terça-feira, 29 de novembro de 2011

DAVID GOMES: "QUEREMOS FAZER AINDA MELHOR DO QUE NA ÉPOCA PASSADA"

O campeão acerta contas com o calendário. E com o Lusitânia também, adversário com quem os azuis e brancos recuperam, esta noite (terça-feira), o jogo da terceira jornada da Liga, adiado e reencaminhado para o Dragão Caixa, devido à intempérie nos Açores por ocasião da deslocação portista à Ilha Terceira. Na antevisão do encontro, David Gomes só fala em vencer. E a vitória dá o primeiro lugar.

Adversário bem estudado
"Estamos preparados, trabalhamos muito e temos o adversário bem estudado. Estaríamos igualmente preparados se jogássemos nos Açores. O jogo é em casa e isso representa uma vantagem. É na nossa cidade e perante o nosso público, o que reforça todas as condições para podermos vencer."

Ainda melhor
"Queremos fazer ainda melhor do que na época passada, na qual não sofremos qualquer derrota na fase regular. Como é óbvio, planeamos vencer este jogo e seguir, passo a passo, na direcção de novo título."

Atenção aos americanos
"Os pontos fortes do Lusitânia estão basicamente concentrados pelos americanos, que são bastante inteligentes e muito fortes. Alguns dos seus jogadores portugueses revelam também bastante qualidade e um deles até já esteve no FC Porto. Jogam bem em equipa, o treinador tem o conjunto bem trabalhado e têm o cuidado de estudar muito bem o adversário."



in "fcp.pt"

Paille: drogas, álcool e a redenção com deus Zidane

Depois da passagem pelo F.C. Porto, o avançado viveu um período muito conturbado. Deu a volta e tornou-se «olheiro» do Real Madrid. O Maisfutebol quis saber mais


O antigo menino bonito do futebol francês tem um lado obscuro. Inescrutável. Primeiro, os factos: em Setembro de 1995, Stéphane Paille acusa o consumo de cannabis. Jogava no Mulhouse e viu o seu contrato rescindido; em Maio de 1997, já nos escoceses do Hearts, termina a carreira de futebolista ao revelar o consumo de anfetaminas noutro controlo anti-doping.

Um mês depois esse episódio é condenado a quatro meses de prisão por transporte, uso e cumplicidade no tráfico de estupefacientes, ao ser envolvido numa densa rede de droga com origem na Suíça. O final deste período trágico eclode em 2003. Paille volta à cadeia por 15 dias, depois de ser apanhado a conduzir em excesso de velocidade nas ruas da cidade de Besançon, com 1,48g de álcool no sangue.

Convidado pelo Maisfutebol a falar sobre esta fase terrível, aparentemente enterrada em definitivo no passado, o ex-jogador do F.C. Porto reage da mesma forma com que finalizava as jogadas: cheio de frieza. 

«Bem, desculpe, mas não quero voltar a falar disso. Ficou tudo para trás, já dei a volta. Costumo dizer que o passado não tem futuro. É uma bela frase, não?» Sim, de facto.

Deus Zidane e os olhos de Mourinho em França

No passado mês de Setembro, Stéphane Paille voltou a ser notícia. Olheiro para o Real Madrid. A pedido de um antigo companheiro no Bordéus, um tal de Zinédine Zidane, Paille tornou-se observador oficial do Real Madrid. «Deus estava ao telefone. Antes de me explicar o projecto, eu já estava de acordo», referiu o ex-avançado do F.C. Porto em entrevista à France Football.

O trabalho consistia em estabelecer relatórios sobre os adversários do Real Madrid e ficar atento a jovens promessas que um dia podiam vir a representar os merengues. Paille chegou a viajar com José Mourinho até a Croácia para analisar um jogo do Dínamo de Zagreb, por exemplo.

«Estava noutro planeta», recordou, sem poupar nos elogios a Mourinho. «É um gajo extraordinário», completou, em declarações à revista francesa. Com alguma surpresa, quando questionado pelo Maisfutebol sobre o seu trabalho em prol do Real Madrid, Stéphane Paille respondeu de forma muito seca: «São informações falsas. Não quero falar sobre isso».

Então, e agora ? «Não trabalho, estou desempregado. Sou treinador e aguardo um novo clube», explica ao nosso jornal. Desde Dezembro de 2009, quando deixou o Evian Thonon-Gaillard, que Stéphane Paille não se senta num banco. E não descarta a possibilidade de vir a treinar em Portugal. «Interessa-me. Falo melhor português do que inglês. O apelo está feito», diz, mais risonho.

Pinto da Costa e Artur Jorge: inesquecíveis

20 anos depois a sua passagem pelo F.C. Porto, Stéphane Paille só voltou uma vez a Invicta. «Foi uma visita confidencial», confessa, sem entrar em pormenores. Ficou deslumbrado com o Dragão. «É um estádio de topo. Desde o Euro 2004, vejo que os clubes portugueses souberam evoluir e seguir no bom caminho.»

A ligação aos antigos companheiros no balneário azul e branco diluiu-se no tempo. «Perdi o contacto com eles. Vamos para um lado, vamos para o outro e esquecemo-nos dos colegas.» De qualquer forma, Pinto da Costa e Artur Jorge são nomes importantes na sua carreira. Inesquecíveis. «Não via muito o presidente, mas tinha uma personalidade forte. O Artur Jorge é um homem bom e grande treinador. Falei com ele há pouco tempo.» 

A pior lembrança recai sobre Octávio Machado, adjunto do F.C. Porto em 1990/91. «Sem comentários. O meu treinador era Artur Jorge. Mais nada». 

Paille: a aventura no F.C. Porto estragada por Domingos

Época 1990/91. O internacional francês chega às Antas a pedido de Artur Jorge. Só não contava com a explosão de um menino chamado Domingos. «Ele não parava de marcar», lamenta ao Maisfutebol


Os mais saudosistas talvez se lembrem da personagem: Stéphane Paille, internacional francês, avançado problemático, jogador do F.C. Porto na época 1990/91. As credenciais passadas pelos bleus não foram certificadas nas Antas, embora o começo da relação tenha sido prometedor. 

21 anos depois, o Maisfutebol redescobre Paille. Tudo por culpa de José Mourinho e o Real Madrid. O contemporâneo de Eric Cantona e Zinedine Zidane responde com surpresa, ao perceber que está a falar para Portugal. Depois, desfila memórias atrás de memórias. 

Em 27 jogos oficiais marca dez golos. O primeiro, logo na atribuição da Supertaça Cândido Oliveira contra o Estrela da Amadora. «São excelentes recordações, apesar de nem tudo ter sido perfeito. Prefiro lembrar-me do bom acolhimento. Era um grupo formidável», começa por referir ao nosso jornal. 

«Os jogadores integraram-me bem. Lembro-me do capitão João Pinto, do André, do grande Aloísio e do Fernando Couto. Eram os primeiros passos do Vítor Baía e do Domingos. Também havia o Rabah Madjer», conta, numa pronúncia inatacável. 

Paille era, à época, um avançado razoavelmente conceituado. Artur Jorge conhecera-o nos tempos do Matra Racing, anos antes, e encantara-se com a frieza do enfant terrible do Sochaux. «Foi ele que me veio buscar. Marcava sempre contra ele em França. Acho que o Artur pensou que era melhor eu jogar para ele do que contra ele», atira Stéphane Paille.

«O F.C. Porto tinha sido campeão da Europa três anos antes. Achei que era uma boa oportunidade para reabilitar-me, pois tinha perdido o lugar no Bordéus», acrescenta o ex-avançado. O problema foi mesmo a súbita aparição de um quase adolescente chamado Domingos Paciência.

«Os seis primeiros meses passaram-se bem, mas contra o Dínamo Bucareste, na Liga dos Campeões, apanhei um cartão vermelho. A partir daí, acabou! O Domingos explodiu e o Artur Jorge deixou de me por a jogar. «Tens de aguentar, ficas no banco». Ouvi isto muitas vezes.» 

«Não podia fazer nada. O Domingos não parava de marcar. E também havia o Kostadinov. Os últimos seis meses foram demasiado longos. Não pude demonstrar o que sabia fazer. Sei que devia ter feito melhor. Era uma outra língua, uma outra maneira de trabalhar. E os treinos com o Artur Jorge eram difíceis, muito duros. Não estive ao meu nível», admite Paille, num auto de contrição com duas décadas de atraso.

Golos «bleus» de dragão ao peito

Stéphane Paille sabia fazer golos, como os vídeos abaixo postados podem confirmar. Fez alguns de belíssimo efeito. Frente ao Portadown, na Taça dos Campeões Europeus, voou para a bola e desviou de cabeça. Um pouco à Falcao.

No entanto, para o francês, o melhor de todos foi outro. «O meu primeiro no Estádio das Antas. Já não me recordo o adversário [Penafiel, 18 de Agosto de 1990]. Marquei com a mão. Não fiz de propósito, quis fazer um mergulho à peixe e não me saiu bem.»

As escolhas de Paille são curiosas. O jogo mais inesquecível, por exemplo, coincidiu com uma derrota. «Contra o Bayern, nos quartos-de-final da Taça dos Campeões Europeus. Estava um grande ambiente nas Antas, assustador para o adversário. Perdemos, foi pena.»

in "maisfutebol.iol.pt"

Hulk até marca mais no meio

Os números não deixam margem para grandes dúvidas: Hulk marca mais golos quando joga no centro do ataque. Vítor Pereira recuperou nos jogos com o Shakhtar e o Braga a fórmula experimentada na última época por André Villas-Boas e uma análise mais fria e detalhada do rendimento do internacional brasileiro é bem capaz de acabar de uma vez por todas com as dúvidas; é que Hulk marcou 10 golos nos onze jogos que realizou como ponta-de-lança ao longo da última época e meia. Sintomático. Mesmo assim, será justo dizer-se que Hulk é mesmo um ponta-de-lança? É claro que não, mas a verdade é que a sua grande qualidade lhe permite fazer essa posição com resultados ainda mais satisfatórios no plano individual. Aliás, e não querendo fazer de Hulk um especialista no jogo aéreo, os factos mostram ainda que os únicos dois golos apontados de cabeça pelo brasileiro desde que chegou ao FC Porto surgiram quando ocupou uma zona mais central do ataque - o últimos dos quais frente ao Braga; o primeiro com o Nacional, na época passada.
Mais há mais: se no plano individual não há dúvidas de que Hulk marca mais quando joga no meio, no aspecto colectivo os números também mostram que a equipa consegue obter excelentes resultados quando é esta a opção do treinador. É que nestes tais onze jogos aqui dissecados, o FC Porto venceu 10 e perdeu apenas 1, na recepção ao Benfica da última época para a Taça de Portugal. Mas venceu, por exemplo, jogos com características tão distintas como a recepção ao Marítimo ou Pinhalnovense, como também as deslocações a Sevilha ou, mais recentemente, a Donetsk.
Hulk já referiu que prefere jogar sobre a direita e o próprio Vítor Pereira não garantiu, após a vitória frente ao Braga, que o brasileiro continuaria no centro do ataque nos jogos que se seguem. A verdade é que este bom rendimento individual e colectivo abre espaço a outra questão: se na época passada Villas-Boas empurrou Hulk para o meio quando não tinha Falcao disponível, agora esta opção parece surgir devido às dúvidas quanto ao rendimento dos dois pontas-de-lança do plantel. Kléber e Walter continuam a apresentar um rendimento demasiado inconstante e, para além disso, existem neste grupo de trabalho vários extremos de qualidade, capazes de desempenhar bem o papel atribuído normalmente a Hulk.
Fica a dúvida do que se seguirá, na certeza, porém, de que o próximo jogo do FC Porto - recepção ao Zenit - está desenhado para nova aposta de Hulk ao meio.

Incrível a 9

ESTREIA CANARINHA

Hulk estreou-se a titular pela selecção brasileira precisamente no centro do ataque: foi frente ao México e o Brasil venceu (2-1). Estas novas experiências no Dragão reforçam-lhe o estatuto de polivalente, que poderá ser bastante útil na hora de Mano Menezes decidir.

NOITE LOUCA EM ISTAMBUL

Há um jogo marcante de Hulk na época passada: na visita a Istambul, para defrontar o Besiktas, o brasileiro jogou a totalidade da segunda parte no centro do ataque devido à expulsão de Maicon (43'), que forçou a saída de Falcao. Resultado: dois golos de Hulk numa vitória (3-1) importante na Liga Europa.

DERROTA COM O RIVAL

O FC Porto só não venceu um jogo quando Hulk jogou no centro do ataque. Foi na recepção ao Benfica (2-0), na última temporada, num jogo referente à primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal.



A dançar com Souza em homenagem ao Vasco

PEDRO MARQUES COSTA
Depois do segundo golo apontado ao Braga, Hulk esperou por Souza para uns passos de dança em forma de festejo. Afinal, que dança estranha foi aquela? E por que razão dançou Hulk com Souza? A história transporta-nos para o outro lado do Atlântico, mais concretamente para o Brasil, onde no próximo domingo se decide entre o Vasco da Gama e o Corinthians quem vai ser o campeão brasileiro. Souza é um confesso torcedor do Vasco, clube que representou antes de sair para o FC Porto, e pediu a Hulk, antes da partida com o Braga, para dançar aquela música em homenagem à equipa do Rio de Janeiro. E aquela música é tão só o novo funk do clube, chamado Trem-Bala da Colina, produzida por um conhecido músico brasileiro, Yuri, e que está em alta rotação, sobretudo entre os adeptos do Vasco, que não se cansam de a cantar - e dançar - no estádio.
Agora sobra outra pergunta: por que terá Hulk aceite o repto do compatriota? É fácil: o avançado torce, no Brasil, pelo Palmeiras, um dos rivais do Corinthians, e não quer ver o grande adversário a festejar o título de campeão no próximo domingo. Curiosamente, é o próprio Palmeiras que poderá impedir o Corinthians de vencer o campeonato, uma vez que terá de vencer o jogo para possibilitar a conquista do Vasco. É caso para dizer que o balneário do FC Porto está tão unido que até há parcerias para "ajudar" a decidir o campeão no... Brasil.

Kléber a marinar com golos saídos do banco

Kléber arrancou a temporada como o sucessor natural de Falcao e até começou por garantir a titularidade na equipa. No entanto, os primeiros golos só surgiram ao quinto jogo, na deslocação à Marinha Grande, onde os portistas venceram confortavelmente (5-2) o Leiria. Depois disso, ainda se seguiram mais dois golos em partidas importantes e de um elevado grau de dificuldade (recepções ao Shakhtar e Benfica) antes de uma seca que antecedeu uma lesão. Depois disso, Kléber voltou a marcar em mais três ocasiões, mas sempre na condição de suplente utilizado: jogos no Dragão com o Nacional, Paços de Ferreira e Braga. Feitas as contas, Kléber marcou sete golos nos 17 jogos realizados pelo FC Porto, 13 dos quais como titular.



Walter voltou a desaparecer depois de Coimbra

Depois de ter sido marginalizado no arranque da temporada, Walter aproveitou a lesão de Kléber para ter oportunidade de se mostrar. Arrancou com apenas 14 minutos em dois jogos (Gil Vicente e Benfica), antes de ter tido a estreia a titular em Coimbra, já em Outubro; Walter marcou um golo e ganhou a confiança do treinador para o jogo seguinte, desta vez frente ao Pêro Pinheiro. Resultado: vitória gorda (8-0) e mais quatro golos marcados. De seguida, falhou a Champions por não estar inscrito, antes de ter voltado a ser titular frente ao Nacional, num jogo em que marcou novamente. E foi tudo. Seguiram-se mais dois jogos a titular sem golos e o regresso à bancada. Pelo menos foi assim frente ao Braga...

in "ojogo.pt"

Invencibilidade rompe fronteiras

Os 41 jogos sem perder do Arsenal na Premiership, entre 2003 e 2004, são um registo já distante na actual caminhada do FC Porto e que nos obriga a romper para Leste na procura de invencíveis que superem a série que Vítor Pereira divide com Villas-Boas e Jesualdo Ferreira.
São 20 meses sem conhecer o sabor da derrota e que deixam os dragões a sete jornadas de um recorde absoluto a nível interno. É um ciclo exigente, sobretudo pela deslocação a Alvalade, mas que até compreende quatro jogos caseiros e deixa totalmente em aberto a concretização de um novo marco na história dos nossos campeonatos.
No novo século é preciso ir às provas mais remotas do futebol europeu para encontrar melhores marcas, o que confirma um outro dado: nos campeonatos de topo, não há quem se aproxime da actual marca dos portistas.
Só em ligas da antiga União Soviética é que se encontram registos que superam a meia centena de encontros sem derrotas. O campeão é o FC Sheriff, da Moldávia, que esteve 63 jogos invicto entre 2005 e 2008, o que acaba por ser um feito notável até para uma equipa que gozou de uma hegemonia interna de dez anos só interrompida na época passada.
Naturalmente, também Levadia Tallinn (Estónia) e Pyunik (Arménia) são reis em campeonatos completamente periféricos, num ranking de onde sobressaem unicamente os 55 jogos sem perder do Shakhtar Donetsk na Ucrânia, entre 2000 e 2002.
Vítor Pereira denotou algum desprezo pelos números, mas a barreira da invencibilidade é algo de que o plantel se orgulha e que defende, apontando ao tal recorde dos Campeonatos Nacionais. Romper fronteiras será um bónus para uma equipa que nem nos momentos mais críticos cede na Liga.

Alvalade é a prova de fogo

Prolongar a invencibilidade é juntar o útil ao agradável. Com o campeonato ao rubro, qualquer deslize tem implicações na tabela. Não é só um capricho que está em jogo, mas o grande teste à consistência do FC Porto é a deslocação a Alvalade, palco onde a série começou, depois de uma derrota pesada com o Sporting ainda na era de Jesualdo Ferreira. Os dragões só têm mais dois jogos para o campeonato até final do ano, sendo que o último é a recepção ao Marítimo, uma das equipas-sensação da temporada. Os leões abrem o ano 2012.

Maratonas sem derrotas

O desmembramento da União Soviética criou novos campeonatos que não primam pela competitividade. Melhor do que o FC Porto, só no bloco de Leste, mas os dragões correm também atrás da sua melhor marca (têm de bater o registo de Robson) e do recorde nacional, que pertence ao Benfica de John Mortimore.

in "ojogo.pt"

É para lembrar

Os mais optimistas dirão que se não faltassem apenas cinco minutos o FC Porto não teria relaxado tão cedo. O discurso pessimista aponta para a iminência do empate do Braga se o jogo demorasse mais um bocadinho. De uma forma ou outra, Vítor Pereira não quer que esse período se esqueça. Só assim não se repetirá.
As palavras do treinador no final do jogo vão no sentido das que já teve em Coimbra, naquela que foi a última derrota dos dragões, e fogem ao estereótipo do seu discurso tranquilo e pacificador. O técnico não admite mais erros primários e voltou a vincá-lo. No fundo, a estratégia da estrutura portista mudou e passa agora pela responsabilização do plantel. Pagos a peso de ouro, os jogadores devem estar sempre concentrados e as gafes individuais não merecem tolerância. Longe vão os tempos dos elogios aos jogadores mesmo quando os resultados não apareciam. Em Chipre, o treinador chegou a falar de uma "equipa à Porto" quando o golo da derrota aos pés do APOEL nasce precisamente de uma situação idêntica à do segundo tento arsenalista, com Álvaro Pereira a não acompanhar a subida de Charalambides.
Anteontem, contra o Braga, foram Hulk e Cristian Rodríguez a precipitarem o susto que os minhotos provocaram sobre o fim do jogo. Primeiro foi o brasileiro que cometeu um penálti desnecessário na ânsia de ganhar a bola e lançar novo ataque. Depois, o uruguaio ficou a dormir na subida de Paulo Vinícius. E este foi o momento que mais irritou Vítor Pereira, que imediatamente se manifestou e fez sentir ao uruguaio que a sua apatia e desleixo foram responsáveis pelo encurtar do marcador. Hulk errou, mas não foi por falta de esforço e, por isso, não houve manifestações na ordem das que se notaram depois do "sono" do Cebola. Este não gostou do reparo em voz alta e também o fez notar.
Além dos 5' a que Vítor Pereira se refere, o período de inépcia portista pode alargar-se aos últimos 10'. Nesse período, só foi à baliza do Braga no último instante do jogo e até então esteve sempre no seu meio-campo.

Pinto da Costa dá força ao treinador

As palavras de Vítor Pereira não são inócuas aos olhos do grupo. E muito por causa de Pinto da Costa, que já deu força ao treinador mais do que uma vez. Em Coimbra, depois dos 3-0 que eliminaram o FC Porto da Taça de Portugal, o presidente foi ao balneário culpar os jogadores por tal situação e dizer-se envergonhado por tais comportamentos, ficando sempre ao lado de Vítor Pereira. No passado sábado, numa homenagem em Melres, disse que a confiança no técnico era agora ainda maior do que quando o contratou, noutro sinal claro da carta branca que Vítor Pereira tem para encostar os jogadores à parede e puxar-lhes as orelhas pelos comportamentos de desleixo que comprometam os resultados da equipa.

Vítor Pereira aponta o dedo

ACADÉMICA

"Preocupa-me a equipa apresentar estes níveis. O jogo foi horrível. Não foi culpa do jogador A, B ou C, mas sim da equipa toda. Fizemos um jogo muito mau, com pouca agressividade ofensiva e defensiva. Inexplicavelmente, pura e simplesmente essa equipa não existiu.

BRAGA

"Só não gostei da parte final. Depois dos 3-0 deslumbrámo-nos e pensámos apenas em aumentar a vantagem, o que levou a algum desequilíbrio. São cinco minutos que devemos recordar, para que não voltem a acontecer.

in "ojogo.pt"

Teodoro Fonseca: «45 milhões? Nem dá para falar»

AGENTE GARANTE QUE NÃO FALTAM PROPOSTAS



Teodoro Fonseca é uma voz autorizada a falar de Hulk e, nesse sentido, Record entrou em contacto com o empresário, por forma a perceber se os 45 milhões de euros com os quais o PSG promete avançar para contratar o Incrível seriam suficientes para convencer os azuis e brancos a libertá-lo, sobretudo num período de crise financeira como este que se vive no nosso país. Indiferente a questões de ordem nacional, a resposta do agente foi rápida e taxativa.
“Quarenta e cinco milhões??? Esse valor nem para falar dá... É muito curto, já houve quatro ou cinco clubes que ofereceram isso e o FC Porto não aceitou”, garantiu Teodoro Fonseca, analisando depois a possibilidade de o camisola 12 sair em janeiro para outro campeonato: “O chamado mercado de inverno é utilizado, sobretudo, por clubes medianos, e por isso não acredito que ele saia nesse período. Só se alguém bater os 100 milhões de euros da cláusula de rescisão e, em janeiro, é pouco provável que isso aconteça. Se acontecer, então não há nada a fazer.”
in "record.pt"

Hulk no centro do mundo

ADAPTAÇÃO A PONTA-DE-LANÇA COMEÇOU COM JESUALDO



A adaptação nem sequer é nova, mas tem causado alguma celeuma entre a nação azul e branca e a opinião pública em geral. Foi com Hulk no centro do ataque que o FC Porto de Vítor Pereira renasceu para as vitórias, conforme ficou provado nos recentes jogos com o Shakhtar Donetsk e com o Sp. Braga, mas essa aposta continua a ser muito questionada. Esquecem-se, porém, que mesmo tendo abandonado o seu habitat natural, o Incrível adaptou-se facilmente ao novo esquema, até porque já trazia provas dadas nesse espaço central.
O processo de migração de Hulk, da direita para o centro do ataque, teve início com Jesualdo Ferreira, prosseguiu com André Villas-Boas e atingiu o auge, agora, com Vítor Pereira, tendo o internacional brasileiro apontado 3 golos em 2 jogos como ponta-de-lança. É, portanto, uma aposta que se tem revelado certeira e que, por isso, deve manter-se no jogo do tudo ou nada na Liga dos Campeões, frente ao Zenit.
in "record.pt"

«Quando Pinto da Costa aparece, as coisas mudam» - Rui Moreira

Para o mais mediático dos sócios do FC Porto, a intervenção de Pinto da Costa após o desaire em Coimbra para a Taça de Portugal foi determinante para a reacção da equipa, que respondeu com triunfos decisivos na Liga dos Campeões (Shakhtar Donetsk) e no campeonato (SC Braga).

«Quando Pinto da Costa aparece, as coisas mudam: continua a ser verdadeiramente insubstituível na estrutura do FC Porto. Há quem pense que ele já foi mais interventivo, mas eu não acho: faz as coisas no momento certo sem desautorizar ninguém. Foi importante para unir os jogadores e a equipa técnica porque havia sinais de que as coisas não estavam a correr bem», disse em declarações à TSF.

Rui Moreira veio várias vezes a terreiro criticar as opções de Vítor Pereira e as exibições da equipa, que têm sido abaixo do esperado, defendendo, porém, que não existem, por agora, razões que justifiquem a demissão do treinador:

«O FC Porto lidera o campeonato desde a primeira jornada e a única coisa que, até agora, correu francamente mal foi a Taça de Portugal, na qual o FC Porto perdeu com a Académica de uma forma injustificável. As exibições nem sempre têm sido as que os sócios e adeptos esperam, mas as coisas vão correndo e não fazia sentido fazer alterações. Mas os treinadores sabem que estão sempre sujeitos à crítica e a pressões», atirou.

Mudança de atitude

O empresário gostou da exibição da equipa no jogo de ontem com o SC Braga – vitória do FC Porto por 3-2 – sublinhando que «houve uma mudança na atitude dos jogadores mas também na forma como a circulação de bola foi feita». «A opção de colocar Hulk no eixo do ataque limita um pouco a equipa mas acabou por ser um jogador fundamental. O meio-campo jogou bem e Defour fez uma grande exibição», atirou.

Reforçar o plantel em Janeiro justifica-se apenas para contratar um ponta-de-lança que faça a diferença, mas... «Não sei é se há recursos financeiros nesta altura para o fazer. Há um aperto no crédito e o FC Porto tem bastantes jogadores. A dúvida tem a ver com o ponta-de-lança: a ideia que fica é que o Kléber ainda não está suficientemente amadurecido para ser a primeira escolha, o Walter tem altos e baixos e penso, que só para essa posição, faría sentido ir ao mercado. De resto, acho que o FC Porto tem jogadores mais do que suficientes.»


in "rr.pt"

Sindicato dos Jornalistas repudia agressão no Dragão

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) repudiou esta segunda-feira, através de comunicado, a alegada agressão de que terá sido vítima o jornalista Valdemar Duarte, ao serviço da TVI, no final do encontro entre FC Porto e o SC Braga, que decorreu no Estádio do Dragão. 

O jornalista alega ter sido insultado pelo próprio presidente do clube azul-e-branco e, posteriormente, agredido por elementos da segurança que acompanhavam Pinto da Costa.

O jornalista já apresentou queixa na PSP e recebeu agora o apoio do Sindicato. 

Leia o comunicado:

«1. O Sindicato dos Jornalistas repudia veementemente a agressão ao jornalista Valdemar Duarte, ao serviço da TVI, por elementos ligados ao presidente do Futebol Clube do Porto, Pinto da Costa, ocorrida na noite de ontem, domingo, no interior de instalações deste clube. 

2. De acordo com as informações que o SJ possui, o nosso camarada foi insultado pelo presidente do clube quando se encontrava a descer da tribuna de imprensa e dirigindo-se à sala de imprensa do Estádio do Dragão. 

3. Posteriormente, o mesmo jornalista foi agredido por um elemento que acompanhava Pinto da Costa e foi ameaçado fisicamente por elementos da equipa de segurança privada de serviço ao Estádio do Dragão durante o jogo entre FC Porto e Sporting de Braga. 

4. A Direcção Nacional do SJ manifesta total solidariedade para com o jornalista Valdemar Duarte e denuncia como absolutamente inaceitável o comportamento do presidente do FC Porto, bem como dos elementos próximos deste dirigente desportivo ou da empresa de segurança privada. 

5. O SJ considera que o agressor deve ser punido exemplarmente, já que não pode haver qualquer justificação para a violência – física ou verbal – nem se pode aceitar que dirigentes desportivos exerçam retaliações de qualquer tipo porque não gostem da forma como este ou aquele profissional, este ou aquele órgão de informação realizam a sua missão de informar ou exercem o direito à opinião. 

6. Nesse sentido, o SJ apela aos jornalistas e a outras pessoas que testemunharam os acontecimentos, para que se disponibilizem a depor no inquérito judicial que necessariamente terá de ser aberto, bem como na apreciação da queixa que o SJ vai apresentar à Entidade Reguladora para a Comunicação Social. 

7. O SJ apela por outro lado à Liga Portuguesa de Futebol Profissional e às demais autoridades para que contribuam para a reposição do respeito pela integridade física dos jornalistas que se deslocam às instalações dos clubes em missão profissional. 

8. O SJ apela ainda aos jornalistas que cobrem as actividades do FC Porto, em particular, e dos clubes desportivos em geral, para que continuem a desempenhar a sua missão com a maior coragem e a resistir à intimidação física ou psicológica, fazendo respeitar o direito dos cidadãos à informação livre e independente.»


in "abola.pt"

Hulk não tem preço

Hulk está de novo em alta. Os três golos que apontou nos dois últimos jogos - um na Ucrânia, frente ao Shakhtar, e os dois no Dragão, com o SC Braga - ajudaram o FC Porto a reentrar no trilho certo e a manter-se em relevo nos quadros classificativos da Champions e da liga nacional.

No momento de maior tensão na cabina portista, coube a Hulk o papel de iniciar a desejada revolução em campo. Após o desastre de Coimbra, com a eliminação da Taça de Portugal, numa partida em que nem ele conseguiu resolver os grandes problemas de identidade que a equipa sentiu, o atacante brasileiro libertou as amarras que prendiam o dragão e abriu caminho para duas vitórias importantíssimas para eliminar o quadro de turbulência em que o clube se encontrava.

São exibições assim, com qualidade e golos, que despertam a atenção dos grandes clubes internacionais. Hulk é já uma figura conhecida de todos os departamentos de scouting dos principais emblemas da Europa, mas jogar como titular na selecção do Brasil, como aconteceu nos dois desafios de carácter particular, e assumir-se cada vez mais como a grande estrela do FC Porto, um clube sempre na moda no mercado de transferências, abre ainda mais os horizontes para o incrível.

Sair só mesmo pelos 100 milhões, o que equivale por dizer que Hulk, neste momento, não tem preço.


in "abola.pt"