domingo, 31 de março de 2013

Artur: um naufrágio no relvado


Antes de mais, convêm esclarecer que Artur consta desta nossa selecção graças a um episódio da sua carreira e não pela sua qualidade futebolística. Essa era indiscutível, pois o brasileiro foi uma das grandes figuras do campeonato português na década de 90. Rápido e matador, brilhou na Invicta ao serviço do Boavista e do F.C.Porto. Para o “Filho-do-Vento”, o momento alto da sua vida profissional talvez tenha sido o golo que marcou em San Siro, na vitória portista por 3-2 frente ao Milan. Mas para nós, o momento mais memorável foi sem dúvida outro, decorrido minutos depois. Passemos à explicação. 

artursansiro 300x225 Artur: um naufrágio no relvado
O jogo realizou-se na época 96/97 e dizia respeito à fase de grupos da Champions League. Jogava-se a segunda parte, quando Artur, que marcara aos 53 minutos, saiu do campo e se ajoelhou junto à linha lateral. Os adeptos temeram a lesão, o banco observou-o apreensivo e o realizador da transmissão televisiva ordenou ao operador de câmara um grande plano do jogador. Ninguém entendia. Não sabemos se foi perturbado por uma virose, uma feijoada mal digerida ou umas caipirinhas emborcadas na véspera,  ou se simplesmente foram os nervos ou as vitaminas dadas pelos médicos portistas (a famosa amarelinha) a fazer efeito . A verdade é que enquanto António Oliveira gritava, preocupado, o seu atleta evocava o Gregório. Provavelmente, terá sido o único futebolista a vomitar em directo para a televisão. E foi, seguramente, dos poucos que depois de uma descarga daquelas, voltou ao campo para continuar a correr, em busca de outro golo, como se nada fosse.

Quando deixou os golos e, após experiências como treinador, o craque assumiu o cognome de Rei Artur e decidiu lançar-se na política, reforçando a dimensão mítica que nos levou a inclui-lo nesta rubrica.
ion "futebolportugal.pt"

JUNIORES A PERDEM EM GUIMARÃES

A equipa Sub19 do FC Porto perdeu este sábado no terreno do Vitória de Guimarães, por 2-1, em encontro da sétima jornada da fase final do Nacional de Juniores A. Os Dragões até estiveram em vantagem, com um golo de Ivo, aos nove minutos, mas acabaram por sofrer um tento aos 81, que ditou a perda dos três pontos.

O FC Porto teve uma boa entrada em jogo, com circulação e posse de bola, fazendo o primeiro golo na sequência de um belo lance colectivo. Na segunda parte, já com o marcador a registar 1-1, os portistas procuraram de novo a vantagem, mas já sem o discernimento dos primeiros 30 minutos. A jogar contra dez adversários, por expulsão de um vimaranense, os Dragões sofreram um contra-ataque certeiro que ditou o resultado final.

A formação orientada por Nuno Capucho está agora no segundo lugar da prova, com 13 pontos, menos um do que o Sporting, que lidera.

O FC Porto alinhou com Kadu, Marcelo, Sagna (Bruno, intervalo), Tomás Podstawski (cap.), Rafa, Vítor Andrade (Ricardinho, 77m), Francisco Ramos (Leandro, 57m), Belinha, André Silva, Graça e Ivo.

in "fcp-pt#

Rota do título: F.C. Porto está na fase mais perigosa


A seis jornadas do final da Liga, é altura de olhar mais além. Analisar os desafios que F.C. Porto e Benfica, os dois candidatos ao título, têm ainda pela frente. As fases teoricamente mais complicadas, assim como os períodos aparentemente menos exigentes.

O F.C. Porto está, nesta altura, no período teoricamente mais complicado do calendário. É quando o inverno começa a abrir caminho à primavera que a equipa de Vítor Pereira enfrenta maiores dificuldades. O calendário ficou mais «aliviado» pela eliminação europeia, porém.

O mês de março começou com a visita a Alvalade, e seguiu com a receção ao Estoril, que os dragões passaram com tranquilidade (2-0). Depois, houve a eliminação em Málaga e o empate nos Barreiros, com o Marítimo. Foram as duas primeiras de três deslocações consecutivas: mas na terceira a ida Coimbra, para jogar com a Académica, saiu-lhes favorável (0-3). Agora, já no início de abril, o F.C. Porto recebe o Sp. Braga. 

Mas ainda que este seja, em teoria, o período mais difícil, a reta final da Liga apresenta uma exigência similar: o mês de maio começa com uma visita à Choupana, segue-se a receção ao Benfica, em jogo que pode decidir o título, e por fim a visita a Paços de Ferreira.

Calendário do F.C. Porto até final da época:

3/4: Rio Ave (c), meia-final da Taça da Liga 
7/4: Sp. Braga (c)
(14/4: Final da Taça da Liga)
21/4: Moreirense (f)
28/4: V. Setúbal (c)
5/5: Nacional (f)
12/5: Benfica (c)
19/5: P. Ferreira (f)

Notas:
Em itálico estão jogos dependentes de apuramento em rondas prévias.
No que diz respeito à Liga, os jogos estão, por definição, marcados para o domingo do fim de semana reservado para a respetiva ronda.


in "maisfutebol.iol.pt"

Moutinho a 100% devolve os triunfos


Série negativa portista termina com o regresso do médio, que somou a 10ª assistência na Liga e chegou ao topo do ranking
A polémica em que João Moutinho se viu envolvido depois da troca de bocas entre Pinto da Costa e Paulo Bento, por ter jogado na Seleção quando viajou lesionado, terminou ontem, depois de o médio ter jogado 90' sem sequelas e a 100%.

O FC Porto, que sem ele (na segunda parte), foi eliminado em Málaga e depois empatou no Marítimo regressou aos triunfos, o que embora possa ser apenas uma coincidência, não deixa de ser curioso. 

E Moutinho até foi decisivo, com a assistência, de pé esquerdo, para o golo que desbloqueou a resistência da Académica. Foi a 10ª no campeonato (12ª na época), o que não só faz dele o melhor portista neste capítulo, como também o devolve ao topo da Liga, ao lado do bracarense Mossoró.

in "ojogo.pt"

Borússia aperta o cerco a Jackson


Representante do atual campeão alemão esteve ontem em Coimbra
Depois de ter sido noticiado, na Alemanha, que o Borússia de Dortmund está interessado na contratação de Jackson Martínez para a próxima época, um representante do atual campeão alemão esteve ontem em Coimbra a assistir à partida com a Académica. 

O Dortmund, que, segundo as mesmas fontes, até já terá pedido uma reunião com os responsáveis do FC Porto para aferir as condições de resgate do internacional colombiano, foi um dos três clubes que estiveram presentes na partida.

O Braga, próximo adversário do FC Porto no campeonato, assim como o Manchester United, associado nas últimas semanas a Mangala, Alex Sandro e a... Jackson, também enviaram emissários a Coimbra. 
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in "ojogo.pt"

Mangala falha o Braga

Central francês viu o quinto amarelo na liga portuguesa


Mangala viu o quinto cartão amarelo no campeonato e, por isso, fica de fora na próxima ronda, em que o FC Porto recebe o Braga, atual quarto classificado, ainda que com um jogo a menos. 

Assim sendo, e partindo do princípio que Danilo recupera das queixas musculares, Maicon regressará ao eixo da defesa. Mangala viu o amarelo pouco depois de ter feito o quinto golo da época.


in "ojogo.pt"

sábado, 30 de março de 2013

Em Coimbra, a tradição ainda é o que era para o FC Porto (0x3)


O FC Porto somou a sua oitava vitória consecutiva na história das deslocações a Coimbra para o campeonato. Os dragões derrotaram a Académica (0x3) e reduzem as distâncias, à condição, no topo da tabela para o Benfica. Mangala, Danilo e Castro marcaram os golos do triunfo portista.
Mangala imperial nas alturas
O FC Porto entrou em campo com a ideia fixa de reduzir, à condição, a margem para o líder Benfica. O conjunto portista sabia que apenas uma vitória interessava diante de uma aflita Académica, também ela, a precisar de pontos para fugir aos últimos lugares.



No jogo 100 (em todas as provas oficiais) de James Rodríguez com a camisola azul e branca,El Bandido teve a companhia de Izmaylov e Jackson Martínez no ataque. Quanto a João Moutinho voltou ao seu lugar no meio-campo, após dois jogos pela seleção nacional.

Na primeira parte, o FC Porto dominou como quis uma Académica sem ideias e apática. Os dragões, sem pressionar muito, foram colecionando ocasiões de golo mas acabaram por ir a vencer para os balneários (apenas) por uma bola a zero.
Ao intervalo valia o golo de Eliaquim Mangala, golo esse apontado aos 16 minutos. O francês, mais forte e mais alto do que a defesa da Académica, foi ao 'segundo andar' cabecear para o fundo da baliza, após cruzamento perfeito de João Moutinho na direita do ataque.
Antes disso, o FC Porto viu ainda os ferros negarem mais golos. Aos 24', James bateu um livre mas a bola foi ter ao poste. Passados dois minutos, o mesmo James cruzou para Mangala levar a bola a 'beijar' os ferros.
Sem grande desgaste, os bicampeões nacionais passearam em Coimbra. De resto, a primeira (e única) jogada de real perigo do lado dos estudantes, na primeira parte, aconteceu aos 41 minutos; Wilson Eduardo bateu com força, após mau corte de Otamendi na defesa, mas a bola foi à figura de Helton.
No regresso dos balneários... a mesma toada. O FC Porto a gerir e a segurar uma Académica que apareceu, ainda assim, com outra atitude.
FC Porto a gerir, Académica 'sem pernas' no seu 40.º jogo oficial da época
A equipa de Pedro Emanuel, com mais ilusão, tentou o golo mas seria o FC Porto a fazer o segundo, aos 52'; Lucho assistiu magistralmente Danilo e o defesa brasileiro, de ângulo apertado, rematou a contar para o fundo da baliza de Ricardo.



A vencer por 0x2, o FC Porto podia ter feito o terceiro logo de seguida. Aos 55', Jackson Martínez falhou por milímetros a receção de bola, perdeu tempo de remate e permintiu ainda a João Dias retirar-lhe 'pão da boca'.

Daí em diante, os 5 mil 832 espetadores que marcaram presença no Estádio Cidade de Coimbra viram o jogo cair na pouca intensidade que já tinha. O FC Porto não permitiu qualquer reação à Académica no último quarto de hora e conseguiu mesmo ampliar a vantagem.
Aos 89 minutos, André Castro - que tinha entrado para o lugar de Defour - marcou num belo remate, de fora da área, de primeira. O menino formado nas escolas portistas colocou a bola no fundo das redes sem hipóteses para Ricardo. Este foi o primeiro golo de Castro na equipa principal do FC Porto.
Os bicampeões somaram, desta forma, a sua 18.ª vitória na Liga portuguesa e chegam-se mais ao Benfica, que entrará em campo daqui a pouco na Luz. Os azuis e brancos somam agora 60 pontos.
Já a Académica continua com os mesmos 21 pontos. Os estudantes continuam em zona de perigo na tabela mas fora dos lugares de descida.

in "zerozero.pt"




Vítor Pereira: «Podíamos ter feito mais um ou outro golo»

Treinador do F.C. Porto satisfeito com a equipa na vitória em Coimbra


Vítor Pereira, treinador do F.C. Porto em declarações à Sport tv no final do jogo com a Académica, em Coimbra, que os dragões venceram por 3-0

«Fizemos um jogo sereno, sério, não estivemos intranquilos. Fomos fazendo o nosso jogo e chegamos ao 3-0. Podíamos ter feito mais um ou outro golo, mas estou satisfeito com a equipa».

[Gestão dos jogadores que vieram das seleções] «Fizemos a gestão com bola. Se tivermos bola, o desgaste é menor do que se tivemos de correr atrás dela. Soubemos ter bola. Controlamos o jogo e os ritmos.

[Sobre a gestão de James e Moutinho] «São jogadores com muita qualidade. Acredito que tenham chegados fatigados, mas sabem gerir a intensidade do seu jogo e trazem muita qualidade à equipa».

[Sobre o resultado do Benfica que vai jogar com o Rio Ave] «Temos é que ganhar os nossos jogos».

Danilo: «Somos todos jogadores de caráter»

Lateral brasileiro marcou o segundo golo em Coimbra.


Danilo, autor do segundo golo do FC Porto em Coimbra frente à Académica (0-3), na 24ª jornada da Liga, em declarações à SportTV:

«A equipa fez por merecer, fizemos um jogo controlado. O 
resultado é fruto do trabalho que fizemos durante o jogo.»

[Foi a resposta forte que o treinador pediu?] «Independentemente do que o mister pedir, somos todos jogadores de caráter. Estamos habituados a vencer e quando temos dois resultados que não são a vitória isso deixa-nos incomodados. Fizemos o que tínhamos de fazer.»

[Saída de campo em dificuldades] 
«Tive cãibras, é normal. Desgastei-me um pouco mais neste jogo, agora é procurar descansar para a próxima semana.»

[Sobre o golo] «Procuro ajudar a equipa. Às vezes ajudo mais, outras menos. Hoje fiz o golo e estou muito contente com isso.»

[Questionado se ainda tinha muito a crescer] «A equipa ainda tem muito a crescer.»

in "maisfutebol.iol.pt"

A figura: James Rodriguez 
 
Terá feito a melhor exibição desde o regresso após lesão. Ainda não é o jogador que tanto apaixona os adeptos, mas já se mostrou mais perto disso. O pé esquerdo do colombiano não desaprendeu e continua a fazer maravilhas, mas ainda falta a velocidade que faz dele El Bandido que foge aos adversários com a bola colada ao pé. Na retina fica aquele remate à barra na conversão quase perfeita de um livre direto, uma abertura para Lucho ainda na primeira parte, e um passe teleguiado que Jackson não aproveitou logo depois do segundo golo. 
 
Negativo: Izmailov
 
Esteve em campo o russo? Pela primeira vez foi titular na mesma equipa que James. A experiência não foi a melhor, sem dúvida. Andou sempre muito perdido em zonas interiores do campo, quando não era isso que a equipa parecia precisar. Não procurou a bola, e ela também não morreu de amores pelo ex-Sporting. Uma noite para esquecer.
 
Outros destaques: 
 
Moutinho
 
Falou-se muito de Moutinho durante o período de concentração da seleção nacional. O médio não tinha jogado pelos portistas na deslocação ao estádio dos Barreiros, mas fez os dois jogos completos na equipa de Paulo Bento. Pelo que mostrou em Coimbra fizeram-lhe muito bem esses jogos. Pautou o jogo ofensivo do F.C. Porto e voltou a ser preponderante na equipa. Fez a assistência para o golo de Mangala e depois geriu como quis o ritmo do futebol dos azuis e brancos. 
 
Otamendi
 
Sempre muito atento às movimentações do ataque academista. É certo que os estudantes não atacaram muitas vezes, mas quando o fizeram chocaram quase sempre na eficácia do patrão da defensiva portista. Ganhou muitas bolas em antecipação, o que demonstra bem a concentração que manteve durante toda a partida. Vítor Pereira não prescinde do central argentino, que hoje deixou bem claro o porquê. 
 
Mangala 
 
Impressionante o poder de choque e de elevação do internacional sub-21 francês.  Esses fatores fazem dele o jogador mais solicitado nas bolas paradas. Depois de um canto ficou na área à espera da segunda bola e após cruzamento de Moutinho só teve de dizer que sim perante um impotente João Dias, assinando o quarto golo no campeonato. Numa situação semelhante ainda enviou uma bola à trave. Ainda na primeira parte viu um amarelo que o retira da próxima partida frente ao Braga. 
 
Lucho
 
Fez uma excelente exibição. A presença de João Moutinho em campo tem também o dom de ajudar a libertar o génio de El Comandante. Na primeira parte apareceu algumas vezes na área academista, mas o que de melhor fez foi servir os companheiros. Tentou com Jackson Martinez logo a abrir a partida, mas o colombiano desperdiçou. Quem aproveitou mais um passe magistral do capitão portista foi Danilo que numa subida à área contrária só teve de colocar a bola por baixo das pernas de Ricardo, para confirmar a vitória portista.
 
Marinho
 
Foi a ausência mais notada no onze academista. Sempre que esteve disponível o extremo foi opção inicial, e o jogo academista ressentiu-se da falta da velocidade que sempre traz ao jogo. Quando entrou, no decorrer da segunda parte os adeptos pareceram acreditar ainda que Marinho poderia mudar a história do jogo. A verdade é que o número sete academista mexeu com o jogo, mas já terá chegado demasiado tarde.


in "maisfutebol.iol.pt"

FC Porto B falha penálti e perde na Madeira


Golo de Amar, no primeiro quarto de hora, foi suficiente para derrotar os dragões, que desperdiçaram uma grande penalidade. À imagem da equipa principal.

O Marítimo B venceu hoje em casa o FC Porto B, com um golo solitário de Amar, em jogo da 33.ª jornada da II Liga, em que os visitantes desperdiçaram uma grande penalidade, à imagem do que sucedeu na I Liga, com a equipa principal. Na altura, Jackson falhou perante Salin o que teria sido o 2-1 dos portistas diante do Marítimo.

Os primeiros minutos foram frenéticos, com Fidélis e Amar a ameaçarem a baliza de Stefanovic e José Sá, com uma saída arrojada, a evitar que Dellatorre aproveitasse um erro de Ricardo Alves. Até que à passagem do minuto dez, Armando, com um lançamento longo, colocou a bola à mercê de Amar e este inaugurou o marcador.

Os nortenhos procuraram reagir e, aos 20 minutos, Sérgio Oliveira, na cobrança de um livre, enviou a bola à barra da baliza à guarda de José Sá. A partir daí, o jogo entrou numa toada mais morna e só aos 32 minutos, também com origem num livre de Sérgio Oliveira a que Tiago Ferreira não chegou a tempo da emenda, o perigo voltou a rondar de forma efetiva uma das balizas.

Após o reatamento, foram os "verde-rubros" os primeiros a criar perigo, logo nos primeiros instantes, mas Ricardo Alves não aproveitou da melhor forma um lance confuso, na sequência de um canto, rematando por alto. Aos 53 minutos, João Diogo obrigou Stefanovic a defesa apertada. O jogo estava movimentado e aos 55 minutos, Victor Luís enviou a bola à barra, com José Sá batido. 

Aos 65 minutos, o FC Porto dispôs de um excelente ensejo para restabelecer a igualdade, na conversão de uma grande penalidade, a punir falta de Armando sobre Tozé. Contudo, José Sá esteve insuperável, detendo o remate de Tiago Ferreira. 

in "ojogo.pt"

Margem de erro zero para FC Porto e Académica



Com João Moutinho de regresso, o FC Porto chega a Coimbra, hoje (18h15), sem margem de erro na Liga portuguesa. A quatro pontos do líder Benfica, é imperativo ganhar.
40.º jogo oficial da época para a Académica
Mas se a vitória interessa aos portistas para manter a luta acesa pelo título, esses pontos são também fundamentais para uma Académica que luta pela fuga aos lugares de descida.
Após a paragem da Liga para os trabalhos da seleção, os adeptos portistas esperam que a resposta da sua equipa possa ser positiva.
A equipa de Coimbra, que fará o seu 40.º jogo oficial esta temporada, procura reencontrar-se com os bons resultados e, se possível, com o trilho das vitórias. Os estudantes tentam interromper um ciclo de sete jogos sem conhecer o 'doce' sabor da vitória.
No teste perante o FC Porto, a Académica – que sofre golos há seis jogos consecutivos – espera manter a sua baliza a salvo, algo que aconteceu pela última vez a 3 de fevereiro, em Olhão, no empate 0x0.
O campeão nacional FC Porto parte para a 24.ª jornada no segundo lugar, a quatro pontos do líder Benfica. Este é o número na mente dos jogadores portistas mas bem se pode dizer que James Rodríguez tem um outro número, este redondo, para cumprir em Coimbra. Se for a jogo, El Bandido cumpre o seu jogo 100 (em todas as provas oficiais) com a camisola azul e branca.
No FC Porto desde 2010/2011, James somou 73 vitórias, 13 derrotas e 13 empates. Nestas 99 partidas, o jovem jogador já apontou 29 golos.
Histórico favorável ao FC Porto, Académica não vence azuis em casa desde 1970
Académica e FC Porto já se encontraram por 121 ocasiões, tendo os portistas vencido 85 jogos, os estudantes 15 partidas e existindo, ainda, 21 empates entre ambos.
Em Coimbra, os números dizem que o FC Porto vence há sete partidas seguidas. De resto, a última vitória da Académica em sua casa perante o dragão foi no ano de 1970.
O Académica x FC Porto está marcado para as 18h15 e pode ser acompanhado no zerozero.pt
Eis o onze provável do FC Porto:
João Moutinho regressou aos convocados e deve saltar para a titularidade. Izmaylov deve formar com James e Jackson o setor mais avançado do FC Porto.
in "zerozero.pt"

Há 19 anos, o FC Porto fazia história na Alemanha - Werder Bremen x FC Porto: Super dragão!

Na noite de 30 de março de 1994, o FC Porto escreveu umas das mais belas páginas da sua história europeia. No Wesserstadion em Brema, na Alemanha, milhares presenciaram in loco a uma exibição segura, memorável e demolidora da esquadra portista, que vulgarizou o campeão alemão com um nunca visto 0x5. As equipas portuguesas nunca tinham vencido na Alemanha, não é de admirar que o país (e a Europa) ficassem boquiabertos com o score...

Pré-jogo

Disputava-se naquele dia a quinta jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, relativa à época de 1993/94. Antes do jogo dessa noite em Brema, os azuis-e-brancos contavam duas vitórias e dois empates, nos quatro jogos já disputados, sabendo de antemão que precisavam de pontuar para continuar a sonhar com a presença nas meias-finais.

Os alemães tinham uma vitória, um empate e duas derrotas - uma delas por 3x2 nas Antas - e estavam obrigados a vencer na receção aos portugueses.

A missão não era fácil para os dragões, pela frente estava o campeão alemão, um Werder Bremen que ameaçava a hegemonia do Bayern do Munique, comandado por Otto Rehhagel, um dos grandes senhores do futebol alemão, com uma equipa onde brilhavam o austríaco Andreas Herzog e o neozelandês Wynton Rufer, além de diversos internacionais germânicos, de onde se destacavam Mario Basler e Marco Bode.

Um azar que veio por bem

O jogo começou mal, com a lesão madrugadora de Paulinho Santos, não pressagiando nada de bom para o FC Porto. Para o seu lugar entrou Rui Filipe, que três minutos depois de entrar, desferiu um remate à entrada de área, que sofreu um desvio em Andree Wiedener, passando por cima do desamparado Oliver Reck.

Os alemães reagiram e colocaram Vítor Baía por diversas vezes à prova, mas o número um portista, manteve-se seguro, inspirando de confiança os colegas.

A sorte do jogo começou a mudar quando aos 35' o sérvio Drulovic fez um passe magistral que isolou Kostadinov, o búlgaro não teve dificuldades em bater Reck. Golo! 0x2! O FC Porto ia mais descansado para o intervalo.

Equipa prevenida... 

Robson sabia que os alemães nunca desistiam, ao intervalo lembrava os seus atletas do perigo de sofrer um golo no reatamento. Na primeira volta, nas Antas, o FC Porto vencia facilmente por 3x0 a menos de dez minutos do fim, mas um certo relaxamento deixara os alemães reduzir para 3x2, e os dragões acabaram com o «credo na boca».

Mas mais que o jogo da primeira volta, na memória de todos estava fabulosa a recuperação que o Werder Bremen operara contra o Anderlecht, na última partida que disputara em casa na Liga dos Campeões. Nessa fria noite de Dezembro, o Werder Bremen regressara às cabinas, perdendo por 0x3. Contudo, na segunda parte, entre os 66 e os 89 - somente 23 minutos! - apontou cinco golos que viraram por completo o jogo.

Segunda parte de sonho

Os de verde sonhavam com uma segunda parte de sonho, mas o que lhes sucedeu foi o pior pesadelo da sua história europeia... Aguerridos e solidários, os portistas aguentaram os ataques alemães e começaram a jogar com o relógio. O tempo corria do seu lado e os minutos foram passando...

Cinco, dez, quinze, vinte minutos da segunda parte e o Werder Bremen começava a dar sinais de não conseguir dar a volta ao jogo. Foi então, que Carlos Secretário pegou na bola, pela direita, tirou um defesa da frente e colocou a bola com muita classe no fundo das redes de Reck. 0x3! E eis que contra todos os prognósticos, Robson que percebera as debilidades alemãs, manda a equipa continuar a atacar, enviando Domingos para dentro de campo, substituindo o exausto Kostadinov. 

Dois minutos depois de entrar, a classe de Domingos veio ao de cima, recebeu a bola na esquerda, bailou em frente dos adversários na quina da área adversária e chutou de longe, com força e efeito, sem defesa para um desolado Reck.

Rehhagel percebia que o jogo estava perdido e que arriscava vir a ser severamente punido com uma goleada humilhante. Resolve então jogar pelo seguro... retira o desinspirado Rufer e coloca Bockenfeld, um defesa para ajudar a equilibrar a equipa.

O jogo acalma, mas o placard não estava fechado e aos 89 minutos, após uma grande penalidade, Ion Timofte batia Reck pela quinta vez e estabelecia o resultado final. O FC Porto passeara classe na Alemanha e garantia a passagem às meias finais. 


in "zerozero.pt"