sábado, 6 de novembro de 2010

BENFICA-FC PORTO, 5-7

Dragões seguem invictos no campeonato
O Benfica pode-se queixar de si próprio pois falhou 1 penálti e 5 livres diretos, ao contrário do FC Porto que concretizou 4 livres diretos.

O FC Porto venceu este sábado o Benfica por 7-5, em Lisboa, em jogo da 6.ª jornada do Campeonato Nacional. O homem do jogo acabou por ser o portista Reinaldo Ventura, com 4 golos. Com esta vitória os dragões assumem a liderança da prova a par da Oliveirense.

21.48 - FINAL DO JOGO

50' - GOOOOOLO! PARA O FC PORTO, 5-7, por Emanuel Garcia. O argentino de livre direto acaba com a partida, quando apenas faltavam 7 segundos para o final.
O Benfica a pressionar muito nos últimos instantes...
49' - Cacau a falhar o livre direto, com uma grande defesa do guardião espanhol.
Cartão azul para Reinaldo Ventura e livre direto para o Benfica, que pode empatar.
48' - Grande trabalho de Valter Neves com Edo Bosch a salvar o empate.
46' - GOOOOOLO! PARA O BENFICA, 5-6, por Cacau. O brasileiro marcou de livre direto e colocou o Benfica a perder apenas por 1 golo. A partida está em aberto.
45' - Jogada de ataque do Benfica com Luís Viana a atirar ao poste.
45' - Abalos a falhar novo livre direto e na recarga permitiu a defesa de Edo Bosch.
Os jogadores agora envolvem-se numa acesa discussão na quadra.
45' - Luís Viana a falhar mais um livre direto para o Benfica.
Pedro Gil recebe um cartão azul, por falta sobre Abalos.
44' - GOOOOOLO! PARA O BENFICA, 4-6, por Cacau. O brasileiro aproveitou uma bola perdida ao segundo poste para reduzir a desvantagem dos encarnados para 2 golos.
Novo cartão azul para um atleta do Benfica, desta vez para Caio.
40' - GOOOOOLO! PARA O FC PORTO, 3-6, por Reinaldo Ventura. "Póquer" do jogador portista depois de converter mais um livre direto.
Diogo Rafael e o técnico Luís Sénica receberam ordem de expulsão por parte do árbitro da partida, isto depois de uma grande conferência entre o mesmo e a mesa.
O jogo está parado devido a uma descoordenação entre a mesa e os árbitros.
39' - GOOOOOLO! PARA O FC PORTO, 3-5, por Reinaldo Ventura. De novo na marcação de um livre direto. Desta vez a bola bate na barra e vem ao solo, com os jogadores encarnados a reclamarem muito sobre a legalidade do golo.
Na sequência do golo portista, o guardião do Benfica, Ricardo Silva, partiu o stick após o ter atirado com fúria contra o poste.
37' - GOOOOOLO! PARA O FC PORTO, 3-4, por Reinaldo Ventura. Na transformação de um livre direto, após mais uma falta benfiquista.
35' - GOOOOOLO! PARA O BENFICA, 3-3, por Valter Neves. Remate do capitão benfiquista com a bola a ir à barra, a bater nas costas do guardião dos dragões e a entrar, com alguma sorte à mistura.
O FC Porto já está em igualdade numérica...
33' - Caio falhou o livre direto a castigar falta de Filipe Santos. O Benfica não aproveita novamente, mas ainda está com uma unidade a mais em campo.
Cartão azul para o capitão portista, Filipe Santos, por falta sobre Caio.
32' - GOOOOOLO! PARA O BENFICA, 2-3, por Diogo Rafael. Grande tiro do jogador do Benfica a bater o guardião do FC Porto e a reduzir o placar.
31' - Pedro Gil falhou um livre direto que castigava a 10.ª falta dos encarnados.
30' - Diogo Rafael quase reduz para 2-3, depois de uma excelente rotação.
29' - "Stickada" forte de Pedo Gil ao poste esquerdo da baliza defendida por Ricardo Silva.
27' - Filipe Santos isolado frente a Ricardo Silva atirou ao lado da baliza do Benfica.
20.53 - INÍCIO DA 2.ª PARTE
O Benfica entrou melhor na partida e cedo se colocou em vantagem no placar. Mas depois surgiu a reação portista, primeiro por Emanuel Garcia e depois por Pedro Moreira. Pelo meio os encarnados falharam um penálti e um livre direto, e já perto do intervalo Reinaldo Ventura aumentou a vantagem dos dragões para dois golos.
20.43 - FINAL DA 1.ª PARTE
25' - GOOOOOLO! PARA O FC PORTO, 1-3, por Reinaldo Ventura. O internacional português converteu o penálti a castigar falta de Tiago Rafael. Nos festejos o jogador portista mostrou três dedos para os adeptos benfiquistas.
25' - Penálti para o FC Porto.
25' - Luís Viana à boca da baliza falha o empate.
24' - Cacau falhou o livre direto. Ainda assim os encarnados jogam com uma unidade a mais, fruto da admoestação a Edo Bosch.
24' - Livre direto para o Benfica, por falta sobre Luís Viana. Edo Bosch vê o cartão azul e tem que entrar Filipe Magalhães para o lugar do espanhol.
A equipa de andebol do Benfica encontra-se no pavilhão a assistir à partida. referir que amanhã os encarnados enfrentam o FC Porto em andebol e também em futebol.
23' - Luís Viana permitiu a defesa de Edo Bosch, na conversão do castigo máximo.
Penálti sobre Cacau...
23' - GOOOOOLO! PARA O FC PORTO, 1-2, por Pedro Moreira. Na recarga a um remate de Reinaldo Ventura, o FC Porto operou a reviravolta no marcador.
21' - Tiago Rafael falhou a emenda ao segundo poste, depois de uma grande jogada do ataque do Benfica.
16' - GOOOOOLO! PARA O FC PORTO, 1-1, por Emanuel Garcia. Jogada confusa na área do Benfica e o argentino limitou-se a encostar ao segundo poste. Está restabelecida a igualdade no placar...
Edo Bosch teve mesmo que ser substituido devido ao lance. Entrou para o seu lugar Filipe Magalhães.
11' - Valter Neves assiste Cacau e o brasileiro ao segundo poste, quando se preparava para fazer o segundo golo na partida, permitiu o corte de Edo Bosch, que ficou magoado na sequência do lance.
10' - Cacau em excelente posição permite a defesa a Edo Bosch.
8' - GOOOOOLO! PARA O BENFICA, 1-0, por Ricardo Pereira. Grande jogada individual de Caio a rematar para a defesa complicado de Edo Bosch e, na recarga, Ricardo Pereira inaugurou o placar. Benfica na frente...
6' - Ricardo Silva, por duas vezes, a evitar o golo do FC Porto. Primeiro Reinaldo Ventura a desperdiçar uma superioridade numérica de 3 para 1 no ataque e depois Pedro Gil à boca da baliza não conseguiu bater o guardião encarnado.
5' - Remate rasteiro e cruzado do capitão Valter Neves para uma grande defesa de Edo Bosch.
O Jogo teve um início forte com ambas as equipas a ensaiarem rápidos contra-ataques, mas agora o ritmo da partida desceu.
1' - No primeiro lance da partida Caio quase a inaugurar o marcador para o Benfica.

20.00 - INÍCIO DO JOGO

A Oliveirense venceu já este sábado no terreno do Sp. Tomar por 7-2 e está na liderança provisória do campeonato.

No Benfica confirma-se a ausência de João Rodrigues.

"Os adeptos têm dado muita força e esperamos que este sábado o apoio seja ainda mais forte", disse Cacau à Benfica TV.

Enquanto no Benfica, o brasileiro Cacau alertou que "trata-se de um jogo muito difícil, que ninguém quer perder".

"Não temos nenhum sentimento de vingar a derrota na Supertaça. Se houvesse eles tinham que vingar muitas. Estudámos bem o Benfica e vamos com as nossas armas para sair com um triunfo", avisou o espanhol.

O atacante do FC Porto, Pedro Gil, garantiu ambição máxima para o duelo deste sábado: "Vamos demonstrar que somos melhores".

No lado das águias o jovem João Rodrigues, que foi o herói na Supertça ao apontar um "póquer", está em dúvida para a partida.

O FC Porto, atual campeão em título, desloca-se este sábado ao Pavilhão Império Bonança, em Lisboa, para enfrentar o Benfica, em jogo da 6.ª jornada do Campeonato Nacional. Os encarnados que dividem a liderança com Oliveirense e dragões, já esta época venceram os eneacampeões nacionais, por 8-4 na Supertaça.

BENFICA-FC PORTO

Pavilhão Império Bonança, em Lisboa
Benfica: Ricardo Silva, Valter Neves, Esteban Abalos, Caio e Ricardo Pereira
Suplentes: Pedro Henriques, Diogo Rafael, Cacau, Tiago Rafael e Luís Viana
Treinador: Luís Sénica

FC Porto: Edo Bosch, Filipe Santos, Pedro Moreira, Pedro Gil e Reinaldo Ventura
Suplentes: Filipe Magalhães, André Azevedo, Henrique Magalhães, Gonçalo Suíssas e Emanuel Garcia
Treinador: Franklim Pais

in "record.pt"

Conferencia Imprensa Andre Villas-Boas

Villas-Boas recorda o primeiro clássico, aos ombros do padrinho nas Antas
Técnico do F.C. Porto habituou-se aos duelos com o Benfica desde cedo


André Villas-Boas acompanha, desde terna idade, as recepções do F.C. Porto ao Benfica. Em vésperas do clássico no Estádio do Dragão, o Maisfutebol pediu ao treinador para recordar a sua experiência como adepto portista.

«Vinha aos ombros do meu padrinho para o futebol, teria três ou quatro anos, e ia para a arquibancada. Só me lembro de brincar e por vezes saltar às cavalitas do meu padrinho para ver quem marcava», explicou André Villas-Boas, sem precisar datas.

Tendo nascido em 1977, o primeiro clássico do treinador do F.C. Porto terá sido entre 80 e 81. Muitos outros de seguiram, como Villas-Boas, então adepto, admitiu. «Lembro-me também de muitos clássicos na Superior Sul com os SuperDragões, no banco de apoio ou na Arquibancada sozinho, a fazer análise», completou.

«Boicote do Benfica? Deixa andar a ver o que acontece»
André Villas-Boas não sabe se irá ver adeptos do Benfica no Dragão

«Prefiro deixar ao vosso critério jornalístico. Não li a secção Benfica nos jornais, não reparei se já havia organização dos adeptos para a viagem. Eu tive a minha opinião sobre o boicote, depois pareceu haver um contra-senso em relação ao mesmo. Agora já estou na fase do deixa andar e ver o que acontece.»

Esta é a posição de André Villas-Boas em relação ao boicote decretado pelo presidente do Benfica, em relação aos jogos da formação encarnada fora de portas. Apesar da medida, o clube lisboeta requisitou 2.500 bilhetes, explicando que o clássico não se enquadrava na estratégia do denominado boicote.

Para além de falar sobre o caso, o treinador do F.C. Porto respondeu a várias questões sobre Hulk. O melhor marcador dos dragões nunca balançou as redes frente ao Benfica, podendo surgir um duelo com David Luiz, caso Jorge Jesus aposte no central para a lateral esquerda.

«Não sei se o David Luiz irá jogar a lateral esquerdo. Se acontecer, mudam comportamentos e estaremos preparados. Referimos isso mesmo hoje aos jogadores. O F.C. Porto-Benfica não é um Hulk-David Luiz, não faz sentido falar em duelos individuais», disse Villas-Boas, acrescentando mais tarde: «O Falcao também nunca tinha marcado ao Benfica e isso aconteceu na Supertaça, o Hulk nem nós estamos à procura de atribuir esse tipo de preponderância especial. Pode ser o Hulk a marcar ou outro qualquer.»

O treinador do F.C. Porto enalteceu a importância do discurso na preparação de um jogo. «Acredito na importância de uma palestra, por muito que o futebol actual se divirta com o táctico, que se faça a exacerbação do táctico. Convém a muita gente destacar esse aspecto, para esconder as fraquezas. Ter qualidades humanas também é muito importante. Acredito nos valores da transcendência, da força do balneário. Houve um grito de revolta nesse jogo na Supertaça, e esse grito continua, pelo que aconteceu na época passada», frisou.

Na recta final da conversa com os jornalistas, André Villas-Boas pediu ainda uma boa arbitragem para o clássico. «Só desejo que a equipa de arbitragem seja tão boa como o jogo com o Braga, o Porto-Braga marcou o campeonato. Que o Porto-Benfica faça o mesmo», desejou o técnico.

Villas-Boas: «Ganhar ao Benfica tem um sabor único e especial»
Clube encarnado «é campeão nacional com mérito absoluto»

André Villas-Boas, treinador do F.C. Porto, fez neste sábado a antevisão do clássico frente ao Benfica. Na conferência de imprensa realizada no Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, o técnico azul e branco elogiou o seu adversário mas apostou no triunfo.

«A aposta cega é na vitória. Na leitura do que se pode passar, do que o jogo pode trazer, temos esse compromisso com a vitória. Ganhar ao Benfica em casa tem um sabor único e especial», reconheceu.

A exemplo do que sucedera após o embate com o Besiktas, Villas-Boas fez questão de enaltecer a qualidade do Benfica: «O Benfica é campeão nacional com mérito absoluto, disputando o título até à ultima jornada com o Sp. Braga. Demonstrou a qualidade do seu futebol não só em Portugal como na Europa. Perdeu duas pedras importantes, como nós, não se conseguiu organizar da forma como desejada e é por isso que chega a este clássico com a diferença pontual.»

«Ainda assim, tendo em conta que são campeões, o que fizeram esta semana com o Lyon, o menor tempo de recuperação do F.C. Porto, tudo isto antevê uma possibilidade de ameaça para o Porto. São duas grandes organizações que se encontram, estamos extremamente confiantes e temos uma oportunidade única para nos distanciarmos 10 pontos. Para isso, temos de jogar. Queremos aproveitar esta oportunidade», garantiu o técnico.

«Benfica a querer dar grito de revolta»

Na Supertaça, o F.C. Porto bateu o Benfica de forma convincente. Agora, Villas-Boas espera a resposta encarnada: «O que transmiti aos meus jogadores foi que espero um Benfica a querer dar um grito de revolta em relação à Supertaça. Na altura, estava a ser super elogiado, era um Benfica que dificilmente alguém pararia, mas encontrou um adversário muito forte. O F.C. Porto quer continuar a marcar a sua posição, perdeu a Taça da Liga, foi castigado de forma injusta com o afastamento de dois jogadores.»

«Desconfio que se esteja a passar uma mensagem enganosa. Parece-me que temos um Porto até Leiria ultra-elogiado. Depois, houve condicionantes no jogo com a Académica, onde até se falou de jogo sofrido. A Académica fez um remate na segunda parte. No jogo com o Besiktas, também houve condicionantes difíceis. Em dois jogos, começa-se a perspectivar um Porto em pseudo-queda. Choca com a argumentação das 15 vitórias. Em dois jogos, mete-se em causa tudo o que foi feito para trás. Obviamente que vou alertando os meus jogadores para tudo isto», explicou André Villas-Boas.

Em caso de vitória, o F.C. Porto ficaria com dez pontos de vantagem sobre o Benfica. Contudo, o treinador dos dragões lembra que o campeonato está demasiado longe do seu final. «Há vários cenários que podem acontecer, sendo que o cenário de 10 pontos, para nós, seria o cenário ideal. Perguntem aos outros treinadores se entregariam o campeonato caso a diferença fosse de 10 pontos. O F.C. Porto ainda tem de ir a Alvalade, a Braga, à Luz. Perguntem aos outros treinadores, por exemplo ao Jorge Jesus. Bem, nesse caso, não podem», brincou, aludindo à exclusividade da BenficaTV nas chamadas conferências de imprensa.

in "maisfutebol.iol.pt"



F.C. Porto: Fernando falha o clássico, Rodriguez de fora por opção

Médio está ainda em dúvida para o jogo com o Portimonense

Fernando não recuperou a tempo de defrontar o Benfica. Segundo André Villas-Boas, o jogador do F.C. Porto, que se lesionou em Coimbra, está ainda em dúvida para o encontro seguinte com o Portimonense.

«O Fernando fica fora do clássico e possivelmente fora do jogo com o Portimonense. Foi uma lesão num jogo que não se devia ter realizado. Não sei se foi por isso que se lesionou, senti um jogador tenso, com medo de se lesionar. Quando mais medo se tem, mais probabilidade há de acontecer», explicou André Villas-Boas.

O técnico do F.C. Porto não desvenda o nome do substituto no onze: «Houve sempre alguma expectativa em relação ao Fernando, mas o plantel tem soluções que estão potenciadas, estamos salvaguardados nesse aspecto. Não quero partilhar quem vai jogar, porque tem influência directa na nossa estratégia.»

Em relação à convocatória para o jogo com o Besiktas, saem Cristian Rodríguez, Sereno e Castro; entram James, Maicon e Sapunaru. Rodriguez, expulso frente ao Besiktas, teve ainda uma troca de palavras menos feliz com Antero Henrique, director-geral da SAD do F.C. Porto, nesse jogo.

Por fim, refira-se que o F.C. Porto vai disponilizar mais 168 bilhetes para o clássico. A venda, destinada exclusivamente a sócios do clube e branco, terá lugar a partir das 10 horas de domingo, na bilheteira da Bancada Nascente.

Lista de convocados:

Guarda-redes: Helton e Beto
Defesas: Fucile, Sapunaru, Álvaro Pereira, Rolando, Maicon e Otamendi;
Médios: Souza, Belluschi, João Moutinho, Guarín e Rúben Micael;
Avançados: Falcao, Hulk, James Rodriguez, Varela e Walter.

in "maisfutebol.iol.pt"

F.C. Porto: Rodriguez não conta após descontrolo na Liga Europa

Extremo foi expulso e ainda respondeu a Antero Henrique

Cristian Rodriguez não foi convocado para o clássico de domingo frente ao Benfica. André Villas-Boas deu-lhe a titularidade na Liga Europa mas o uruguaio teve uma noite infeliz: foi expulso por acumulação de amarelos e ainda respondeu a Antero Henrique, director-geral da SAD do F.C. Porto, a caminho dos balneários.

Na conferência de imprensa deste sábado, Villas-Boas desvalorizou o incidente, garantindo que tal não influenciou a sua convocatória. De qualquer forma, Rodriguez fica de fora, com o treinador azul e branco a falar de um mal-entendido.

«Não se passou nada de mais. No banco, depois da expulsão, o Antero (Henrique) dirigiu a palavra ao Cristian Rodriguez para perguntar se queria ficar no banco ou ir para o túnel. Ele percebeu mal e virou-se para trás para perceber o que lhe estavam a perguntar», começou por relatar.

«Nesse sentido, disse Cristian para ir para dentro, tomar banho e refrescar os ânimos. Não penalizámos os jogadores dessa forma tão agressiva, o caso que se está a tentar fazer é um não caso. Não há caso em absoluto. Isso não terá influência na convocatória», disse o técnico, minutos antes de ser divulgada a lista.

in "maisfutebol.iol.pt"

Fernando no clássico só com um milagre

Fernando vai mesmo falhar o clássico de amanhã entre o FC Porto e o Benfica. Nesta altura, ou seja, a poucas horas do grande jogo da jornada 10, as possibilidades de recuperação do médio brasileiro são tão remotas que só uma espécie de milagre acelararia a reabilitação a tempo de poder ser incluído no onze.

Ontem, até houve uma ligeira evolução no programa de trabalho delineado para Fernando. Depois das sessões de tratamento e de ginásio do início da semana, o médio realizou treino condicionado e no final ainda passou pela sala de musculação. Todavia, o prognóstico não é nada favorável à recuperação. Fernando, recorde-se, sofreu uma lesão na coxa direita no jogo da última jornada do campeonato, em Coimbra - o clube não especificou o problema -, sendo obrigado a abandonar o relvado ainda durante a primeira parte. Na altura, a uma semana de distância do jogo, a ideia dominante foi a de que era possível recuperar a tempo. Contudo, aos poucos os responsáveis portistas foram-se apercebendo que não era bem assim.

Apesar de o clube ter dito apenas que Fernando sentiu dores na coxa direita, sabe-se que a lesão é de cariz muscular. Logo não é aconselhável uma recuperação acelerada pela necessidade de jogar, que poderia colocar em risco os próximos compromissos do FC Porto.

Tudo leva a crer que André Villas-Boas vai ficar privado de um dos jogadores mais importantes na manobra da equipa. Basta ver que até ao jogo de Coimbra o médio brasileiro era um dos totalistas no campeonato, um registo que agora deixou nas mãos de Helton, Rolando e Álvaro Pereira. Com mais 90 minutos somados na Supertaça, precisamente com o Benfica, o médio brasileiro apenas foi poupado em alguns jogos da Liga Europa e na Taça de Portugal.

O problema do treinador com a ausência de Fernando tem que ver com a eventual quebra de processos da equipa, habituada à capacidade de recuperação de bolas do médio-defensivo e, ao contrário das últimas épocas, à participação na construção de jogo. Aliás, esta foi uma das coisas que André Villas-Boas mudou na forma de jogar do FC Porto. O trinco, no caso Fernando, não se pode limitar a recuperar bolas, devendo sair a jogar ou fazer passes. E Fernando está mesmo a interpretar as ideias do treinador.

Guarín mantém-se no onze em prova de fogo

A confirmar-se a ausência de Fernando no clássico do Dragão, Villas-Boas tem, basicamente, duas opções no plantel para colmatar a baixa de um dos jogadores mais importantes: manter Guarín no onze ou apostar em Souza. Tanto um como o outro têm rodagem na posição 6 e argumentos a favor e contra. O mais certo é que o técnico portista opte pelo colombiano, mais experiente do que o brasileiro, mais habituado ao ambiente fervoroso dos clássicos nacionais - já participou em três com o Benfica desde que assinou pelo FC Porto. Além disso foi ele o escolhido na partida da Liga Europa com o Besiktas na quinta-feira, tendo Souza ficado no banco de suplentes. Desde que foi titular contra Os Limianos que o médio contratado ao Vasco da Gama perdeu o fulgor que tinha conquistado no início da época.

in "ojogo.pt"

Miguel Lopes : "Começámos a ganhar no balneário"

Um ano no FC Porto, mais uma pré-temporada com André Villas-Boas e ainda alguns minutos de competição no único troféu conquistado esta época. Miguel Lopes partiu para jogar no Bétis por empréstimo, mas nunca se desligou do Dragão, até porque faz questão de manter o contacto com dirigentes e antigos companheiros de equipa, alguns com quem construiu uma amizade "sólida". Apesar de ter sido dispensado temporariamente - "para crescer e jogar com mais regularidade", lembra -, só guarda elogios para André Villas-Boas. Aliás, nesta conversa com O JOGO em vésperas do clássico, chegou mesmo a atribuir-lhe o maior mérito desta aparente metamorfose do Dragão. "Este ano, chegou ao FC Porto um treinador jovem, com muita ambição e muita vontade de vencer. Ele trabalha muito e bem a cabeça dos jogadores. Incutiu uma mentalidade ganhadora naquele balneário e é isso que está a fazer a diferente. Ele só pensa em vencer; para ele não interessa mais nada. Tem muita confiança e transmite isso aos jogadores. Nunca chega ao balneário com um discurso de medo, nunca diz, por exemplo, que o jogo vai ser difícil. Nada disso. Ele opta sempre um discurso optimista, diz que vamos ganhar, que somos bons, que vamos ser campeões", conta o lateral que participou nos últimos 16 minutos do jogo da Supertaça. E precisamente por saber o que é vencer o rival da Luz num clássico, O JOGO quis saber o que aconteceu antes daquele jogo em que as circunstâncias (Benfica campeão) até apontavam para um maior favoritismo/vantagem do adversário. "Começámos a ganhar a Supertaça no balneário. Antes do jogo, no balneário, os gritos de incentivo foram incríveis. O ambiente no grupo estava fantástico... Estava tudo a babar-se para ir para dentro do campo, tal era a vontade de vencer. Foi uma loucura".

Apesar dos elogios sinceros a André Villas-Boas, nem sempre concorda com ele. Nos últimos dias, por exemplo, recusou-se a assinar a ideia lançada pelo treinador de que este clássico não é decisivo para o Benfica. "Claro que é decisivo. O Benfica vai dar a vida neste jogo". E explicou porquê: "Na eventualidade de o FC Porto ganhar, penso que o campeonato fica fechado. Sinceramente, e conhecendo aquele grupo por dentro, não estou a imaginar o FC Porto a perder 10 pontos para o Benfica no que ainda falta para jogar. Conheço bem o espírito daquele balneário e atrevo-me mesmo a dizer que isso é impossível. É lógico que o FC Porto vai perder pontos até ao final do campeonato, mas os outros também".

Miguel Lopes considerou ainda que o Benfica está mais forte do que na partida da Supertaça, mas também não tem dúvidas em afirmar que ainda não conseguiu atingir o mesmo nível da última temporada. "O Benfica sentiu as saídas do Ramires e Di María, sobretudo porque os jogadores que chegaram estão longe de apresentar a mesma qualidade. Eles perderam confiança. Mas agora estão um pouco melhor, como podemos ver na partida com o Lyon".

A concluir, provavelmente a pergunta mais difícil: qual vai ser o resultado do jogo de amanhã? "Sei lá. Não faço a mínima ideia. É sempre difícil prever um resultado num jogo destes, porque tudo pode acontecer durante um clássico. São jogos diferentes de todos os outros. Sobre este assunto, só tenho uma certeza: quero que o FC Porto vença".

"Ninguém pára o Hulk"


No arranque da temporada, era difícil imaginar um início tão demolidor do FC Porto - 15 vitórias e zero derrotas em 17 jogos. Miguel Lopes concorda com a ideia, apesar de, com o passar do tempo, ter começado a acreditar que era possível acontecer algo de parecido. "Tem sido uma época fantástica. O FC Porto está a jogar num nível muito elevado e é, sem qualquer dúvida, a melhor equipa portuguesa da actualidade. É difícil alguém derrotar o FC Porto neste momento. A partir de um determinado momento, comecei a sentir que só podiam perder se acontecesse uma anormalidade". Para além de um colectivo forte, o lateral lembra as individualidades que se destacam, com especial incidência para o mesmo de sempre: o brasileiro Hulk. "A equipa está a funcionar muito bem e, dessa forma, o talento individual de cada um sobressai com mais facilidade. Há vários jogadores no plantel com capacidade para fazer a diferença a qualquer momento... O Hulk, por exemplo, está a atravessar um momento de forma absolutamente incrível. A jogar assim, ninguém o pára".

A qualidade de Fucile e a inteligência de Sapunaru


Sapunaru ganhou o lugar no lado direito da defesa a Fucile, mas Miguel Lopes não ficou admirado com a opção de Villas-Boas. "O Fucile começou mais tarde, depois de ter participado no Mundial, e o Sapunaru aproveitou bem a oportunidade. Não estou surpreendido com a resposta que tem dado, porque sabia que tinha qualidade. Defende muito bem e, com o Villas-Boas, melhorou no aspecto ofensivo. Agora, escolhe de uma forma mais inteligente quando é que deve subir no terreno". Apesar disso, Miguel Lopes recordou a "grande qualidade" de Fucile, numa luta pela titularidade que "continuará até ao final da época".

"Todos gostam de mim"


Quando Miguel Lopes trocou o FC Porto pelo Bétis não sabia muito bem o que ia encontrar. Agora, alguns meses depois, não tem dúvidas em afirmar que fez uma excelente escolha. "Esta aventura está a correr muito bem. Conheci gente nova, um campeonato diferente e está a ser óptimo. Adaptei-me rapidamente e tenho sido sempre titular, com excepção dos jogos da Taça, durante os quais o treinador tem optado por fazer alguma rotação na equipa". O objectivo passa por regressar ao Dragão, embora não esteja colocada de parte a permanência no Bétis. "Estamos no primeiro lugar e temos todas as condições para subir. As pessoas do clube gostam de mim, os adeptos também. Gostam da minha atitude e do meu empenho, e até dizem que é raro ver um jogador emprestado com esta vontade", confessou por entre um sorriso.

in "ojogo.pt"

Hulk é o bom exemplo a seguir

reagiu mal a expulsão com o paços e desculpou-se


O caso de indisciplina de Rodríguez não foi o primeiro no FC Porto, nem tão-pouco será o último. Há um, por exemplo, que está bem presente na memória dos azuis e brancos. Não sendo tão grave quanto o que foi protagonizado por Cebola, a verdade é que também prejudicou a equipa. Na primeira jornada da época passada, Hulk mostrou o pior de si e foi expulso em Paços de Ferreira, deixando a equipa em maus lençóis. O comportamento do brasileiro não foi o melhor, mas o clube foi célere a desculpá-lo, uma vez que o Incrível retratou-se perante quem devia.

Hulk fez mea culpa pouco tempo depois do referido jogo, numa conversa onde estiveram presentes o treinador Jesualdo Ferreira e os dirigentes Pinto da Costa e Antero Henrique e na qual prometeu não repetir o erro. No treino seguinte, aliás, o brasileiro surgiu nos relvados a sorrir, sempre com o treinador por perto. O pedido de desculpa foi tão sentido, que poucos dias depois foi presenteado pela SAD com a renovação do seu contrato, tendo-lhe sido colocada, nessa altura, a famosa cláusula de 100 milhões de euros.

Mais recentemente, Hulk voltou à berlinda devido às reações intempestivas que tinha sempre que André Villas-Boas dava ordem para a sua substituição. Tratou-se de uma situação que foi resolvida internamente, mas sobre a qual o treinador fez questão de falar publicamente, apesar de não ter feito caso: “O Hulk não tem dois lados, é um jogador competitivo. Como em qualquer jogador, a substituição gera insatisfação, não estamos preocupados. Desde que não me bata...” Agora, para já, impera o silêncio sobre o “caso Rodríguez”, até porque toda a estrutura portista está totalmente concentrada no clássico.

in "record.pt"

Dragões mais fortes em bolas corridas

benfica é melhor no "laboratório"
 
A quantidade de golos marcados distingue as finalizações do FC Porto, mais concretizador, do Benfica, no percurso até ao clássico de domingo, da 10.ª jornada da Liga Zon Sagres.

Dos 20 golos apontados pelos dragões, 80 por cento (16) resultaram de lances de bola corrida, três de reposições de bola em jogo (um de livre, um após lançamento de linha lateral e um outro de penálti) e beneficiou apenas de um na própria baliza.

Oito das jogadas de entendimento das águias resultaram em golo (63%), de um total de 13, enquanto os restantes foram obtidos após a marcação de livres (um), de cantos (três) e da marca de grande penalidade (um).

Nas nove primeiras rondas da Liga, o FC Porto marcou 3 golos de cabeça, 2 por Falcão e 1 por Varela, 8 golos com o pé esquerdo (7 de Hulk, 1 deles de penálti, e 1 de Varela) e outros tantos com o direito, por Varela (3), Falcão (2), Belluschi (o único de livre direto), Otamendi e Hulk.

O "rival" regista a mesma igualdade, mas com menor quantidade. Carlos Martins e Aimar já marcaram 1 golo com cada pé, Franco Jara, Saviola, e Kardec, de grande penalidade, apenas o direito e Cardozo (2) e Fábio Coentrão só o esquerdo. O avançado paraguaio também já festejou um tento de cabeça, tal como Luisão e Javi Garcia.

Na defensiva, os adversários do FC Porto ainda só conseguiram marcar golos ao brasileiro Helton com o pé direito: Luís Aguiar (Sp. Braga) de livre direto, Carlão (U. Leiria) de grande penalidade e Lima (Sp. Braga) e Abdelghani Faouzli (V. Guimarães) em lances de bola corrida.

Apesar de não sofrer golos há cinco jornadas, o Benfica já soma 6 golos sofridos e marcados por apenas três equipas (Académica, Nacional e V. Guimarães). A maioria dos golos (4) foi obtida com a cabeça (Miguel Fidalgo, Luís Alberto, Orlando Sá e Rui Miguel), mas o "estudante" Laionel já bateu Roberto com o pé esquerdo e o vimaranense Edgar com o pé direito.

O líder FC Porto recebe domingo o campeão Benfica, às 20 e 15, no Estádio do Dragão, no Porto, num jogo que será arbitrado pelo lisboeta Pedro Proença.

in "record.pt"

Artilharia pesada

villas-boas geriu armas para carregar sobre o benfica
 

Depois de deixar no banco de suplentes Silvestre Varela e João Moutinho, André Villas-Boas não facilitou e substituiu Belluschi, Hulk e Falcão, relegando para segundo plano a vitória sobre o Besiktas. A partir do momento em que o empate garantia o apuramento, o técnico portista preocupou-se mais em gerir a condição física dos seus principais jogadores para o clássico de amanhã.

Dos habituais titulares, os únicos que fizeram os 90 minutos diante dos turcos foram Helton, Rolando e Alvaro Pereira, todos do sector recuado. Os dois primeiros não estiveram sujeitos a desgaste, ao passo que o lateral uruguaio há muito que mostrou ter uma capacidade inesgotável. De fora tinham ficado Sapunaru, por opção, bem como Fernando e Maicon, por impedimentos.

Feitas as contas, Villas-Boas saiu do duelo com as águias pretas com a artilharia intacta para enfrentar as vermelhas. O clássico já tinha começado a ser preparado antes do jogo com o Besiktas, mas sem colocar em causa o rendimento da equipa na Liga Europa. Desta forma, os dois principais objetivos foram alcançados, muito embora o técnico ambicionasse a conquista de mais um triunfo.

Intocáveis

Para amanhã, a principal dúvida reside em torno da recuperação de Fernando, uma vez que os restantes elementos que têm composto o onze de eleição de Villas-Boas estão no ponto. À frente do capitão Helton vai estar a sua habitual guarda de honra e no ataque estará um trio chefiado pelo Incrível, que lidera os melhores marcadores do campeonato, com 8 golos.

Não tendo ainda perdido qualquer jogo oficial até ao momento, o treinador confia na atitude e qualidade que permitiu ao FC Porto conquistar a Supertaça, em agosto. Com 7 pontos de avanço sobre o rival, a ambição dos dragões passa por aumentar a vantagem para os dois dígitos.

in "record.pt"

Liga de Clubes: Hulk eleito o melhor jogador de Outubro

Avançado vai receber distinção no Clássico


Hulk voltou a ser eleito o jogador do mês para a Liga de clubes, repetindo a distinção que tinha recebido para Agosto/Setembro.

O avançado do F.C. Porto esteve em destaque em Outubro, aumentando a conta pessoal de golos (é o melhor marcador da Liga, com oito) e registando boas exibições com a camisola dos dragões, acabando por receber 39% das preferências.

Fábio Coentrão (18%) e Falcao (9%) ocupam o segundo e terceiro lugar, respectivamente.

A distinção será entregue a Hulk momentos antes do início do Clássico com o Benfica, agendado para este domingo (20h15).

in "maisfutebol.iol.pt"

Made In: Diogo Viana marca e assiste na vitória do Venlo

Extremo cedido pelo F.C. Porto ajudou equipa a conseguir terceira vitória


O português Diogo Viana foi uma das figuras da vitória do VVV Venlo no terreno do Willem II, por 1-4, em jogo da 13ª jornada da Liga holandesa, realizado esta sexta-feira.

O jovem cedido aos holandeses pelo F.C. Porto entrou ao intervalo para o lugar do companheiro Chula, também ele ligado aos dragões. Nessa altura, já o Venlo vencia por 0-1, com um golo apontado por Boymans, na transformação de uma grande penalidade.

O mesmo jogador viria a fazer o 0-2 à passagem do minuto 49. O golo deu a tranquilidade que a equipa precisava e entrou, então, em acção, o extremo luso. Primeiro assistiu o húngaro Tóth para o terceiro golo e fez ele próprio o quarto, a um quarto de hora do fim. O melhor que o Willem II, último classificado da Liga, conseguiu foi reduzir, por Rigters, já perto do final.

Apesar do triunfo, o VVV Venlo continua numa situação delicada na tabela, abaixo da linha de água. Em 13 jogos, venceu por três vezes e perdeu dez, totalizando nove pontos, os mesmos do Vitesse e a dois do Feyenoord, a primeira equipa em posição de manutenção.

in "maisfutebol.iol.pt"

Viagem a um clássico da era da comunicação

Em 1955, o FCP de Yustrich bateu o SLB de Glória. O árbitro comentou o jogo, o balneário escancarou-se e um certo Pedroto mostrou a sua raça

Cinquenta e cinco anos é muito tempo. Em futebol, por exemplo, é uma eternidade. Há 55 anos, Eusébio ainda nem sequer aterrara em Portugal, o Sporting era o principal clube português (9-8 ao Benfica em títulos de campeão) e nem todos os clubes da 1.a divisão jogavam em relvados. No meio disto tudo, o futebol era 11 contra 11. E não havia cá empresários nem assessores de imprensa a empatar quem trabalhasse. Só blackouts.

A 6 de Novembro de 1955 (faz amanhã 55 anos, portanto), o FC Porto de Yustrich ganhou 3-0 ao Benfica de Otto Glória e começou aqui a arrancada para o título, culminada com uma dobradinha (2-0 ao Torreense, na final da Taça). No dia seguinte ao clássico, resolvido com golos de Gastão (1'), Jaburu (23') e Teixeira (77'), só se falava da grande exibição dos azuis-e-brancos. E a reportagem do "Jornal de Notícias" é uma relíquia. Com acesso a todos os intervenientes, menos ao FC Porto - mas já lá vamos. Agora, concentremo-nos nas opiniões dos heróis, a começar pelo árbitro Amadeu Martins, de Braga.

Acompanhou o duelo de Artur (Benfica) e Jaburu (FC Porto)?

Sim, e embora houvesse virilidade de quando em vez não vi nada de anormal. A propósito, o Jaburu marcou um golo de cabeça espectacular. Muito bonito!

Que jogadores mais lhe agradaram?

Pedroto, Perdigão e Jaburu, no FCP. Caiado e, a espaços, Coluna, no Benfica.

Quanto às equipas?

O Benfica foi uma sombra de si mesmo, relativamente a outros encontros. O FCP venceu porque, quanto a mim, chegou mais depressa à bola.

(De seguida, o repórter dirige-se ao balneário do Benfica, onde encontra Artur.)

Que lhe pareceu Jaburu, o reforço brasileiro do FC Porto?

Francamente, esperava mais e melhor. Nele nada vi de fenomenal.

(Ao lado de Artur, também a tomar banho, está Costa Pereira.)

Que nos diz do resultado?

Que quer que lhe diga? Que perdemos mal? Afirmar o contrário seria falsear a verdade. Sim, errei no segundo golo, mas escreva aí para todo o país ler e entender: o Costa Pereira diz que o Benfica ainda vai ser campeão esta época.

(Para finalizar, o jornalista agarra no bloco e vai ao balneário do FC Porto. Lá, é impedido de entrar pelos dois porteiros. Uma hora e meia depois, nova tentativa e outro não. O irascível treinador brasileiro Yustrich dera ordens explícitas: "Ninguém entra." O mesmo jornalista lá foi então ao Lar do Jogador do FC Porto e cruza-se com um dos médios.)

Que nos diz de Caiado, seu companheiro na selecção nacional?

Que hei-de dizer? Caiado é um jogador de características quase iguais às minhas. Por isso, não posso dizer nada. Dizer que ele é bom... isso não digo!

Aí está Pedroto. Esse mesmo, o Zé do Boné, que mais tarde entraria na história do futebol português. Este, ao menos, manteve-se igual ao longo dos tempos.

in "ionline.pt"

'Máquinas' de futebol - Luis Freitas Lobo


Explosão. Há jogadores que passam a ideia de não precisar da equipa para serem os melhores. Não é bem assim. Dispensam colegas, não o ritmo certo.

No nosso campeonato, o rebelde Hulk, pela aceleração que mete na equipa, vive numa galáxia superior

Miguel Vidal / Reuters O futebol é um jogo fácil de entender mas difícil de descodificar. Nesse mundo há jogadores que, quase extra-terrestres, cruzam as duas realidades, simples e complexas. Por isso, é um erro ver os rebeldes como elementos subversivos que desafiam a ordem (imposta pelo treinador). Na maioria das vezes, eles apenas nos estão a dar 'informações novas'. É quase uma divisão de poderes. As melhores formas de jogar futebol (ou melhor, de virar um jogo de pernas para o ar) costumam estar escondidas neste tipo de jogadores. Fáceis de detetar, iguais na sua autenticidade, mas difíceis de descodificar.

Neste 'país das maravilhas', Hulk vive, no cenário do nosso campeonato, numa galáxia superior. Um instinto de jogo que imagino só poder ser treinado (domado) com divertimento mas que, mesmo assim, é de uma seriedade incontestável no jogo. O segredo é encontrar a 'voz certa' dentro da equipa. O facto do atual FC Porto de Villas-Boas ser, em comparação com o de Jesualdo, uma equipa estruturalmente mais lenta e com maior vocação (e vontade tática) para ter posse de bola tem favorecido muitos dos seus jogadores.

Belluschi é outro caso.

A velocidade de jogo que a equipa atingia à época na passagem da defesa para o ataque e do ataque para a defesa (as chamadas transições) colocava quase sempre Belluschi fora do jogo e do contacto da bola, porque, nessa vertigem de estilo, poucas vezes estava no espaço certo para a receber ou, sobretudo, tentar recuperar em missão defensiva, como Jesualdo lhe pedia. Villas-Boas até lhe pode pedir agora coisas semelhantes, só que em ritmos mais lentos e modelos de jogo (mais posse, menos transições rápidas) diferentes.

Uma vez, alguém disse, não me lembro quem, que, ao contrário do que dizem, as pessoas não mudam com o tempo, mas, pelo contrário, é o tempo que as descobre. No futebol também se fala muito em jogadores que se transformam. Pela aprendizagem tática, pelo amadurecimento mental, ou pelo que alguém lhes ensinou, etc. Será assim, mas penso que, em muitos casos, é mesmo o tempo que permite descobri-los. Qualquer pessoa, qualquer jogador, se orienta para o que faz melhor. Neste caso, o 'tempo' é vê-los jogar, ver o que fazem bem, mal e porquê. Ninguém resiste ao erro sistemático sem quebrar. O jogador fica então deprimido em campo. É quando se fala na tal 'desadaptação'. Quando o jogo da equipa criado pelo treinador o percebe (isto é, o descobre) dá-se o processo inverso. À medida que resolve um problema no jogo (no mesmo local onde antes falhava ou ele lhe passava ao lado), a aprendizagem/crescimento do jogador é cada vez maior. Até ficar 'taticamente adaptado'. Sem ter mudado com o tempo. Pelo contrário, foi ele que o 'descobriu'.

Hulk aprendeu muito com Jesualdo no plano tático (a sua grande base como jogador) mas nunca aprendeu a domar-se a si próprio e a relacionar a sua velocidade com o resto da equipa e jogadores sem 'superpoderes'. A missão de Hulk nunca será a de pôr ordem no caos (como faz um bom médio, estilo Moutinho ou Belluschi). A sua missão baseia-se na aceleração que imprime à equipa e muda o jogo. Sintoniza melhor com os avançados do que com os médios. Pode continuar a passar a ideia de que não precisa da equipa para ser o melhor (bastando para isso encontrar o timing certo de arrancar e travar para rematar), mas a forma como hoje entra melhor nos espaços e chega a eles (e à bola) primeiro do que os adversários é resultado da maior interligação que o seu 'futebol particular' tem com o da 'equipa coletiva'. Em suma: o novo estilo da equipa descodificou o seu jogo e tornou-o mais fácil de entender.

in "expresso.pt"

Fucile lança duelo entre uruguaios no Dragão: «Eu ganho sempre, Maxi!»

Uruguaio Fucile já está a marcar o número do compatriota do Benfica... A provocação do portista sai com um sorriso no rosto: convém levá-la bem a sério! O lateral-direito reconhece carácter decisivo do clássico para as duas equipas.

«Vai ser uma partida decisiva para as duas equipas», cola o rótulo especial ao espectáculo que a Invicta terá em cena na noite de amanhã. «Será tão decisivo para o Benfica como para nós, considerando que poderemos não só manter a distância como ampliar a vantagem em relação a este rival», lança, o defensor, as cartas na mesa.

A trajectória da equipa de André Vilas Boas na Liga sugere as melhores expectativas no embate com o campeão nacional. «Seria muito bom vencer este jogo, pois transmitiria ainda maior confiança ao grupo», veste o traje da ambição, em tons de azul.

O encontro capricha nos duelos de compatriotas: se Fucile leva o dragão no peito, também há um uruguaio do lado de lá. «Não, ainda não falei com o Maxi Pereira durante esta semana, mas acredito que vai haver tempo para umas brincadeiras por telemóvel», assegura o valor da chamada, empolgado pela estatística... «Já lhe disse que saio sempre por cima, que lhe ganho sempre. E ele fica chateado comigo», graceja, em jeito de... palpite partilhado.

in "abola.pt"