Deus por nos ter ajudado e por ninguém se ter machucado gravemente, neste relvado. O Fernando tem uma lesão, mas, creio que não é grave." "Houve uma grande união, mostrámos a força do FC Porto, trabalhámos bastante, para vencer", sublinhou, concentrado, agora, no Besiktas. "No FC Porto, o nosso pensamento é jogo a jogo". Quanto ao Benfica, foi preciso fintar o avançado, para este aceitar comentar a vantagem na liga caseira: "Não pensamos só num jogo. Para se ser campeão tem de se enfrentar os 30; este é importante, porque é com um rival que também quer ser campeão, e queremos os três pontos."

Falcao

"Foi atirar a bola e correr"

Falcao começou por desvalorizar o facto de ainda não ter marcado à Académica. "São coisas do futebol e mais importante foi a vitória" que, na sua opinião foi merecida. "Fomos uma equipa de luta, com entrega de todos para encarar as jogadas e ganhá-las. As condições do relvado exigiam luta e agressividade e estivemos à altura."

Era muito difícil jogar, adoptar um estilo de jogo, basicamente foi atirar a bola para a frente, correr, e tentar ganhá-la", referiu. No final, alguns elementos da Académica reclamaram da arbitragem de Duarte Gomes, mas Falcao diz que o FC Porto é que tem razões de queixa. "Não houve irregularidade no lance do golo que me anularam, foi tudo muito rápido. Quem tem que reclamar somos nós porque fomos prejudicados em algumas jogadas", frisou. A terminar, o avançado garantiu que não houve qualquer pressão extra por jogar depois do Benfica. "Pensamos apenas em nós. Queremos ganhar sempre e não há qualquer tipo de pressão por parte dos adversários", concluiu.

Sapunaru não se queixou do relvado alagado

Sapunaru foi dos poucos jogadores que não se queixou do relvado alagado do Municipal de Coimbra. "Foi um jogo difícil para as duas equipas, mas o importante foi termos conseguido sair daqui com os três pontos. Agora temos é de pensar na partida com o Besiktas", referiu no final, insistindo que o FC Porto fez "uma boa partida" e que "entrou forte e decidido a conseguir os três pontos".

in "ojogo.pt"

FC Porto - Um a um


A Estrela: Varela (8)

Um golo à meia volta que valeu três pontos

Marcou o quinto golo no campeonato e, pela segunda vez esta época, foi decisivo na conquista dos três pontos (os dois golos marcados ao Braga também foram fundamentais para a vitória por 3-2). O jogo de ontem nem parecia ajustado ao extremo, sem oportunidade de progredir no relvado devido à água, mas foi o único que percebeu como bater Peiser em plena área da Académica. Aproveitou uma falha dos defesas e, rápido a decidir, chutou à meia volta para um golo de belo efeito. É o segundo jogo consecutivo a marcar. Antes de dar o lugar a Otamendi, ainda conseguiu colocar a bola em Falcao, que falhou o golo aos 58'.

Helton 6

Foi obrigado a concentração máxima e mostrou-se seguro entre os postes, defendendo todos os remates que foram à baliza. Nos descontos viu Hugo Morais rematar à barra.

Sapunaru 6

No início sentiu dificuldades na marcação a Diogo Valente, mas depois adaptou-se ao relvado e fechou completamente o flanco.

Rolando 6

Com maior ou menor sufoco, conseguiu controlar as investidas de Miguel Fidalgo e companhia. Bola para a frente, claro.

Maicon 6

O senhor dos pântanos. Corpulento, foi a todas as bolas e chutou o perigo para bem longe.

Álvaro Pereira 7

Sougou não lhe deu descanso, mas conseguiu anulá-lo e ainda ter forças para atacar. Brilhante no golo portista, ao colocar a bola na área num lançamento lateral.

Fernando 5

Com o relvado empapado, parecia um jogo ajustado à sua capacidade de combate, mas cedo foi traído por uma lesão.

Belluschi 7

Viveu verdadeiras batalhas épicas no meio-campo, conseguindo ganhar bolas e ter clarividência para lançar os ataques.

João Moutinho 7

Foi um gigante na luta a meio-campo e nem um cartão amarelo lhe tirou discernimento. Esteve em todo o lado e ajudou o ataque a criar desequilíbrios, como num excelente passe para Hulk aos 66'. Teve no pé direito o golo da tranquilidade na marcação de um penálti (seria o primeiro), mas acertou no poste.

Hulk 7

Poderoso como sempre, foi um verdadeiro tractor que puxou a equipa para a frente, indiferente às bolas presas no relvado. Aos 66' por pouco não bateu Peiser e logo depois esteve no lance do penálti.

Falcao 6

Ainda foi desta que marcou um golo à Académica e até esteve perto de o conseguir por duas vezes. Batalhou entre os centrais e criou espaços para a entrada dos companheiros.

Guarín 7

Entrou cedo no jogo e, tirando os primeiros minutos, foi de uma utilidade extrema. Musculou o meio-campo, recuperou bolas, lançou o ataque e deu uma ajuda à defesa.

Otamendi 6

Actuou à frente dos centrais, funcionando como mais um tampão para o adversário.

Rodríguez 5

Foi mais um a batalhar no charco de Coimbra.n

in "ojogo.pt"

Um dragão a caminhar sobre água sem patinar


Quando não há assunto fala-se de quê? Do tempo, obviamente. A diferença, aqui, é que o tempo, mais do que conversa fiada, acabou por virar protagonista acidental, transformando um jogo que prometia muito numa desilusão instantânea. A expectativa de bom futebol, entre o primeiro e terceiro da tabela, dissolveu-se depressa, porque a chuva diluviana que encharcou sem misericórdia um relvado novinho - estreado há pouco mais de uma semana, depois de o anterior não ter resistido à passagem dos U2 por Coimbra - tratou de desfazer dúvidas logo aos primeiros pontapés: os artistas estavam dispensados; o jogo exigia paciência e músculo. O FC Porto foi mais consistente nessa combinação de físico e inteligência, caminhando sobre a água sem patinar.

Isto de caminhar sobre a água é capaz de soar a episódio bíblico e, de facto, marcar um golo tinha tudo para ser milagre. O de Varela não caiu do céu, mas quase: um lançamento longo de Álvaro Pereira ressaltou num desentendimento entre Pedro Costa e Berger, que se fizeram ao lance, e a bola sobrou para um remate à meia volta do extremo. Um golo bonito, a destoar no meio de um futebol feito de boa vontade, mas à base de pontapé para a frente quando a bola não ficava presa num relvado pantanoso. Com esse golo em cima do intervalo, e depois de uma primeira parte de encharcar até aos ossos, o FC Porto ganhava uma vantagem que haveria de ser decisiva, não só neste jogo mas também na equação que dele resulta: os dragões embalam com oito vitórias no campeonato, mantêm a distância para a concorrência e renovam o fôlego para um clássico que já ferve.

Dito isto, arraste-se novamente a história para o início, porque ainda há conclusões a tirar no meio de tanta água. Jorge Costa e André Villas-Boas resistiram à tentação de adaptar as respectivas estratégias ao que ditava o tempo. A habilidade de Belluschi, Varela, Laionel ou Sougou, por exemplo, não foi sacrificada em favor de um futebol mais directo. Isto no papel, porque no relvado a história haveria de ser outra: a bola não rolava o suficiente para grandes investidas artísticas e, nesse contexto de dificuldades, a adaptação do FC Porto viria a ser mais rápida e eficaz. Porquê? Porque Hulk é talento mas também é músculo; Varela idem aspas; Moutinho é franzino mas tem força de combate; Falcao dá-se bem com o futebol pelos ares e Belluschi sabe quando é hora de não inventar. Atrás deles, enquanto durou, Fernando foi um tractor que limpou tudo. O primeiro golpe para Villas-Boas acabou por ser, precisamente, a lesão de Fernando, a meio da primeira parte. A sorte foi a mudança que tinha operado na convocatória: sem o tractor Fernando, sobrava-lhe ainda o tanque Guarín. Villas-Boas, provavelmente, até pensava misturar os dois mais à frente no jogo, mas acabou por ser forçado a mudar antes.

Do outro lado, a Académica chegou a ameaçar nos primeiros minutos, mas foi-se afogando lentamente. Diogo Valente ainda esbracejou, mas não havia maneira de incomodar Helton a sério. Sem Nuno Coelho, castigado, Jorge Costa tinha apostado tudo em Diogo Melo e Hugo Morais, complementando a dupla com o talento de Laionel. Não resultou.

As duas equipas chapinhavam, apesar das tréguas dadas pela chuva na segunda parte, e a força física do FC Porto ia desnivelando as coisas. Jorge Costa tentava, então, uma ligação directa ao ataque, trocando Laionel por Éderzito. Passava a ter uma inédita dupla de avançados, contando servi-los sem grandes cerimónias pelo meio. Villas-Boas respondeu com Otamendi, tirando Varela. O argentino fixou-se como trinco improvisado, ajudando também a dupla de centrais; Guarín desviava-se para a esquerda; Belluschi continuava à direita e Moutinho (já amarelado) subia para um apoio mais próximo a Hulk e Falcao. Quase no minuto seguinte, Moutinho podia ter encerrado o jogo de vez, mas o penálti que foi encarregado de marcar esbarrou no poste. Também nos ferros esbarraria a reacção da Académica, feita de coração aberto nos últimos minutos: um livre de Hugo Morais bateu com estrondo na trave e a recarga de Sougou saiu por cima. Fim de batalha.

in "ojogo.pt"

A vez do n.º 17 ser herói

Num jogo especial, pelo regresso de André Villas-Boas a Coimbra, por novo reencontro de Jorge Costa com o FC Porto e pelo relvado completamente encharcado, o dragão fez prevalecer a sua força de líder. No terceiro 1-0 da temporada, foi a vez de Silvestre Varela, o n.º 17 dos dragões, ser o herói azul e branco, ao apontar o tento solitário de uma partida na qual a sua equipa ainda desperdiçou uma grande penalidade – João Moutinho ao poste.

O antigo jogador do Sporting sucedeu assim aos seus dois companheiros na frente de ataque: Hulk marcou o golo que deu a vitória sobre a Naval (de grande penalidade, na primeira ronda da Liga) e Falcão repetiu a proeza frente ao CSKA, em Sófia (na 2.ª jornada da Liga Europa).

Peso esmagador

De resto, a produção dos três avançados tem-se revelado esmagadora nos resultados da equipa. Hulk (8 golos), Varela (5) e Falcão (4) são responsáveis por 17 dos 20 golos que o FC Porto tem na Liga 2010/11 – os 3 restantes pertencem a Belluschi, João Aurélio (Nacional, p.b.) e Otamendi. No cômputo geral da temporada, os três atacantes da formação de Villas-Boas concentram 28 dos 40 golos conseguidos n o universo das restantes competições do calendário – Supertaça Nacional, Taça de Portugal e Liga Europa.

Em termos defensivos, o FC Porto somou ontem o 10.º jogo, dos 16 que efetuou até agora, em que não sofreu qualquer golo.

in "record.pt"