segunda-feira, 11 de abril de 2011

Sadinos atacam «jogo de amigos» entre Naval e Benfica


Fernando Oliveira não gostou de ver o Benfica poupar jogadores diante da Naval, com quem o V. Setúbal trava uma batalha intensa pela permanência na Liga.
O presidente do Vitória de Setúbal, Fernando Oliveira, não poupa críticas ao Benfica por ter utilizado uma equipa secundária diante da Naval, num jogo que os encarnados acabariam por perder por 2-1, alimentando assim a esperança da equipa da Figueira da Foz em manter-se na I Liga.
«Lamentamos profundamente a atitude do treinador do Benfica. Já tinha feito o mesmo com o Portimonense e agora repetiu com a Naval. Dava a impressão que era um jogo entre amigos. Ele nessa altura era Jorge Jesus. Agora já nem sei, parece Judas», atirou o líder sadino.
Por oposição às críticas ao Benfica, Fernando Oliveira deixou elogios ao FC Porto, que não prescindiu das suas principais figuras no suado triunfo sobre o Portimonense: «O que está em causa é a verdade desportiva. Já o Villas-Boas foi um homem com H grande, porque mesmo sendo campeão e estando praticamente apurado na Liga Europa, não abdicou dos melhores jogadores. Tiro-lhe o chapéu, tal como ao FC Porto».
As palavras do presidente do Vitória de Setúbal são ditadas pela luta intensa pela manutenção, já que os sadinos estão imediatamente acima da linha de descida, com 27 pontos, sob a pressão da recuperação da Naval, com 23 pontos, no penúltimo lugar. 
in "sapodesporto.pt"

F.C. Porto: três golos de Maicon para pagar dois pecados

Jovem central brasileiro atravessa a melhor fase da sua vida


Maicon atravessa o melhor momento da sua vida e acumula três jogos consecutivos a marcar, como titular. Pelo meio, foi suplente utilizado no Estádio da Luz, festejando com exuberância o título de campeão nacional. Para trás, ficam dois pecados que mancharam a sua imagem promissora.


André Villas-Boas apostou no defesa brasileiro desde a primeira hora, enquanto Otamendi conhecia os cantos à nova casa. Com o decorrer da temporada, os dois jogadores foram alternando no onze, deixando Rolando como o único central indiscutível.

Nas últimas três semanas, Maicon apontou igual número de golos e apagou a memória de erros que irritaram os adeptos portistas. O central de 22 anos foi expulso em Alvalade, após lance com Liedson, e deixou Fábio Coentrão fugir no Estádio do Dragão, no primeiro golo do Benfica nesse clássico da Taça de Portugal (0-2).

«Errei mas vou rectificar»

«Ele disse-me logo: pai, eu errei mas prometo que vou rectificar. O Maicon é um jovem, está a crescer e ainda vai crescer muito mais. Está a marcar golos, a ajudar a garantir vitórias e, para além disso, vai ser pai pela primeira vez, no final do mês. É o melhor fase da sua vida, até agora», relata, orgulhoso, o pai do jogador.

Em conversa com o Maisfutebol, Maurides Roque descreve o orgulho de Barretos, pequena localidade no interior do Estado de São Paulo: «São 14 mil habitantes e torcem todos pelo meu filho. Quando o Porto joga, você nem imagina, tenho sempre a casa cheia. É uma euforia tremenda.»

«O Maicon está a atravessar um belo momento, está muito feliz pelo nascimento da sua filha, que se vai chamar Maria Luísa. Queria ser campeão português e foi, ainda por cima no Estádio da Luz, deu-lhe um gozo imenso. Estão invictos e ele ainda anda a fazer golos de vitória, é incrível isto», acrescenta o pai do central, babado.

Os golos e o sonho da selecção

O F.C. Porto pagou 1 milhão e 100 mil euros pelo jogador de 22 anos, em 2009. No ano seguinte, em negociação com o Cruzeiro de Belo Horizonte, garantiu a outra metade do passe de Maicon, por troca directa com a totalidade dos direitos de Ernesto Farías.

Com a saída de Bruno Alves, Maicon avançou para a segunda temporada com ambições renovadas. Titular no arranque, recolheu elogios antes de duas expulsões comprometedoras. Na Turquia, perante o Besiktas, os dragões venceram mesmo em inferioridade numérica (1-3). Em Alvalade, registaram um dos dois empates na Liga.

André Villas-Boas nunca criticou o jogador, manteve a aposta com regularidade (utilizado em 33 jogos) e este vem respondendo com golos. Marcou a Académica, Spartak de Moscovo e Portimonense, nos últimos três jogos como titular.

«Temos de agradecer a confiança do treinador nele. Fico arrepiado quando ouço os adeptos do Porto cantar o nome do Maicon. Ele vai continuar a lutar para ser titular.»

«O meu sonho é ver o Maicon com a camisola da selecção do Brasil, no Mundial de 2014. Se não o chamarem, já lhe disse: se tiver o passaporte português e for convidado, como aconteceu com Deco, Pepe ou Liedson, pense em jogar na selecção de Portugal», remata Maurides Roque, em jeito de revelação, no final da conversa com o Maisfutebol.


in "maisfutebol.iol.pt"

Hulk: «Aos 15 anos fui às Antas e disse: um dia vou jogar aqui»

Avançado fala da infância difícil e do sonho de jogar no F.C. Porto


Quando se fala de um jogador que nasceu no Nordeste brasileiro não é fácil perceber-se quando ele diz que «jogar no F.C. Porto era um sonho». Mas a história de Hulk é como a alcunha do personagem: incrível. Cheia de voltas e reviravoltas, com passagens por paisagens recônditas, regressos ao ponto de partida e, por fim, o final feliz: vestir a camisola azul e branca.

«Aos 15 anos vim para o Vilanovense e jogava nos juvenis. Estive cá um ano e voltei para o São Paulo. Na altura o meu empresário dizia que eu ia para o F.C. Porto, mas acabou por não acontecer. Depois de três anos no Japão, o Teodoro [Fonseca] disse-me: quero ver você a jogar na Europa», conta Hulk. 

Este é o fim da aventura que foi o final da adolescência e a entrada no mundo adulto no futebol. O avançado dos dragões contou tudo ao programa brasileiro «Na Estrada com Galvão», da TV Globo.

«Na altura, ele mostrou-me algumas propostas. Havia o Porto, o Atletico de Madrid e mais algumas equipas. Eu vim para o Porto porque tinha o sonho de jogar no F.C. Porto. Quando tinha 15 anos levaram-me às Antas para ver um jogo do Porto. Eu vi aquilo cheio, lotado e disse: um dia vou jogar aqui», revelou.

«Já fui mais esquentado»

O percurso de Hulk continua em fase ascendente. Chegou a selecção brasileira e mesmo que as convocatórias não sejam constantes, o avançado promete não desistir: «Vou trabalhar para ter mais oportunidades e, com certeza, vou aproveitar.»

Para trás fica uma infância difícil mas que o ajudou a dar valor ao que tem hoje. «Às sextas e sábados acordava às 3 horas da manhã. Os meus pais era feirantes, tinham uma barraca de carne, e eu tinha de ajudar a carregar os carros. Eu chorava para não ir, mas o meu pai dizia-me: se queres jogar à bola tens de ir. Hoje não me arrependo, fico feliz de ter ajudado os meus pais e serviu para valorizar as coisas que hoje tenho», confessa.

E, em tom de brincadeira, até diz que esses episódios ajudaram a desenvolver a massa muscular que é uma das suas imagens de marca e lhe deu a alcunha que continua a ostentar.

«Em pequeno já era forte, só que era baixinho. As pessoas diziam: como vais ser jogador assim pequeno? Quando vim para Portugal aos 15 anos estiquei bastante. Esta força? Não faço ginásio. Isto é apenas dos treinos. Se calhar vem dos tempos em que carregava os carros para a feira, quando trabalhava com os meus pais», refere.

Com o tempo, Hulk foi moldando comportamentos e aprendendo a corrigir alguns exageros. O temperamento em campo, por exemplo, mudou bastante, garante. «Já fui mais esquentado. Brigava muito. Quando Deus me deu o meu primeiro filho fiquei mais tranquilo», explicou.

in "maisfutebol.iol.pt"

OS 15 PECADOS DE DUARTE GOMES

Arbitragens competentes, avaliadores competentes e uma direcção para a arbitragem competente foram as exigências apresentadas esta segunda-feira pelo FC Porto, em conferência de imprensa.

Mais de uma semana depois do jogo Benfica-FC Porto, que terminou com a vitória dos Dragões, que se sagraram campeões nacionais, o FC Porto reagiu através da exibição de um vídeo que apresentou 15 erros graves da arbitragem de Duarte Gomes.

Pela voz do director-geral para o futebol, Antero Henrique, o FC Porto fez saber também a indignação pela avaliação do observador Fernando Mateus e pelo silêncio da Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional.

Antero Henrique reclamou competência para a arbitragem e denunciou a clara alteração à verdade na classificação dos árbitros no final da época, quando um desempenho tão negativo como o de Duarte Gomes no jogo da Luz é premiado com a segunda melhor avaliação da temporada.

O FC Porto denunciou ainda a estranheza por o Ministério da Administração Interna ainda não ter tomado qualquer posição pública pelo “apagão” do Estádio da Luz, quando foi colocada em risco a segurança de milhares de pessoas.

Os lances da polémica

2 minutos: Assinalada falta de Otamendi num lance em que nem sequer toca em Saviola. Aimar protestou e viu cartão amarelo.
5 minutos: Fábio Coentrão bloqueia Hulk com o braço na área do Benfica. Não foi assinalada qualquer infracção.
6 minutos: Saviola atinge Helton já sem hipóteses de chegar à bola. Sem admoestação.
6 minutos: Aimar escapa, sem explicação, ao segundo cartão amarelo, após entrada dura, pelas costas, sobre Falcao.
15 minutos: Penalti assinalado contra o FC Porto, Otamendi e Jara estão ambos em contacto, mas só foi visto pelo assistente o contacto do jogador do FC Porto.
21 minutos: Sidnei atinge intencionalmente Falcao na face, com o cotovelo. Com a perna direita, ainda pontapeou o jogador do FC Porto. Não aconteceu nada.
31 minutos: Jara teatraliza lance na área do FC Porto, sai impune e Fucile vê amarelo.
34 minutos: Jara joga a bola intencionalmente com o braço, tentando enganar o árbitro.
36 minutos: Jara repete, na cara de Duarte Gomes, e, mesmo tendo o árbitro a certeza da segunda tentativa de engano, não mostra nunca o respectivo amarelo.
62 minutos: Entrada perigosa em tackle lateral de Fábio Coentrão. Já tinha visto o amarelo aos 21 minutos. Era expulsão por acumulação de amarelos.
67 minutos: Agressão inequívoca, ao pontapé, de Javi Garcia a Varela. Só viu amarelo.
69 minutos: Segundo amarelo a Otamendi num lance de corpo a corpo, junto à linha lateral, num claro exagero disciplinar, ainda mais tendo em conta o critério utilizado durante todo o jogo.
71 minutos: Agressão de César Peixoto a pontapé a Guarín. Sem castigo disciplinar.
78 minutos: César Peixoto, de novo, sobre João Moutinho. Rasteira clara. Árbitro nada assinalou e Peixoto acabou o jogo sem amarelo.
78 minutos: Cardozo tenta atingir Helton de forma brutal. Tentativa de agressão passa impune.

in "fcp.pt!

Habituais titulares de regresso para viagem à Rússia

O FC Porto tem uma vantagem larga na deslocação à Rússia, depois na vitória no Dragão por 5-1.


André Villas-Boas fez uma gestão do plantel no encontro de domingo com o Portimonense e os jogadores que ficaram de fora têm agora carimbo de viagem para a Rússia. Helton, Álvaro Pereira, Fucile, Varela e Otamendi regressam aos convocados para o jogo da segunda mão dos quartos-de-final da Liga Europa, frente ao Spartak de Moscovo.
De fora ficaram Bellushi, por razões físicas, Kieszek, Mariano Gonzalez e Sereno.
O FC Porto parte esta terça-feira para a capital russa, onde quinta-feira, às18h00 (21h00 em Moscovo), defronta o Spartak, em jogo da segunda mão dos ‘quartos’. Depois da vitória expressiva, os dragões têm quase garantida a presença nas ‘meias’.
Lista de 19 convocados:
- Guarda-redes: Helton e Beto.
- Defesas: Maicon, Álvaro Pereira, Fucile, Rolando, Otamendi e Sapunaru.
- Médios: Guarín, João Moutinho, Souza, Fernando e Rúben Micael.
- Avançados: Falcao, Cristian Rodríguez, Hulk, Varela, Walter e James Rodriguez.

in "sapodesporto.pt"

SARA OLIVEIRA ARRECADOU DUAS MEDALHAS DE PRATA NA SWIM CUP EINDHOVEN


Sara Oliveira, do FC Porto, finalizou no domingo a participação na Swim Cup Eindhoven, ao serviço da selecção nacional, obtendo a sua segunda medalha de prata, nos 200 metros mariposa (2:12.17 minutos).

A primeira medalha tinha sido conseguida nos 100 metros mariposa (59.52 segundos), uma distância em que a nadadora já havia alcançado o mínimo A para os campeonatos do Mundo de Piscina Longa, agendados para o mês de Julho, em Xangai.

Sara Oliveira bateu ainda, por duas vezes, no primeiro dia de competição, o recorde nacional absoluto dos 50 metros mariposa, que se situa agora nos 27.27 segundos. A capitã portista assegurou a participação em todas as distâncias (50, 100 e 200 metros) da variante de mariposa nos Mundiais de Xangai.

Marta Marinho, nos 50 e 100 metros costas e 200 metros livres, e Paulo Santos, nos 50 e 100 metros livres, estiveram igualmente presentes na competição disputada na Holanda.


in "fcp.pt"

Desperdício ditou empate

O clássico teve emoção, incerteza no resultado e decisões polémicas de arbitragem, mas faltaram mais golos. Os culpados foram os jogadores, que sentiram muitas dificuldades em concretizar da zona dos nove metros. Ainda que Hugo Laurentino e Ricardo Correia, bem como dois blocos defensivos muito bem organizados, também tenham impedido que o marcador funcionasse mais vezes.

Foram os dragões que começaram melhor, aproveitando a incapacidade do Sporting em jogar em ataque organizado. Com a entrada de Pedro Seabra e Ricardo Correia - fez quatro defesas consecutivas no primeiro tempo -, os leões passaram a apostar no contra-ataque e, graças à eficácia de Pedro Solha, chegaram ao intervalo a vencer. Pouco antes do descanso dá-se o caso do jogo: Tiago Rocha remata contra a cara de Ricardo Correia, mas os árbitros entenderam que a bola foi à barriga do guardião leonino, por isso não expulsaram o pivô portista.

A segunda parte foi mais dura, com o FC Porto a sentir maiores dificuldades nas transições. Só que Hugo Laurentino impediu que o adversário aumentasse a vantagem, e o regressado Wilson Davyes deu outra dinâmica à forma de jogar dos visitantes. A última oportunidade, todavia, pertenceu aos leões, que nos últimos dez segundos demoraram muito a atirar à baliza dos dragões. O empate permitiu aos homens de Obradovic voltarem à liderança isolada do Andebol 1.

in "ojogo.pt"

Dragões com bom prenúncio

O FC Porto já tinha conquistado o primeiro lugar na fase regular da Liga há algumas semanas, ao somar a 18ª vitória, frente ao Benfica, na Luz. Ontem cumpriu o objectivo de ganhar os encontros que ainda faltavam. Os dragões derrotaram em casa o CAB Madeira, por 83-71, sendo curiosamente este o seu adversário na primeira eliminatória do play-off, já na sexta-feira.

Desde 2003/04 que a formação portista não vencia a época regular, facto que pode entender como bom prenúncio pois foi também nessa época que se sagrou campeã nacional pela última vez.

Com as duas equipas já apuradas para o play-off, e apesar de o FC Porto ter estado praticamente sempre na frente do marcador, a partida teve vários momentos de equilíbrio. O CAB ainda esteve na frente, mas depois de Nuno Marçal deixar o FC Porto no comando (11-9) a formação de João Freitas acabou por nunca conseguir reduzir a desvantagem para menos de dois pontos, apesar das 25 perdas de bola dos azuis e brancos.

A maior diferença foi conseguida no quarto período, com o FC Porto a aproveitar a vantagem de sete pontos trazida do terceiro parcial para chegar aos 15 à maior (80-65). O FC Porto terminou a primeira fase com 21 vitórias em 22 possíveis, tendo perdido apenas em Coimbra, com a Académica (76-71).


A Figura: Carlos Andrade

Mais uma tarde inspirada

Carlos Andrade voltou a destacar-se, numa tarde inspirada que lhe valeu o título de MVP. O portista contabilizou 23 pontos, oito ressaltos, cinco assistências e conseguiu ainda quatro roubos de bola.

in "ojogo.pt"

Souza quer invencibilidade até ao fim

O FC Porto apresentou muitas novidades no onze inicial frente ao Portimonense. Uma dessas surpresas prendeu-se com a titularidade de Souza, médio que não jogava para a Liga desde 19 de Dezembro, altura em que participou no jogo com o Paços de Ferreira, tendo alinhado 29 minutos. Posteriormente alinhou (9 m) frente ao Dínamo de Moscovo, em jogo a contar para a Liga Europa.

Na hora do regresso à competição, o brasileiro não escondeu a alegria. «Foi bom. Não tenho estado a jogar, mas é sempre óptimo voltar e ajudar o FC Porto com uma vitória, o que aumenta a confiança, além de a equipa manter a invencibilidade que queremos leva-la até ao fim», ambiciona Souza a pensar no jogo com o Sporting, o primeiro no Estádio do Dragão a contar para a Liga após a confirmação do título de campeão nacional.

«Pela frente temos um jogo difícil, um clássico, mas jogamos em casa, vamos tentar vencer para festejarmos o título perto dos nossos adeptos», deseja Souza.


in "abola.pt"

Rolando: "Demos sempre a volta à situação"

Apesar do título conquistado na semana passada, Rolando mantém-se firme no onze, sendo o único totalista do FC Porto no campeonato. Ontem, pouco depois do final da partida, o central reconheceu algumas dificuldades, mas reafirmou a intenção de chegar ao final do campeonato sem conhecer a derrota. "Tínhamos o objectivo de ser campeões e ficamos satisfeitos por o conseguir. Desta vez, tivemos um jogo difícil, mas sabíamos disso, uma vez que o Portimonense luta pela manutenção e complicou-nos muito a vida. Felizmente, com muito trabalho, conseguimos dar sempre a volta à situação", começou por referir, antes de se pronunciar sobre a eventualidade de a equipa ter jogado mais relaxada do que é habitual por culpa do jogo da próxima quinta-feira para a Liga Europa. "Ainda não pensamos na partida de Moscovo, até porque temos uma boa vantagem para essa eliminatória. Pensamos apenas em ganhar mais este encontro de forma a mantermos a invencibilidade no campeonato. Amanhã [hoje] começaremos a pensar no Spartak de Moscovo", concluiu.

in "ojogo.pt"

Villas-Boas: "O grande desafio é o Spartak"

Villas-Boas considerou que a partida em Portimão foi "óptima" para quem esteve nas bancadas ou seguiu pela televisão, "tendo em conta a imprevisibilidade do resultado", e garantiu que a equipa não estava com a cabeça na deslocação a Moscovo, da Liga Europa. "Dizer isso é redutor, porque temos muitas coisas a conseguir nesta Liga ", atirou, enumerando as metas. "Há uma série de objectivos que podemos atingir. Já temos 74 pontos conquistados, o que, a quatro jornadas do fim, é um número importante. Há ainda o recorde de pontos num campeonato disputado a 16 equipas; há o número de golos sofridos e marcados, e há o prestígio desta camisola, que pesa... Queremos atingir números importantes no final do campeonato", assegurou.

Voltando ao jogo com o Portimonense, o último classificado da Liga, o treinador do FC Porto aproveitou ainda para lamentar os primeiros dois golos sofridos no campeonato através da marcação de cantos. "Um dia, isso teria de acontecer", admitiu. "O campo era estreito e difícil e, quando o cansaço pesa, a clarividência não é a mesma. É pena, porque tínhamos esse orgulho de não sofrer golos de canto", frisou.

Segue-se o Spartak de Moscovo na agenda do FC Porto e, mesmo com o 5-1 da primeira mão, o treinador não dá a eliminatória como fechada, usando um exemplo prático para deixar um aviso ao grupo de trabalho. "Precisamos de ter consciência de que o grande desafio do FC Porto é quinta-feira. Naquele estádio [Luzhniki], no último jogo europeu que teve, contra o Ajax, o Spartak ganhou 4-0. E esse resultado é suficiente para nos levarem de vencidos", alertou

in "ojogo.pt"

O FC Porto um a um

A ESTRELA: Hulk 7

Os grandes jogadores são assim mesmo: num repente têm aquele golpe de génio que devolve a equipa ao seu futebol. As coisas até nem lhe estavam a correr bem, mas foi a tempo de fazer um daqueles golos (50') só ao alcance dos predestinados. Contudo, não foi só a marcar que se destacou ontem: no lance decisivo do terceiro tento, começou por provocar o canto com um pontapé-canhão; depois, com a precisão de um relojoeiro suíço, colocou a bola na cabeça de Maicon, que estabeleceu o resultado final.

Beto 6
Não pôde fazer grande coisa nos lances de golo. No primeiro, a bola cai muito em cima da pequena área e, no segundo, é Souza quem não acompanha o salto de Mourad. Pelo meio, ainda teve grandes intervenções (77') e (82') que evitaram males maiores.

Sapunaru 5
Regressou à titularidade, mas pareceu não estar nas melhores condições. A defender, nem sempre conseguiu recuperar; e tentou atacar, mas sem grande energia. O único sinal mais surgiu com um remate perigoso que, porém, saiu ao lado (90').

Rolando 5
Não foi o seu dia, ontem. No primeiro golo algarvio (60') deixou-se ultrapassar por Rúben Fernandes e Pires quase marcou (77'), num lance em que não foi lesto a desfazer a jogada. Podia ter marcado num cabeceamento (74'), mas a bola saiu à figura.

Maicon 6
Resolveu o jogo com um golo de cabeça (87') que surgiu na melhor altura. Até então não se tinha destacado em termos defensivos, excepto num cruzamento de Nilson que conseguiu aliviar (33'). Aos 78' teve uma hesitação que ia custando caro, mas Candeias rematou ao lado.

Sereno 5
Não disfarçou a falta de rotina, chegou a perder-se um pouco até. Ainda tentou o remate (21´) na sequência de um mau alívio de Rúben Fernandes, desviado para canto. Em cima do intervalo evitou um ataque perigoso.

Souza 5
Foi o trinco de ontem, num esquema diferente e no qual esteve irregular, apesar de ter tentado levar a equipa para a frente. A sua exibição ficou marcada pelo lance do segundo golo do Portimonense, no qual não se soube opor ao cabeceamento de Mourad.

Belluschi 5
Esteve em campo durante o período menos bom do FC Porto e não conseguiu disfarçar uma exibição menos conseguida, acabando por sair (53') tocado na perna direita.

João Moutinho 6
Com um esquema táctico que redefiniu o meio-campo, demorou a encontrar as suas referências, subindo de rendimento à medida que o jogo decorreu. No lance do primeiro golo (50'), leu muito bem a jogada de envolvimento para assistir Hulk.

Rúben Micael 6
Trabalhou muito, cobriu muito terreno e esteve em quase todas as jogadas perigosas. Foi dos seus pés, de resto, que saiu a preciosa assistência para o golo de Falcao.

Falcao 6
Com um esquema táctico diferente, não se podia sentir tão cómodo, mas não deixou de criar perigo. Antes de marcar assinou duas jogadas (42') e (48') que podiam ter dado golo.

Guarín 6
Entrou muito bem no jogo (53') e não tardou a levar perigo à baliza algarvia. Nunca desistiu da luta quando o Portimonense se adiantou no marcador.

Mariano 6
Com a sua entrada (58'), o FC Porto recuperou a sua identidade táctica. Ainda teve uma oportunidade nos minutos finais, mas desperdiçou-a.

Walter 5
Quando se têm poucas oportunidades para jogar, quer-se fazer tudo em escassos minutos, mas muitas vezes sem consequências.



O vencedor do costume num domingo fora de hábito

O FC Porto sentiu grandes dificuldades para vencer o último classificado do campeonato, que, depois da derrota de ontem, praticamente disse adeus à permanência na Liga Zon Sagres. Não é impossível, mas depende de milagres. Tudo se passou na segunda parte, com cinco golos separados por poucos minutos, emoção latente nas bancadas e momentos para mais tarde recordar. Hulk, apagado durante largos minutos do jogo, deu o mote para acabar com a letargia, com um golo fenomenal. A prova de que o jogo de ontem foi tudo menos normal ficou explícita com os dois golos sofridos pelos portistas, ambos de bola parada. O Portimonense, magra consolação, juntou-se ao Braga no estrito rol de equipas que conseguiram marcar mais do que uma vez ao FC Porto no mesmo jogo.

A primeira parte foi para esquecer. Literalmente. O Portimonense parecia ter mais medo de perder do que vontade de ganhar. Com muitas baixas devido a lesões e castigos, Carlos Azenha desenhou uma equipa em 4-2-3-1, que esteve melhor a defender do que a atacar. E atacar já é mesmo uma força de expressão. O FC Porto deu uma ajuda ao adversário devido à enorme confusão que os jogadores sentiram para se posicionar em campo. Villas-Boas usou um 4-4-2, com Souza a trinco e João Moutinho ao lado de Belluschi, deixando Rúben Micael mais solto, no apoio a Hulk e Falcao. Não resultou, como ficou provado pela inexistência de lances realmente perigosos. A circulação de bola foi-se fazendo para o lado e poucas vezes o jogo chegou a Hulk, que claramente sentiu falta de espaço para progredir, e também a Falcao.

Ao intervalo tudo mudou. Os portistas entraram com mais vontade e, acima de tudo, fizeram um jogo mais rápido. Logo a abrir, Hulk marcou um grande golo (ver definição do lance no filme do jogo) e tudo parecia estar encaminhado para a normalidade. Tanto mais que o Portimonense não existia em termos ofensivos e André Villas-Boas devolvia o esquema habitual à equipa, com as entradas de Guarín para o lugar de Belluschi e a saída de Moutinho para a colocação de Mariano numa ala. O inesperado surgiu cinco minutos depois do golo portista. Sem aviso prévio, Candeias marcou um canto e Rúben Fernandes cabeceou para o fundo da baliza. O empate durou apenas dois minutos, porque finalmente Falcao encontrou espaço na área após uma jogada de envolvimento e devolveu, mais uma vez, a normalidade ao jogo.

Depois de ter trocado um médio-defensivo (Wakaso) por outro mais atrevido (Pires), Carlos Azenha também trocou de pontas-de-lança (Kadi pelo gigante Mourad). A aposta foi para o futebol aéreo, porque o jogo de pés de Mourad foi lastimoso. Teve uma boa oportunidade na área e não conseguiu mais do que atrapalhar-se com a bola. O jogo caminhava para o fim e parecia mesmo decidido quando surgiu outro canto para o Portimonense, desta vez marcado por Pedro Moreira. Mourad saltou mais alto do que todos e bateu Beto pela segunda vez a seis minutos do fim. Quanto tempo demorou a reacção do FC Porto? Novamente dois minutos e surgiu numa associação brasileira entre Hulk e Maicon (ver momento do jogo). Desta vez não houve tempo para o Portimonense voltar aos pontos, apesar de ter havido mais um canto contra os portistas.

Portimonense-FC Porto 2-3

Estádio Municipal de Portimão
Relvado Bom
Espectadores 3839
Árbitro Marco Ferreira
Golos 0-1 Hulk 50', 1-1 Ruben Fernandes 60', 1-2 Falcão 62', 2-2 George Mourad 84', 2-3 Maicon 87'

in "ojogo.pt"

Recorde de Mourinho batido com 14 vitórias

SOMOU 13 SUCESSOS CONSECUTIVOS


André Villas-Boas já conseguiu mais uma proeza no comando técnico do FC Porto. Com o triunfo obtido, ontem, em Portimão, os azuis e brancos somaram a sua 14.ª vitória consecutiva na Liga. Nunca o tinham conseguido neste século e o melhor registo que havia era uma sequência de José Mourinho na época 2002/03. Nessa altura, a equipa que viria a conquistar o campeonato, Taça de Portugal e Taça UEFA chegou aos 13 triunfos seguidos.
De 15 se faz marca de António Oliveira, em 1996/97, e para que seja igualada será necessário que os portistas levem a melhor sobre o Sporting, na próxima jornada. Um sem-número de fasquias que vão sendo ultrapassadas e que comprovam a qualidade do trabalho realizado pelo jovem treinador.
in "record.pt"

Sapunaru falha Sporting

BELLUSCHI ESTÁ EM DÚVIDA PARA MOSCOVO


O jogo em Portimão deixou marcas no futuro próximo do FC Porto, a começar já no próximo jogo, em Moscovo, frente ao Spartak local. Isto porque Fernando Belluschi lesionou-se durante a partida de ontem, ficando em dúvida para a deslocação à Rússia. Garantido é que Sapunaru vai falhar o jogo que se segue a esse da Liga Europa, ou seja, o clássico com o Sporting.
Belluschi foi substituído no decorrer do segundo tempo do jogo com o Portimonense, tendo sido o próprio a pedir para sair. Mais tarde, o departamento clínico dos dragões informou que o médio sofreu uma lesão muscular na perna direita, pelo que será reavaliado no regresso aos treinos, marcado para esta manhã (11 horas, no Centro de Treinos do Olival).
Sapunaru, por outro lado, não tem qualquer dúvida, ou melhor, já tem a certeza de que vai falhar o próximo compromisso para o campeonato, que será disputado no Estádio do Dragão, frente ao Sporting. O lateral romeno viu, ontem, o 5.º cartão amarelo na Liga e, portanto, vai cumprir um jogo de suspensão, regressando em Setúbal.
in "record.pt"

Portimonense-FC Porto, 2-3 (destaques)

Assobios motivam Hulk


Hulk
Demorou tempo a entrar em jogo mas quando o fez partiu-o. Só pelo golo que marcou merecia todos os destaques, mas o Incrível não se ficou por isso. E, cuidado, não o assobiem, porque torna-se perigoso! Quanto mais alto era o silvo mais velocidade, fintas e remates fazia. Parecia que se irritava. Mas foi muito por Hulk que se passou de uma primeira-parte monótona para a boa colheita da etapa complementar.

Falcao
Tal como Hulk teve que fazer pela vida no ataque já que não teve tanto apoio dos companheiros como costuma ter. Marcou um golo pleno de oportunidade e deu muito trabalho às marcações movidas pelos centrais algarvios.

Elias
O mais lúcido dos algarvios. Experiente, soube ocupar os espaços a preceito, roubando muitas bolas enão deixando jogar o adversário. Foi o retardador do jogo ofensivo do novo campeão nacional, que tardou em aparecer. Mostrou também boa visão no lançamento ofensivo da equipa.

Alhassan
É júnior só na idade. Foi titular pela primeira vez no campeonato e não acusou a responsabilidade batendo-se de igual com os respeitosos adversários. Saiu esgotado depois de ter sido precioso a manietar o adversário. 

in "maisfutebol.iol.pt"

Portimonense-FC Porto, 2-3 (crónica)

Hulk abriu, Maicon fechou vitória suada


O FC Porto segue imparável à conquista de um lugar na história do futebol nacional averbando mais uma vitória. Em Portimão, os dragões tiveram de se aplicar na segunda parte para vencerem os algarvios, continuando sem derrotas e em perseguição à equipa do Benfica de 1972/73, a única que se pode gabar de ser campeã sem derrotas. Hulk, Falcao e Maicon marcaram os golos do FC Porto, e Ruben Fernandes e Mourad os do Portimonense.


Com o título no bolso, André Villas-Boas aproveitou para ensaiar um novo plano, e com protagonistas diferentes. Em vez do habitual 4x3x3 que conquistou o campeonato, os novos campeões nacionais entraram em 4x4x2, em losango. 



Na baliza, Helton lesionou-se durante a semana e não foi convocado, sendo substituído no onze por Beto. Para o lugar dos três jogadores castigados na defesa (Fucile, Otamendi e Álvaro Pereira) entraram Sapunaru, Maicon e Sereno. Na inovação táctica do meio-campo para a frente, Souza, o médio mais recuado, foi titular pela primeira vez em jogos do campeonato. À frente, como interiores tinha Moutinho (direita) e Belluschi (esquerda), com Ruben Micael mais adiantado no apoio a Falcao e Hulk, abertos no ataque. 



Carlos Azenha também encontrou dificuldades para formar a equipa, face aos castigos de André Pinto, Soares e Pedro Siva II, além das lesões de Aragoney e Ivanildo. Em vez do usual 4x2x3x1, a equipa foi esquematizada em 4x3x3. Nilson entrou para defesa-esquerdo, fazendo derivar Ricardo Nascimento para central. No miolo, Alhassan foi titular pela primeira vez, ao lado de Elias e Hélder Castro. No ataque, as linhas ficaram entregues a Lito e Candeias e Kadi foi o ponta-de-lança.



Quiçá contagiadas pelo calor que se sentia, as duas equipas nunca imprimiram um ritmo elevado ao jogo. O Portimonense deu a iniciativa ao adversário, mas este revelou pouca vontade em querer assumi-la. O meio-campo dos dragões foi sempre muito lento e previsível com Hulk e Falcao a terem pouco jogo.



Em defesa, o Portimonense baixava todas as linhas, sempre muito compacto dentro do seu meio-campo e ocupava muito bem os espaços, retirando-o ao adversário. Hulk e Falcao caíam à vez nas alas, embora mais o brasileiro. Mas Hulk demorou muito tempo a entrar em jogo. Via-se que o brasileiro precisava de espaço para embalar e não o tinha. Por isso, chegou a trocar de posição com Sapunaru, com o romeno a encostar em Nilson para o Incrível embalar vindo de trás.

Com as equipas encravadas uma na outra poucas ocasiões de golo existiram na primeira parte. Só em remates de longe foi possível colocar os guarda-redes á prova. Mas tão fracos eram que nem para testá-los serviu. Assim, só poderia dar nulo ao intervalo.



Finalmente houve emoção



O Sol foi-se embora, o calor abrandou e os jogadores começaram a correr mais. E finalmente começou a haver lances de perigo. E começaram a haver finalizações dentro da área. Falcao falhou a primeira, mas Hulk levantou pouco depois os adeptos do novo campeão nacional com um monumental golo: recebeu a bola à entrada da área descaído na direita e rematou em arco ao ângulo superior contrário da baliza de Ventura. 



Dez minutos depois o Portimonense empatou, por Ruben Fernandes, de cabeça, na sequência de um canto. Um golo muito consentido já que o central algarvio saltou à vontade dentro da pequena-área. Mas a euforia dos algarvios durou apenas três minutos: Falcao desmarcou-se na direita e rematou cruzado para o fundo da baliza de Ventura.



Entre oportunidades repartidas mais golos aconteceram. O Portimonense empatou aos 84 minutos, num lance a papel químico do primeiro golo, por Mourad, de cabeça na sequência de canto. E novamente com muitas facilidades saltando sem oposição dentro da pequena área.



Mas, num filme já visto anteriormente, os algarvios nem tempo tiveram para comemorar, porque dois minutos depois, Maicon voltou a colocar os dragões em vantagem, de cabeça, garantindo três pontos muito suados.

in "maisfutebol.iol.pt"