segunda-feira, 13 de setembro de 2010

F.C. Porto prepara Rapid Viena já com Guarín


A integração, ainda que de forma condicionada, de Freddy Guarín no grupo de trabalh do F.C. Porto é a grande nota de destaque da sessão de trabalhos que os dragões realizaram esta segunda-feira, a primeira com vista ao jogo com o Rapid Viena.

O colombiano estava ausente dos trabalhos desde o jogo com a Naval, o primeiro do campeonato, e caminha, assim, a passos largos para voltar a ser opção para André Villas-Boas.

Com a integração de Guarín, Mariano Gonzalez passa a ser o único nome presente no boletim clínico. O argentino desenvolve treino condicionado.

A preparação para o jogo de estreia na fase de grupos da Liga Europa (quinta-feira, 20h15) prossegue já esta terça, com mais uma sessão matinal de trabalhos no Olival, à porta fechada.

in "maisfutebol.iol.pt"

FC Porto. O que o dragão tem que o dérbi de Lisboa não vai ter



.Nove pontos de vantagem dos portistas, tantos como os pontos para o campeão Benfica. Que joga uma crise contra o Sporting...

Terça-feira o Benfica joga contra o Hapoel Telavive (Liga dos Campeões) e dois dias depois o Sporting vai a Lille (Liga Europa). As noites europeias podem aliviar o stresse de muita gente, mas só vêm distrair do essencial: domingo há um dérbi de crise em que o mais provável é não se ver nada daquilo que aconteceu no último FC Porto-Braga: qualidade. Os dragões estão um passo à frente, têm nove pontos de vantagem para o campeão. Na tabela dos pontos e fora dela:


1- TREINADOR, IMACULADO Experiente ou não, copiado ou original, Villas Boas só sabe o que é ganhar e isso dá-lhe força para tudo. Nem que seja para arrasar Raul Meireles (como chegou a fazer antes da saída para o Liverpool), fazer de Moutinho um jogador de 66 minutos, ou deixar Fucile ou Rodríguez no banco. Jorge Jesus tem uma vitória (Setúbal) e Paulo Sérgio sobrevive com o oxigénio europeu. E tudo se discute.

2- DEFESA, FUNCIONA O FC Porto sofreu apenas dois golos em quatro jogos. A defesa perdeu Bruno Alves mas Maicon impõe--se ao lado de Rolando. O Benfica tem tantos golos sofridos como marcados (6), a equipa perdeu a consistência defensiva do ano passado e treme em qualquer campo e de qualquer maneira, especialmente em lances aéreos. Aqui, até o Sporting parece mais forte, mesmo com a revolução de Carriço e Nuno André Coelho. Uma questão: Patrício é o guarda-redes? Ou será Hildebrand? Podia ser pior, se por lá houvesse um Roberto (deixou os frangos, mas ainda ninguém o viu serenar).

3- MEIO-CAMPO, ENCONTRADO Fernando, Belluschi e Moutinho (ou Micael). Tudo está definido para Villas Boas. E na Luz? Javi García ainda está à procura do que jogava na época passada e, pior, não há quem renda o mesmo que Ramires ou Di María. No Sporting, a experiência de Maniche e a juventude de André Santos agradam mas não ganham jogos. Entre Valdés, Zapater e Vukcevic, as incógnitas continuam em aberto.

4- FALCAO, O AVANÇADO Há quem se queixe do cansaço. É? Falcao passou a última semana na selecção da Colômbia, chegou limitado e mesmo assim conseguiu ser decisivo no FC Porto-Braga, sem marcar mas desfazendo Miguel García ou saturando a defesa. Com dois golos acumulados nas primeiras jornadas, já descolou de Liedson e de Cardozo, ainda adormecidos.

5- HULK, O MELHOR É o goleador da Liga (três) e provavelmente o melhor futebolista. No ano passado andava desesperado, a tentar jogar sozinho, agora rende para a equipa e parece um passo à frente de qualquer outro jogador. A ele junta-se ainda Varela (dois golos ao Braga), enquanto em Alvalade ou na Luz não há quem se veja em grande forma.

6- BANCO, DE FACTO O FC Porto joga a vitória contra o Braga: Villas Boas lança Micael, Rodríguez e Souza, no banco ainda tem Valter, Fucile e Otamendi. Tudo funciona. Na Luz, César Peixoto, Ruben Amorim e Jara saltam de suplentes para a indiferença. O Sporting tem como alternativas Vukcevic, Postiga e Saleiro, mais Diogo Salomão, Torsiglieri e Zapater... Os nomes importantes são poucos. E pouco rendem.

7- DISCIPLINA, IMPECÁVEL O FC Porto é hoje uma equipa serena que só viu quatro cartões em quatro jogos. Em Guimarães, Olegário Benquerença esforçou-se para mostrar sete cartões ao Benfica, mas a tendência encarnada para a indisciplina já era anterior: ao todo, as águias somam 13 amarelos e um vermelho, são a equipa mais indisciplinada da prova. Perseguição da arbitragem? O Sporting, por aqui, continua aceitável (sete cartões).

8- MERCADO, CERTO O FC Porto fez duas contratações cirúrgicas para substituir Bruno Alves (Otamendi) e Raul Meireles (João Moutinho). De resto, os que chegaram estão longe de confundir a estrutura existente. No Benfica é o contrário. Gaitan está a ser forçado como novo Di María e Salvio vestirá o mesmo papel para o lugar de Ramires. Precisam de tempo, estão lá, mas ainda não o são. Jesus vai contornando a tentação de mudar a táctica (já o fez para encaixar Jara) e a equipa, em vez de crescer, ganhou areia na engrenagem. No Sporting qual é a desculpa? Falta o pinheiro?

9- DISCURSO, VERDADEIRO

Após cada vitória, Villas Boas dá-se ao luxo de continuar a ganhar pontos com as palavras. Depois de derrotar o Braga, logo arranjou forma de dar a bicada ao Benfica e ao Sporting, deixando- -os fora das três melhores equipas portuguesas da actualidade (elogiando o Vitória de Guimarães). Villas Boas até já tinha pontuado, recorde-se, com a questão dos "monólogos" de Jorge Jesus. O treinador do Benfica, nas suas intervenções, vai encontrando desculpas nas arbitragens ou no atraso na preparação provocado pelo Mundial; e Paulo Sérgio vai inventando as suas tiradas mais ou menos incríveis, entre "pinheiros" e a "melhor equipa do Mundo". "Sempre na brecha."
 
in "ionline.pt"

Hulk em quase metade da produção de ataque

Hulk rima com vitória. Gramaticalmente esta afirmação pode não fazer muito sentido, mas no futebol faz. E de que maneira. O FC Porto continua a não conhecer outro resultado senão a vitória desde que o Incrível regressou à competição, em Março último, após o castigo imposto pela Comissão Disciplinar da Liga. São 16 vitórias consecutivas em partidas oficiais nas variadas competições, 14 das quais com o brasileiro (falhou o Genk e o Rio Ave, já esta época, por motivos pessoais) em campo.

Contudo, para se perceber melhor o peso do jogador na equipa é preciso recorrer a outros números: nesses 14 jogos, o FC Porto marcou 41 golos - quase três por partida - e Hulk assinou directamente 10 e indirectamente, através de assistências, nove, com Falcao a ser o principal beneficiário.

Portanto, Hulk participou activamente em 19 golos, quase metade da produção da equipa desde o jogo no Restelo, que marcou o seu regresso à competição. Além disso, o brasileiro foi decisivo em vários jogos: foi o goleador solitário nos encontros com a Naval, o Rio Ave, e fez três dos quatro golos no triunfo sobre o Genk. Aliás, neste arranque de temporada, Hulk tem-se cotado como o melhor marcador da equipa - já leva sete golos, seis dos quais nos últimos três jogos, todos disputados após a ida ao Brasil por causa do falecimento da sobrinha.

Contra o Braga, Hulk voltou a ser considerado, por O JOGO, o melhor em campo, como já tinha acontecido em mais sete vezes nos outros 13 jogos em que participou desde o castigo. Desta vez, marcou um golo ao amigo Felipe e construiu, entre dois adversários, o lance do primeiro, oferecido em bandeja de ouro a Varela.

Números de Hulk

9 assistências

Varela foi o último a beneficiar dos seus passes mortais, na primeira assistência desta época. Na anterior, fez oito nos nove jogos em que participou

Só falhou dois jogos

Nos 14 jogos em que Hulk participou, o FC Porto marcou em média quase três golos. O brasileiro participou activamente em quase metade deles, sublinhando dessa forma a sua importância na equipa. Nos dois jogos em que não esteve (Genk e Beira-Mar) a média manteve-se

10 golos

Seis foram nos últimos quatro jogos, em que até fez um hat trick, na recepção ao Genk. Já tinha marcado à Naval no arranque da Liga. Os outros três foram na parte final de 2009/10

Rever músculos de Hulk

Guarín e Mariano eram, até ao jogo com o Braga, os únicos clientes do departamento médico. Porém, é provável que hoje Hulk lhes faça companhia. O brasileiro acabou a partida com cãibras e em visíveis dificuldades físicas pelo que será sujeito a uma reavaliação antes do treino. Contudo, não estará em causa a presença no jogo com o Rapid.

in "ojogo.pt"

Vitórias adjectivos

Lidou com desconfianças e adversidades, mas o resumo dos sete primeiros jogos não lhe podia ser mais favorável: vence e convence. Em contraste com Jesualdo Ferreira, também ele globalmente vitorioso mas incapaz de seduzir por completo a massa adepta portista, André Villas-Boas parece mais consensual na admiração. O Benfica foi o primeiro teste de fogo, ultrapassado com distinção, e o Braga terá servido de prova dos nove para os mais resistentes.

Mais do que o registo simples das vitórias, convém sublinhar algumas adversidades a que foi dando resposta e que talvez ajudem a perceber a unanimidade dos elogios: contornou o impacto das saídas de Bruno Alves e Meireles, dois dos pilares das últimas épocas; ficou sem Hulk horas antes do jogo do play-off com o Genk e ganhou confortavelmente; Ukra lesionou-se no primeiro minuto de jogo com o Beira-Mar e a resposta foi nova goleada; experimentou um desenho táctico diferente na segunda mão com o Genk sem comprometer o resultado; esteve duas vezes a perder com o Braga e encontrou saída. Numa pausa para respirar, é justo dizer que os adversários directos também têm ajudado.

A isto, junte-se um discurso que vai directo ao assunto, que usa as palavras certas para entrar nos ouvidos dos adeptos e provocar reacções. As melhores, como se comprova pela amostra recolhida. Percebe-se agora aquela ideia do perfil de treinador que, quando ainda não havia nome assumido, provocou sorrisos desconfiados assim que foi divulgada: o FC Porto procurava um sedutor. Villas-Boas gaba o controlo emocional da equipa dentro de campo, mas tem sido precisamente o descontrolo das suas próprias reacções, com festejos enérgicos como aquele que brindou os adeptos no final do jogo com o Braga, a captar a atenção das massas.

Opiniões

Rui Moreira

Determinado

"André Villas-Boas é um treinador determinado. Pela forma como entusiasma os jogadores e também pela forma como põe a equipa a jogar, com raça. Dou o exemplo do Fernando. Era um jogador tímido e agora até joga na grande área adversária. Destaco também a maneira como o treinador participa no jogo; até parece que está a jogar. Isto não se via com Jesualdo."

Álvaro Magalhães

Restaurador

"As sete vitórias souberam pela vida, mas o melhor é ver restaurado o espírito e o orgulho do clube, que Jesualdo Ferreira mascarara. A postura quase arrogante contra o Benfica, na Supertaça, a vitória nascida do inconformismo na Naval e a reviravolta com o Braga revelaram com clareza que há ali uma nova energia irradiante, uma força, uma alma, seja o que for. E a 'culpa' é dele. Que mais dizer?"

Manuel Serrão

Promissor

"Apesar de termos um treinador novo, reencontrámos velhas tácticas de ganhar. Estou a gostar das contratações que foram feitas, dos resultados obtidos até agora e até dos frangos do Helton, que não comprometem. Por tudo o que se está a passar, acho que o trabalho do treinador é promissor. Villas-Boas é uma das razões para o sucesso neste início de temporada."

Carlos Tê

Formidável

"A primeira palavra que me vem à cabeça quando olho para o FC Porto de André Villas-Boas é formidável. Confesso que não estava à espera deste início tão retumbante, embora só agora tenha chegado o primeiro grande teste da temporada, com o Braga. Destaco também a capacidade de reacção do treinador nas adversidades, que reflecte a sua personalidade."

Pôncio Monteiro

Ambicioso

"Quando se ganha estamos sempre contentes e não há nada a apontar à orientação seguida na escolha do treinador. Sabia, e disse, que não era uma aposta de risco porque era um treinador da casa, conhecia bem o clube e tem sido feliz. A equipa está a jogar bem e a ganhar, e André Villas-Boas mostra que quer ganhar. Escolheria a palavra ambição porque acho que assenta bem ao que tem dito e mostrado."

Jaime Magalhães

Competente

"André Villas-Boas está a fazer um bom trabalho, porque tem praticamente todos os jogadores disponíveis e em boa forma. Ora, essa disponibilidade do plantel faz com que o FC Porto esteja bem e a ganhar jogos, visto ter um grupo de jogadores recheado de qualidade. Aliás, à semelhança de outras temporadas, o FC Porto tem um bom plantel, com grandes jogadores. E o treinador está a ser competente."

A uma vitória de igualar início do mestre Robson

Se vencer na Choupana, de hoje a oito dias, Villas-Boas alcançará a quinta vitória consecutiva neste arranque de campeonato, o que lhe permitirá igualar séries conseguidas por António Oliveira (97/98) e Bobby Robson (94/95), um dos seus mentores. Contudo, é a Jesualdo Ferreira que pertence o recorde de jogos seguidos a vencer num início de prova com oito triunfos em 2007/08, interrompidos com um empate caseiro com o Belenenses. Em relação à invencibilidade, o FC Porto de Mourinho esteve 33 jogos sem ser derrotado.

Exuberante

Já toda a gente reparou na forma exuberante de André Villas-Boas festejar os golos e as vitórias do FC Porto. Desde os festejos individuais com os jogadores, que reflectem proximidade e cumplicidade, aos festejos para as bancadas, normalmente no fim dos jogos, que reflectem uma empatia com os adeptos pouco vista nas últimas épocas.

in "ojogo.pt"

Comentario Jorge Maia

Uma questão de probabilidades


Na sexta-feira, 24 horas antes do jogo entre o FC Porto e o Braga, o presidente do Benfica adivinhou a vitória dos portistas e a ampliação da diferença entre o líder do actual campeonato e o vencedor do anterior para nove pontos. Houve quem deduzisse que o dirigente encarnado fez a previsão com base em eventuais benefícios da arbitragem que tratariam de garantir o triunfo do FC Porto, mas há outra hipótese de interpretação para uma profecia que pode muito bem ter sido baseada apenas nas leis da probabilidade. Afinal, desde que o Conselho de Justiça corrigiu a sentença da anterior Comissão Disciplinar da Liga no caso do túnel da Luz, reduzindo a pena de Hulk de quatro meses para três jogos, devolvendo o Incrível ao seu lugar nos relvados, o FC Porto ganhou todos os jogos oficiais realizados. Todos. Sem excepção. Era apenas uma questão de probabilidade que ganhasse frente ao Braga. Como, provavelmente, teria ganho aqueles que Ricardo Costa o impediu de jogar, influenciando o desfecho não apenas de um jogo, mas de um campeonato inteiro.

in "ojogo.pt"

Rapid perde antes de visitar o Dragão

O Rapid perdeu o dérbi de Viena com o Áustria por 1-0, com um golo de Linz, avançado que actuou no Boavista e no Braga. O adversário do FC Porto na jornada inaugural da Liga Europa jogou em casa e nem o apoio do público ou a estreia de Hesselink - o tal que Co Adriaanse queria contratar para o FC Porto - conseguiram empurrar a equipa para um triunfo. Pedro Emanuel esteve no Estádio Hanappi e tirou apontamentos que chegarão ainda hoje às mãos de Villas-Boas. O Rapid dispôs de algumas ocasiões de golo, mas a pontaria não estava afinada. Além disso, demonstrou debilidades defensivas, sobretudo por apostar no fora-de-jogo do rival. O Rapid caiu para o sexto lugar do campeonato, com nove pontos conquistados, fruto de três vitórias e quatro derrotas.

in "ojogo.pt"

Hulk está "on fire"


Naval, Genk (hat-trick), Rio Ave (bis) e Sp. Braga. Só o Benfica encontrou o antídoto para travar a veia goleadora de Hulk e isso foi logo a abrir a época, na Supertaça Cândido de Oliveira. Desde então, o internacional brasileiro fez o gosto ao pé nos 4 jogos em que foi utilizado e em 2 deles por mais do que uma vez. Sim, fez o gosto ao pé, já que de cabeça continua sem marcar. Nada que preocupe os portistas, que o que querem ver é o Incrível a meter a 5.ª já frente ao Rapid Viena, na próxima... 5.ª feira.

Aí está o grande goleador que Jesualdo Ferreira vaticinou. Na antevisão ao jogo em P. Ferreira, que abriu a Liga 2009/2010 para os dragões, o professor explicou os motivos que o levaram a colocar Hulk no centro do ataque em diversos jogos dessa pré-época: “Por limitações, o FC Porto começou a treinar apenas com três avançados e por isso esses jogadores tiveram de ser espalhados pelos lugares disponíveis.

Assim, e porque não fazia sentido limitá-lo às laterais, o Hulk está a aprender a jogar no meio e acredito que ele vai ser um grande goleador. O que ele está a fazer é conhecer os espaços frontais do sistema ofensivo, tal como todos os avançados de topo têm de fazer.” Visto isto, fica claro que foi Jesualdo que fez desencadear o monstro das balizas que há em Givanildo Vieira de Souza, mas também é verdade que foi já com Villas-Boas que Hulk começou a fazer jus ao seu nome de guerra.

De facto, foi nos espaços frontais que Hulk apontou os 7 golos que leva na atual época. De qualquer forma, também há muito mérito de Villas-Boas na forma como conseguiu domar a rebeldia tática que o brasileiro apresentava com Jesualdo. O novo treinador definiu uma única posição – extrema direita – para o Incrível e é a partir daí que ele tem feito a diferença, marcando golos a um ritmo surpreendente

in "record.pt"

Dragão acelera a 300



O F. C. Porto prepara-se para dobrar mais uma barreira e atingir um número expressivo no plano europeu. Na quinta-feira, a recepção ao Rapid de Viena não será só mais um desafio na Liga Europa. Será o 300.º jogo internacional dos dragões.

Há quase 54 anos, no dia 20 de Setembro de 1956, o F. C. Porto rasgou os horizontes nacionais e deu-se a conhecer à Europa do futebol. Recebeu o Atlético de Bilbau no extinto Estádio das Antas e iniciou, assim, uma caminhada fulgurante no plano internacional com resultados bem guardados na memória. Seis troféus no museu atestam as competências dos dragões no estrangeiro: duas Taças Intercontinentais, outras tantas dos Campeões Europeus, uma Taça UEFA e uma Supertaça Europeia. É um registo de respeito e sem paralelo a nível nacional.

Mas o desafio de estreia nas provas internacionais não foi nada saboroso. A falta de traquejo dos dragões esteve na origem de uma derrota, por 2-1, diante do conjunto basco, apesar de desfilarem no relvado os nomes de José Maria Pedroto, Hernâni, Jaburu e Virgílio. Disputava-se a Taça dos Campeões Europeus e aquele foi o primeiro suspiro de um clube, que ainda não tinha consolidado as bases de afirmação. Gaínza abriu o marcador, depois José Maria empatou e Canito fez o resultado final. Em Bilbau, os azuis e brancos perderiam por 3-2 e seriam eliminados.

Rasgar horizontes nos anos 80

Só depois de 1974/75, os dragões passaram a afirmar-se de forma mais consistente além-fronteiras. A partir daí, acumulam um registo consecutivo de presenças nas competições europeias e os primeiros picos de êxito seriam alcançados na década de 80 do século passado. A presença na final da extinta Taça das Taças, em 1983/84, é o primeiro sinal de crescimento sustentado, apesar de o jogo ter sorrido à Juventus. Depois da valsa em Viena, onde o F. C. Porto ganhou a Taça dos Campeões Europeus ao Bayern Munique, outros êxitos se seguiriam no presente milénio com a conquista da Taça UEFA e da Liga dos Campeões. O F. C. Porto também mantém registos curiosos, apesar de serem ofuscados pelos troféus e estarem algo escondidos na memória. Entre 1975/76 e 1987/88, por exemplo, o dragão esteve 29 jogos sem perder em casa. E só viria a ser travado pelo Real Madrid (2-1), na segunda eliminatória da Taça dos Campeões Europeus, curiosamente, quando defendia o troféu.

Ao completar 300 jogos internacionais diante do Rapid Viena, (Grupo L da Liga Europa), os portistas continuam no peugada do Benfica, a equipa portuguesa com mais desafios além-fronteiras. Contabiliza 325 encontros.

in "jn.pt"

Fucile «pediu para ficar no F.C. Porto» e está prestes a renovar


Foi um dos jogadores mais constantemente colocados na rota de saída do Dragão, no último Verão, mas a ligação ao F.C. Porto até vai ser prolongada por mais três anos. Falamos de Jorge Fucile, o lateral que brilhou no Mundial ao serviço do Uruguai, mas que optou por permanecer na, agora, sua cidade, apesar do assédio do Schalke 04.

O representante do defesa, Pablo Tomaduz, confessou ao Maisfutebol que a saída esteve iminente, mas foi o próprio Fucile a pedir para ficar no F.C. Porto, vontade a que se aliou o desejo da direcção em continuar a contar com o atleta. Tudo misturado e o uruguaio até está prestes a prolongar a sua ligação aos azuis e brancos.

«Ainda não está nada assinado, mas há um acordo verbal com a direcção. O novo contrato será até 2014 e haverá uma revisão salarial. O Fucile está muito contente porque foi ele que pediu para ficar no F.C. Porto. Também havia interesse do clube, portanto, foi juntar as duas partes», conta Pablo Tomaduz ao nosso jornal.

O agente acredita que tudo ficará em pratos limpos «dentro de dias», talvez até ao final da semana. «É apenas uma questão de aguardar os processos burocráticos. Eu sou um homem de palavras e o F.C. Porto também, por isso não haverá qualquer problema. A palavra também é válida, para mim», esclarece. Recorde-se que o contrato de Fucile expirava no final desta época.

«Titularidade? Quando chegou também havia o Bosingwa...

Fucile começou tarde a temporada e a indefinição quanto ao futuro foi uma constante, praticamente, até ao fecho do mercado. No final, prevaleceu a vontade do jogador: «O Fucile acha que foi o melhor para ele ficar no F.C. Porto. Está muito cómodo, adora a cidade, tem a vida dele estabilizada lá e muitos amigos no Porto. Houve a possibilidade de sair, como se sabe, mas ele preferiu ficar.»

As indefinições acabaram por lhe custar a titularidade e, apesar de já ter somado alguns minutos esta época e ser o segundo jogador do plantel com mais jogos pelos portistas (ao todo são 109; Helton tem 161), tem sido tarefa impossível tirar o lugar a Sapunaru, que tem estado em nível bastante aceitável. Junte-se o facto de o F.C. Porto ter ganho todos os jogos e percebe-se que Fucile terá trabalho árduo pela frente para resgatar o lugar. Nada que o assuste, garante Pablo Tomaduz.

«Ele agora está a 100 por cento e vai lutar pela titularidade. Quando chegou ao F.C. Porto também havia o Bosingwa e ele conseguiu impor-se. Agora vai ter de lutar outra vez. A relação com o treinador? É boa. Se não fosse, ele não tinha pedido para ficar. Agora só pensa em ajudar, porque o principal é que a equipa ganhe», concluiu o agente.

Jorge Fucile chegou ao F.C. Porto em 2006, emprestado pelos uruguaios do Liverpool de Montevideu, mas conseguiu impor-se a ponto de levar a direcção azul e branca a adquirir o seu passe e é hoje um dos mais carismáticos jogadores dos dragões.

in "maisfutebol.iol.pt"

Hulk mais incrível

Melhor arranque de época do atacante no Dragão. Três jogos a fazer golos é registo novo para o brasileiro que tem grande projecção até no Brasil.

Hulk entrou endiabrado na época e não há discussão sobre o momento do atacante: está a viver o melhor início de temporada no FC Porto. O golo facturado anteontem frente ao Sp. Braga valeu o reforço da ideia e, ainda, um registo inédito do brasileiro pelos dragões.

Os portistas nunca celebraram com tanta frequência a pontaria de Hulk, que anda a marcar há três jogos consecutivos, iniciando este ciclo com outra novidade a azul e branco, um hat-trick ao Genk, na segunda mão do play-off da Liga Europa. Depois, foi o Rio Ave a vítima e, anteontem, o Sp. Braga, também passou a figurar na colecção feliz do atacante, a quem chamam de Incrível do Dragão.

A comparação dos percursos de Hulk no arranque das duas temporadas anteriores, projecta uma certeza sobre o avançado. Hulk está mesmo mais incrível em 2010/11, pois na medida exacta dos primeiros cinco utilizações em jogos oficiais, apresentou apenas um golo na época de estreia e repetiu o número magro há um ano - dessa vez, só de penalty acertou em cheip no alvo, frente ao Leixões, na quarta jornada do campeonato. Os números actuais equivalem a uma diferença para lá de gritante: sete golos nas cinco vezes em que André Villas Boas o colocou em acção.

À cabeça dos melhores marcadores do campeonato e a liderar a tabela interna dos goleadores do FC Porto na nova época, o brasileiro vai juntando razões para sonhar com o melhor ano desde a chegada ao FC Porto no Verão de 2008, apontado como um talento a descobrir e apresentado à família como uma aquisição das que figuram na grelha dos milhões de euros. Por isso, ou também por isso, alguma desconfiança circundou inicialmente o jogador, mas a afirmação foi surgindo e dois anos mais tarde são, sobretudo, certezas fortes que saltam à vista nas análises, nas apreciações ao rendimento do futebolista.

in "abola.pt"