quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Helton: «O momento é de festa, não foi fácil»

Helton, guarda-redes do F.C. Porto, comentou desta forma o embate com o Sevilha (0-1). Os dragões apuraram-se para os oitavos-de-final da Liga Europa, graças aos dois golos apontados fora de casa, na primeira mão (1-2):

«Com o sofrimento que tivemos no final da partida, foi complicado, mas cumprimos o objectivo de passar. No final do jogo, cumprimentei e dei os parabéns ao guarda-redes do Sevilha, esteve realmente muito bem. Segue-se o CSKA, já vencemos esta eliminatória mas o momento é de festa, de comemorar, porque não foi fácil. Amanhã, voltaremos ao trabalho a pensar no jogo de sábado, que é o mais importante.»


in "maisfutebol.iol.pt"

Fucile: «Já joguei em Moscovo e felizmente ganhei»

Fucile, lateral do F.C. Porto, comentou desta forma o embate com o Sevilha (0-1). Os dragões apuraram-se para os oitavos-de-final da Liga Europa, graças aos dois golos apontados fora de casa, na primeira mão (1-2):

«Foi um jogo complicado, difícil, o Sevilha é uma equipa grande que disputa sempre estas competições. Demonstrámos que somos melhores e passamos esta fase de forma justa. Estas partidas são sempre de sofrimento, entre equipas equilibradas. Segue-se o CSKA, um rival muito difícil. Tem a vantagem de jogar em Moscovo, com temperaturas muito baixas. Mas eu já lá joguei e tive a felicidade de ganhar. Espero que aconteça a mesma coisa.

Sentem que afastaram um candidato?: «O Sevilha era um dos candidatos a vencer a Liga Europa e foi muito difícil, mas os grandes jogadores do F.C. Porto provaram que têm uma palavra a dizer nesta prova. Continuaremos passo e passo, respeitando o adversário que nos surja no caminho.»


in "maisfutebol.iol.pt"

Villas Boas: «O grupo está bem em termos de espírito de sacrifício»


Villas Boas, treinador do F.C. Porto, em declarações à «Sport Tv», depois da derrota diante do Sevilha (0-1), no Estádio do Dragão. O F.C. Porto, apesar de tudo, segue para os oitavos-de-final graças ao triunfo na primeira mão (2-1):

«Temos um grande espírito para aguentar uma vantagem do Sevilha, com grande concentração para manter a disciplina. Tivemos grandes oportunidades que não conseguimos concretizar. Estivemos à procura do golo desesperadamente mas, na cara do golo, nunca conseguimos concretizar. O mais importante é que conseguimos passar à outra fase».

[Sente que eliminou um dos candidatos?]
«O grupo está em forma em termos de espírito de sacrifício. Este era um jogo de Liga dos Campeões, como todos intitularam, era o grande aliciante desta jornada da competição. Passar por uma equipa como o Sevilha é importante para nós, vamos alimentando esta crença de que é possível».

[Espera mais dificuldades frente ao CSKA?]
«À medida que se vai caminhando na competição, vai aumentando a sobrecarga no campeonato, mas a equipa está preparada para esse sacrifício e alimentar o sonho nas duas competições. O CSKA tem uma equipa boa, passou o PAOK com mais ou menos dificuldade, e é agora um novo desafio para nós».



Villas-Boas: «Vivemos no limite, mas passámos uma equipa importante»


André Villas-Boas, treinador do F.C. Porto, em declarações na sala de imprensa do Estádio do Dragão, depois da derrota frente ao Sevilha por 0-1, que, ainda assim, vale a passagem aos oitavos-de-final da Liga Europa:

«O futebol é caótico e imprevisível. Aconteceu o imprevisível hoje. Tivemos seis, sete oportunidades daquelas que não falhámos e hoje falhámos contra o guarda-redes suplente, inclusive. Nesta recta final, tudo poderia acontecer. Mas parece-me claro que esteve mais perto de haver o 1-1 do que o 2-0.Vivemos no limite, mas passámos uma equipa importante que só tinha este objectivo para época, como eles assumira, e que afastou o Dortmund desta competição. Seguimos para os «oitavos» e alimentamos a esperança de ganhar esta competição.»

«O F.C. Porto melhorou dos erros colectivos de Sevilha. Crescemos para colmatar esses erros de forma clara e alucinante, como foi a primeira parte. O Sevilha tinha de se lançar para o tudo ou nada e fê-lo, mudando a estrutura. Tendo em conta da qualidade individual do trio atacante deles, foi bom manter a consistência defensiva para seguir em frente. Gera-se sempre ansiedade porque o Sevilha marca primeiro. Gera-se frustração por não o conseguir fazer. Ser capaz de reagir emocionalmente, é positivo. O Sevilha estava mais do que metido para ganhar esta eliminatória. Falharam a Liga dos Campeões, o campeonato, a Taça do Rei e esta era a ultima oportunidade. Em condições normais castigávamos estas acções de risco e chegávamos ao golo. Hoje, por incrível que pareça, não conseguimos.»

[Sobre os elogios de Gregorio Manzano] «Agradeço os elogio. Felizmente, o F.C. Porto, os seus jogadores e equipa técnica têm recebido muitos elogios do estrangeiro. Só em Portugal é que se continua a olhar sempre para a mesma equipa.»

[Sobre a assistência no Dragão] «Para a hora, foi uma óptima casa. Era complicado virem mais. Os adeptos estiveram sempre presentes, houve uma intensidade emocional forte e decisiva para seguirmos em frente. Segue-se o CSKA. Se passarmos, estamos nos «quartos» e isso começa a pesar na equipa.»

Villas Boas: «CSKA Moscovo fez fase de grupos alucinante»


André Villas Boas, treinador do F.C. Porto, comentando a próxima eliminatória da Liga Europa, onde os dragões vão enfrentar o CSKA de Moscovo:

«O CSKA [Moscovo] fez uma fase de grupos alucinante. É uma equipa que o F.C. Porto conhece bem, jogou algumas vezes com ela nos últimos seis anos. É experiente na Europa, está fresca e é mais um objectivo para nós metido no meio do campeonato. Alimentar campeonato, Liga Europa mais a segunda-mão da Taça é importante para nós. O CSKA tem grande historial na competição. É um desafio importante e esperamos estar à altura.»

[Quem são os favoritos, agora?] «Nesta fase é difícil apontar. Só na quinta-feira se sabe quem seguirá em frente. Grandes equipas ficarão pelo caminho. Quantas mais importantes ficarem pelo caminho, melhor para nós. Esta competição tem sido conquistado por equipas com muito e pouco historial. Já venceu o Atlético Madrid, o Shakhtar, o Fulham chegou à final no ano passado. Tudo pode acontecer nesta competição. Caiu o Sevilha e vamos esperar por quinta-feira para ver quem cai também.»

in "maisfutebol.iol.pt"

Falcao: «Senti-me bem e os golos vão aparecer»

Falcao, avançado do F.C. Porto, em declarações no final da derrota (0-1) com o Sevilha, em jogo da Liga Europa, que apurou os dragões para os oitavos-de-final e valeu o regresso de Falcao aos relvados após uma longa ausência:

«Estou muito contente. Foi seguramente uma eliminatória difícil, nos últimos anos o Sevilha tem conseguido alcançar um peso grande nesta competição, mas seguimos em frente e isso tem de nos deixar a todos satisfeitos. Segue-se o CSKA Moscovo e temos de trabalhar com a mesma mentalidade. 

Como me senti neste regresso? Senti-me muito bem, espero render ao máximo nos próximos jogos. Fisicamente estou bem e senti isso enquanto estive em campo. Trabalhei, movimentei-me e não acusei o esforço. Perdi algumas ocasiões para marcar, mas vou melhorar e os golos vão aparecer.»


in "maisfutebol.iol.pt"

Belluschi: «Tentámos marcar para colocar mais pressão»

Belluschi, jogador do F.C. Porto, em declarações à «Sport Tv», depois da derrota diante do Sevilha (0-1), no Estádio do dragão, no jogo que qualificou a equipa de Villas-Boas para os oitavos-de-final da Liga Europa.

«Sabíamos que mais um golo nos deixava de fora, mas também sabíamos que podíamos ser nós a marcar. Foi isso que tentámos, para colocar mais pressão. Não conseguimos, mas o mais importante foi conseguido e já podemos pensar no jogo de sábado».

[O F.C. Porto pode vencer esta competição?]
«Sim, jogamos todos os jogos para ganhar, passo a passo. Vamos ver como vai ser na Rússia, mas estamos tranquilos».

[Álvaro Pereira e Falcao voltaram à equipa, F.C. Porto fica mais forte?]
«É sempre bom ter todos os jogadores bem. Durante um tempo tivemos três ou quatro jogadores fora, mas somos um grupo unido e isso é importante para conseguirmos coisas».


in "maisfutebol.iol.pt"

Liga Europa: F.C. Porto-Sevilha, 0-1 (crónica)

Super Dragão a sorrir na Europa com o coração nas mãos


A história do futebol escreve-se com linhas dignas de uma montanha russa. O F.C. Porto apurou-se com sofrimento, aguentou o rombo em noventa minutos de grande nível, tempo suficiente para construir uma goleada. Perdeu (0-1). Apurou-se.


O Sevilha podia seguir em frente? Podia. Sem merecer. O tento de Fabiano foi uma prova de eficácia num onze de qualidade inferior. Segue-se o CSKA de Moscovo. Teve mais sabor assim, gritam os portistas, a plenos pulmões, com um sorriso na face. 



Minuto 55. Acordaram os espanhóis. Até então, o Sevilha denotara respeito excessivo pelo poderio do F.C. Porto. Tentara marcar, é certo, sem arriscar o necessário para chegar aos dois golos exigidis. Mérito, pois então, da formação portista.


Com pouco mais de meia-hora pela frente, Gregorio Manzano denotou finalmente ambição. Colocou Fabiano e tirou um lateral. Pode queixar-se de falta de sorte na primeira mão. No Dragão, esteve quase a ganhar a lotaria.


Alvaro e Falcao para o melhor onze


Até então, quase tudo fora pintado a azul e branco. André Villas-Boas recuperou Alvaro Pereira e Falcao, desviando Fucile para a direita. O onze favorito dos adeptos portistas para uma inusitada tarde europeia.


35 mil adeptos nas bancadas, belo número, dezenas de baixas repentinas , postos de trabalho sem dono, uma cidade parada a acompanhar a sua equipa. Ao vivo, pela televisão, rádio ou internet, enquanto não chega a hora de saída do emprego. Tudo vale.


Os relatos chegavam com boas notícias. O F.C. Porto mostrou-se pouco impressionado com a entrada do Sevilha. Aproveitando as fragilidades dos laterais visitantes, os dragões ganharam sede pelo golo e raramente entregaram a iniciativa de jogo. O Sevilha, reforça-se, pouco fez para a conquistar.


Tiro ao boneco e a tudo


Em suma, se o resultado da primeira mão enganava, diga-se então que a equipa de Villas-Boas merecia golear no Estádio do Dragão. Acertou na trave, nos adversários, no guarda-redes, denotou até excesso de pontaria. Criou inúmeras situações de golo, sem precisar dele.


O Sevilha, pela imagem transmitida, procurou apenas deixar aquela imagem de «quase». «Quase conseguíamos». «Se não fosse o primeiro jogo...». Por aí fora. Para um treinador em apuros, aceita-se. Mas esta formação andaluz, ficou mais que provado, está um patamar abaixo dos dragões.


O F.C. Porto foi sério, acutilante e quis vencer. Perdeu, mas saiu por cima. Falcao regressou, fugiu a contactos mas ficou a centímetros do golo. Alvaro Pereira enchera o campo até cometer uma imprudência grave, já depois do tento de Luís Fabiano. Expulsão, tudo em aberto.


Dragão a sorrir com o coração nas mãos


Recuando no filme, eis então o minuto 55. Manzano lança Fabiano. O Sevilha ataca a três. Até então, Kanouté era a principal referência (porquê ter Otamendi a marcá-lo, com défice de centímetros?). Os dragões não quiseram saber, continuaram por cima, em busca do golo. Hulk falhou. O Fabuloso não. 


Vinte minutos para o final, 0-1. Luís Fabiano ganha espaço, aguenta a carga e marca. De azul e branco, pouco o fez. Agora, a confiança dá lugar ao susto. Para mais, Alvaro Pereira responde à frustração com uma entrada despropositada, arriscada. Vermelho. Excesso de rigor? Talvez, mas aceita-se.


Adeptos impacientes, Villas-Boas também. O F.C. Porto estivera sempre por cima. Num ápice, fica perto do abismo. Dois minutos, segundo amarelo para Alexis. Howard Webb consegue finalmente expulsar um visitante. Este, por exemplo, já escapara ao vermelho na primeira parte.


O Dragão acabou preso às cadeiras, com o coração nas mãos, a bater forte. Assim, talvez traga mais sabor. Contudo, a injustiça ficou a um pequeno passo, ao alcance de um Sevilha retardatário. Pagou por isso mesmo.

in "maisfutebol.iol.pt"



As Figuras

Figura FC Porto: Falcao

Despe a pele de lobo

Vem aí Falcao, vem aí Falcao. Anunciou-se uma, duas vezes e... nada. Após cinco semanas de ausência e de regressos frustrados, já havia quem confundisse El Tigre com o lobo daquela história infantil em que, de tantas vezes anunciado para enganar, ninguém acreditou quando realmente apareceu. O Sevilha pode considerar-se avisado: Falcao está mesmo pronto a recuperar a pele de predador de área, expresso no facto de ser o melhor marcador da Liga Europa (sete golos, mais o que marcou no play-off). A única dúvida reside na titularidade, porque o colombiano não joga desde 16 de Janeiro, dia em que marcou o único golo de 2011, à Naval.


Figura Sevilha: Kanouté

Do Mali e acompanhado

O Sevilha precisa de golos e é Kanouté quem os costuma marcar. O avançado do Mali costuma estar bem acompanhado na área, normalmente por Luís Fabiano. Os dois entendem-se quase de olhos fechados e costumam baralhar as marcações defensivas, facto que obrigará a defesa portista a um exercício de concentração sem falhas. Forte de cabeça, como mostrou no primeiro jogo, Kanouté está assinalado como perigo número um dos andaluzes, carregando sobre os ombros a responsabilidade de dar trabalho a Helton. Anular Kanouté e Fabiano (ou Negredo) será meio caminho para garantir passaporte para Moscovo.

in "ojogo.pt"

El Tigre no regresso à normalidade

Falcao ensaiou duas vezes o regresso. Contra o Benfica já se sabe que foi bluff e em Sevilha foi cautela; à terceira é mesmo de vez. A convocatória apertada, onde só entraram 18, não dá margem para o devolver à bancada. Villas-Boas não o garantiu de início, embora isso seja esperado, e os adeptos já respiram de alívio só com a hipótese de o ter ali à mão de uma qualquer emergência. Afinal de contas, El Tigre ainda é o melhor marcador da Liga Europa e, por mais que se esforce a fazer o que lhe compete, sublinhando que a equipa até se desenrascou bem sem ele nas últimas cinco semanas (14 golos em oito jogos), o treinador saberá melhor do que ninguém que ter um onze com ou sem Falcao não é bem a mesma coisa. Assim como não é ter ou não ter Álvaro Pereira, que carimbou o regresso na primeira mão e pode entrar também nas contas da titularidade. Se assim for, o FC Porto recupera a normalidade perdida há mais de dois meses, em Paços de Ferreira, a última vez em que foi possível avaliar o rendimento portista sem os 'ses' das ausências.

A vantagem conseguida em Sevilha não é folgada, mas é uma vantagem. Obriga o adversário a arriscar e a destapar uma defesa frágil por natureza. A rapidez de Hulk pode ganhar um protagonismo que não teve no primeiro jogo, embalando o sonho europeu de um FC Porto que segue invicto na competição e que, apesar de lhe bastar o empate, espreita um recorde de vitórias numa só época nas competições europeias.

in "ojogo.pt"

Moscovo na rota do vencedor da eliminatória

Se o FC Porto confirmar o triunfo em Sevilha e seguir em frente na competição já sabe que terá de defrontar o CSKA de Moscovo nos oitavos-de-final, marcados para 10 e 17 de Março. Os russos também anteciparam o seu jogo, com o PAOK, tendo empatado 1-1. Ignashevich marcou, na recarga de uma grande penalidade, o golo salvador, anulando a vantagem da equipa do português Vieirinha.

Jogo de alto risco para a PSP

O FC Porto-Sevilha de quarta-feira, referente aos 16 avos-de-final da Liga Europa de futebol, está a ser preparado pelas autoridades como um jogo de "alto risco", mas a PSP espera uma missão "sem incidentes"
Em termos de legislação nacional e europeia, estes jogos são sempre de risco elevado, mas não haverá aquela rivalidade que acontece a nível interno", explicou o subintendente José Henriques Fernandes.

Mil adeptos do Sevilha no Dragão

Depois de devolvidas algumas centenas de bilhetes, o Sevilha vai ter no Estádio do Dragão o apoio de mil adeptos. Podiam ser mais, disse o assessor de Imprensa do emblema andaluz, mas o resultado negativo da primeira mão afastou muitos adeptos. Quase todos chegam hoje.

Bilhetes à venda

A final é só a 18 de Maio, em Dublin, na Irlanda, e os adeptos mais optimistas podem já comprar bilhete para garantir presença. Os preços dos ingressos para a final da Liga Europa oscilam entre os 50 e os 135 euros.

in "ojogo.pt"

FC Porto vs. Sevilha. Dragões têm tudo para ficar na história

Um triunfo hoje estabelecerá um recorde nacional de vitórias internacionais numa só época. E completa o ano de terror do Sevilha contra equipas portuguesas


Quando Villas-Boas se estreou na Europa, poucos pensariam que poderia ter uma primeira época tão boa. O técnico que venceu duas finais europeias como adjunto de José Mourinho tem ambição de sobra, mas seria difícil prever o rendimento dos dragões. A primeira impressão convenceu: vitória por 3-0 na Bélgica frente ao Genk (Falcao, Souza e Belluschi) e caminho aberto para uma série de nove jogos sem perder e com apenas um empate, em casa frente ao Besiktas.

Hoje, quando entrar em campo, o primeiro objectivo será garantir o apuramento para os oitavos. Não é, nem poderia ser, de outra forma. E para que isso aconteça, o FC Porto até se pode dar ao luxo de perder, mas o desaire vai de encontro aos outros objectivos dos dragões para o jogo com o Sevilha. Um empate significa o décimo jogo consecutivo sem perder em jogos para as competições europeias, superando o recorde do Sporting (nove entre 10 de Março de 2009 e 16 de Dezembro de 2009) e igualando o do Benfica (4 de Novembro de 1981 a 4 de Maio de 1983). Melhor só mesmo o FC Porto de Mourinho, que esteve 11 encontros sem conhecer o sabor da derrota, entre 1 de Outubro de 2003 e 27 de Agosto de 2004.

O grande objectivo e verdadeiro recorde será, porém, o nono triunfo numa só época em competições europeias. E isso nem Mourinho conseguiu. O agora treinador do Real Madrid conquistou a Taça UEFA com oito vitórias e a Liga dos Campeões com sete. Villas-Boas, que sempre se demarcou de Mourinho, preferindo a aproximação a Bobby Robson, optou por abordar outros temas na conferência de imprensa: "O triunfo na primeira mão foi importante mas não resolve a eliminatória. O trabalho está longe de estar feito e só se formos extremamente competentes é que seguimos em frente porque tudo pode acontecer."

PESADELO NACIONAL O Sevilha poderá sair hoje do Dragão com a sensação de que viveu um autêntico pesadelo português. Tudo começou em Agosto na eliminatória da Liga dos Campeões. Os antigos bicampeões da Taça UEFA eram favoritos, mas o Sp. Braga venceu no Minho e no Sánchez Pizjuán (1-0 e 4-3). Relegados para a Liga Europa, a equipa de Gregorio Manzano esteve prestes a ficar pelo caminho, mas sobreviveu para voltar a Portugal. Agora poderão ir outra vez para casa de mãos a abanar.

O passado mostra que várias foram as equipas estrangeiras a defrontar mais do que um clube português na mesma temporada. Os tempos mudaram e é claro que antigamente não havia espaço para duas eliminações na mesma temporada, mas há um ano, por exemplo, Everton e Hertha Berlim foram eliminados por Sporting e Benfica depois de terem sobrevivido em grupos com... Benfica e Sporting. 

De resto, Lyon, Heerenveen, Anderlecht, Atlético Madrid, Bayern Munique, Newcastle e Portsmouth também viajaram para Portugal mais do que uma vez mas não saíram de mãos a abanar. Melhor só mesmo o CSKA Moscovo que, depois de ser eliminado pelo FC Porto na Champions, ganhou a Taça UEFA, derrotando Benfica e Sporting pelo caminho. E, como as coincidências existem, se o FC Porto eliminar o Sevilha vai encontrar precisamente a equipa russa.

Hoje, 17h00, FC Porto-Sevilha na Sport TV1


in "ionline.pt"

James e Varela concorrem ao lugar na linha da frente

Regresso de Falcao implica a saída de um dos avançados para o jogo desta tarde frente ao Sevilha, porque a posição de Hulk está garantida. 

Jogas tu ou jogo eu, ficas tu de fora ou eu? - era talvez a pergunta que assaltava ontem no Dragão o espírito de um conjunto de jogadores que, pelo menos no início do treino, não tinha reais certezas, ainda que as dúvidas já fossem poucas no que diz respeito ao que lhes estará reservado para hoje, no decisivo reencontro com o Sevilha. 

Falcao e Álvaro Pereira não seriam, obviamente, as mentes mais atormentadas, se bem que se pudessem questionar, dadas as legítimas reservas que se colocam quanto à sua capacidade física em função dos perigos que este jogo encerra, mas serão sempre candidatos a regressarem à titularidade, o que a acontecer implicará a saída de outros tantos. 

Fucile? James ou Varela? O defesa uruguaio terá por ora, mas mesmo por ora, o benefício da dúvida, para que Álvaro Pereira possa ter uma (re)entrada no onze menos agitada e assim não colocar em risco o resto da temporada. Ressurgiu em Sevilha, durante poucos minutos, precisa de tempo e espaço para regressar à sua acelerada normalidade.

Sem tempo e com o seu espaço em risco estão, desde já, James e Varela, candidatos ao único lugar vago numa das alas (a outra é de Hulk, claro), partindo do princípio que Falcao está de volta à frente de ataque. E, neste caso, por quem optará Villas Boas? 

Varela, pela sua experiência e pelo simbolismo que carrega por ter estado nos melhores momentos da época do FC Porto, poderá ser o escolhido para o lado esquerdo. Mas James trouxe frescura e criatividade à linha ofensiva dos dragões, com níveis de produção até superiores aos de Varela... Dúvidas para o técnico portista, que esfrega as mãos de contente com tantas opções.


in "abola.pt"

Hulk: «Principal objectivo é ganhar Liga e Liga Europa»

Avançado pede ainda mais concentração na recepção ao Sevilha


É com optimismo moderado que Hulk aborda a recepção ao Sevilha, para a Liga Europa. O avançado do F.C. Porto assume que o triunfo em Espanha (1-2) foi «um excelente passo», mas alerta para os perigos do comodismo, reforçando a ambição por títulos nacionais e continentais.

«O principal objectivo é ganhar a Liga e a Liga Europa», afirmou o jogador, em declarações à assessoria de imprensa. «Acho que continuamos no mesmo caminho, a jogar bem e todos com a mesma humildade. Temos fortes possibilidades de ganhar. Estamos muito fortes no campeonato, em que apenas cedemos dois empates, e na Liga Europa, onde ainda não perdemos. Acho que estamos bem, no caminho certo, mas não podemos esquecer que temos grandes adversários pela frente», sustentou.

Hulk defende que os «dragões» devem abordar o jogo com o Sevilha «ainda mais concentrados», de forma a evitar surpresas e carimbar a passagem aos oitavos-de-final, onde encontrariam o CSKA de Moscovo.

in "maisfutebol.iol.pt"

Iturbe em entrevista: «Um dia vou jogar ao lado de Messi»

Prodígio argentino já contratado pelo F.C. Porto fala ao «Maisfutebol»



Juan Manuel Iturbe. Aos 17 anos inebria o mundo do futebol com um talento inesgotável. Diamante em bruto, facilmente lapidável, descoberto pelo microscópio do F.C. Porto. Assinou contrato com os dragões por cinco anos, trespassou o Sul-Americano de sub-20 de um lado ao outro com o seu pé esquerdo e já encanta na equipa sénior do Cerro Porteño. 

Numa entrevista exclusiva ao Maisfutebol, Iturbe apresenta-se na primeira pessoa aos adeptos portugueses e nem se escusa a falar das constantes comparações com Lionel Messi. A nossa conversa começou por aí, aliás. La Pulguita ou Mini-Messi, a Iturbe tanto faz. 

Longe de ser arrogante, o pequeno argentino começa a perceber o que vale. Rodeado de loas por todos os lados, habituado a pegar nos jornais e a sorrir perante os elogios, o futuro dragão está preparado para carregar o peso da semelhança com o seu grande ídolo. 

«Conheci-o na África do Sul, durante o estágio da Argentina, e é uma grande pessoa. Tem uma capacidade extraordinária e só me posso sentir orgulhoso por dizerem que somos parecidos», refere Iturbe, hesitante na forma como desfere as palavras.

«Não me importo que digam isso. Não há problema nenhum. Mas é importante que as pessoas percebam que tenho 17 anos. Passo a passo quero construir a minha carreira e chegar em dois/três anos à selecção principal da Argentina. Estou certo que ainda irei jogar muitas vezes ao lado de Messi. Esse é um dos meus grandes sonhos.»

«O Maradona falava e eu só baixava os olhos»

Sem ponta de exagero, é possível encontrar pontos em comum entre o futebol genialmente mitigado de Messi e as promessas convincentes de Iturbe. Um raio na esquerda, fulminante a executar, mais rápido e instintivo do que os outros. 

Também Diego Maradona viu em Iturbe essas qualidades. Por isso chamou-o para ajudar na preparação da selecção para o Mundial-2010. Foi uma espécie de internato, monitorizado bem de perto pela ubiquidade de D10S. 

«Que experiência fantástica! Estar ao lado daqueles monstros sagrados com 16 anos e conviver diariamente com o grande Diego foi inacreditável», sublinha Juan Iturbe. «Não falei muito com ele porque tinha vergonha. Sempre que o Maradona se aproximava para me dar alguma indicação eu baixava os olhos e só acenava com a cabeça. Era muita pressão.»

«Vai ser importante para mim ter o Otamendi ao lado»

Foi precisamente nos dias antecedentes ao Mundial que Juan Iturbe conheceu Nicolás Otamendi. «Na altura estava longe de imaginar que iríamos jogar juntos no F.C. Porto», confessa ao nosso jornal o imberbe prodígio. 

«Curiosamente, o Otamendi era daqueles que mais comunicava comigo. Ainda não falei com ele nas últimas semanas. Vai ser importantíssimo para a minha adaptação. Sei que no Porto também estão o Belluschi e o Mariano, mas esses não conheço pessoalmente. Apenas através da televisão», completa. 

E para completar o tema-selecção, Iturbe deixou uma breve análise ao que fez no Torneio Sul-Americano de sub-20. 

«Gostava de ter jogado mais. Tentei aproveitar as oportunidades e fiz alguns golos bonitos. Adoro ter a bola controlada e partir para cima dos defesas. Felizmente as coisas correram-me bem, mas é uma pena a Argentina não se ter qualificado para os Jogos Olímpicos de 2012.» 

«Vou ganhar a Champions com o Porto»

A ressonância dos feitos de Juan Iturbe faz lembrar as tardes passadas de ouvido colado à telefonia. Cada um, consciente ou inconscientemente, pincela o retrato da forma que mais lhe apraz. Mesmo na era da comunicação, a distância traça limites profundos e não permite uma observação rigorosa dos atributos do jovem argentino.


Há curiosidade, muita curiosidade.

Sem uma imagem fidedigna, concludente, a beleza de um drible pode ser ampliada ou diminuída. É uma questão de propaganda, bem feita, mal feita. Iturbe está consciente do exagero que acompanha tudo o que faz. Na Argentina, os garimpeiros deixaram a procura de ouro e buscam um novo Maradona, um novo Messi, debaixo de cada pedra.

Como confessa nesta entrevista ao Maisfutebol, Iturbe pretende apenas jogar o seu futebol. «Com simplicidade e qualidade.» «Entro no estádio do Cerro e as pessoas gritam o meu nome. É claro que fico orgulhoso, mas sei que também vou ter dias maus. Os hinchas do F.C. Porto não me conhecem e só lhes posso prometer que vou dar o máximo todos os dias.»

Iturbe confessa ser um apaixonado pelo Cerro Porteño. No coração, porém, há espaço para mais paixões. «Sempre fuicerrista, é o clube que amo. Daqui a seis meses vou chegar ao Porto e espero dizer, dentro de um ano, que também é o clube do meu coração. Quero dar tudo aí em Portugal, cumprir tudo o que o treinador me pedir e ganhar muitos títulos.»

Motivação-extra para Iturbe é a possibilidade de participar na Liga dos Campeões. «Sei que o Porto está em primeiro e que na próxima temporada poderei jogar a Champions. Quero fazer bem as coisas e sinto que vou ganhar essa prova fantástica», sublinha o esquerdino, 17 anos apenas. 

Juan Iturbe ainda não viu o Estádio do Dragão. Não sabe o que o espera. O pai e o empresário deram-lhe «as melhores referências» sobre o seu futuro clube, mas nesta altura há mais dúvidas do que certezas sobre a nova realidade.

«No Paraguai não costumo ir muitas vezes à internet. Sei que o clube veste de azul e branco e que tem sido quase sempre campeão em Portugal», aponta, timidamente. Estas dúvidas poderão ser desfeitas rapidamente, pois o menino argentino tem planeada uma viagem até Portugal.

«O meu representante está a tratar das coisas. Já lhe disse que gostava muito de ver ao vivo ao F.C. Porto-Sevilha. É na quinta-feira, não é? Adorava estar aí e sentir o ambiente desse jogo.» 

Obrigatório era trazer para a mesa de conversa o nome de André Villas-Boas. Afinal, o que sabe Iturbe sobre o seu mais-do-que-provável próximo treinador? «Apenas o que me disseram. Sei que gosta de apostar em jovens e que está a fazer um grande trabalho. Vou evoluir muito a trabalhar com ele. Já me elogiou? Não sabia. Bem, é um orgulho muito grande.»

«Real Madrid, ManUtd? Não, não, F.C. Porto»

A ideia foi colocada em circulação nas últimas semanas: Iturbe poderia ir directamente para o Real Madrid ou Manutd, por exemplo, sem chegar a vestir de dragão ao peito. OMaisfutebol colocou essa hipótese ao jogador. Este negou-a com veemência.

«Não, nem pensar. Obviamente, é bonito saber que há outros grandes clubes a seguir-me, mas só penso em estabilizar no F.C. Porto e fazer uma carreira bonita aí. Mais tarde, no futuro, vemos o que pode suceder. Garanto que é no Porto que vou jogar a partir de Julho.»

da Barraca Central para o mundo

Buenos Aires, bairro da Barraca Central. O pequeno Iturbe, filho de pais paraguaios, descobre o prazer pelo futebol nascanchas esconsas do Club Atlético Barracas. A habilidade natural, a perícia no trato da bola, o prazer de fugir aos pais e jogar até à noite são um vício irresistível. A história é um decalque de tantas outras.


Uma família humilde, um rapaz com um talento incomum, o futebol em jeito de salvação. «Os meus pais matavam-se a trabalhar para sustentar a família», recorda Juan Iturbe aoMaisfutebol

«Em certos períodos, quase não os via. A minha mãe tinha uma farmácia e o meu trabalhava na construção civil. Eu ia para a escola e jogava à bola até à noite. Muitas vezes, só estava com os meus pais antes de ir dormir.»

Em 2005, o senhor Juan del Carmen e a esposa Miriam Arévalos regressam ao Paraguai e à cidade de Assunção. Iturbe tinha apenas 11 anos. O Cerro Porteño surge na sua vida. «Comecei a jogar nos infantis e fiquei por lá até agora. Apenas tive uma experiência no Quilmes, uma confusão. Agora está tudo resolvido.»

Apesar de viver no Paraguai, Juan Iturbe diz ser argentino «de corpo e alma». «Tenho uma vida calma. Passo grande parte do meu tempo com os meus pais e agora tenho uma namorada nova. Quero aproveitar os meus últimos meses no Paraguai, porque depois não vou ter os meus amigos daqui comigo.»

Com 16 anos estreou-se na primeira divisão paraguaia. O treinador era Pedro Troglio, antigo colega de Diego Maradona na selecção da Argentina. Antes de ser Pulguita ou Mini Messi, Juan Iturbe foi Cara sucia [cara suja]. «Andava sempre na rua e não gostava de tomar banho.»

Os tempos mudam, a vida corre, Juan limpou a cara e é um dos jovens futebolistas mais desejado em todo o mundo. O F.C. Porto adquiriu uma pérola de valor incalculável. 

in "maisfutebol.iol.pt"