segunda-feira, 11 de abril de 2011

Portimonense-FC Porto, 2-3 (crónica)

Hulk abriu, Maicon fechou vitória suada


O FC Porto segue imparável à conquista de um lugar na história do futebol nacional averbando mais uma vitória. Em Portimão, os dragões tiveram de se aplicar na segunda parte para vencerem os algarvios, continuando sem derrotas e em perseguição à equipa do Benfica de 1972/73, a única que se pode gabar de ser campeã sem derrotas. Hulk, Falcao e Maicon marcaram os golos do FC Porto, e Ruben Fernandes e Mourad os do Portimonense.


Com o título no bolso, André Villas-Boas aproveitou para ensaiar um novo plano, e com protagonistas diferentes. Em vez do habitual 4x3x3 que conquistou o campeonato, os novos campeões nacionais entraram em 4x4x2, em losango. 



Na baliza, Helton lesionou-se durante a semana e não foi convocado, sendo substituído no onze por Beto. Para o lugar dos três jogadores castigados na defesa (Fucile, Otamendi e Álvaro Pereira) entraram Sapunaru, Maicon e Sereno. Na inovação táctica do meio-campo para a frente, Souza, o médio mais recuado, foi titular pela primeira vez em jogos do campeonato. À frente, como interiores tinha Moutinho (direita) e Belluschi (esquerda), com Ruben Micael mais adiantado no apoio a Falcao e Hulk, abertos no ataque. 



Carlos Azenha também encontrou dificuldades para formar a equipa, face aos castigos de André Pinto, Soares e Pedro Siva II, além das lesões de Aragoney e Ivanildo. Em vez do usual 4x2x3x1, a equipa foi esquematizada em 4x3x3. Nilson entrou para defesa-esquerdo, fazendo derivar Ricardo Nascimento para central. No miolo, Alhassan foi titular pela primeira vez, ao lado de Elias e Hélder Castro. No ataque, as linhas ficaram entregues a Lito e Candeias e Kadi foi o ponta-de-lança.



Quiçá contagiadas pelo calor que se sentia, as duas equipas nunca imprimiram um ritmo elevado ao jogo. O Portimonense deu a iniciativa ao adversário, mas este revelou pouca vontade em querer assumi-la. O meio-campo dos dragões foi sempre muito lento e previsível com Hulk e Falcao a terem pouco jogo.



Em defesa, o Portimonense baixava todas as linhas, sempre muito compacto dentro do seu meio-campo e ocupava muito bem os espaços, retirando-o ao adversário. Hulk e Falcao caíam à vez nas alas, embora mais o brasileiro. Mas Hulk demorou muito tempo a entrar em jogo. Via-se que o brasileiro precisava de espaço para embalar e não o tinha. Por isso, chegou a trocar de posição com Sapunaru, com o romeno a encostar em Nilson para o Incrível embalar vindo de trás.

Com as equipas encravadas uma na outra poucas ocasiões de golo existiram na primeira parte. Só em remates de longe foi possível colocar os guarda-redes á prova. Mas tão fracos eram que nem para testá-los serviu. Assim, só poderia dar nulo ao intervalo.



Finalmente houve emoção



O Sol foi-se embora, o calor abrandou e os jogadores começaram a correr mais. E finalmente começou a haver lances de perigo. E começaram a haver finalizações dentro da área. Falcao falhou a primeira, mas Hulk levantou pouco depois os adeptos do novo campeão nacional com um monumental golo: recebeu a bola à entrada da área descaído na direita e rematou em arco ao ângulo superior contrário da baliza de Ventura. 



Dez minutos depois o Portimonense empatou, por Ruben Fernandes, de cabeça, na sequência de um canto. Um golo muito consentido já que o central algarvio saltou à vontade dentro da pequena-área. Mas a euforia dos algarvios durou apenas três minutos: Falcao desmarcou-se na direita e rematou cruzado para o fundo da baliza de Ventura.



Entre oportunidades repartidas mais golos aconteceram. O Portimonense empatou aos 84 minutos, num lance a papel químico do primeiro golo, por Mourad, de cabeça na sequência de canto. E novamente com muitas facilidades saltando sem oposição dentro da pequena área.



Mas, num filme já visto anteriormente, os algarvios nem tempo tiveram para comemorar, porque dois minutos depois, Maicon voltou a colocar os dragões em vantagem, de cabeça, garantindo três pontos muito suados.

in "maisfutebol.iol.pt"

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