domingo, 23 de outubro de 2011

Duas novidades: Moutinho e Guarín vão para o banco


João Moutinho admitiu após o empate com o APOEL que as coisas não lhe estão a sair bem, e Vítor Pereira parece ter concordado, daí que o português vá começar no banco a recepção ao Nacional. Mas as novidades no jogo de hoje não ficarão por aqui, já que também Guarín será suplente. O colombiano não se referiu publicamente à sua exibição - que mereceu muitos assobios dos adeptos -, mas comparou este FC Porto com o último treinado por Jesualdo Ferreira, há duas épocas. Saídas que farão Belluschi e Defour entrar no onze portista na oitava jornada da I Liga. Ora, sendo assim, Fernando é o único que mantém o estatuto de titular no meio-campo, sendo também verdade que não se prevêem mais alterações na equipa, ainda que Mangala possa ameaçar o lugar de Otamendi e Walter esteja de volta às opções. Apesar do póquer na Taça de Portugal, o compatriota Kléber continuará a ser titular.
Vítor Pereira vai revolucionar o sector intermediário, apostando em dois médios criativos que ainda só jogaram juntos duas vezes: na goleada ao Pêro Pinheiro e no triunfo caseiro sobre o Setúbal. Em ambos os casos, Souza foi o trinco, mas desta feita nem sequer foi convocado. Contra os sadinos, o brasileiro saiu ao intervalo - com o jogo empatado a zero -, rendido por João Moutinho, e o FC Porto terá feito os 45 minutos com melhor qualidade na circulação de bola esta temporada. E marcou três golos nesse período.
O FC Porto chega a este encontro com o Nacional depois uma exibição paupérrima com o APOEL, à qual se acrescenta um dado estatístico ainda mais negativo: há mais de um mês que não ganha em casa, o que, dito desta forma, parece uma catástrofe. Só não chega a tanto porque nesse período jogou apenas duas vezes no Dragão, registando dois empates: Benfica e APOEL.
Por ironia do destino, o Nacional é o adversário que se segue. E se a classificação dos insulares - décimo lugar - não chegará para tirar o sono aos dragões, o histórico entre os dois clubes é suficiente para provocar calafrios: em oito jogos no Dragão, o Nacional venceu três vezes, uma das quais por números escandalosos (4-0), e nunca se registou um empate. E mais: foi a única equipa a derrotar o FC Porto em Portugal na época passada...

A maldição das Antas

DAVID SPRANGER
Ivo Vieira tinha apenas 14 anos, quando o Nacional ganhou pela primeira vez no reduto do FC Porto. Foi no dia 7 de Outubro de 1990 que, no Estádio das Antas, os insulares venceram por 2-1, tendo no comando técnico o brasileiro Jair Picerni. Domingos, aos sete minutos, deixou os portistas em vantagem, mas Heitor, aos 39', e Toninho, aos 57', consumaram a reviravolta numa partida em que os insulares ficaram em inferioridade numérica aos 61', por expulsão de Paulo Sérgio.
Paulito, internacional português em todos os escalões, à excepção da equipa A de Portugal, estava lá; era o trinco da equipa e recorda-se desse desafio. "O FC Porto carregou mais, naturalmente, mas a partir de uma determinada altura sentimos que nunca mais poderíamos perder o jogo. Estávamos bem organizados, tínhamos a lição bem estudada e, ao contrário do que se possa pensar, não nos limitámos a defender. Tivemos também muitas oportunidades", lembra o ex-jogador de Boavista, Farense, Nacional, Leiria e Paços de Ferreira.
Hoje com 43 anos, está radicado na Madeira, onde exerce a actividade de empresário de material desportivo e de treinador, no Bairro da Argentina, equipa que milita na Série Madeira da III Divisão. O segredo do sucesso nessa partida é fácil de explicar. "Jogávamos de forma desinibida, pensando apenas no jogo pelo jogo, e a nossa estratégia era sempre a mesma." Para tal, muito contribuiu a forma de pensar do treinador Jair Picerni, "na linha daquilo que Paulo Autuori já havia incutido nos anos anteriores". No seu entender, "nessa altura os treinadores portugueses tinham demasiado respeito pelos chamados grandes e entravam nesses jogos bastante atemorizados. Os técnicos que vinham de fora não tinham essa mentalidade e acreditavam que era possível ganhar em qualquer campo."
Paulito lembra-se das ocorrências do jogo e não tem dúvidas: "Gilmar fez uma jogo fantástico." Aliás, exalta mesmo que foi ele o principal obreiro da vitória pela forma como neutralizou os livres favoráveis aos portistas. "O FC Porto era uma equipa muito forte e, quando as coisas não corriam bem, tinha essa arma, que eram os lances de bola parada de Branco e Geraldão. Antes de o jogo começar, como ambos executavam os livres com a parte de fora do pé, conferindo um efeito esquisito à bola, Gilmar disse-nos para fazer as barreiras ao contrário, ou seja, tapar o segundo poste e deixar o primeiro livre. Lembro-me bem de que tanto Branco como Geraldão ficaram confusos. Já não sabiam quem batia na direita e quem batia na esquerda", conta.
Paulito recorda que esteve quase todo o jogo atento a Semedo e também que "após a entrada de Kostadinov, o FC Porto carregou mais"
Mas nem tudo foi positivo nesse jogo das Antas, que marcou, curiosamente, um inverter de ciclo. Paulito explica, lamentando: "Quando falamos desse jogo, ficamos sempre com sentimentos confusos. É verdade que ganhámos, mas a partir daí foram lesões atrás de lesões. Logo na semana seguinte, Sylvanus fracturou a tíbia e o perónio, Ladeira e Heitor foram operados aos ligamentos, Paulo Sérgio e Robertinho tiveram lesões musculares graves, Dinis quase viu terminada a carreira..." E recordou em seguida outra infelicidade. "Antes desse jogo, só havíamos perdido com o Farense e, depois dessa vitória das Antas, nada ficou igual. Logo na semana seguinte perdemos no Funchal com o Sporting", reforça.
No final, o Nacional foi último classificado e desceu de divisão. Seguiu-se uma travessia do deserto entre a Liga de Honra e a II Divisão e apenas dez épocas depois o clube regressou ao escalão principal, para vencer três vezes no Estádio do Dragão, onde detém o recorde de vitórias entre todos os clubes do mundo.

Walter de regresso às opções

Com cinco golos nos dois últimos jogos disputados, Walter regressa aos convocados do FC Porto de forma previsível, após a exclusão obrigatória na Liga dos Campeões por não estar inscrito. Mas o bom momento não lhe garante mais do que o banco de suplentes, afinal o sítio a que o Bigorna mais está habituado.
A exclusão da titularidade explica-se com a necessidade de dar ritmo a Kléber, a grande aposta do ataque para esta época e o único disponível para os jogos internacionais. Na óptica de Vítor Pereira, não faz sentido trocar de ponta-de-lança no campeonato para daqui a dez dias inverter novamente a marcha quando for jogar a Chipre contra o APOEL. A ideia é dar confiança a Kléber - se possível com golos - e continuar a integrá-lo após três semanas de paragem.
Para que o Bigorna entrasse nos convocados, Souza foi excluído pela segunda vez esta época. Não houve mais alterações na lista, por comparação com a penúltima.

in "ojogo.pt"

F.C. Porto-Nacional : quem acredita em fantasmas?


Dragões recebem o maior carrasco do Dragão na pior fase da equipa do último ano e meio


O F.C. Porto recebe o Nacional este domingo, a partir das 18.15 horas (transmissão na TVI), em mais um jogo da oitava jornada da Liga.

O momento:

F.C. Porto:
Não é feliz, de todo. A goleada sobre o Pêro Pinheiro (8-0) foi rapidamente esvaziada de conteúdo com o empate em casa com o Apoel, para a Champions. Nos últimos seis jogos, aliás, só venceu dois, tendo empatado três e perdido um. Fala-se emcrise no Dragão, e não é uma afirmação descabida.

Nacional:
A segunda metade da tabela, com um modesto 10º lugar, não faz justiça ao passado recente do Nacional. No entanto a equipa vem de duas vitórias, a última dos quais valeu o apuramento na Taça no terreno do Feirense. Começou muito mal, mas três vitórias em quatro jogos auguram algum crescimento.

As ausências:

F.C. Porto:
Fucile, Iturbe e Emídio Rafael estão lesionados e não são opção, Souza, Maicon e Rodriguez ficam de fora por opção técnica.

Nacional:
Mihelic é o único lesionado do plantel, Andrés Madrid e João Aurélio ficam de fora por opção técnica, Luís Alberto regressa após mês e meio de ausência.

Discurso directo:

Vítor Pereira:
«Não me sinto decepcionado com os jogadores, porque esta equipa já proporcionou grandes jogos. É fundamental gerir da melhor forma os momentos de cada um e iremos fazer a gestão necessária. Vamos apresentar os jogadores que neste momento, e repito, neste momento, estão em melhores condições.»

Ivo Vieira:
«Vamos tentar tirar proveito do facto do F.C. Porto vir de um empate na Liga dos Campeões, mas todos sabemos que jogar no Dragão é extremamente difícil, seja em que circunstância for. Diz o tempo e o passado que o Porto tem uma reacção sempre muito forte e positiva, após um resultado menos bom.»

Histórico de confrontos:
Facto mais relevante: desde que o F.C. Porto se mudou para o Dragão, o Nacional já ganhou três vezes. É aliás a equipa que mais vezes venceu na nova casa portista. Segundo facto relevante: nunca houve um empate quando se joga na casa do F.C. Porto, sendo que os dragões venceram nove vezes e os madeirenses quatro.

Equipas prováveis:

F.C. PORTO: Helton; Sapunaru, Rolando, Mangala e Álvaro Pereira; Fernando Moutinho e Belluschi; Hulk, Walter e James.
Outros convocados: Bracali, Otamendi, Guarín, Defour, Kléber, Djalma e Varela.

NACIONAL: Marcelo; Claudemir, Neto, Felipe Lopes e Nuno Pinto;
Luís Alberto, Elizeu, Juliano e Skolnik; Mário Rondon e Mateus.
Outros convocados: Vladan, Danielson, Todorovic, Edgar Costa, Candeias, Diego Barcellos e Oliver.



in "maisfutebol.iol.pt"

Castro marca e assiste na primeira vitória do Sp. Gijón


Médio português, cedido pelo FC Porto, estreou-se a marcar na presente edição da liga espanhola


O Sp. Gijón, com o português André Castro em destaque, conquistou, neste sábado, em casa, a primeira vitória na liga espanhola (9ª jornada), por 2-0, frente ao Granada dos compatriotas Carlos Martins e Jorge Ribeiro.

Depois da assistência para o golo inaugural de David Barral, logo aos cinco minutos, foi a vez de o médio cedido pelo FC Porto estrear-se a marcar na presente edição de La Liga, ainda antes do intervalo. Castro aproveitou um erro clamoroso do guarda-redes Roberto, que demorou demasiado a reagir a um cruzamento, para assinar o segundo.

O Granada, que não pôde contar com o lesionado Carlos Martins e deixou Jorge Ribeiro no banco, desperdiçou assim a oportunidade de deixar a zona de despromoção, frente ao então lanterna vermelha.

Com a derrota do Racing frente ao Espanhol de Rui Fonte (que não saiu do banco), o Sp. Gijón deixa o último lugar da classificação.



in "maisfutebol.ol.pt"

Antero Henrique de corpo e alma

CONTACTO DO CHELSEA ESBARROU NA FIDELIDADE DO DIRETOR-GERAL



O Chelsea convenceu André Villas-Boas a mudar-se para Stamford Bridge mas não teve a mesma sorte quanto tentou seduzir Antero Henrique. O diretor-geral da SAD para toda a área desportiva era o alvo prioritário dos ingleses para render o dinamarquês Frank Arnesen – partiu para o Hamburgo – no cargo de diretor-desportivo, mas o contacto superficial efetuado no defeso esbarrou de imediato na fidelidade do dirigente à causa portista.
A possibilidade de transferência morreu à nascença, segundo Record apurou, devido à identificação absoluta de Antero Henrique com o projeto que encabeça. Motivo pelo qual sempre esteve, está e continuará no FC Porto com empenho e máxima dedicação, sem dar azo a que sejam alimentados eventuais cantos de sereia.
in "record.pt"

Não há forma de fechar os caminhos da baliza

DRAGÕES COM MÉDIA DE 1 GOLO CONSENTIDO POR JOGO



Dizem os velhos mestres do futebol que os ataques ganham jogos e as defesas campeonatos. Nesse sentido Vítor Pereira deve ter razões para estar preocupado. É que o sector recuado continua a demonstrar fragilidades que não se viam em épocas anteriores, designadamente na temporada transata. Há um ano, o onze de Villas-Boas só tinha sofrido 7 golos em 15 encontros oficiais. Já a presente campanha tem muito que se lhe diga. São 13 tentos consentidos em outras tantas partidas, o que dá a média de 1 golo por jogo. Números que exigem uma natural reflexão e que se arrastam desde o início. Não há forma de fechar as rotas da baliza.
Mesmos intérpretes. Por mais estranho que possa parecer, os intérpretes são os mesmos da época transata. Helton é dono e senhor das redes, enquanto Fucile tem apagado os fogos sempre que Sapunaru e Alvaro Pereira não podem alinhar. Ao centro, Rolando e Otamendi têm estado nos momentos mais importantes, sem concorrência à altura.
in "record.pt"

Mudança no meio-campo

Belluschi pode ocupar lugar de João Moutinho, com o belga Defour também à espreita de uma oportunidade na equipa inicial do FC Porto frente ao Nacional.

Vítor Pereira quase não mexeu na convocatória para a recepção ao Nacional, fazendo regressar Walter e retirando Souza da lista. Se quiser, o técnico pode repetir o onze que recebeu o APOEL, mas o cenário provável vai, precisamente, noutro sentido.

É muito possível que, por exemplo, o treinador promova mudanças no meio-campo e Belluschi surge como candidato a alinhar de início na posição de... João Moutinho, embora Defour esteja, igualmente, à espreita de uma oportunidade, que pode surgir caso Guarín também seja suplente, ou, em alternativa, ocupe o lugar de Fernando.



in "abola.pt"

Espanha pode ser o destino de Varela já em Janeiro

O mundo de Varela gira ao contrário do pronunciado sentido de sucesso adquirido na época passada. De indiscutível à intermitência da titularidade, de suplente utilizado a preterido nas convocatórias assinadas por Vítor Pereira, o extremo perdeu fulgor neste arranque de temporada e ainda não decorou o seu papel neste novo FC Porto.

As conquistas da última campanha endeusaram os dragões e despertaram olhares de cobiça. O internacional português (pode chegar hoje ao jogo 50 na Liga pelos portistas) ganhou visibilidade na montra europeia, ao ponto de se ter desenhado uma nova aventura na sua carreira.

O Verão libertou calores mas não uma proposta capaz de convencer a SAD azul e branca em transaccionar o seu passe...

O presente constrói um cenário diferente e o jogador até poderá dispensar as previsões do novo ano para antever o que 2012 lhe reserva. Hulk e James Rodriguez são os novos intocáveis nas alas e a perda de estatuto poderá significar uma atracção maior por outras ligas, logo quando a despedida do Campeonato coincide com o pontapé de saída de um Europeu: também na Selecção se sentiram reflexos da expressão menor do seu futebol nos campeões nacionais.



in "abola.pt"