sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Rui Moreira. "Já defendi o presidente do Benfica"

Rui Moreira, adepto que do FC Porto que abandonou em directo o Trio de Ataque, da RTPN, diz que António-Pedro Vasconcelos é o porta-voz do Benfica e recusa ser carrasco ou testemunha em "tribunais de opinião pública". O ex-comentador defende Pinto da Costa e critica Luís Filipe Vieira por incitar à violência.

Como foi a experiência de abandonar um programa em directo? Há algum tempo que não ocorre algo semelhante.

Lembro-me de Francisco Sousa Tavares abandonar um programa em directo e de Santana Lopes. Na altura não me lembrei dos antecedentes. Não foi algo pensado. Não dei gritos, nem urros, nem atirei cadeiras. Sai de uma forma tão discreta que teve de ser o comentador a explicar que eu me tinha ausentado do programa.

Arrependeu-se?

Não. Acho que fiz aquilo que devia ter feito. Por um lado, o Hugo Gilberto tinha, por duas vezes, prevenido o António-Pedro de que estava a cometer uma ilegalidade e, em segundo lugar, eu tentei junto do António-Pedro, de uma forma razoável, admoestá-lo para as consequências do que estava a fazer. Isto não se enquadra na ideia que eu tenho do António-Pedro enquanto cidadão. Acho que há circunstâncias em que a melhor forma de interromper uma conversa é sair. Ele ficou lá e foi livre de dizer o que quis. Não censurei ninguém. Faria certamente a mesma coisa hoje.

Não estava à espera de que se falasse nas escutas?

Já no programa anterior o António-Pedro tinha feito uma referência a escutas. As escutas, quando surgiram, eram um facto público. Na altura, tive a oportunidade de ouvir as coisas que ouvi e de concordar com algumas no programa. Uma coisa diferente é tentar, relativamente a um tema que já foi julgado, levar isso para um julgamento público. O António-Pedro disse especificamente, antes de eu me levantar, que, independentemente do que aconteceu nos tribunais, entendia que o assunto devia ser julgado pela opinião pública. Comparando com o caso Casa Pia, e com o que aconteceu com o Carlos Cruz, este caso parece-me paradoxal. Nesse caso, independentemente dos direitos que tem de defender-se em recurso, ele foi julgado e depois houve um movimento nas televisões para o inocentar através da opinião pública. Não aceito isso e muito menos aceito que se faça o contrário. O senhor Pinto da Costa ganhou todas as acções que tinha em tribunal. Nuns casos nem chegou a ser acusado, num foi acusado e foi ilibado.

Se esta situação fosse sobre outro clube e incidisse sobre o presidente do Benfica, teria tido a mesma atitude?

Nós nunca sabemos o que fazemos. Só lhe posso dizer que espero que sim. Relativamente ao presidente do Benfica, defendi-o de uma insinuação que o António-Pedro fez há menos de dois anos. Numa altura em que o António-Pedro tinha uma visão diferente do Benfica e pôs em dúvida se o presidente do Benfica era benfiquista. Nessa altura disse que ia abrir uma excepção - nunca falo dos dirigentes dos outros clubes - e disse que achava inadmissível que um adepto do Benfica ou de outro clube pusesse em dúvida o benfiquismo ou o portismo do seu presidente. Não sendo uma situação análoga, já defendi o presidente do Benfica.

Já ouviu as escutas no Youtube?

Não, mas sei quais é que estão cá fora. O que está por trás disto é uma guerra que existe neste momento em que o Benfica conseguiu assumir o controlo sobre pessoas que participam em programas desportivos, e que anteriormente eram livres, como eu sou livre. E que passou a fazer com eles reuniões, que denunciei. Eu tinha denunciado dois programas antes do célebre almoço no Estádio da Luz em que estavam presentes Rui Gomes da Silva, António-Pedro Vasconcelos e a direcção do Benfica, em que foram decididas aqueles tomadas de posição que os órgãos sociais do Benfica vieram a concretizar no dia seguinte. Há um alistamento dos comentadores nos programas desportivos, o que altera as regras do jogo. Eu nunca fui representante do FC Porto.

Diz que não gosta de ouvir escutas particulares, mas em Fevereiro comentou o caso Face Oculta e as escutas ao primeiro-ministro. Vê de forma diferente as escutas a Sócrates e a Pinto da Costa?

Nada disso tem a ver com o que se passou. O que disse sobre as escutas do Face Oculta foi avaliar aquilo que era público. Tinha vindo da Alemanha, e pelo que li na imprensa internacional José Sócrates passara a fazer parte do problema. Em 2005 todos comentaram as escutas do FC Porto. Não podemos ignorar o que é público e avaliar o seu impacto. Isso é diferente de revelar conteúdos. Não li as escutas a José Sócrates. Admito comentar tudo aquilo que é tornado público, mas não cometo ilegalidades. Acho que não fiz nada que possa ser comparado com isto. Vivemos num país estranho. As pessoas que são constituídas arguidas são tomadas pela opinião pública como culpadas. A revelação de escutas torna-nos a todos em julgadores.

Mas chamou a António-Pedro Vasconcelos representante do Benfica.

Com certeza. De facto o que o António-Pedro passou a ser é um representante do Benfica. Eu nunca fui representante do FC Porto. Não só porque nunca me pediram, mas porque também não fazia sentido. Nunca pedi a autorização do Porto para ir fazer o programa. Muitas vezes critiquei e louvei dirigentes e actos da direcção e nunca ninguém discutiu comigo. Também nunca senti que alguém ia interferir.

Está a dizer que esta atitude de António-Pedro Vasconcelos é uma estratégia pensada com o Benfica?

Acho que sim. Isto tem a ver com uma estratégia que o Benfica arquitectou, de que fazem parte essas medidas, e de transformar as posições dos benfiquistas numa linha única.

É então uma espécie de porta-voz do Benfica na sua opinião?

Eu chamei-lhe isso e ele não negou.

A RTPN tentou convencê-lo a voltar?

Ninguém me tentou convencer. Dei explicações à RTPN verbalmente, na própria noite, e por escrito, no dia seguinte. A partir daí a RTPN tomou a decisão que tomou.

Foi dispensado do cargo de comentador desportivo. Se não tivesse havido essa dispensa voltaria?

Não voltaria a fazer um programa naqueles moldes e com aqueles princípios.

O que estava em causa com a divulgação destas escutas?

São os princípios da legalidade. Mas eu acho que, quando associamos a isto outras medidas que o Benfica anunciou, como esta posição estranhíssima de apelar aos seus adeptos para que não participem em jogos fora de casa, ao desafiar a violência relativa à sua vinda ao Porto... Estou de acordo que se combata a violência, mas outra coisa é desafiar a violência. Acho que as declarações de Luís Filipe Vieira são faíscas num depósito de gasolina. É uma táctica perigosa montada pelo que parece ser uma central de informações em que um conjunto de pessoas colabora numa estratégia de afrontamento.

Está a sugerir que o António-Pedro Vasconcelos colabora nessa estratégia através do Trio de Ataque? Não devia ser um programa normal?

Durante muitos anos o programa foi uma coisa normal. Depois houve um momento em que se transformou num programa pouco normal quando o António-Pedro começou a tomar uma posição activa num acto eleitoral do Benfica. Soube-se no Parlamento que chegou a convidar o José Eduardo Moniz para avançar para a presidência do Benfica. Depois houve uma conversão. Tenho amigos que mudaram de religião e respeito isso. As regras do jogo alteraram-se com a conivência da RTPN que deveria ter definido claramente o que entendia para o programa.

O comentador do Sporting também dizia o que pensava?

Nunca houve da parte do Rui Oliveira e Costa - ainda que nunca tenha omitido o facto de ter uma relação privilegiada com os dirigentes do Sporting - um alinhamento excessivo. Tanto não houve que o António-Pedro passava o tempo a acusá-lo de ser portista.

O que é o Trio de Ataque agora?

Será aquilo que as pessoas que lá estão fizerem dele.

O FC Porto emitiu um comunicado a dizer que não apoiará outro representante no programa nem lhe prestará informação.

Não tenho responsabilidades sobre o comunicado.

Qual é a sua opinião sobre o Miguel Guedes, que o substituiu?

Teve a consideração de me telefonar a perguntar se me importava que me substituísse. Também é verdade que em Agosto, quando não pude fazer o programa, sugeri o Miguel.

Vai continuar a ver o programa?

Certamente que não.

Aceitará propostas para comentador desportivo noutro programa?

Nos tempos mais próximos não.

Nesta altura de crise, como vê o Norte?

Tenho dificuldade em falar de um Norte. Não há um Norte. Tem assimetrias. Vivemos um tempo em que há sinais contraditórios. O Porto sofre a crise, o desemprego e a pressão de um Estado mais opressivo. Mas ao mesmo tempo nota-se no Porto um ressurgir do empreendedorismo. Parece que os portuenses se convenceram de que este Estado não lhes vai dar nada. Vamos ver o que isto dá.

O Porto e o seu aeroporto ficam de fora do TGV. Em que medida isso afectará o Norte?

O problema é do país, não vai afectar directamente o Porto. Acho o Estado, através das decisões do governo, vai cometer um erro terrível. A decisão de construir o TGV Caia-Poceirão é um desastre nacional. Uma tragédia. Há um novo-riquismo deste governo que é ridículo. Nós somos novos-pobres. Duvido que seja necessário um TGV. Há soluções mais convenientes, como uma linha de alta velocidade. O governo quer a oposição viabilize o Orçamento do Estado (OE), mas recusa-se a discutir estas questões.

Gostaria que o OE fosse aprovado?

É inevitável que venha a ser viabilizado, mas era preciso que o primeiro-ministro tivesse o sentido de Estado que acusa o PSD de não ter. Não se pode ter um país em que a oposição é acusada de um mau governo. Isto é ofensivo e insuportável. Gostava de saber o que o candidato do Bloco de Esquerda - que o PS apoia - pensa sobre tudo isto e sobre a greve geral.

Apoia o candidato presidencial Fernando Nobre?

Tenho muita estima por ele. Acho que é um grande português e quero acreditar que os melhores de nós devem ser escolhidos para esses cargos.

Concorda com as portagens nas Scut?

As Scut foram inventadas pelo PS, que agora devia pedir desculpa. Se não as pagarmos hoje são os nossos filhos que as vão pagar.

Admite candidatar-se no futuro à Câmara do Porto?

Acho que não devemos dizer se vamos ou não a festas para as quais nunca fomos convidados.

in "ionline"

Sete novidades a pensar no Limianos

André Villas-Boas, promoveu hoje sete alterações na lista de convocados para a receção de sábado ao Limianos, em jogo da 3.ª ronda da Taça de Portugal.

Em relação ao jogo com o V. Guimarães, entram Pawel Kieszek, Emidio Rafael, Sereno, James, Sapunaru, Castro e Ukra e saem Helton, Alvaro Pereira, João Moutinho, Cristian Rodríguez, Fucile, Rolando e Fernando.

André Villas-Boas faz assim descansar, salvo algumas exceções como Beto, Ruben Micael, Varela e Falcão, os jogadores internacionais que estiveram na última semana ao serviço das respetivas seleções.

Os detentores do troféu, que encerraram hoje a preparação do jogo da Taça já com a presença do colombiano Falcão, de regresso da seleção, recebem sábado o Limianos, pelas 19 horas, no Estádio do Dragão.

Lista de convocados:

Guarda-redes: Beto e Kieszek
Defesas: Maicon, Emidio Rafael, Otamendi, Sapunaru e Sereno
Médios: Guarin, James Rodriguez, Souza, Belluschi, Ruben Micael e Castro
Avançados: Walter, Falcao, Hulk, Ukra e Varela.

in "record.pt"

«Na esparrela da época passada não vamos cair» - Pinto da Costa


Pinto da Costa garante que os dragões estão prevenidos e vão ser cegos, surdos e mudos nos túneis e no balneário! Presidente dos dragões não acha normal nem saudável que os líderes do FC Porto e do Benfica não se falem...

Pinto Da Costa abriu as portas à revista Mais Alentejo e falou, falou quase sobre tudo, quase sobre todos. Até sobre si próprio, coisa rara, até sobre o presidente do Benfica, portista filiado até há bem pouco tempo... «Há menos de um ano que [Luís Filipe Vieira] deixou de ser. Foi sócio do FC Porto durante 24 anos. Mas antes que pudesse gabar-se de lhe ser atribuída a roseta de 25 anos de associado, foi eliminado por falta do pagamento de quotas», não perdeu oportunidade o líder dos dragões de reavivar o passado recente do não muito antigo amigo e de há uns tempos a esta parte o seu maior rival.

Mas curiosamente, a propósito de Filipe Vieira e do Benfica, admitiu que o que se passou na final da Taça da Liga, no Algarve, onde os dois presidentes se ignoraram, foi um absurdo. «Não acho normal nem saudável», considerou.

Pinto da Costa falou ainda sobre o mais recente obstáculo psicológico do FC Porto, a escuridão que se fez no túnel da Luz... «Garanto que os atletas do FC Porto estão preparados para não reagir a provocações de “steward” colocados com o propósito de provocar e arranjar confusão. Podem pôr tubarões ou águias de rapina. Os jogadores serão cegos, surdos e mudos e não darão resposta a provocações. Na esparrela da época passada não vamos cair», asseverou.

in "abola.pt"

Mourinho lamenta "profundamente" manchete da "Marca"


José Mourinho lamenta "profundamente" a primeira página da edição de hoje da "Marca" , afirmando que o diário desportivo espanhol "atenta contra o prestígio" dele e de Jesualdo Ferreira, dois treinadores portugueses de futebol que "se respeitam e admiram".

"[Jesualdo Ferreira] Iniciou agora uma nova etapa no futebol espanhol e fá-lo por direito próprio, pelo direito que lhe é dado pela sua experiência, pela sua competência e pelos resultados que obteve", afirma Mourinho num comunicado enviado à agência Lusa.

A dois dias de o Real Madrid, de José Mourinho, visitar o Málaga, de Jesualdo Ferreira, no estádio La Rosaleda, na sétima jornada da Liga espanhola, a "Marca" coloca na primeira página o que diz ser a "história do ressentimento Mourinho-Ferreira", com Mourinho a chamar "burro" a Jesualdo.

Jesualdo receia 'bombas' de Ronaldo

Jesualdo Ferreira, tricampeão pelo FC Porto, disse hoje, em entrevista ao jornal "As" , que Cristiano Ronaldo já o "matou" uma vez, lembrando um jogo da Liga dos Campeões em futebol.

A dois dias de reencontrar o jogador português, bem como o treinador José Mourinho, com o Málaga a receber o Real Madrid na Liga espanhola, Jesualdo lembrou a "bomba" com que Cristiano Ronaldo derrotou o FC Porto na "champions".

"Defrontei-o (a Cristiano Ronaldo) um par de vezes. Na Champions, com o Manchester United, matou-me com um 'golaço' a mais de 30 metros e que nos custou a eliminação", disse o antigo técnico portista, lembrando o confronto de 2008/2009 com o Manchester United (2-2 em Inglaterra e 0-1 no Dragão).

Mourinho e Jesualdo defrontam-se pela nona vez

José Mourinho e Jesualdo Ferreira defrontam-se sábado pela nona vez, com o agora treinador do Málaga ainda à procura da primeira vitória sobre o responsável máximo do Real Madrid e, novidade, sem o FC Porto pelo "meio".

Em oito confrontos, todos com um dos técnicos ao comando dos "dragões", Mourinho venceu seis e cedeu apenas dois empates, que, ainda assim, se podem considerar resultados positivos para o campeão europeu em título.

Em vésperas do confronto da sétima jornada da Liga Espanhola, no La Rosaleda, a vantagem de "Mou" está igualmente bem expressa nos golos (17-7) e acontece em todas as competições em que se defrontaram.

in "expresso-pt"

Noticias Breves

A lenda de Hulk começou na Taça

9 de Novembro de 2008 marca o início de uma lenda no FC Porto. Hulk tinha chegado ao Dragão há pouco mais de dois meses quando disputou o seu primeiro clássico, em Alvalade. O jogo era para a Taça de Portugal e o Incrível marcou um golaço: depois de correr mais de 40 metros com a bola, fuzilou Rui Patrício, levando a partida para o desempate através de grandes penalidades. Foi o primeiro grande momento do brasileiro em solo lusitano e a confirmação de todos os seus atributos: velocidade, resistência e potência de remate.

A Taça de Portugal está claramente ligada ao trajecto português de Hulk, que venceu as duas edições. A estreia na prova foi com o Sertanense, mas seria o jogo com o Estrela da Amadora, na Reboleira, a ficar-lhe gravado... no tornozelo esquerdo, onde sofreu uma entorse com rotura parcial de ligamento, devido a uma entrada de Ney. A recuperação também foi Incrível, tendo voltado a tempo de estar na final do Jamor com o Paços de Ferreira. Na época seguinte, voltaria a jogar na ronda inaugural, outra vez contra o Sertanense, e marcou dois golos. No dia em que terminou a suspensão de quatro meses assistiu na bancada ao triunfo em Vila do Conde, na primeira-mão da meia-final. Jogaria no Dragão a partida de volta e, depois, fez uma assistência no triunfo sobre o Chaves.

O estranho caso de James

Apesar da prometida rotatividade, Villas-Boas não vai arriscar ao ponto de mudar por completo os onze jogadores, tendo em conta a partida em Guimarães. A Taça será a oportunidade reclamada por muitos, contudo nem todos merecerão essa confiança. Basicamente, por uma questão de opções e não de falta de qualidade. Ukra, Castro e James, por exemplo, devem ir para o banco. E destes, o caso mais curioso é, seguramente, o do colombiano. Afinal, foi "roubado" ao Benfica e custou 5,1 milhões de euros. Um investimento que ainda não teve qualquer retorno. Os adeptos anseiam por vê-lo em acção já que o mais perto que esteve foi no banco, em Sófia.

Kieszek já pode ir para o banco

Partindo do princípio de que Helton não será convocado para Os Limianos, Kieszek vai sentar-se pela primeira vez no banco. Isto porque já está recuperado da entorse no tornozelo esquerdo, sofrida no início da semana. O polaco voltou ontem aos trabalhos sem limitações pelo que um dos guarda-redes recrutados às camadas jovens, Elói, já não esteve com o plantel principal. Kadú, esse, voltou a treinar com os craques, assim como o central Hugo e o lateral-esquerdo Romário, dos sub-19.

Uruguaios só à tarde, Falcao ficou em casa


Devido ao jetlag e à longa viagem de regresso a Portugal desde a China, os três uruguaios, Álvaro Pereira, Fucile e Cristian Rodríguez, foram dispensados do treino da manhã, tendo recebido autorização para trabalharem apenas à tarde, ainda que à parte dos companheiros. A sessão serviu, basicamente, para reactivar os músculos e voltar ao horário português. Refira-se que, na China, são mais sete horas. Falcao também não esteve no Olival. O colombiano chegou ao Porto às 8 horas e teve a liberdade de escolha entre recuperar em casa ou no Olival. Optou por fazê-lo em casa.
in "ojogo.pt"

Incrível vai assistir Walter

Gerir sim, facilitar não. Villas-Boas vai dar oportunidade, frente aos Limianos, a vários dos jogadores menos utilizados, mas não abdica do desequilibrador da equipa: Hulk. O Incrível manterá o seu lugar no onze e terá a responsabilidade, partilhada ao que tudo indica com Varela, de servir Walter, a quem será confiada a tarefa de jogar entre os centrais do emblema de Ponte de Lima. Falcao, que só hoje se apresenta ao serviço depois de mais uma maratona aérea por causa da selecção da Colômbia, pode até nem ser convocado, ficando a recuperar do "jetlag" e do cansaço.

Villas-Boas considera que Hulk já descansou o suficiente - no último fim-de-semana não houve competição e também não foi chamado ao "escrete" - e prefere utilizá-lo neste jogo de forma a garantir-lhe ritmo para o Besiktas. Na verdade, a decisão até nem é inovadora. Jesualdo Ferreira fez o mesmo nas épocas anteriores: Hulk foi titular nos jogos com o Sertanense, que abriram a participação do FC Porto nas edições de 2008/09 e 2009/10 da Taça. Aliás, o brasileiro foi, a par de Fernando, o único dos habituais a não ser poupado na partida da época passada.

Para o outro lado do ataque não faltam alternativas, mas a escolha deve recair em Varela, basicamente porque Cristian Rodríguez só treinou ontem à tarde - à parte dos companheiros - depois de ter feito os dois jogos do Uruguai na Indonésia e na China. James também terá uma palavra a dizer.

Na defesa, Villas-Boas não tem grandes dificuldades para eleger quem vai fechar os caminhos para a baliza de Beto, que é o guarda-redes nesta prova, tal como na época passada. Com Fucile castigado por causa da expulsão em Guimarães, Sapunaru jogará na direita, com Rafa a estrear-se do outro lado, para que Álvaro Pereira, o mais utilizado da equipa, possa finalmente descansar um bocado. No eixo, Sereno também deve receber a primeira oportunidade da temporada. Contratado ao Valhadolid, tem vivido na sombra e vai, finalmente, mostrar-se jogando ao lado de Otamendi, que assim fará o "pleno" no que diz respeito a companheiros de sector.

No meio-campo também não deve ser complicado para Villas-Boas fazer apostas. Fernando, um dos elementos mais importantes da equipa, deve ficar de fora, sendo rendido por Souza, que dá boas indicações sempre que é chamado à acção. À frente do brasileiro que chegou do Vasco da Gama estará Guarín e Rúben Micael. O colombiano regressa à titularidade após duas lesões seguidas e motivado pela renovação de contrato, anunciada pelo próprio na quarta-feira. Igualmente motivado, mas pela primeira presença na Selecção Nacional, Rúben Micael terá uma oportunidade de reclamar um papel mais activo neste FC Porto. Castro também está na luta, mas deve ir para o banco. Claro que a palavra final pertence ao técnico portista, que ainda tem mais um treino para decidir, depois de perceber em que estado físico estão os onze internacionais que representaram as respectivas selecções.

in "ojogo.pt"

Em busca do inédito tri

esta pode ser uma época histórica no jamor


O FC Porto arranca, amanhã, na atual edição da Taça de Portugal e com um objetivo bem definido: conquistar o primeiro tri da história do clube na prova. De qualquer forma, caso atinjam a final da competição, os dragões já estarão a fazer história, uma vez que, até agora, nunca conseguiram chegar ao jogo das decisões durante quatro anos consecutivos.

O FC Porto, refira-se, já foi tri, tetra e até pentampeão nacional, mas na Taça de Portugal ainda não conseguiu melhor do que o bis. Em 1999/2000 e em 2000/01, por exemplo, o troféu viajou para a Invicta, mas em 2001/02 já rumou para Alvalade, impedindo aquele que podia ter sido o primeiro tri do clube.

O Sporting tem sido, de resto, o principal travão portista no caminho rumo às três vitórias consecutivas na Taça de Portugal. Antes de vencer o Chaves, na época passada, e o Paços de Ferreira, em 2008/09, os azuis e brancos também estiveram na final do Jamor em 2007/08, mas aí os leões levaram a melhor. Caso contrário, os dragões de André Villas-Boas corriam agora pelo tetra.

Nestas coisas, a vingança serve-se sempre a frio e a verdade é que com a vitória frente ao Chaves, na época passada, o FC Porto apanhou o Sporting em número de vitórias na Taça de Portugal (15). Caso ganhem a edição deste ano, os homens da Invicta destacam-se como a segunda maior força da competição, logo atrás do Benfica, que já ergueu esse troféu em 24 ocasiões.

Uma situação normal, tendo em conta que o FC Porto só disputou a final da Taça de Portugal pela primeira vez na época de 1952/53, ou seja, na 15.ª edição da prova, tendo perdido para o rival da Luz por uns esclarecedores 5-0.

in "record.pt"

Quaresma é fã do Sp. Braga mas torce pelo F.C. Porto


Acredita que o Benfica «pode ir longe» na Champions e que o Sporting vai dar a volta a uma fase complicada.

Apesar de estar a jogar na Turquia, Quaresma tenta estar atento ao campeonato nacional. Em entrevista ao Maisfutebol/TVI, o jogador do Besiktas admitiu que não tem acompanhado todos os jogos, mas não deixou de partilhar as suas impressões, alertando para o facto de a Liga ainda estar no início.

O F.C. Porto está «melhor». O Benfica «pode ir longe» na Liga dos Campeões. Quaresma espera que o Sporting «reencontre o seu caminho» e diz que o Sp. Braga «é das equipas que mais gosto dá ver jogar».

Já trabalhou com o André Villas-Boas. Que ideia tem dele como treinador?

«Passámos alguns momentos juntos no Inter, mas como treinador não posso falar muito porque nunca fui treinado pelo André. Desejo-lhe a melhor sorte do mundo e que seja campeão. Penso que está a fazer um excelente trabalho e que ainda tem muita coisa para dar. É uma grande pessoa.»

Como vê este F.C. Porto?

«Forte e com vontade de voltar aos títulos, que é algo a que o clube está habituado. Sinceramente acho que o F.C. Porto está muito bem e espero que continue assim.»

Ficou surpreendido com a ida do João Moutinho para o F.C. Porto?

«No mundo do futebol nada me surpreende. Não vou falar sobre a sua situação porque não sei o que se passou. Nem quero saber. Só ele e as pessoas que estiveram à volta disso é que sabem o que realmente se passou. Só espero que o João possa ser feliz no F.C. Porto e possa ajudar a equipa.»

O Benfica está mais fraco que não época passada?

«Isto ainda agora começou. Muitos dos jogadores vieram de selecções e de competições, é normal que se sintam um pouco cansados. Acredito que o Benfica poderá voltar ao ritmo em que acabou a época passada. Não acho que esteja mais fraco. Ainda é muito cedo para acharmos isso.»

O que pode fazer este Benfica na Liga dos Campeões?

«Pode ir longe, porque tem um grande treinador, tem qualidade e grandes jogadores. Tem uma grande equipa. Como português, gostava que o Benfica representasse muito bem o nosso país e que pudesse chegar o mais longe possível.»

Como vê o Sporting sem Moutinho e Veloso e com Paulo Sérgio?

«Sinceramente não tenho acompanhado muito os jogos do campeonato português, porque não passam muito na Turquia. Uns saem, outros entram. Faz falta quem está. Acho que o novo treinador é uma pessoa que trabalha para ganhar e para que a sua equipa volte ao que era e a lutar pelos títulos. Acho que é isso que faz falta ao Sporting, voltar aos títulos.»

Mas este início de época tem sido complicado...

«Todos nós temos fases boas e más. O Sporting está a passar por uma fase complicada, mas espero que se levante e que reencontre o seu caminho, que é lutar pelo título, como sempre habituou os sportinguistas.»

O quê que o Sp. Braga pode fazer numa época de Liga dos Campeões?

«Acho que ainda é tudo novo para o Sp. Braga. Se calhar não está a conseguir lidar com a pressão e com a importância que tem a prova. Mas tem um grande treinador e é das equipas que mais gosto dá ver jogar em Portugal. Também acho que não tem tido sorte. Vi o último jogo que fez [para a Champions], em que perdeu por 0-3. Acho que não merecia perder, porque criou muitas oportunidades de golo. Acho que a sorte também não está a acompanhá-lo. Espero que a sorte o acompanhe mais, porque merece. Tem uma grande equipa. Joga um futebol muito bonito e, além disso, tem um grande treinador.»

F.C. Porto, Sp. Braga, Benfica e Sporting, quem é o favorito?

«Neste momento o melhor é o F.C. Porto. Entre esses quatro grandes é o que está melhor. Pessoalmente gostava que fosse o F.C. Porto.»

Ricardo Quaresma iniciou um novo ciclo na sua carreira. O extremo transferiu-se para o Besiktas em Junho, depois de uma passagem pelo Inter de Milão, e diz sentir-se «em casa». O português tinha milhares de pessoas à sua espera no aeroporto e no estádio e é a estrela da equipa turca.

O jogador falou com o Maisfutebol e com a TVI sobre a sua vida em Istambul, o Besiktas (uma relação «de amor» que começou em 2007), o campeonato português, a Selecção Nacional e os encontros da Liga Europa entre a sua actual equipa e o F.C. Porto, clube onde actuou durante quatro temporadas (uma antevisão que poderá ler nos próximos dias).

Esperava ser recebido daquela forma em Istambul?

«Sinceramente, não. Quando me avisaram que ia estar tanta gente à minha espera pensei que era uma brincadeira. Depois de sair do avião e ver tanta gente à minha volta... Não estava a acreditar. Foi uma emoção. Nem sei explicar o que senti naquele momento. A única coisa que posso dizer é que fiquei feliz por sentir que as pessoas acreditavam no valor que tenho.»

Esta loucura dos adeptos já começou em 2007, quando jogou no estádio Inönü pelo F.C. Porto. Como foi ser aplaudido pelos adeptos do clube adversário?

«É estranho ir à casa de um rival e ser aplaudido. Para mim foi um pouco estranho, mas, como jogador, senti-me feliz, porque senti que os adeptos admiraram o meu futebol e que gostaram da atitude que tive perante eles. Foi a partir daí que começou a existir o respeito e a admiração que sentem por mim. Quando percebi que poderia ir para o Besiktas tudo isso mexeu comigo, dando-me também forças para ir para a Turquia.»

Esta é a sua melhor experiência no estrangeiro?

«Acredito que sim... De todos os sítios em que já passei este é aquele em que me sinto mais feliz e onde me sinto em casa, sem dúvida. Se calhar, por isso estou a jogar aquilo que sei e as coisas estão a correr da maneira que sempre quis.»

Que objectivos é que definiu para esta época?

«Ali o primeiro objectivo era reencontrar o que perdi no Inter: a alegria, a confiança e a felicidade. Reencontrei isso e agora quero ajudar o Besiktas a ganhar títulos.»

Chegou a falar-se na possibilidade de jogar em Espanha [At. Madrid]. O que correu mal?

«Não correu nada mal. Decidi ir para a Turquia, porque senti que era ali que ia ser feliz. O meu empresário meteu-me na mesa o que tinha de meter e quem tinha de decidir era eu. Decidi por mim... Sinceramente, foi a melhor escolha que fiz na vida.»

Admite regressar ao futebol português?

«Por agora? Por agora não. Um dia mais tarde, quem sabe?»

Tem alguma preferência?

«Agora não, porque não estou a pensar nisso. Mais tarde falaremos sobre isso.»

Pelos vistos, a adaptação ao futebol foi fácil. E ao país?

«Estou muito feliz com o país. Tratam-me muito bem, transmitem-me muita confiança. Sinto o respeito e o carinho que as pessoas têm por mim. Sinceramente, estou a gostar muito do país e estou muito feliz.»

Que palavras que sabe dizer em turco?

«Nenhumas! É muito difícil... "Merhaba" é olá - tenho de dizer sempre quando entro no clube ¿ e "afiyet olsun" que é bom apetite. Estou sempre com fome. Estou sempre a ouvir isso!»

Ricardo Quaresma regressou à Selecção Nacional, depois de uma ausência prolongada. O extremo, que já não era chamado desde Outubro de 2008, foi titular nos jogos com o Chipre e com a Noruega. Uma rotura muscular na coxa direita afastou-o da primeira convocatória de Paulo Bento, seu antigo companheiro de quarto nos tempos em que o treinador e o «7» do Besiktas actuavam no Sporting.

Em entrevista ao Maisfutebol/TVI, o internacional português mostra-se satisfeito com a escolha feita pela FPF e espera jogar sob as ordens "do Paulo" que agora é "o mister Paulo".

Estava em boa forma quando regressou à Selecção. Depois desta lesão, acha que vai conseguir readquirir esse nível?

«Claro. Vou voltar ainda melhor. Não será devido a esta lesão que vou perder a forma física. Sinto-me bem e acredito que poderei voltar ao mesmo ritmo, ou melhor. Talvez consiga surgir um pouco acima desse ritmo. É para isso que trabalho.»


Ficou desiludido por não poder disputar os jogos com a Dinamarca e a Islândia?

«Fiquei, porque não gosto de estar parado e também porque era importante para todos nós. Era particularmente importante para mim, porque gostaria de ajudar o nosso país a alcançar o objectivo que queremos atingir.»

Foi colega de Paulo Bento no Sporting. Que ideia tem do seleccionador nacional?

«Aprendi muito com o mister Paulo, a nível pessoal e profissional. Como treinador... Ainda não fui treinado por ele, mas é uma pessoa que sabe o que quer e o que faz. Tem uma grande personalidade e desejo-lhe a maior sorte do mundo. Espero que consiga ajudar todos os portugueses a alcançar aquilo que todos nós queremos. Espero ter o prazer de voltar a trabalhar com ele, agora como treinador.»

Era fundamental mudar de seleccionador nesta altura?

«Não vou entrar por aí. O futebol tem momentos e cada pessoa também tem o seu. Acho que a Federação tomou a decisão que tinha de tomar, mas não sou eu que tenho de dizer se está ou não correcta. Até porque também não sei bem o que se passou. Nem tenho de saber. São coisas entre a Federação e os treinadores. Eu, como profissional, se voltar, só tenho de trabalhar e ajudar a selecção a ganhar.»

Nota-se que há outra motivação e, pelos vistos, a selecção voltou a conquistar os adeptos. Sente isso?

«É normal. Há um treinador novo e toda a gente se quer mostrar. O técnico tem uma mentalidade ganhadora e transmite isso para os jogadores. É normal que eles entrem com outra vontade, outro querer. Depois de ganhar é normal que os adeptos comecem a acreditar cada vez mais na Selecção.»

Pensa que Portugal está novamente na corrida por uma presença no Euro?

«Acredito que sim. Acho que era uma vergonha que a nossa selecção, com o talento, a qualidade e a equipa que tem, não estivesse no Europeu. Era uma vergonha para o nosso país não estarmos presentes. No entanto, acredito que vamos a tempo de mudar as coisas. Com estas vitórias conquistou-se mais confiança e moral na corrida por esse objectivo. Acredito que, todos juntos, possamos dar a volta a esta fase complicada que passámos.»

É um hábito sofrer até ao fim...

«Infelizmente, ultimamente, tem sido um hábito. Mas o importante é chegarmos lá e mudarmos o que está errado. Certamente existirá muita coisa que está errada e que só nós, jogadores, e o treinador é que poderemos mudar. Acho que é para isso que estamos a trabalhar neste momento, a mudar tudo aquilo que fizemos mal, para voltarmos a ser o que éramos, jogarmos bem como equipa e não sofrermos tanto.»

Antes de Paulo Bento ser contratado, chegou a ser equacionada a possibilidade de Mourinho orientar a Selecção. Como viu esse processo?

«Já falei do mister Paulo e acho que foi a melhor escolha que a Federação fez.»

in "maisfutebol.iol.pt"