segunda-feira, 16 de maio de 2011

Capitães reforçam sentido de união

O Braga pode não igualar o prestígio do FC Porto, mas o capitão Vandinho está confiante que o "espírito guerreiro" dos arsenalistas vai prevalecer frente a uma equipa que "pensa da mesma forma", diz o homólogo Helton.


O Braga pode não igualar o momento de forma ou prestígio do FC Porto, mas com os capitães de equipa, Vandinho e Helton, a revelarem as ambições das respectivas equipas antes da final da UEFA Europa League, na próxima quarta-feira, fica claro que no espírito de equipa são idênticas.
Apesar de haver 50 quilómetros de distância ao longo da auto-estrada A3, Porto e Braga são muito distintos no que toca a prestígio europeu. Os "dragões" conquistaram o seu 25º título de campeão português no início do mês passado, podem somar a 16ª Taça de Portugal no final da próxima semana, e chegam a Dublin em busca do sétimo título internacional. O palmarés do Braga conta apenas com a Taça de Portugal, em 1955/56.
Com 35 pontos a separá-los na classificação da Liga, existe a ideia de que pouco mudou, apesar de isso não levar em linha de conta a resistência férrea, segundo Vandinho. "Pensámos sempre jogo a jogo, acreditando que tudo era possível", disse o brasileiro. "Jogámos como equipa e mostrámos o espírito guerreiro que nos tornou famosos. Tivemos que trabalhar muito, e só dessa forma conseguimos chegar a esta final".
Os arsenalistas eliminaram pelo caminho Liverpool FC, FC Dynamo Kyiv e Benfica, aproveitando o seu estatuto de "outsider" vezes sem conta – o Porto está avisado. No entanto, a equipa de André Villas-Boas está habituada ao rótulo de favorita: ostentou-o durante toda a época. "Todos os jogadores trabalharam para isto", disse Helton, desmentindo a ideia de que foi tudo demasiado fácil. "Temos uma equipa que luta pelos mesmos objectivos, com estamos habituados a dizer: 'puxamos todos na mesma direcção'.
"A preparação para a final vai ser a mesma: o pensamento, o trabalho, vai ser tudo igual – não temos que melhorar ou parar de fazer algo só porque chegámos à final. O objectivo é sempre o mesmo". A atenção do Porto nas duas últimas eliminatórias tem-se centrado em arrasar o adversário, com a vitória nos quartos-de-final, sobre o FC Spartak Moskva, com um total de 10-3, a ser seguida por novo resultado volumoso frente ao Villarreal CF, nas meias-finais, por 7-4.
No entanto, o guardião Helton é rápido a dividir os louros por todas as posições, expressando a sua gratidão pelo quarteto "fantástico" que alinha imediatamente à sua frente. Poucas defesas estão ao mesmo nível que o ataque do FC Porto (até mesmo a sua defesa) – como o Braga bem sabe. "Aconteça o que acontecer, este grupo deve ser felicitado e vamos deixar o relvado de cabeça erguida", disse Vandinho. "Chegar à final, por si só, já é uma vitória. Dito isto, queremos ser campeões".
in "uefa.com"

Ilídio Pinto: «Juntar mais um troféu aos muitos existentes»

O mais antigo vice-presidente do FC Porto acredita na vitória do FC Porto mas defende que o Sporting de Braga será um adversário que irá colocar dificuldades ao triunfo dos portistas.
Do lado do FC Porto, hoje a equipa treinou no Olival, a viagem para Dublin está agendada para logo à noite, os médios Fernando e João Moutinho estão recuperados.
No lançamento do jogo da Irlanda Bola Branca ouviu Ilídio Pinto, um dos vice-presidentes mais antigos do FC Porto.
Ilídio Pinto, que acredita na conquista de mais título europeu, está muito confiante na estrutura da equipa de futebol dos azuis e brancos.

"Tenho quase a certeza que vamos ganhar a Liga Europa e juntar mais um troféu aos muitos existentes", afirma Ilídio Pinto.

O Vice-presidente do FC Porto admite , no entanto, que o Sporting de Braga vai criar muitas dificuldades numa final entre duas equipas do Norte de Portugal. 

"O Braga tem tido um comportamento brilhante e vai dar-nos muito trabalho. Mas penso que no somatório a vitória vai ser nossa. Vai ser um orgulho para o norte do país pois vão lá estar os dois finalistas e o campeão vem de certeza para o norte do país".

Ilídio Pinto enaltece ainda a capacidade de coleccionar títulos patenteada pelo FC Porto, uma capacidade que se alastra ao futebol de formação e às modalidades.
in "rr.pt"

QUATRO REGRESSOS PARA A FINAL DA UEFA EUROPA LEAGUE

Os regressos de Helton, João Moutinho, Hulk e Fernando são os destaques da convocatória de André Villas-Boas para a final da UEFA Europa League, numa lista assinalada ainda pelas saídas de Kieszek e Mariano, não inscritos, e do júnior Christian. O FC Porto defronta o SC Braga esta quarta-feira, às 19h45, na Dublin Arena.

Os Dragões cumpriram, esta segunda-feira, o segundo treino de preparação para o encontro frente aos minhotos, viajando para a República da Irlanda ainda hoje, às 20h45 (chegada prevista para as 23h00).

Fucile (treino condicionado), Cristian Rodríguez e Rafa (tratamento para ambos) mantêm-se ao cuidado do Departamento Médico.

Lista de convocados: Helton, Maicon, Alvaro, Guarín, Belluschi, João Moutinho, Falcao, Hulk, Rolando, Sereno, Varela, Walter, James, Sapunaru, Souza, Beto, Fernando, Rúben Micael e Otamendi.

Programa completo para Dublin:

Segunda-feira, 16 de Maio de 2011
20h45: Voo com destino a Dublin (chegada prevista para as 23h00)
Local: Aeroporto Francisco Sá Carneiro

Terça-feira, 17 de Maio de 2011
17h15: Conferência de imprensa de antevisão do FC Porto-SC Braga (final da UEFA Europa League)
18h00: Treino (integralmente aberto à comunicação social)
Local: Dublin Arena

Quarta-feira, 18 de Maio de 2011
19h45: FC Porto-SC Braga (final da UEFA Europa League)
Local: Dublin Arena

Quinta-feira, 19 de Maio de 2011
16h00: Voo com destino ao Porto (chegada prevista para as 18h15)
Local: Aeroporto de Dublin



in "fcp.pt"

FC Porto x Celtic: A primeira vitória portuguesa

Depois da final de Basileia (Taça dos Vencedores das Taças em 1984), da final de Viena (Taça dos Campeões Europeus em 1987), Sevilha tornava-se o terceiro capítulo da gloriosa história portista nas competições europeias.
A vitória do FC Porto sobre o Celtic em Sevilha marcou o primeiro sucesso de José Mourinho na conquista da Europa. Mas o caminho até às margens do Guadalquivir foi longo: Polonia WarszawaAustria Wien, Lens, Denizlispor, Panathinaikos e Lazio de Roma caíram aos pés dos dragões, que sofreram apenas duas derrotas na caminhada: em Lens e nas Antas contra os gregos, conseguindo depois uma reviravolta épica no Pireu, eliminando o Panathinaikos com 0-2 após prolongamento.
Pela frente, a equipa portuguesa encontrava o Celtic, campeão europeu em Lisboa em 1967 e que curiosamente chegava também à sua terceira final. 
Os escoceses tinham um plantel recheado de internacionais, mas era o sueco Larsson que captava todas as atenções da equipa, que iniciou o jogo só com dois escoceses. O FC Porto, por sua vez, começou a partida com nove portugueses - sendo um deles o naturalizado Deco -, e mais dois estrangeiros: Alenichev e Derlei.


A final na Andaluzia
Nesse 21 de Maio, dia de canícula na capital andaluza, o jogo começou a um ritmo lento. Acusando o calor e a pressão do momento as duas equipas gastaram a primeira hora a estudar-se e como tal, só aos 32 minutos é que Deco, desmarcado por Capucho, rematou à figura do escocês Douglas.
Como que despertados por este lance os escoceses lançam dois ataques rápidos que provocam os primeiros sustos a Vítor Baía. Reagiu prontamente o FC Porto e Deco esteve perto de marcar novamente, mas seria após uma grande jogada do dez portista que na recarga a um remate de Alenichev, Derlei inaugurou o marcador. 
O intervalo chegou sem dar aos escoceses possibilidade de resposta.
No segundo tempo, os escoceses ganharam um canto logo nos primeiros minutos e Larsson fez jus à fama de goleador e empatou a partida. Contudo, numa questão de cinco minutos, Deco serve Alenichev que repõem a vantagem azul e branca.
Mourinho tenta colocar alguma água na fervura pedindo aos jogadores que baixassem o ritmo, como que adivinhando o empate, que surgiu três minutos depois, novamente por Larsson e novamente por intermédio de um pontapé de canto, electrizando ainda mais o jogo.
Cientes da dificuldade em controlar a partida, ambos os treinadores tentam acalmar o ritmo de jogo, e até ao fim dos noventa minutos apenas o FC Porto, e novamente por Alenichev, teve uma oportunidade para desempatar.


Prolongamento e nervos em franja
Chegou o prolongamento e com tanto calor, as equipas ressentiram-se e refrearam os ânimos. 


Tudo podia ter continuado incerto se o guineense Baldé não recebesse o segundo amarelo. A partir desse momento o FC Porto pressentiu que estava perto da vitória e começou a empurrar o Celtic para trás. 
Ferido e acossado o Celtic aceitou as «regras do jogo» e manteve-se na expectativa até que Derlei fez o 3-2 aos 115´.
 Com cinco minutos para jogar o Celtic já não pôde reagir e José Mourinho e o FC Porto faziam história ao trazer a primeira Taça UEFA para Portugal.
A festa que começou em Sevilha alastrou à cidade invicta, noite adentro os Clérigos e a Giralda de Sevilha presenciaram uma festa até ao nascer do sol...

in "zerozero.pt"

O melhor FC Porto ainda é o de Siska


Pela primeira vez na sua história, o FC Porto venceu um campeonato sem derrotas, obtendo 84 dos 90 pontos disponíveis. Um registo memorável alcançado pelo jovem treinador André Villas-Boas que se traduz na conquista de 93,3 por cento dos pontos possíveis, mas que não bateu a prova quase perfeita dos “dragões” em 1939-40 conduzida pelo técnico húngaro Mihaly Siska: 94,4 por cento dos pontos possíveis. Se os dois técnicos azuis e brancos ocupam os lugares de bronze e prata do pódio, o ouro continua na posse do inglês Jimmy Hagan, que levou o Benfica de 1972-73 a terminar também invicto, mas arrecadando 96,7 dos pontos possíveis.

E se Villas-Boas chegou muito perto da melhor contabilidade de Siska (um treinador que se estreou no banco portista com apenas 32 anos), não quererá certamente atingir o pior registo do magiar. É que poucos anos depois, no final da época 1942-43, o húngaro levou o FC Porto a bater bem no fundo, naquele que foi o pior ano da equipa no campeonato ao nível pontual: 38,8 por cento dos pontos em disputa, que valeram um sétimo lugar. O campeonato e o futebol eram, no entanto, bastante diferentes nos anos de Siska, com a prova a disputar-se em apenas 18 jornadas.

Se o FC Porto disputou uma das melhores (senão a melhor) Liga do seu historial, o Sporting continua a bater recordes negativos. Apesar de vencer o Sp. Braga na derradeira jornada e garantir o terceiro lugar da prova, os “leões” igualaram a temporada passada, conquistando apenas 53,3 por cento dos pontos possíveis. Foram as duas piores temporadas do clube de Alvalade desde o início oficial da competição, em 1934-35. E o balanço da época de 2010-11 é mais gravoso para o Sporting ao terminar com a pior desvantagem pontual de sempre do conjunto leonino para o campeão: 36 pontos.

Valerá ainda ao Sporting o (fraco) consolo de ser o “grande” que tem o menos gravoso registo estatístico no ranking das piores percentagens em campeonatos. Este recorde pertence ao FC Porto e ao já mencionado Siska, em 1942-43. Os “dragões” ocupam mesmo os cinco registos mais negativos neste particular e são o único do trio que já ficou abaixo dos 50 por cento: 38,8 por cento, em 1942-43 (sétimo lugar no campeonato); 42,3 por cento, em 1969-70, com o técnico romeno Elek Schwartz (nono lugar); 45,5 por cento, em 1945-46, com o treinador húngaro Josef Szabo (sexto).

Bem mais recente é o pior campeonato da história do Benfica e este, imagine-se, ocorreu na temporada em que José Mourinho chegou à Luz, para iniciar a sua carreira de treinador, em 2000-01. Na época que marcou a saída de Vale e Azevedo e a entrada de Vilarinho para a presidência, os “encarnados” alcançariam apenas 52,9 por cento dos pontos em disputa, encerrando a temporada no sexto lugar da tabela.

O Sporting tem sido mais ou menos discreto no pior, mas também no melhor. O campeonato mais conseguido da equipa de Alvalade figura em nono lugar na lista dos melhores em Portugal e, com 64 anos, já está a entrar na idade de reforma. Foi alcançado em 1946-47, pelo treinador inglês Robert Kelly, que levou os “leões” ao título com 90,4 por cento dos pontos, em 26 jornadas. Alinhavam na equipa os “cinco violinos”: Peyroteo, Travassos, Albano, Jesus Correia e Vasques.

“Outsiders” no pódio

O Sp. Braga falhou o pódio de 2010-11 na última jornada, mas no campeonato anterior estreou-se neste espaço da tabela, com um brilhante segundo lugar. Um feito assinalável dos minhotos, até porque apenas outras sete equipas, para além dos três “grandes”, o conseguiram nas 77 edições da prova realizadas até ao momento.

O grande recordista deste clube restrito é, sem dúvida, o Belenenses, com 19 presenças no pódio, tendo alcançado mesmo um título em 1945-46. Contabilizou ainda três segundos lugares e 15 terceiros. Mais recentemente, o Boavista tornou-se no segundo clube a intrometer-se mais vezes no pódio, com seis presenças, entre as quais um primeiro lugar, em 2000-01. Ironicamente, os dois únicos clubes que interromperam a hegemonia de títulos de FC Porto, Benfica e Sporting encontram-se actualmente nos escalões secundários.

O terceiro lugar deste grupo é repartido por dois Vitórias, o de Setúbal e o de Guimarães, ambos com quatro presenças. Depois destes, apenas o Atlético conseguiu bisar. CUF, Académica e Sp. Braga encerram a contabilidade com uma presença cada um.

Entre as épocas de 1976-77 e 1985-86, por dez anos consecutivos, portanto, os três “grandes” não deixaram migalhas para a concorrência, compondo o pódio, à semelhança do que aconteceu em 2010-11, no mais longo jejum de “outsiders” até agora.



A I Liga em números

31

Número de equipas das principais ligas europeias que foram campeãs sem derrotas (segundo uma contabilidade da Lusa) e que o FC Porto de André Villas-Boas integrou esta temporada. Até ao momento, o Benfica era o único representante português (1972-73). Desde 2001, apenas cinco conjuntos tinham alcançado o feito: Shakhtar Donetsk; Arsenal, Dínamo de Kiev, CSKA de Sófia e Sparta de Praga.

53,4

Percentagem dos golos de Hulk e Falcao no total do FC Porto no campeonato. Os dois avançados foram responsáveis por 39 dos 73 golos da equipa (uma média de 2,43 por partida), com 23 e 16, respectivamente. Hulk acabou por sagrar-se o melhor marcador da prova.

123

O número-recorde de golos marcados em um campeonato, que continua a pertencer ao Sporting. O feito foi alcançado na temporada de 1946-47, a melhor de sempre na história do clube (Ver texto principal). A última vez que um campeão ultrapassou a barreira dos cem golos verificou-se na temporada de 1972-73, com o Benfica invicto de Jimmy Hagan: 101. Os “encarnados” são ainda a equipa que alcançou um título com menos golos, na remota temporada de 1937-38, marcando apenas 34 nas 14 jornadas disputadas (no mesmo ano, os 67 apontados pelo Sporting valeriam apenas o terceiro lugar).

16

Os golos sofridos pelo FC Porto, de longe a equipa menos batida da Liga, com uma média de 0,53 por encontro. Os “dragões” sofreram quase metade dos golos dos segundos menos batidos da prova: Benfica, Sporting e Nacional, todos com 31 golos. Na história do campeonato português, o FC Porto continua também a ter o recorde de campeão com menos golos sofridos (11 golos na temporada de 1991-92) com Carlos Alberto Silva no comando técnico, numa média de 0,32 por encontro. E é ainda o recordista absoluto de menos golos sofridos, apesar de não vencer o título: nove golos nas temporadas de 1979-80 e de 1983-84, numa média de 0,3 por jogo. Valeu apenas o segundo lugar.
in "publico.pt"

Eleição i. Attention Dublin, here they are

Finalistas da Liga Europa, FC Porto e Sp. Braga, dominam os melhores da Liga 2010/11. Coentrão é o único ''intruso''


La crème de la crème, que é como quem diz a nata do campeonato português, mora no Norte. Entre o campeão FC Porto e o quarto classificado, Sporting de Braga, estão 50 quilómetros de distância e dez dos melhores jogadores da Liga 2010/11. Como um espelho do que se passou no campeonato, o palco de Dublin vai receber estes futebolistas, na primeira final portuguesa em competições europeias. É o culminar de uma temporada praticamente perfeita dos dragões e a consolidação do trabalho iniciado por Domingos em 2009/10 no Braga - lutou pelo título até à última jornada e esta época levou a equipa à final da Liga Europa.

Assim, não é de todo surpreendente que no onze escolhido pelo i estejam representados seis jogadores do FC Porto (Helton, Sílvio, Rolando, Rodríguez, Coentrão, Guarín, Vandinho, Moutinho, Alan, Hulk e Falcao). O destaque vai para Hulk, melhor marcador da Liga, e o jogador mais decisivo dos dragões na prova. Depois do castigo na época passada, devido ao polémico caso do túnel da Luz, o brasileiro demonstrou que estava com fome de bola. Talvez por isso, um dia antes do final da Liga, o FC Porto tenha renovado o seu contrato até 2016 e adquirido mais 40% do passe (no total, os dragões gastaram 19 milhões em 90% dos direitos do avançado). Hulk passou a ser o jogador mais caro de sempre para um clube português. Mas será que o Incrível se vai manter em Portugal na próxima época?

Nos vizinhos minhotos, Domingos continuou a valorizar o plantel. Sílvio, Rodríguez, Vandinho e Alan entram também nos melhores da Liga. Consequência disso, a equipa do Braga vai ficar novamente desfalcada para 2011/12. O lateral, que chegou à selecção A, vai para o Atlético de Madrid, enquanto o contral peruano deve acompanhar o treinador arsenalista para o Sporting. Artur, o guarda-redes revelação, poderá jogar na Luz na próxima época, depois de Roberto (na equipa dos flops), que custou 8,5 milhões de euros ao Benfica, ter ficado aquém do esperado.

Mas o guardião espanhol não foi o único a desiludir os adeptos encarnados. A equipa de Jorge Jesus não conseguiu revalidar o título e, dos sete jogadores entre os melhores da época passada, só um ficou. Fábio Coentrão, pois claro. O esquerdino foi o melhor do Benfica e difícilmente o jogo contra a União de Leiria não será o da despedida. Gaitán e Salvio também são merecedores de elogios. Na estreia em Portugal, os extremos argentinos convenceram tudo e todos.

O Paços de Ferreira, uma das equipas sensação, pelo futebol que praticou, colocou dois jogadores na equipa das revelações. David Simão, médio de 21 anos que pertence ao Benfica, e Mário Rondón, venezuelano de 25 anos que marcou nove golos na Liga.

Após mais uma época decepcionante, o Sporting não tem nenhum jogador nos melhores e apenas André Santos integra as revelações. Poucos esperavam que o jovem de 22 anos fosse o melhor médio centro dos leões esta época, depois de um ano emprestado à União de Leiria. No extremo oposto, cinco atletas verdes e brancos acompanham os benfiquistas Roberto e Sidnei como desilusões. Torsiglieri nunca pareceu totalmente adaptado, Grimi já nem alternativa aparenta ser a Evaldo, Tales não contou (zero minutos), Maniche produziu pouco para o estatuto e ordenado em Alvalade (aufere 1,5 milhões de euros/época), e Cristiano chegou a custo zero - depois da saída de Liedson - para sair sem deixar saudades cinco meses depois.

Se qualquer escolha dos melhores é sempre alvo de discussão - sim, jogadores como Luisão, Fernando, Varela ou Rui Patrício podiam estar no onze da temporada -, olhando para os bancos de suplentes não há a mínima dúvida. Villas-Boas foi o melhor treinador. Ponto. Aos 33 anos liderar o FC Porto a um campeonato invicto e estar nas finais da Liga Europa e Taça de Portugal são motivos mais do que suficientes para não haver discussão. A guerra entre o miúdo e o graúdo Jorge Jesus começou logo em Agosto, mas em Maio só há um veredicto. Villas-Boas venceu por KO.

Ponto de encontro: Dublin O FC Porto realiza esta manhã o último treino em solo nacional e viaja para Dublin às 20h45. Moutinho já está recuperado da lesão e é opção para Villas-Boas.

No Minho, o panorama clínico não é tão animador para Domingos. Miguel Garcia, Rodríguez e Paulo César não estão a 100% e terão de ser avaliados. No entanto, os três jogadores devem recuperar a tempo de jogar no dia 18 de Maio. Os bracarenses treinam hoje e amanhã voam para a capital irlandesa.


in "ionline.pt"

Carreira na Europa valoriza estrelas do F.C. Porto e Braga


O plantel do F. C. Porto vale 237,5 milhões de euros, mais 78,8 milhões de euros do que no início da época (49,6%). O Braga, o outro finalista da Liga Europa, já triplicou a cotação: cresceu 28,27 milhões de euros, para 41,5 milhões (213,6%).
As excelentes carreiras de F. C. Porto e Braga na Liga Europa tiveram como consequência imediata a valorização dos jogadores, embora no caso dos portistas a percentagem não seja tão significativa, porque os futebolistas já tinham um lugar de destaque no mercado. O percurso internacional do Braga fez disparar a cotação dos atletas de forma mais evidente. Mas, no final da época, serão os dragões a estar na mira dos grandes clubes, uma vez que têm activos mais jovens e melhor cotados no plano europeu.
Segundo o agente FIFA Artur Fernandes, presidente da Associação Nacional de Agentes de Futebol, o plantel dos campeões nacionais valia 158,7 milhões de euros no início da época e agora vale 237,5 milhões, a partir de uma avaliação feita a cada jogador, o que equivale a um aumento de 49,6%. "Toda a estrutura tem um grande peso. O espírito de vitória aumenta o valor de mercado, porque qualquer clube no mundo dá preferência aos campeões", diz.

Mercado internacional em crise

O agente apresentou valores devidamente enquadrados com o contexto internacional, marcado pela recessão económica que também abala o mercado futebolístico. "Há pouco dinheiro por causa da crise. Por conselho da FIFA, muitos clubes preparam-se para ter receitas paralelas às despesas e isso vai baixar os investimentos", sublinha, esclarecendo que os campeonatos exteriores a Inglaterra, França, Itália, Espanha e Alemanha "podem praticar outros valores". E até "as lesões ou as durações dos contratos podem influenciar os cotações que são sempre voláteis".
No caso do F. C. Porto, há ainda a destacar a valorização de Falcao, que no início da época, segundo Artur Fernandes, valeria 15 milhões de euros e agora disparou para 40 milhões, ultrapassado a cláusula de rescisão definida pela SAD dos dragões. Por outro lado, Mariano González e Walter desvalorizaram, fruto de circunstâncias muito próprias: "O primeiro esteve lesionado e jogou pouco, o segundo não confirmou as expectativas que se criaram".

in "jn.pt"

Mick Walsh: «Villas-Boas é um gentleman»

IRLANDÊS RENDE-SE AO JOVEM TÉCNICO


Antes desta campanha europeia e da inclusão de Dublin no roteiro do FC Porto, qualquer adepto dos dragões associava a Irlanda ao nome de Mick Walsh. Durante anos, ele foi a sombra de Fernando Gomes no ataque azul e branco, numa parceria que rendeu 69 golos em 1982/83, marca superada já esta época por Hulk e Falcão. O simpático Walsh é hoje agente de jogadores e divide o seu tempo entre Miramar e Londres.
Quarta-feira, porém, é em Dublin que o veremos e de cachecol nos ombros. “Fico contente por ser a primeira final portuguesa, mas o que quero mesmo é que o FC Porto ganhe”, avisa, dissertando depois sobre Villas-Boas e contando histórias que desconhecíamos. “Lembro-me dele ainda no tempo do Bobby Robson. Um dia, passei pelo Lima Pereira e ele apresentou-mo”, recorda, revelando também as boas referências que lhe foram transmitidas pelo irmão, Steven: “Ele era olheiro do Chelsea quando o Mourinho lá esteve. Ou seja, trabalhou de perto com o André.” Walsh esteve há poucas semanas com o técnico do FC Porto e reforçou a sua opinião. “Uma pessoa humilde, um profissional dedicado. Está a ter êxito e pode marcar o futebol internacional. Mas, acima de tudo, Villas-Boas é um gentleman”, resume.
in "record.pt"

Árbitro espanhol na final

O espanhol Carlos Velasco foi o árbitro nomeado pela UEFA para dirigir a final da Liga Europa entre FC Porto e SC Braga, quinta-feira, em Dublin. 

Roberto Fernández e Jesús Guadamuro vão ser os árbitros assistentes. David Borbalán desempenhará a função de quarto árbitro, enquanto Carlos Gómez e Antonio Pérez serão os auxiliares de baliza. 

Na primeira divisão espanhola desde 2004, Carlos Velasco, 40 anos, entrou para a elite de árbitros da UEFA no início de 2011.

Engenheiro de profissão, o juiz eleito para dirigir a final portuguesa da Liga Europa arbitrou recentemente o jogo entre Schalke e Manchester United (0-2), na Alemanha, referente à primeira mão das meias-finais da Liga dos Campeões.

Carlos Velasco estreia-se a arbitrar equipas lusas.


in "abola.pt"

Falcao assume conversas para renovar

A renovação de Falcao é capaz de ser a notícia mais esperada pelos adeptos do FC Porto, mas, para já, fica só a certeza de que o assunto está mesmo a ser tratado. Numa longa entrevista ao jornal colombiano "El Tiempo", publicada ontem, o avançado admitiu que tem havido conversas com o clube nesse sentido e, apesar das notícias que o dão como alvo dos mais variados emblemas europeus, não descarta a possibilidade de prolongar uma ligação que, a continuar como está, é válida por mais duas épocas. "A única coisa certa é que tenho mais dois anos de contrato com o FC Porto. Tento alhear-me de todas as notícias, porque estou muito concentrado em terminar bem a época e em conquistar as duas competições que ainda temos pela frente. Há, de ambas as partes, boas intenções de aumentar o vínculo contratual, mas essas são decisões que a Direcção terá de tomar no momento certo", disse Falcao, confessando-se rendido ao carinho recebido no clube e na cidade: "Trataram-me sempre muito bem desde que cheguei. O carinho das pessoas tem sido maravilhoso, fazendo-me sentir confortável. É natural que esse tratamento esteja ligado ao meu rendimento desportivo, e isso é claro para mim, mas tanto as pessoas do clube como os adeptos, ou simples habitantes da cidade, expressam o seu carinho e esforçam-se por servir-me da melhor maneira. Por vezes, espanta-me tanta amabilidade, mas só tenho palavras de agradecimento".
A enviada especial do "El Tiempo" ao Porto esforça-se por contar aos colombianos a dimensão da popularidade de Falcao, alvo também de todas as atenções mediáticas no seu país. Aliás, ainda ontem, outro jornal - "Semana" - procurava retratar o "fenómeno Falcao", com a ajuda de treinadores, amigos e jornalistas. Em Portugal, El Tigre permanece tranquilo, com dias serenos que ele próprio relata. "Treino de manhã e tenho as tardes livres; estudo inglês três vezes por semana, descanso, vou ao cinema ou leio. Estou sempre ocupado". Não contem com ele para filmes de ficção científica; Ronaldo (o Fenómeno brasileiro) foi a principal referência. Nos livros, destaca a biografia de Dostoievski, escritor russo, Paulo Coelho e Ernesto Sábato; García Márquez, também colombiano, "é complexo, mas interessante"; esforça-se por falar português - "um idioma lindo" - continua profundamente religioso e espera a chegada dos familiares a Portugal nos próximos dias. O pai, que até costuma - ou costumava, pelo menos - falar de assuntos relacionados com a carreira desportiva, e com os contratos, chega brevemente ao Porto, informa o "El Tiempo".

in "ojogo.pt"

James ou Varela a fechar o ataque

Faltam três dias para a grande final da Liga Europa, mas Villas-Boas já tem alinhavado o onze que vai defrontar o Braga, salvo qualquer contratempo de última hora. A grande dúvida prende-se em saber quem acompanha Falcao e Hulk no tridente ofensivo e o trino desta manhã, o último no Olival e que se realiza à porta fechada servirá para o treinador tomar a decisão que falta.
Nos Barreiros, ambos foram titulares e esgrimiram argumentos até ao apito final e, feita a contagem, pode dizer-se que se registou um empate técnico. Varela abriu o marcador, James serviu brilhantemente Walter para o 2-0. Ambas as exibições foram muito positivas e Villas-Boas terá ficado apenas com uma certeza: quem for o eleito, estará em boa forma.
Quanto aos restantes titulares, as escolhas parecem pacíficas e lógicas: a baliza será de Helton, com Sapunaru, Rolando, Otamendi e Álvaro Pereira a completar o sector mais recuado. Ainda que a fraca exibição do central argentino nos Barreiros possa abrir o caminho a Maicon.
No miolo, os inevitáveis Fernando e João Moutinho acompanhados por Guarín.


Varela

12

Apesar de algumas lesões, o internacional português já fez 42 jogos esta época e é o terceiro melhor marcador do FC Porto no conjunto de todas as provas. Só Falcao (37) e Hulk (35) facturaram mais. Porém, na Liga Europa só conseguiu marcar por uma vez, na goleada caseira ao Spartak de Moscovo

70

Uma das obrigações dos extremos do FC Porto, até atendendo à forma como a equipa joga, é ir à linha e cruzar. Neste ranking, Varela também aparece à frente de James, ainda que esses seus movimentos não tenham o nível de aproveitamento ideal. No entanto, é um extremo que dá mais profundidade do que o colombiano.

1

Na Liga Europa, Varela tem 11 jogos, mas não cumpriu os 90 minutos em nenhum deles. Os dois "Rodríguez" foram apostas mais consistente de Villas-Boas nesta prova e isso ajuda a justificar o facto de ter apenas uma assistência, na Rússia com o CSKA e o golo de Guarín chegou para selar um importante triunfo.


James

3

Não é um número de golos que impressiona, mas não está nada mal para quem não é titular absoluto e se está a estrear no futebol europeu. Muito menos para quem tem apenas 19 anos. Ainda assim, está empatado com Varela nos golos apontados na Liga Europa. Ah! E tem menos minutos nas pernas.

61

Segundo os dados oficiais da Liga de Clubes, James terminou a participação no campeonato com 61 cruzamentos. Um valor interessante e que ainda no sábado resultou no golo de Walter. Aliás, nos últimos meses, James tem-se destacado pela qualidade nesse gesto técnico, seja de bola corrida ou de bola parada.

4

Não é o líder do ranking das assistências da Liga Europa, mas ocupa um lugar no pódio com quatro passes para golo em 358 minutos de competição. É o melhor do FC Porto neste particular. "Dá-me muito prazer ver os meus companheiros marcarem. "É uma alegria servi-los", contou numa entrevista a O JOGO.

in "ojogo.pt"

Belluschi: "Temos de provar o favoritismo"

Belluschi percebe que o FC Porto seja encarado como favorito à vitória na final de Dublin, mas garante que essa ideia, no que toca aos jogadores portistas, entra por um ouvido e sai pelo outro. "Temos de provar em campo que somos os favoritos. Se não o fizermos, não ganharemos. De nada adianta sermos favoritos se não o confirmarmos em campo", disse o argentino, em entrevista ao "Eleftheros Typos", jornal grego que quis tomar pulso ao êxito dos dragões e em particular ao de Belluschi, que jogou no Olympiacos antes de se transferir para Portugal. "Oxalá que possamos repetir o que se passou em 2003; esse é o nosso sonho. A nossa caminhada tem sido feita passo a passo e agora temos a final".
Explicar aos gregos o perigo representado pelo Braga foi uma tarefa a que Belluschi dedicou algum tempo. "É uma equipa muito boa, joga bem em contra-ataque, porque tem jogadores perigosos. Não é uma coincidência que tenha chegado à final e não será também um adversário fácil", diz, acrescentando uma visão curiosa. "O bom é que, ao contrário da maioria das finais europeias, as duas equipas não terão segredos uma para a outra; conhecemo-nos bem e não haverá surpresas, porque sabemos o que esperar deles."
Ainda que não tenha trabalhado com José Mourinho, Belluschi arriscou uma análise na sempre batida comparação com Villas-Boas. "Pelo que vejo de Mourinho na televisão, são treinadores diferentes. Mourinho aposta mais em defesas muito fechadas, contra-ataque e procura ganhar de uma maneira prática. Villas-Boas não é assim: quer que joguemos um futebol de ataque, de pressing alto e posse de bola; Barcelona serve de modelo", reforça o argentino, com o objectivo de vincar as diferenças entre os dois treinadores mais comparados dos últimos tempos. Sobre o trabalho diário, Belluschi revela que a equipa se aplica em treinos diários "muito duros", mas compensadores. "Os resultados falam por si", remata. "A minha melhor recordação europeia foi um jogo que fiz pelo Olympiacos, em 2008, no campo do Chelsea, com um remate ao poste. Espero que a minha melhor recordação passe a ser esta final", disse ainda.

El Samurai diz que pretende cumprir o contrato

Recuperado de lesão, Belluschi ainda vai a tempo de participar em duas conquistas: a Liga Europa e a Taça de Portugal. El Samurai perdeu algum protagonismo nos últimos jogos para Guarín, mas o balanço da segunda época no FC Porto continua a ser francamente favorável. Numa altura em que vários jogadores têm sido apontados aos mais diversos clubes, Belluschi tem conseguido escapar desse mediatismo. "Sou jovem, tenho 27 anos e contrato com o FC Porto que pretendo cumprir. O meu objectivo é ficar", disse. Voltar à Grécia, porque a entrevista foi a um jornal grego, é uma hipótese a que responde com diplomacia. "Não fecho portas, mas só se for para o Olympiacos, que foi o clube que me abriu as portas da Europa". Jogar contra o Olympiacos na próxima Champions "seria difícil, mas sou profissional", disse ainda Belluschi.

in "ojogo.pt"

Presidente do Rentistas explica Hulk aos uruguaios

A notícia da renovação do contrato e, sobretudo, a compra de mais 40 por cento do passe de Hulk por parte do FC Porto foi recebida com surpresa no Uruguai, porque o Rentistas, clube local com pouca expressão, onde o Incrível nunca jogou, mas onde foi inscrito quando saiu do Tokyo Verdi, foi mencionado como destinatário dos 13,5 milhões de euros. Um pormenor que até foi tornado público quando o jogador chegou ao Dragão, mas que terá passado ao lado da Imprensa celeste.
Por isso, o Ovación procurou explicações junto do presidente do clube. "Prestamos um serviço pelas transferências dos jogadores brasileiros. São totalmente regulares, está tudo documentado tanto a nível bancário como nos clubes. Parte do nosso orçamento é sustentado através de transferências offshore", revelou Álvaro Astray, que não deu detalhes sobre qualquer dos negócios, mas disse que é "uma prática comum" em vários clubes uruguaios. "Este tipo de transacções realizam-se porque os empresários não podem ser donos dos direitos federativos dos jogadores, pelo que os têm de incorporar em algum clube", explicou.

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Moutinho e Fernando treinaram a pensar em Dublin

André Villas-Boas tinha previsto que João Moutinho e Fernando pudessem reintegrar os treinos a partir de ontem e confirmou-se. Os dois jogadores voltaram a trabalhar e devem começar a intensificar a preparação nos próximos dias até à final de Dublin, depois de terem falhado a última jornada da Liga Sagres. Até Sapunaru, que o técnico havia substituído ao intervalo do jogo dos Barreiros, por precaução, acabou por treinar sem limitações aparentes, pelo que André Villas-Boas tem praticamente intacto o núcleo de jogadores que conduziram o FC Porto à vitória no campeonato. Só Fucile, Cristian Rodríguez e Emído Rafael permanecem de fora, prosseguindo os respectivos planos de recuperação. Os juniores Tiago Ferreira, Christian Atsu, Romário e Edu treinaram com a equipa principal, que faz hoje, às 10h30, no Olival, e à porta fechada o último ensaio antes de embarcar para a Dublin. A viagem será às 20h45.

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Portistas foram à luta

A vitória do FC Porto sobre a Académica de Espinho (8-5) permite aos dragões seguirem para os quartos-de-final da Taça de Portugal, onde defrontarão, no dia 11 de Junho, o Santa Cita, equipa que disputa o título da III Divisão. Num encontro emotivo, o FC Porto sentiu dificuldades e só conseguiu bater André Girão aos 19 minutos. Vítor Hugo, o melhor marcador do campeonato (45 golos), igualou a partida e, nos cinco minutos que antecederam o intervalo, de novo, Vítor Hugo, lançado no contra-ataque, assistiu Frederico Saraiva, que colocou o Espinho em vantagem, a qual se foi dilatando até aos 29 minutos (1-4). Podem ter entrado "lentos" ou "apáticos", como referiu Franklim Pais no final, mas os portistas, após a entrada de Filipe Santos, viraram o resultado em oito minutos (5-4) com três contra-ataques e um penálti. Ainda sofreram frente a um adversário que dá trabalho, mas nos últimos três minutos Reinaldo Ventura (um penálti, um livre indirecto e assistido por André Azevedo em contra-ataque) resolveu. Para Franklim Pais, o FC Porto "cometeu imensos erros e virar o resultado não foi fácil". Paulo Freitas não escondeu o desalento. "Estamos desiludidos. Ficámos tristes, mas vamos levantar a cabeça e trabalhar porque no próximo sábado temos mais uma final [ndr: 28ª jornada, recepção ao Valongo]."


FC Porto 8 | Académica de Espinho 5

Dragão Caixa
1º árbitro Joaquim Carpelho (Setúbal) 2º árbitro Jaime Vieira (Alentejo) 3º árbitro Jerónimo Moura (Porto)
-

FC Porto

Edo Bosch Gr
Pedro Moreira 1
Pedro Gil 2
André Azevedo -
Reinaldo Ventura 5
Emanuel Garcia -
Filipe Santos -
Gonçalo Suissas -
Henrique Magalhães -
Nélson Filipe Gr/nj
Treinador Franklim Pais


AC Espinho

Gr André Girão
- Rui Silva
- Filipe Sousa
1 João Pinto
2 Vítor Hugo
- Eduardo Brás
2 Frederico Saraiva
nj Fábio Santos
nj Diogo Santos
Gr João Ferro
Treinador Paulo Freitas
-
Ao intervalo 1-2
Evolução do marcador | 1-0 | 1-4 | 5-4 5-5 | 7-5

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Dragões arrasam

O FC Porto, num espaço de dois dias, voltou a vencer o Benfica (93-60) na final do play-off da Liga Portuguesa e por números arrasadores que, de facto, expressam uma superioridade assinalável a todos os níveis.
O Benfica, bicampeão, voltou a não ter argumentos para um FC Porto organizado, criterioso, até por vezes com margem para ser criativo, e que ao longo do ano (líder da época regular e agora com vantagem de 2-0 na final à melhor de sete) tem demonstrado uma evolução notável relativamente à época anterior, em que tremeu nos momentos de maior pressão, cedendo, de resto, nos dois primeiros jogos da final disputados em Lisboa. Essa insegurança acabou.
A defesa é uma das maiores armas dos dragões, que não se deixam afectar pelas adversidades. Ontem, nos primeiros seis minutos, o Benfica parecia apostado em criar dificuldades, mas mais uma vez, sem pernas nem cabeça, acabou subjugado à velocidade do jogo dos portistas, os quais, no primeiro período, conseguiram dois parciais de 7-0, e depois um de 9-0, no segundo.
No controlo das acções dos rivais da Luz, os anfitriões conseguiram números interessantes nos roubos de bola (15) e desarmes de lançamento (5), mas o que realmente levou os adeptos a levantarem-se da cadeira foram os 13 triplos (contra apenas um dos encarnados, pelo capitão Sérgio Ramos), porque o espectáculo é o que faz as pessoas comprar bilhete.
Com tamanha exibição não haverá adversário que consiga fugir ao nervoso miudinho, daí as pequenas chamadas de atenção entre os jogadores do Benfica e até alguns ligeiros amuos. Compreensível.
Se a vantagem máxima do FC Porto, no primeiro jogo, foi de 30 pontos, ontem chegou aos 37 (85-48). É esta alta rotação que os dragões vão procurar manter, sabendo que os próximos dois encontros (sexta, dia 20, e domingo, dia 22) serão na Luz. Assim, enquanto o técnico Moncho López fez questão de desvalorizar os números, o treinador Henrique Vieira, recusando a resignação, já fez saber que a sua equipa é mais forte em casa e que acredita num regresso do Benfica ao Dragão Caixa, no dia 26.
Recorde-se que o FC Porto não é campeão há uns longos sete anos (2003/04) - com Luís Magalhães - e há muito que não jogava de forma tão apaixonada e apaixonante.
Em 2009/10, já com Moncho López, esteve muito perto do título. Agora insiste e já se precebeu que para o travar, o Benfica terá de se transfigurar, mesmo jogando em casa.


Figura | Julian Terrell

Certeiro no jogo interior

Julian Terrell foi o jogador mais valioso do encontro e, sobretudo no primeiro parcial, ao somar dez pontos e quatro ressaltos, mostrou porque mereceu o título de MVP. Devido ao tiro certeiro no jogo interior, Julian Terrell foi ajudando a alargar a vantagem no marcador, acabando por contabilizar 18 pontos, oito ressaltos e uma assistência.


FC Porto 93 | Benfica 60

Dragão Caixa
1º árbitro Luís Lopes 2º árbitro Carlos Santos 3º árbitro Fernando Rezende
-

FC Porto

Julian Terrell 18
Sean Ogirri 14
Gregory Stempin 9
Nuno Marçal 8
Carlos Andrade 16
Diogo Correia 3
João Soares -
Pedro Catarino 4
Miguel Miranda 5
David Gomes -
José Costa 10
João Santos 6
Treinador Moncho López


Benfica

10 Heshimu Evans
11 Sérgio Ramos
8 Miguel Minhava
8 Ben Reed
8 Gregory Jenkins
- António Tavares
6 Diogo Carreira
- R. Mascarenhas
9 Elvis Evora
- Marquin Chandler
nj João Ferreirinho
Treinador Henrique Vieira

Declarações

Moncho López, treinador do FC Porto

"Se ganhar apenas por um é igualmente importante"

"Há que manter a humildade e trabalhar". O aviso é de Moncho López. "Se na sexta-feira o FC Porto ganhar apenas por um, é igualmente bonito e importante como hoje (ontem)", referiu o treinador do FC Porto. "Temos que manter este estado de prontidão, para o Benfica não nos surpreender. Vão jogar em casa e, tal como aconteceu no Dragão Caixa, a diferença acentua-se com o apoio dos adeptos que alimentam a ambição dos jogadores", lembrou. "Adoro os adeptos. Sinto-me muito bem e fico emocionado, mas tenho que manter a calma", afirmou o treinador portista referindo-se aos 2056 espectadores de ontem.


Henrique Vieira, treinador do Benfica

"É mais que legítimo pensar que voltamos para o quinto jogo"

"Lamentavelmente, num fim-de-semana em que o FC Porto foi muito forte, não conseguimos encontrar o caminho para o cesto", afirmou Henrique Vieira. Mas o treinador continua a acreditar: "Em casa, com certeza, vamos ser mais fortes, por isso é mais que legítimo pensar que voltamos aqui para o quinto jogo". Com a eliminatória a favor do FC Porto, Henrique Vieira sabe "que é difícil", mas , confiante, referiu: "A história dos play-offs diz-nos que uma semana é muito tempo, para se rectificar os erros".

Jogadores

"Os resultados são um pouco enganadores, não transmitem o que é a equipa do Benfica. Na Luz vão ser dois jogos complicados, mas acredito que, se trabalharmos da mesma maneira, iremos atingir o objectivo, de sermos campeões".
Carlos Andrade, jogador FC Porto

"Apesar de a eliminatória estar 2-0 e de jogarmos agora em casa foram derrotas muito pesadas que deixam algumas marcas. Temos que vencer o terceiro jogo, para animar e entrar na luta pelo título, se não vai ser difícil".
Diogo Carreira, jogador Benfica

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