Atacante lembra que tem contrato até 2015 com
o Porto, de Portugal, e já adota discurso de agradecimento ao clube:
‘Se sair, saio muito feliz’
Mesmo há quatro rodadas sem fazer gols - os últimos foram na vitória
por 2 a 0 sobre o Grêmio, em 3 de setembro, quando marcou duas vezes -,
Walter segue sendo o destaque e a principal referência do Goiás no
Brasileirão. Goleador do time com oito na competição, o atacante se
acostumou a brilhar também com assistências e jogadas de efeito,
demonstrando técnica apurada. Tanto que vem despertando o interesse de
outros clubes e, segundo o próprio, já teria propostas para se
transferir ao final de seu contrato de empréstimo com o clube goiano.
- Se sair do Goiás, saio muito feliz. Continuar vai ser muito difícil,
não vou negar para ninguém. Já tenho propostas aqui do Brasil e de fora.
Agradeço ao Goiás pelo que fez por mim e também ao Enderson. Não se
pode esquecer que não estou livre. Tenho contrato até 2015 com o Porto,
de Portugal. Por isso é difícil continuar no Goiás - afirmou.

Na última rodada, Walter até abriu mão do lance decisivo, no fim do
jogo contra o São Paulo. A falta cobrada por Rodrigo, que bateu no
travessão e nas costas de Rogério Ceni antes de entrar, por pouco não
saiu dos pés de Walter. Cobrador oficial, ele era o mais cotado para
bater e até ouviu seu nome gritado pela torcida na arquibancada do Serra
Dourada. Nesta segunda-feira, o atacante explicou como foi a
“negociação” com Rodrigo para decidir quem chutaria.
- Tenho a consciência de que o mais importante é o time vencer. Rodrigo
chegou em mim naquele momento, disse que estava com uma confiança muito
grande e falou: 'Deixa eu bater que vou fazer o gol'. O Rogério trocou a
barreira de lado, e ele acertou um baita chute. O estádio gritava meu
nome, mas depois foi só o nome do Rodrigo. Ainda bem que ele bateu.
Apesar de demonstrar interesse em continuar no Alviverde e valorizar o
bom ambiente no clube, Walter reconhece que altas propostas financeiras
podem balançá-lo e serem vantajosas pensando em seu futuro depois do
futebol.
- Sou novo e tenho que fazer um contrato bom. O tempo passa rápido e
preciso aproveitar o meu momento. Lógico que se vier uma proposta boa do
Catar ou de lugares assim é difícil ficar, por causa do dinheiro. Você
tem que aproveitar o momento. Vai que você se machuca e perde a chance.
Contra brigas nos estádios
Além do episódio da falta, Walter protagonizou ontem momento inusitado
no duelo contra o São Paulo. Ainda no início do primeiro tempo, o
atacante recebeu pedido de Rogério Ceni para convencerem as torcidas a
pararem de brigar na arquibancada. Juntos, os dois gesticularam para os
torcedores e tentarm acalmar os ânimos.
- Rogério chegou para mim e falou: 'Conversa com a sua torcida que eu
vou conversar com a minha'. Eu tentei ajudar porque, olhando de dentro
do campo, nem parecia futebol. Parecia que era guerra na arquibancada.
Nossa conversa ajudou um pouco.

Walter reconhece dificuldade em seguir no Goiás em 2014 (Foto: Fernando Vasconcelos / Globoesporte.com)
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