terça-feira, 7 de dezembro de 2010

10.000 Visitas Obrigado a todos



Quando em Agosto deste ano comecei na blogosfera nunca nas minhas melhor expectativas imaginei que em 5 meses atingisse as 10.000 visitas. 
Com a crise a bater-me a porta e pela primeira vez em 20 anos de trabalho, pertenço portanto agora as estatísticas, decidi arranjar algo para me entreter ... após uma grande reflexão (5 minutos e um whisky duplo) lembrei-me de algo que já faço a muitos anos, todos os dias vasculho a net á procura de noticias sobre o meu FCP e porque não agrupa-las e partilha-las com o resto dos Portistas !?!!? e foi assim que me lancei nesta aventura.

A todos vocês o meu obrigado.

Beijos e abraços

Paulo Ungaro

Serviço mínimo aflição máxima

Sem a neve e sem o gelo de Viena, a exibição do FC Porto foi patinando à vista desarmada na segunda parte até chegar ao impensável golpe de teatro: um penálti duvidoso - tal como fora duvidoso o que, ainda na primeira, favorecera Falcao - ameaçava roubar dois pontos à liderança confortável dos portistas. Parecia castigo em forma de lição bem dada, ainda que resultasse de um somatório de asneiras: não só a suposta falta de Fucile sobre Henrique era discutível, como Elmano Santos ainda conseguiu punir com amarelo Otamendi, que nada tinha a ver com o assunto. Se o tivesse mostrado a Fucile, apoiado na certeza de que este tinha mesmo feito falta, seria a expulsão do uruguaio. Um detalhe apenas, porque o jogo entrava nos descontos, mas um equívoco a contribuir também para o final escaldante. Frio, qual frio? Jaílson lá marcou o penálti à primeira, mas falhou-o à segunda. Elmano ainda não tinha apitado quando ele enganou Helton e, na repetição, a bola saiu-lhe por cima da barra. O estádio gritou como se fosse golo. Como não foi, os três pontos acabaram no bolso do FC Porto, que esticou novamente a vantagem para oito pontos.

Este último minuto ajuda a um resumo perfeito: pode um jogo pobre ser assim tão rico em histórias? Pode, pois.

Antes de mais, não houve Villas-Boas no banco. E, a avaliar pela quantidade de vezes que Pedro Emanuel se levantou para segredar ao ouvido de Vítor Pereira as instruções vindas da bancada, ele não estava a gostar nada do que via. Provavelmente, não estaria a gostar de tamanho desperdício na primeira parte: o Setúbal, nessa altura, fazia figura de corpo presente, mas, apesar do domínio avassalador de posse de bola, não havia maneira de capitalizar essa supremacia. Por desacerto na finalização, mas também por desconcentrações pouco comuns neste FC Porto. O penálti acabou, assim, por cair do céu. Já se disse que foi duvidosa a infracção assinalada a Collin, mas Hulk não quis saber desses detalhes e marcou mesmo, reforçando o estatuto de melhor marcador do campeonato.

Ao intervalo, Manuel Fernandes deve ter aquecido as mãos num eficaz puxão de orelhas a uma equipa apática. Teve também uma boa ideia, lançando Zeca, autor do primeiro remate setubalense à baliza de Helton - aos mais distraídos, convém reforçar que já se vai na segunda parte. Subitamente, o Setúbal acordava e aproveitava a apatia portista, aparentemente resultante do desgaste físico da Liga Europa, para deixar o jogo num limbo. A vantagem do FC Porto fragilizava-se com o passar dos minutos, aumentando a sensação de desconforto. Villas-Boas, por intermédio de Vítor Pereira, ainda se socorreu de Rúben Micael e de Sapunaru para dar consistência, mas eram os setubalenses quem carregavam. Manuel Fernandes prescindira dos médios-defensivos (Bruno Gallo e François) e apostara em tudo o que era avançado. Depois de Zeca, Henrique e Sassá.

De tanto empurrar o FC Porto para trás, com lançamentos em profundidade, cantos e livres, o Setúbal lá chegou ao que parecia ser um golpe fatal. O apito de Elmano Santos gelou as bancadas do Dragão, onde estava Villas-Boas. Jaílson tratou de as aquecer novamente ao falhar o penálti.

Fica a lição: os maiores tropeções da caminhada podem resultar de obstáculos mais pequenos. O FC Porto argumentará que, além da lição, ficaram também os três pontos...


FC Porto, 1 - Setúbal, 0

in "ojogo.pt"

Vítor Pereira: "Os campeões fazem-se assim"

Qualquer um dos treinadores teria, de bom grado, dispensado a forma como o jogo se decidiu. Vítor Pereira, adjunto que substituiu André Villas-Boas, que ficou na bancada, castigado, passou ao lado da polémica relativa à arbitragem de Elmano Santos e concentrou-se no que o FC Porto fez de bom, no "espírito de equipa" que mantém a equipa líder e sem derrotas, a 90 minutos do último desafio do ano, apesar das dificuldades na segunda parte da vitória com o Setúbal.

A quebra, na ressaca de Viena, já era esperada, daí a urgência com que o FC Porto entrou à procura de golos. O que falhou foi o plural. "Foi uma primeira parte bem conseguida, em que podíamos ter feito outro resultado, em que os movimentos foram saindo com alguma qualidade. Conseguimos penetrar no último terço do adversário por diversas vezes, tivemos uns 15 remates, oportunidades para ir para o intervalo com outro resultado, a almofada de que a equipa precisava". Sem a tal vantagem confortável, o jogo ficou a favor da estratégia sadina. "Sabíamos que íamos acusar o esforço de Viena", lembrou Vítor Pereira, que assistiu, impotente, a esse efeito. "Os movimentos de construção começaram a não surgir, o jogo começou a ficar mais quebrado, também pela forma como o Setúbal se dispõe em campo", e o FC Porto entrou num "jogo de exposição", começou a "cometer erros", a "não saber gerir a posse de bola", até se ver salvo do empate pelo apito do árbitro, que Jaílson não ouviu no penálti que, à beira do fim, se viu forçado a repetir, sem o sucesso do primeiro remate. Para Vítor Pereira, a noite valeu pela resistência, pelo "espírito de sacrifício tremendo". "Os campeões fazem-se assim", referiu, no rescaldo da vitória que mantém os dragões invencíveis, a uma jornada do final de 2010. "Oito pontos de vantagem que vão retirando vantagem ao adversário, vão massacrando, é assim que temos de continuar. O FC Porto tem feito uma época excepcional. Os jogadores têm sido constantes, consistentes na qualidade do jogo, merecemos a época que estamos a fazer."

in "ojogo.pt"

Breves

Desde Agosto só dá Hulk

Antes do pontapé de saída para o FC Porto-Setúbal, o Dragão saboreou, com aplausos, o que já começa a ser um ritual desta temporada: a entrega a Hulk do troféu relativo ao melhor jogador do mês, na Liga. Desde Agosto que o avançado portista foi consecutivamente distinguido com o voto dos treinadores do primeiro escalão e dos adeptos.

Prediger deixa Cruzeiro

Prediger está de saída do Cruzeiro e o FC Porto terá de resolver o seu futuro. O médio foi emprestado ao clube brasileiro pelo FC Porto, mas nunca chegou a jogar, chegando a acordo para a rescisão do contrato que valia até 2011. O argentino deverá agora deslocar-se ao Porto para tratar do seu futuro que deverá passar por um novo empréstimo.


Valdomiro ficou com o 12

O jogo nem sempre foi tão nervoso como na segunda parte, período em que chegou a perder-se dois minutos para marcar um livre. Ao intervalo, era tudo bem mais sereno: apesar de estar a perder, o central Valdomiro trocou logo a camisola com Hulk. Levou para o balneário o número 12 do Incrível, que ainda levava, fresquinho, o suor dos festejos do 12º golo na Liga.

FC Porto: um a um

A ESTRELA: Hulk 6

Este jogo só contou para as estatísticas

Ensaiou aqueles arranques que se conhecem, sem sucesso; tentou puxar a bola para o seu pé esquerdo, sem efeitos práticos; envolveu-se em tabelinhas com Belluschi, João Moutinho e até Falcao, sem quebrar a monotonia do jogo; e sofreu faltas - algumas cirúrgicas - que serviram para evitar males maiores. No final, porém, acabou por marcar um golo. Pode-se sempre tentar desvalorizar a coisa por ter sido apontado de grande penalidade, mas até esses é preciso saber marcar. Aliás, este golo acabou por saber a três pontos e garantir uma vitória que deixa tudo como antes em termos classificativos, afastando de novo a sombra crescente do Benfica no retrovisor portista. Com isso, Hulk engrossa o pecúlio individual na lista dos melhores marcadores, aumentando para 12 os tentos apontados na liga portuguesa, e conta mais um jogo decidido à custa de um golo seu, o que o coloca a caminho de mais um prémio de Jogador do Mês... A continuar assim, o Incrível vai ter de comprar uma vitrina nova.

Helton 5
Podia ter sido ele a figura do jogo se defendesse a grande penalidade depois de não ter passado de mero espectador durante boa parte da partida. Jaílson, porém, atirou por cima. Até aí limitara-se a responder à altura das encomendas.

Fucile 6
Está ligado aos dois castigos máximos do jogo. No primeiro, faz o cruzamento para Falcao, que cai com Collin; no segundo, terá arriscado em demasia. Esteve concentrado a defender e muito empreendedor no ataque.

Rolando 6
Evitou o golo do empate do Setúbal com uma recuperação espectacular sobre Zeca (69') e resolveu sempre bem os lances na sua área de acção. Atravessa um grande momento de fora depois de uma boa exibição em Viena.

Otamendi 5
Esteve menos em jogo do que Rolando, mas sem dificuldades a assinalar, desfazendo os lances com classe. O cartão amarelo que viu na sequência do penálti... era para Fucile.

Rafa 4
Acabou por ser o pior elemento da defesa, desastrado a cruzar e sem sorte nas combinações com os extremos. O Setúbal sabia que era por ali que tinha de carregar, mas também não terá tirado daí dividendos.

Guarín 5
O Setúbal nunca foi uma equipa que pressionou, e ainda bem para ele. Alternou lances surpreendentes, como um corte na área (49'), com outros atabalhoados.

Belluschi 6
O FC Porto quase ia para intervalo em vantagem, mas a bola saiu-lhe à trave. No meio-campo, foi o que menos se ressentiu do desgaste de Viena ao envolver-se em vários lances de ataque.

João Moutinho 5
Acabou a primeira parte em grande, com muita dinâmica, procurando o jogo e fazendo jogar, até "desaparecer" no segundo tempo, pagando a factura de Viena.

Rodríguez 4
Foi um corpo estranho neste FC Porto, ensaiando jogadas sem muito nexo, perdendo-se entre os defesas. Evidenciou-se num remate colocado (53') que saiu ao lado, por pouco.

Falcao 5
Algo lento, por vezes desenquadrado, sem sorte nos ressaltos. Ontem não foi Tigre; foi mais um gatinho.

Rúben Micael 6
Entrou para resolver dois problemas: eliminar o corpo estranho da equipa (Rodríguez) e resolver o "desaparecimento" de Moutinho. Teve logo nos pés uma oportunidade (61'), mas a bola saiu ao lado.

Sapunaru 4
A entrada do romeno permitiu recompor a defesa (Fucile passou para a esquerda) numa altura em que o Setúbal estava a crescer e era preciso segurar a quantidade de avançados em campo.

Walter -
Com ele em campo, o FC Porto mudou tacticamente para segurar o Setúbal nos últimos minutos.

Rodríguez perseguido pelo azar

SAIU LESIONADO NUMA COXA


Cristian Rodríguez continua a ser perseguido pelo azar. Ontem, na noite em que fazia a sua estreia a titular neste campeonato, o extremo não conseguiu concluir o encontro em campo. Ainda antes da hora de jogo, sentou-se no relvado, em frente ao banco do FC Porto, e de lá não mais saiu. Depois de assistido, e com as lágrimas nos olhos, o internacional uruguaio teve de abandonar o terreno de jogo. Resultado: uma mialgia de esforço na coxa esquerda.
Um momento de infelicidade para Cebola, que até estava a ter uma das melhores exibições da época. Uma primeira parte ao nível do que já fez no passado e que lhe possibilitava discutir com Varela um lugar no onze para futuro. Resta saber se a lesão lhe vai permitir defrontar o Juventude de Évora, no próximo sábado, naquela que será mais uma boa oportunidade para mostrar serviço.
Mas os casos não se resumem ao uruguaio. Há mais quatro jogadores com problemas físicos, um dos quais fora das contas de Villas-Boas para o duelo da Taça de Portugal: o guarda-redes Beto. Os restantes ainda têm em aberto a possibilidade de alinhar, embora seja complicada a recuperação atempada de Alvaro Pereira, jogador que acabou a semana a efetuar trabalho condicionado.
Varela e Fernando, que se lesionaram em Viena, deverão estar em condições de defrontar a formação alentejana, embora o tempo jogue contra os atletas. Uma vez que o encontro está marcado para sábado, só há quatro dias para recuperarem.
Apesar disso, o grupo goza hoje uma folga, estando o regresso aos treinos marcado para amanhã, às 10.30, no Olival. É nessa altura que arranca a preparação para o embate com o Juventude de Évora.
in "record.pt"

Guarín evitou escudar-se no desgaste

COLOMBIANO ESPERAVA ATUAÇÃO SUPERIOR


Guarín reconheceu que não foi uma exibição conseguida por parte dos dragões, assumiu que houve algum cansaço resultante do encontro com o Rapid Viena, mas não se escudou nessa circunstância. O colombiano esperava mais da equipa.
“A condição física pode não ser a melhor, mas isso não justifica o facto de não termos jogado o nosso futebol. É verdade que estamos cansados, mas podíamos ter feito mais. Já tivemos outros jogos difíceis como este e sempre respeitámos o adversários, como o fizemos agora. Foi complicado, especialmente na parte final, mas o mais importante é que vencemos”, revelou o médio, lembrando que aquilo que ficou deste jogo foi o facto de o FC Porto ter “mantido a distância” para os perseguidores.
Relativamente aos casos polémicos da arbitragem, o camisola 6 respondeu com humildade: “Respeito sempre as decisões do árbitro. São tomadas em segundos. Deixo isso para os jornalistas.”
in "record.pt"

Villas-Boas tomou todas as decisões

CONTACTOU COM PEDRO EMANUEL VIA WALKIE-TALKIE


Uma das tiradas históricas de Jorge Jesus foi a referência às informações que recebe quando está no banco. “Estou sempre online”, dizia há uns anos. Villas-Boas, a cumprir castigo, também recorreu à tecnologia para intervir no jogo, colmatando o vazio da sua presença no banco, entregue à dupla Vítor Pereira e Pedro Emanuel.
“Escondido” na bancada, ao lado de Wil Coort, treinador dos guarda-redes, o portuense socorreu-se de um walkie-talkie para comunicar com Pedro Emanuel, munido de um auricular que lhe permitia interagir com o chefe de equipa. Um invento que fez furor na II Guerra Mundial e que ainda teve grande utilidade para mais uma batalha do FC Porto, cujo banco esteve sempre em bolandas e com Antero Henrique constantemente atento ao telemóvel, onde caíram várias mensagens que fez questão de partilhar.
Feitas as contas, Villas-Boas fez ou não falta junto ao relvado? Tem a resposta Vítor Pereira. “A presença do líder é sempre importante, não há dúvida nenhuma. Na 2.ª parte as coisas tornaram-se mais emocionais e os jogadores ouvem muito pouco, cometem erros e o jogo fica descontrolado. Se o André estivesse no banco, dificilmente seria ouvido”, comentou o adjunto, referindo-se à frase mais crítica do encontro.
Antes, a agitação tinha sido pontual. Pouco depois do quarto de hora, Vítor Pereira foi ao limite da área técnica para dar indicações, juntando-se-lhe de imediato Pedro Emanuel, que ditava as ordens superiores e fazia a ponte para a bancada. O antigo central teve sempre um bloco nas mãos, onde recolhia as impressões do técnico, que lia o jogo bem de cima. E de cima vieram as indicações das substituições, dos ajustes táticos a fazer após as substituições do V. Setúbal (viu-se o banco agitado depois dos primeiros arranques de Zeca) e dos comportamentos a pedir aos jogadores. Foi sofrer a bom sofrer.
in "record.pt"