quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Empresário de Guarin: “Ele gosta de sentir a pressão”


O FC Porto vem da mais descolorida exibição da época, frente ao Feirense, em Aveiro, onde perdeu os primeiros pontos, com o empate a zero.
Apesar da exibição pobre, foi Guarin o jogador que sobressaiu. Guarin regressou após a ausência para a Champions, devido a castigo. O colombiano amanhã será titular e o seu representante Marcelo Ferreyra, diz que é de pressão que Guarin gosta.
“Ele precisa, e em parte o Villas-Boas deu-lhe isso, de sentir-se protagonista, de sentir que é importante, que tem pressão sobre os ombros, que os focos estão direccionados para ele. Ele tem de mostrar ao novo treinador que pode contar com ele. Se o treinador precisar do Freddy, ele estará disponível. E tem a consciência do que significa para os adeptos ganhar este clássico”, disse Ferreyra.
Marcelo Ferreyra, nesta entrevista a Bola Branca, não esconde o desalento de Guarin pela expulsão na final da Supertaça Europeia. Mas o jogo de amanhã pode ajudar a ultrapassar o problema que afectou psicologicamente o jogador.

“Ele ficou muito triste com a suspensão de dois jogos. O jogo de amanhã vai ajudá-lo a ultrapassar este momento. O Freddy vai mostrar cada vez mais que está pronto a dar tudo pelo Porto. Ele aprendeu com esta experiência”, garante Ferreyra.
Freddy Guarin cumpre a quarta época ao serviço do FC Porto. O representante do jogador garante que o clube azul e branco terá sempre preferência por Guarin, numa proposta que certamente irá chegar ao Dragão, no futuro com vista a uma transferência.

in "rr.pt"

Benfica pagava mais ao dragão Mangala


Eliaquim Mangala reforçou este defeso o plantel do FC Porto, mas a verdade é que esteve também muito perto de assinar pelo Benfica, o primeiro clube a interessar-se pelo defesa francês.
Os encarnados chegaram mesmo a oferecer 7,5 milhões de euros pelo seu passe, mais um milhão do que o acordo firmado entre FC Porto e os belgas do Standard de Liége, e também oferecia um salário superior ao central, mas este optou pelo convite dos campeões nacionais.

in "dn.pt"

Defour-Witsel: quando um se aconselha com outro


Médios do F.C. Porto e do Benfica são o futuro do futebol belga. Por detrás têm um passado em comum, pela frente um futuro promissor.


Defour e Witsel, novos nomes nas versões actualizadas e revistas de F.C. Porto e Benfica. O elo de empatia profusa atenuado pela distância de 300 kms. Uma novidade para ambos. Defour olha para o lado e Axel já lá não está; Witsel levanta a cabeça e Steven enverga um equipamento diferente.

Rolão Preto conhece-os na perfeição. O assistente de Laszlo Boloni celebrou com ambos a conquista do título belga na época 2008/09, além de suas supertaças. «Possuíam uma harmonia muito grande nos movimentos que faziam em campo. Posso dizer que jogavam de olhos fechados», começa por referir ao Maisfutebol o actual treinador adjunto do PAOK.

«Chegámos a Liège e percebemos que a equipa ia assentar na influência do Defour, do Witsel e do Fellaini. Poucas semanas depois, este último foi vendido ao Everton, o que aumentou a relevância do Steven e do Axel dentro da equipa. Eram atletas determinantes nos nossos planos. Uma excelente dupla.»

2006/07, o dealbar de Defour e Witsel no futebol profissional. Areias assiste a tudo na primeira fila. O antigo lateral esquerdo de F.C. Porto e Boavista partilha o balneário com estes dois meninos, um de 18 e outro de 17 anos. Projectos laboratoriais de médios todo-o-terreno, talentos a pulsar descompassadamente no dia-a-dia do Standard.

«O Defour era mais velho e apresentava uma maturidade superior na altura», recorda Areias. «Ele vinha do Genk, numa transferência polémica, e impôs-se rapidamente na equipa [29 jogos, 4 golos no campeonato. O Witsel era ex-júnior, treinava bem, mas jogava poucas vezes [16 jogos, 2 golos]. Percebia-se que eram uma aposta séria do clube.»

Nessa altura, já Costa Mbisdikis, sogro e ex-treinador de Defour, projecta um futuro radioso cintilante aos dois. «A Bélgica passava por uma grave seca de valores. O Defour e o Witsel, como o Fellaini, tornaram-se a grande esperança de todos os que gostam de futebol. Eram muito amigos e chegaram rapidamente à selecção.»

Em Portugal, embora a rivalidade entre F.C. Porto e Benfica se mantenha efervescente, Defour e Witsel continuam a falar. «Sim, assim que o Steven soube que ia para Portugal, creio que se aconselhou logo com o Axel», confirma Costa Mbisdikis.

Em vésperas de grande clássico no Dragão, a Bélgica olha com atenção redobrada sobre dois dos seus futebolistas mais queridos. Afinal, grande parte do futuro imediato da selecção passa por eles. «Esta é uma boa geração e a Bélgica até pode pensar em estar nas grandes competições. O Defour e o Witsel chegaram naturalmente à equipa nacional e só lamento que lhes falte um grande ponta-de-lança para poderem sonhar ainda mais alto.»



Witsel e Defour não são só dois talentos formatados no Standard Liège: são duas lendas do clube. A garantia é dada por quem mais o pode fazer: os adeptos. «Lendas de Sclessin», gritava a claque do clube no início de cada jogo. Sclessin é o estádio do Standard e a claque chama-se Tifo Boys.

Maisfutebol falou com Eddie Jansis, o líder dos adeptos, que confessou grande entusiasmo pelo clássico. «Acontece-me uma coisa que nunca imaginei: às vezes estou a beber um copo com amigos e algum diz-me que tem de ir para casa porque vai dar o jogo do Benfica ou do Porto na televisão.»

«Estou 300 por cento seguro que a liga portuguesa é agora das mais vistas na Bélgica. Sexta-feira vai ser uma loucura, toda a gente quer ver o Porto-Benfica. Na altura em que Witsel e Defour saíram ficamos tristes, mas tanbém orgulhosos, deram um passo em frente e estão em grandes clubes.»

A ideia das lendas de Sclessin, de resto, mantém-se. «São lendas e continuarão a ser lendas sempre. Eles cresceram no clube, tornaram-se capitães e levaram-nos para outro nível. Estivemos 25 anos sem ganhar, fartos de ver o Anderlecht festejar e à custa de dois jovens fomos duas vezes campeões.»

Mas não foi só isso: em Witsel e Defour os adeptos do Standard encontraram o reflexo deles próprios. «Eles sempre torceram pelo clube, são adeptos e um dia vão voltar», conta Eddie Jansis. «Quando voltarem, porque tenho a certeza que querem voltar, vai ser uma festa muito grande. Liège vai parar.»

À distância de alguns meses, que já enche de saudades os adeptos, Eddie Jansis lembra dois bons rapazes. «Quando estavam lesionados ou castigados, viam os jogos no meio da claque. Fizeram-nos várias vezes. O Defour até trazia a família, via o jogo connosco e depois confraternizava com os adeptos.»

O médio do F.C. Porto, de resto, é um caso curioso. «Ele não é de Liège, nasceu na parte holandesa da Bélgica. Mas já torcia pelo Standard antes disso, por isso fez força para vir para aqui. Chegou muito novo, com 18 anos, começou a jogar e tornou-se rapidamente capitão. Era um líder dentro de campo.»

Witsel é diferente, confessa. «Nasceu aqui em Liège, sempre falou francês e cresceu no clube desde os onze anos. Era o melhor jogador do Standard. Impôs-se pelo que joga, pela técnica e qualidade futebolísticas, enquanto o Defour é menos talentoso, mas é mais forte psicologicamente. É um líder.»

Pelo caminho Eddie Jansis garante que para Defour e Witsel o clássico vai ser particularmente especial: é o primeiro jogo grande em Portugal e é a primeira vez que se defrontam. «Não eram os melhores amigos, até porque vêm de partes diferentes da Bélgica, mas eram muito amigos. Tinham boa relação.»

«Até por terem crescido juntos e terem jogado muito tempo ao lado um do outro, havia um entendimento claro entre eles. Eram os capitães e representavam o clube em todas as ocasiões. Por isso jogar agora um contra o outro vai ser especial e que já falaram disso. Nós estamos ansiosos por vê-los», finaliza. 



Cinco anos de cumplicidade mútua, planos comuns, entendimento incorruptível. Executantes de inestimável valor. Agora: são adversários. O futuro atropela cinco anos de convivência em nome de algo grande, o Clássico. Para trás fica o amadurecimento, a afeição, a cumplicidade.

Defour e Witsel já se conheciam das selecções jovens, mas começaram a partilhar a vida quando chegaram à equipa principal do Standard Liège. O primeiro com 18 anos e vindo da parte holandesa, o segundo ainda com 17 anos e criado na parte francesa. Cresceram juntos até se tornarem capitães.

Witsel estreou-se como jogador profissional a substituir Defour, por exemplo: cruzaram a linha lateral e cruzaram destinos. Quando Witsel partiu a perna a Wasilewski, Defour foi o primeiro a vir defender o colega. Criticou até os dirigentes do Standard por não protegerem o agora benfiquista.

Por isso recebeu ameaças de morte, como Witsel recebeu, e foi obrigado até a recorrer à protecção policial, que montou vigia à porta de casa. Mais tarde, quando as coisas com Boloni não corriam bem, foram os dois bater à porta de Luciano DOnofrio e exigir uma mudança no futebol: Boloni foi despedido.

Para o lugar dele veio Dominique DOnofrio, que só tem elogios para os dois jogadores. «Witsel e Defour? Tiro-lhes o chapéu», diz ao Maisfutebol o irmão do então homem-forte do futebol do Standard. «São dois rapazes muito profissionais, que trabalham muito e têm grande ambição. São muito boa gente.»

Dembelé partilhou o balneário com ambos durante os cinco anos e vai mais longe. «Não estavam sempre juntos, até porque são naturais de partes diferentes da Bélgica, mas saíam muitas vezes. Havia uma cumplicidade entre eles, vêm da mesma geração e são jovens da sociedade moderna, são urbanos.»

O médio, que entretanto se tornou adjunto do Standard, diz que são os típicos europeus da nova geração. «São profissionais, o futebol para eles é tudo, mas gostam de expandir horizontes.» Witsel, por exemplo, chegou a ser DJ em alguns bares de Liège, Defour por outro experimentou aviões de acrobacias.

A amizade de longos anos vai ser confrontada com uma prova de fogo: o Clássico. «Vai haver uma rivalidade entre eles, mas que é normal. Ambos são muito competitivos», diz Dembelé. «Para além disso o F.C. Porto-Benfica é um jogo muito forte, ninguém admite perder. Um deles vai ficar abatido.»

Ou então os dois, claro. «É a primeira vez que vão jogar um contra o outro, é o clássico de Portugal, vai ser muito visto na Bélgica e vai ser muito importante para eles. Até pela pressão dos adeptos. Acho impossível, por exemplo, se o F.C. Porto perder, o Defour abraçar o Witsel e dar-lhes os parabéns.»

Quando o jogo se tornar numa memória, porém, a amizade voltará. «Eles são o futuro do futebol belga e não tenho dúvidas que em quatro anos estarão entre os melhores jogadores do mundo.» Dominique DOnofrio concorda. «Para mim o Witsel é o melhor belga da actualidade. Aliás, votei nele.»

O benfiquista não ganhou, mas tinha ganho no ano anterior. Antes disso, o prémio foi entregue a Defour. «Com eles o Standard ganhou dois títulos após 25 anos. Na última época não ganhámos, mas terminámos com os mesmos pontos do campeão Genk. Ainda ganhámos a Taça e duas Supertaças.»

Dominique fica a torcer por eles. «Ficamos contentes por irem jogar num campeonato forte, superior ao belga, e num futebol técnico. Vão poder tornar-se melhores.» Para começar, um Clássico. «Vai ser especial, claro. Até porque a Bélgica vai estar ansiosa para que façam algo importante.»



in !maisfutebol.iol.py"

Hulk: «Vai ser um jogo equilibrado»

BRASILEIRO LANÇA CLÁSSICO COM BENFICA



Hulk, avançado brasileiro do FC Porto, afirmou esta quinta-feira que o clássico de sexta-feira, no Estádio do Dragão, frente ao Benfica será "sem dúvida, um jogo equilibrado".
Em declarações à sua assessoria de Imprensa, Hulk considerou ser "lógico que cada jogo tenha uma história diferente", e recordou: "Tivemos a felicidade de ganhar os clássicos importantes [na época anterior], principalmente contra o Benfica".
"Mas, este ano já é um novo campeonato. O Benfica é uma grande equipa, com grandes jogadores, e este é o maior clássico português", salvaguardou o atacante.
Hulk revela ainda assim confiança num desfecho favorável: "Estamos bem preparados para, diante dos nossos adeptos, fazer um grande jogo e, se deus quiser, garantir esses três pontos".
Na canarinha...
No dia em que foi, de novo, convocado para mais dois "particulares" pelo Brasil, a disputar em outubro na Costa Rica e no México, o avançado confessou: " o que todo o jogador quer: estar na seleção, pois não há motivação maior".
"Vou continuar a trabalhar bastante, a fazer o meu melhor aqui no FC Porto, para estar entre as escolhas do selecionador [Mano Menezes]", disse Hulk, que soma já quatro jogos pela "canarinha".
FC Porto e Benfica lideram a Liga portuguesa de futebol, ambos com 13 pontos, no arranque da sexta jornada.
in "record.py"

Brasil: Mano Menezes chama Kléber (F.C. Porto)

Kléber, avançado do F.C. Porto, foi convocado por Mano Menezes para os particulares da selecção brasileira frente a México e Costa Rica. O companheiro Hulk e Elias, do Sporting, também foram chamados.

O seleccionador «canarinho» deu a conhecer, esta quinta-feira, duas listas de convocados. A primeira é composta apenas por jogadores que alinham no campeonato brasileiro, que irão enfrentar a Argentina, já na próxima quarta-feira. A outra, que integra os «portugueses», relaciona-se com o duplo compromisso com Costa Rica e México, encontros agendados para 7 e 11 de Outubro.

A chamada de Kléber, a primeira da carreira do jogador para a selecção principal, segundo a imprensa brasileira, está relacionada com os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Mano Menezes chamou seis jogadores com «idade olímpica», de modo a testar opções para o grupo que defenderá as cores do Brasil.

Também o ex-benfiquista David Luiz integra a lista para o duplo-compromisso. Em sentido inverso, Luisão fica de fora.

Para o duelo com os argentinos, o portista Danilo, ainda no Santos, foi convocado. Diego Souza, ex-Benfica, também foi chamado. O jogo será a segunda mão do «Superclássico das Américas», sendo que no primeiro embate, em solo argentino, o encontro terminou sem golos.

Lista de convocados para Costa Rica e México:

GUARDA-REDES: Júlio César (Inter), Jefferson (Botafogo) e Neto (Fiorentina).

DEFESAS: Dani Alves e Adriano (Barcelona), Fábio (Manchester United), Marcelo (Real Madrid), Réver (Atlético Mineiro), Thiago Silva (Milan), Dedé (Vasco da Gama) e David Luiz (Chelsea).

MÉDIOS: Lucas Leiva (Liverpool), Elias (Sporting), Sandro (Tottenham), Luiz Gustavo (Bayern Munique), Hernanes (Lazio), Oscar (Internacional), Lucas (São Paulo), Fernandinho (Shakhtar Donetsk) e Ronaldinho (Flamengo)

AVANÇADOS: Hulk e Kléber (FC Porto), Neymar (Santos), Jonas (Valência) e Fred (Fluminense)

Lista de convocados para a Argentina:

GUARDA-REDES: Jefferson (Botafogo) e Rafael (Santos)

DEFESAS: Danilo (Santos), Mário Fernandes (Grémio), Cortês (Botafogo), Kleber (Internacional), Réver (Atlético Mineiro), Rhodolfo (São Paulo), Dedé (Vasco da Gama) e Emerson (Coritiba)

MÉDIOS: Rômulo e Diego Souza (Vasco da Gama), Paulinho e Ralf (Corinthians), Casemiro e Lucas (São Paulo), Elkeson (Botafogo), Ronaldinho Gaúcho (Flamengo) e Oscar (Internacional)

AVANÇADOS: Neymar e Borges (Santos) e Fred (Fluminense)

in "maisfutebol.iol.pt"

ISMAI DEU LUTA MAS NÃO RESISTIU AOS DRAGÕES

O FC Porto Vitalis venceu esta quarta-feira o ISMAI por 34-23, em encontro da quarta jornada do Andebol 1. Os maiatos, que subiram esta temporada ao primeiro escalão, foram um adversário aguerrido, mas a maior capacidade técnica e velocidade dos Dragões veio naturalmente ao de cima. Os melhores marcadores da partida, com oito golos, foram Ricardo Moreira e Pedro Spínola.

Durante o primeiro quarto de hora, o ISMAI defendeu de forma muito aguerrida e foi conseguindo encontrar soluções no ataque para evitar a superioridade do FC Porto. Os forasteiros lideravam por 7-10 aos 15 minutos, momento em que o treinador Obradovic pediu um desconto de tempo. Os Dragões impuseram mais intensidade no regresso ao jogo, recuperaram no marcador (11-11 aos 20 minutos) e chegaram ao intervalo já a vencer, por 15-12.

No segundo tempo, manteve-se a mesma toada, com os portistas a explorarem quase na perfeição o contra-ataque: durante todo o encontro, apenas não concretizaram uma das nove situações de que dispuseram. Em termos estatísticos, realce ainda para a eficácia de 67 por cento nos remates de segunda linha. O jovem Sérgio Rola apontou o último tento de um encontro em que o FC Porto assegurou a terceira vitória consecutiva no campeonato.

"Os jogadores contam com estes pontos antes da partida, mas na segunda parte melhorámos e conseguimos ganhar. No desconto de tempo da primeira parte disse aos jogadores que tinham de jogar como treinamos e melhorar. Foi o que aconteceu", declarou Obradovic no final da partida. Tiago Rocha, que regressou à equipa após dois encontros de suspensão, alinhou pelo mesmo discurso: "Entrámos um pouco relaxados e demorámos a entrar no jogo, mas depois as coisas começaram a correr bem e fizemos um jogo mais conseguido do que inicialmente podia parecer".

FICHA DE JOGO

FC Porto Vitalis-ISMAI, 34-23
Andebol 1, primeira fase, quarta jornada
21 de Setembro de 2011
Dragão Caixa, no Porto
Assistência: 541 espectadores

Árbitros: André Andrade e Telmo Neves

FC PORTO VITALIS: Hugo Laurentino (g.r.), Filipe Mota (3), João Ramos (1), Ricardo Moreira «cap.» (8), Pedro Spínola (8), Tiago Rocha (6) e Gilberto Duarte (5)
Jogaram ainda: Alfredo Quintana (g.r.), Eduardo Filipe (1), Ricardo Costa, Sérgio Rola (1) e Melancic (1)
Treinador: Ljubomir Obradovic

ISMAI: Rui Pereira (g.r.), Manuel Sousa (4), Luís Gonçalves, José Veloso (4), Manuel Guedes (3), Sérgio Martins (2) e Diogo Oliveira (4)
Jogaram ainda: Tiago Amorim (g.r.), Bruno Soares, Tiago Silva, Luís Santos, Sérgio Silva, Daniel Costa (6) e Diogo Sousa
Treinador: Paulo Sá

Ao intervalo: 15-12
Disciplina: cartão vermelho para Diogo Oliveira (55m



in "fcp.pt"

Diagonal cheia de dúvidas


Quando o leitor folhear este jornal, Vítor Pereira ainda não saberá que equipa vai apresentar no grande jogo de amanhã à noite. Ontem, quando este texto foi escrito, restavam três dúvidas, transversais a todos os sectores e que atravessam o campo na sua diagonal mais longa: da lateral-direita à ponta esquerda, passando pelo miolo do terreno e arrastando um verdadeiro turbilhão de nomes. A recuperação de Álvaro Pereira - treinou ontem pela primeira vez a 100% - só adensa o cenário. Com a esquerda da defesa atribuída, a direita fica como a maior interrogação. É que Sapunaru e Fucile são candidatos muito iguais.
O treino de hoje será o último para que as dúvidas possam ser desfeitas, mas seguramente não é pelo que qualquer dos protagonistas possa fazer na sessão que o treinador decidirá em seu favor. Nesta fase, é na soma dos prós e contras das competências de cada um que Vítor Pereira irá decidir. A composição do adversário também pode ajudar a moldar a equipa.
Além de Sapunaru ou Fucile para a direita; Guarín, Belluschi ou Defour num meio-campo com os cativos Fernando e João Moutinho; e Cristian Rodríguez ou Varela na esquerda do ataque, são as interrogações. Apontar favoritos é difícil, atendendo à alta rotação que o treinador vem a impor desde que a época começou e que se traduz nos 23 jogadores já utilizados em cinco jogos de campeonato, 20 deles com pelo menos um jogo como titular.
Teoricamente, Sapunaru devia manter-se na direita, mas Fucile é indiscutível e totalista esta época. Varela foi herói em 2010/11, mas recentemente tem sido preterido em favor do Cebola e chegou até a ficar de fora de uma convocatória. Djalma, não fará ainda parte destas contas. E que dizer do meio-campo? Belluschi passa por um bom momento, mas Guarín e Defour encorparam melhor o fato de combate.


Djalma e Souza longe das contas

A julgar pelos minutos de utilização, Souza e Djalma também poderiam fazer parte da lista de candidatos a jogar. Mas não. A não ser que haja uma enorme surpresa, os lugares no onze estão reservados a outros nomes. O médio está aos poucos a voltar à condição de suplente de Fernando. Quanto ao extremo, parece ter ficado com o papel de arma secreta.

Só faltam mesmo as unhas do Tigre

Se Vítor Pereira quiser, pode repetir 10 dos 11 titulares da equipa que há sensivelmente um ano goleou o Benfica por 5-0, na segunda vitória da época e maior estaca cravada no coração da águia.
A persistência de Pinto da Costa, que resistiu ao mercado e manteve quase todo o plantel campeão, permitiria não fazer grandes alterações. A única obrigatória é, porventura, a que os adeptos menos desejariam: Falcao já não mora no Porto e é em Madrid que tem revelado as unhas goleadoras - voltou a marcar ontem - que ao Benfica fizeram quatro golos o ano passado, dois deles no Dragão.
A possibilidade de se repetirem 10 dos 11 titulares de então é de todo improvável. Mesmo que, entre as dúvidas, Vítor Pereira opte por Sapunaru, Guarín ou Belluschi e Varela, a titularidade certa de Otamendi e Fernando terminam com a ilusão. Há um ano atrás, o argentino foi suplente de Maicon e Fernando estava lesionado pelo que nem se sentou no banco de suplentes. Lá, estavam também mais cinco jogadores que ainda figuram no plantel portista. Só Beto e Rúben Micael já partiram.
Do lado encarnado, o panorama é bem diferente: sete dos titulares já saíram do clube e a esse devem juntar-se mais quatro suplentes.

Fernando e Otamendi apontados à equipa titular

A folha de utilização de Fernando e Otamendi não mostra esta época números condizentes com a importância da dupla no passado, mas é quase certo que depois de mais um jogo de folga (contra o Feirense, em Aveiro), os dois voltarão à titularidade, para ajudar a tornar mais consistente o esqueleto defensivo da equipa, que tem em Rolando o outro (e quiçá mais importante) pilar.
Afastados do último jogo em proveito de Defour/Guarín e Mangala, Fernando e Otamendi são demasiado importantes para que possam ser preteridos num jogo desta natureza. O Benfica impõe respeito e para os dois estão reservados papéis importantíssimos na vigilância a Aimar e Cardozo, dois dos mais perigosos atacantes encarnados.
Otamendi conta com 360 minutos de utilização em oito jogos, actuou em metade dos desafios, mas não falhou, por exemplo, a Liga dos Campeões, verdadeira prova de competência. Fernando também foi titular com o Shakhtar e mesmo apesar de ter apenas 155 minutos no total de 720 possíveis, Vítor Pereira já destacou que o verdadeiro Fernando está de volta e pronto para os jogos de destaque. Esta é uma boa oportunidade de o provar.

in "ojogo.pt"

Vítor Pereira: "Jogos destes são a nossa vitamina"


A expectativa para o clássico é enorme e Vítor Pereira deixou transparecer o mesmo entusiasmo de quem conta horas que parecem dias para se estrear num clássico como treinador principal. São estes jogos que alimentam os competidores e o treinador do FC Porto assumiu-se como tal. Vítor Pereira está pronto para o jogo e rejeitou a ideia de ter feito poupanças contra o Feirense a pensar já no Benfica. De qualquer forma, tem o plantel na máxima força para amanhã à noite e acredita que Hulk pode voltar a desequilibrar, como fez na goleada da época passada. As circunstâncias eram outras, lembrou, pelo que não está a contar com um resultado semelhante. Contudo, quer manter o registo dos últimos 20 anos em que o FC Porto só perdeu por uma vez em casa contra este adversário em jogos do campeonato.


Antes da estreia na Champions disse que era um sonho antigo estar na competição como treinador principal. O primeiro clássico também provoca algum sentimento especial?

É óbvio que sim. É o primeiro como treinador principal. Já tive vários como adjunto, mas o primeiro clássico é sempre um jogo especial até para os adeptos. Sinceramente, são os jogos que mais me agradam, em que o pormenor pode fazer a diferença, em que toda a habilidade táctica e estratégica pode ser confirmada ou não. Portanto, são jogos em que até a tensão que os rodeia faz de todos estes aspectos situações que me motivam e induzem a minha concentração e total dedicação.

Como é que define a rivalidade entre FC Porto e Benfica?

É cultural, é emocional, é uma coisa que vem de muitos anos. Desde que seja sadia, sem atropelos, sem violências, é boa para a competição. Mas o que nos motiva é isso e a este nível somos animais competitivos, queremos ter sempre títulos para ganhar e é natural que este tipo de adversários sejam a nossa vitamina para estarmos no nosso máximo de potencial e ao melhor nível. Muitas vezes são estes adversários que nos motivam a sermos melhores, mais fortes e a transcender-nos.

Nos últimos 20 anos, o FC Porto só perdeu um jogo em casa contra o Benfica para o campeonato. Isso traz mais responsabilidade?

Quem está à frente de um clube como o FC Porto tem de sentir a responsabilidade, a confiança de um plantel e de uma estrutura. A massa associativa é exigente, emocional, apoia-nos e sentimos que o melhor que lhes podemos fazer é proporcionar momentos de alegria. É uma responsabilidade boa estar aqui, sou exigente comigo próprio, com a equipa e vivo bem com isso. Acredito que vamos ter um FC Porto de grande nível, personalizado, assumido nos seus comportamentos, nas suas ideias de jogo e que vai ser igual a si próprio.

Há alguma novidade ao nível da motivação para este jogo?

Estes jogadores motivam-se normalmente para estes jogos, a motivação é intrínseca. Mas aqueles processos estratégicos e emocionais não são para falar aqui, são nossos e para mantermos internamente. O que sinto é uma equipa motivadíssima e que vai dar uma resposta à altura do jogo.

Concorda que, atendendo à equipa com o Feirense e as mudanças que fez, ficou a sensação de que se preocupou cedo demais com o Benfica...

Não foi essa a ideia. Fizemos a equipa em função das ausências e para promover uma dinâmica que nos permitisse chegar ao golo e ganhar, porque sabemos que estes jogos que antecedem um clássico e que se seguem a um jogo da Liga dos Campeões são sempre complicados. Sabemos que teríamos de trabalhar muito para o ganhar. Não foi com intenção de poupar, mas sim, em função daquilo que tínhamos disponível, criar uma dinâmica que nos levasse à vitória. Agora, há que passar à frente, olhar para este clássico e apresentar a mesma qualidade de jogo que já demonstramos até ali.


"Teria sido melhor estarmos com mais dois pontos"

O FC Porto chega ao clássico depois de um empate contra o Feirense que representou a primeira perda de pontos no campeonato. Com isso, o Benfica parte para esta deslocação ao Estádio do Dragão em igualdade pontual no topo da classificação. Mas Vítor Pereira preferiu desvalorizar isso. "É igual para nós, porque preparamo-nos para ter comportamentos de qualidade e de consistência independentemente de estar com mais ou com menos dois pontos. Teria sido melhor estarmos com mais dois pontos, mas não foi possível. Este jogo é um clássico para o qual estamos preparados e esperamos um grande jogo".


"Walter ia entrar, mas o Sapunaru não estava bem"

Vítor Pereira explicou as opções feitas em Aveiro, frente ao Feirense, e revelou a razão pela qual Walter não saiu do banco, mesmo quando o contexto do jogo o parecia exigir.


Depois do jogo com o Feirense já deve ter visto algumas críticas que lhe fizeram, tacticamente, por não ter jogado nos moldes habituais, por ter abdicado de um médio-defensivo, entre outras coisas...

Foi um jogo em que já admitimos não ter estado inspirados, houve coisas que não correram da melhor forma, mas foi também um jogo extremamente condicionado pelas ausências e por questões físicas que foram acontecendo e das quais muitas pessoas não se apercebem. A questão do pivô do meio-campo tem a ver com um plano de jogo que se pretendia e uma circulação com uma dinâmica diferente. Mas ser treinador é isto mesmo, é experimentar e se as coisas tivessem corrido bem e marcássemos, a jogar com dois avançados móveis na frente, hoje estávamos aqui a dizer que a estratégia tinha sido muito boa. Mas não foi isso que aconteceu. Como as coisas não correram bem - e eu admito isso com à-vontade - as críticas surgem. É natural e é preciso viver com elas.

Mas também o criticaram por não ter utilizado Walter, quando parecia a altura própria para isso?

A questão do Walter é simples: estava equacionado para entrar no jogo, mas por questões físicas do Sapunaru, que não estava em condições e teve de sair, houve necessidade de recompor a defesa. Não queria jogar com três defesas contra uma equipa que joga em transições rápidas e bolas longas. Seria um risco enorme e optei por colocar um jogador [Djalma] que não é da posição, mas que a consegue fazer, porque treina muitas vezes nesse lugar. Portanto, o Walter não entrou por condicionalismos do próprio jogo. É um jogador com o qual eu conto, que está a trabalhar bem e que começa a dar sinais de estar a um nível bom para nos ajudar. Por isso, o Walter e o Kléber serão dois jogadores importantes. Para trás o FC Porto tem muitos mais jogos de qualidade e é esse FC Porto de grande qualidade que vamos ver na sexta-feira.

"Espero um Hulk igual a si próprio"

Na goleada por 5-0 no Dragão, Hulk desequilibrou, apontando dois golos, tendo ainda aproveitado a opção táctica de Jorge Jesus, quando mexeu na defesa para colocar David Luiz na sua marcação directa. Desta vez, o Incrível vem de uma paragem motivada por uma lesão (não jogou contra o Feirense), mas Vítor Pereira acredita num regresso em grande forma.


O Hulk da época passada foi decisivo. Acredita que pode voltar a desequilibrar neste jogo?

Toda a gente sabe que o Hulk é um jogador extremamente importante para nós. Espero um Hulk igual a si próprio, de grande qualidade, e que seja capaz de nos ajudar colectivamente. Se possível, que sobressaia individualmente.

Mas está à espera que o Hulk condicione o jogo do Benfica, como aconteceu na época passada?

O que o Hulk pode levar o treinador adversário a fazer é uma situação que não vou comentar, que só tem a ver com a equipa deles e nada com a minha. Por isso, passo à frente.

Os pontos que o FC Porto perdeu na última jornada retiram-lhe espaço para deixar uma mensagem de confiança aos adeptos?

Se à primeira perda de pontos deixo de acreditar nas minhas ideias, nas minhas convicções e naquilo que me é garantido por anos e anos de experimentação, não estaria preparado para uma coisa destas. Acredito sinceramente estar mais do que preparado e a mensagem que passo é de confiança total no nosso jogo, nas nossas qualidades, sem colocar grande ênfase no adversário, seja ele qual for.

"Três pontos proporcionam uma almofada motivacional"

Apesar de se tratar de um clássico disputado à sexta jornada cujo peso se revela difícil de avaliar na corrida ao título, dado o contexto actual, Vítor Pereira destacou a importância que um triunfo sobre o rival da Luz terá ao nível da motivação.


Rolando disse que para além dos três pontos uma vitória poderia dar uma vantagem moral importante. Para si o que pode significar uma vitória à sexta jornada contra o Benfica?

Se fosse com outro adversário seria igual, mas com este, por ser um candidato ao título, torna-se ainda mais importante. São três pontos longe do fim, mas que proporcionam uma almofada motivacional que é sempre importante conseguir ao longo da época, porque os campeonatos fazem-se destas situações, que nos vão ajudando a crescer como equipa e a acreditar nas nossas ideias e nos nossos argumentos.

Até que ponto pesa a ausência do James?

O James é um jogador de grande qualidade, não está disponível, mas temos no plantel jogadores de qualidade para a mesma função, com características diferentes, porque o James com o seu jogo imprime determinada dinâmica, mas quem jogar vai com certeza, com as próprias características dar-nos o seu contributo e a sua qualidade para o nosso jogo colectivo.

in "ojogo.pt"




Clássico: Moutinho, Aimar e Belluschi os reis da falta


Criativos das duas equipas com ordem para parar o jogo adversário


Defensivamente, F.C. Porto e Benfica têm um número muito semelhante de remates consentidos: os adversários dos dragões tentaram visar a baliza de Helton por 40 vezes, enquanto o Benfica consentiu 38 remates à baliza de Artur. A média, nos dois casos, ronda os cinco remates por jogo, com o F.C. Porto a consentir apenas três golos (um golo sofrido a cada 13 remates), todos em lances de bola parada. Por seu lado, o Benfica já foi batido em cinco ocasiões, sofrendo um golo a cada 7,5 remates.

No que se refere a faltas, o F.C. Porto comete mais quatro por jogo do que o Benfica (16,4 contra 12,6, em média) e é também mais penalizado por cartões - 12 amarelos e um vermelho directo, contra apenas onze amarelos para o Benfica.

Rolando, Souza e Álvaro Pereira, no lado portista, Emerson e Maxi Pereira, no Benfica, são os jogadores que já viram dois cartões nesta edição da Liga. Mas, curiosamente, nem estão entre os mais faltosos das duas equipas: no F.C. Porto, esse estatuto cabe a Belluschi e João Moutinho, enquanto no Benfica são Maxi Pereira e Aimar quem mais vezes interrompem as jogadas adversárias à margem das leis.

A presença dos médios criativos nesta lista não é propriamente uma surpresa, já que tanto Vítor Pereira como Jorge Jesus defendem a necessidade de atenuar a pressão sobre a estrutura defensiva (centrais e médio recuado), cortando os contra-ataques bem antes das zonas perigosas. Assim, a maior parte das faltas de F.C. Porto e Benfica acaba por ser cometida no meio-campo adversário.

No que se refere a faltas sofridas, Nolito é o nome em maior destaque, tendo ganho onze livres para o Benfica em acção ofensiva, sendo acompanhado por Gaitán, que fez o mesmo no flanco oposto, em oito ocasiões. Do lado do F.C. Porto, Belluschi e Fucile são os mais castigados pelos adversários (oito cada), logo seguidos por João Moutinho (sete).

Os números da comparação

Remates consentidos:
F.C. Porto: 40
Benfica: 38

Faltas cometidas:
F.C. Porto: 82
Benfica: 63

Faltas sofridas:
F.C. Porto: 61
Benfica: 62

Disciplina:
F.C. Porto: 12 amarelos e um vermelho directo
Benfica: 11 amarelos

Jogadores mais faltosos do F.C. Porto:
Belluschi, 9
João Moutinho, 9
Fucile, 8
Souza, 8
Kléber, 7
Álvaro Pereira, 6
Defour, 5

Jogadores mais faltosos do Benfica:
Maxi Pereira, 9
Aimar, 8
Witsel, 7
Saviola, 6
Javi Garcia, 5
Cardozo, 5

Jogadores com mais faltas sofridas no F.C. Porto:
Belluschi, 8
Fucile, 8
João Moutinho, 7
Hulk, 5
Sapunaru, 5
Guarín, 5
James Rodríguez, 5

Jogadores com mais faltas sofridas no Benfica:
Nolito, 11
Gaitán, 8
Maxi Pereira, 7
Bruno César, 6
Enzo Perez, 5
Aimar, 5
Saviola, 5




Clássico: F.C. Porto é mais rematador, Benfica é mais eficaz

Hulk e Cardozo são as referências incontornáveis dos dois lados; dragão penalizado pelos remates de longe, águias acima dos 50 por cento.


Em termos ofensivos, a comparação entre F.C. Porto e Benfica nos jogos da Liga antes do clássico definem uma tendência: a equipa de Vítor Pereira é bem mais rematadora, com média de 16,6 por jogo, contra 12,4 dos encarnados. Por seu lado, a equipa de Jorge Jesus é bem mais eficaz: não só porque marcou mais um golo do que o seu adversário em menos 21 tentativas, mas também porque, ao contrário do que acontece no F.C. Porto, mais de metade dos remates encarnados saem enquadrados com a baliza.

Em termos individuais, há dois nomes que se destacam, um para cada equipa. Hulk, mesmo tendo falhado 194 minutos dos dragões, é quem mais remata no lado do dragão: 12 tentativas, das quais metade colocada entre os postes. James e Kléber têm valores semelhantes, mas com mais tempo de jogo e uma eficácia ligeiramente superior. A esboçar uma tendência na equipa de Vítor Pereira, a frequência com que procura os remates de fora da área: além dos três avançados já referidos, também Moutinho, Belluschi e Guarín têm um apreciável número de tentativas, embora com eficácia inferior.

Do lado do Benfica, Cardozo é a referência óbvia: em quatro partidas (não jogou na primeira jornada) tentou o golo em 15 ocasiões, onze delas com a direcção da baliza. Ao contrário do F.C. Porto, o Benfica não tenta com muita frequência o remate de fora da área em posição frontal, pelo que os rematadores que se seguem são flanqueadores, como Nolito, Bruno César e Gaitán ou um segundo avançado, nem sempre utilizado, como Saviola. Aimar é um caso de eficácia em pequena escala: apenas três remates em toda a Liga, com um golo, uma bola no ferro e uma defesa como saldo.

E por falar em bolas nos ferros, referência para os seis remates do F.C. Porto nas últimas três jornadas da Liga, que fazem a equipa de Vítor Pereira líder indiscutível neste ranking indesejável. O Benfica, por seu lado, acertou apenas três vezes nos postes.

Total de remates:
F.C. Porto- 83 (16,6)
Benfica- 62 (12,4)

Remates à baliza:
F.C. Porto- 34 (6,8)
Benfica- 32 (6,4)

Remates ao lado:
F.C. Porto- 43 (8,6)
Benfica- 27 (5,4)

Remates ao poste:
F.C. Porto- 6
Benfica- 3

Remates defendidos:
F.C. Porto- 22 (4,4)
Benfica- 19 (3,8)

Golos marcados:
F.C. Porto- 12 (2,4)
Benfica- 13 (2,6)

Principais rematadores do F.C. Porto:
Hulk, 12 remates/6 à baliza
James, 11/7
Kléber, 11/6
Belluschi, 8/4
João Moutinho, 8/2
C. Rodríguez, 6/1
Guarín, 6/1
Varela, 5/1

Principais rematadores do Benfica:
Cardozo, 15 remates/11 à baliza
Nolito, 8/5
Saviola, 8/5
Bruno César, 6/3
Gaitán, 6/2

Golos marcados:
F.C. Porto- 12 (2,4 por jogo)
Benfica- 13 (2,6)

F.C. Porto- 4 golos de bola parada
Benfica- 3 golos de bola parada




Benfica marca mais cedo, F.C. Porto melhora ao intervalo

Um olhar sobre as estatísticas das primeiras jornadas


As muitas diferenças entre F.C. Porto e Benfica podem ser ilustradas também pela comparação entre os tempos mais habituais para a marcação de golos. Em síntese, o Benfica acorda mais cedo do que os dragões, que por sua vez têm segundas partes mais fortes. Os encarnados têm a sua pior fase nos minutos que se seguem ao intervalo, os dragões já foram penalizados por demorarem a aquecer os motores.

O Benfica é a única equipa da Liga que marcou sempre antes do intervalo e, mais ainda, foi sempre para o descanso em vantagem no marcador. Dos 13 golos encarnados na Liga, oito foram conseguidos nos primeiros 45 minutos, e quatro nos 15 minutos finais. Pelo meio, há uma fase do jogo de meia hora em que os encarnados se têm mostrado pouco eficazes, com apenas um golo marcado entre os minutos 46 e 75, e zero no primeiro quarto de hora do recomeço.

Já o F.C. Porto marcou sete dos seus doze golos nas segundas partes e nos últimos dois jogos foi para o descanso com um nulo no marcador. Será coincidência que em nenhuma dessas primeiras partes Hulk estivesse em campo?

Quando marcam golos:

F.C. Porto
1-15 min: 2
16-30: 1
31-45: 2

46-60: 2
61-75: 3
76-90: 2

Benfica:
1-15 min: 2
16-30: 3
31-45: 3

46-60: -
61-75: 1
76-90: 4

A ideia de que o Benfica tem entrado melhor nos jogos do que o F.C. Porto é reforçada também pelo aspecto defensivo: os encarnados ainda não sofreram qualquer golo na meia hora inicial, ao contrário dos dragões, surpreendidos logo a abrir o jogo com o Gil Vicente.

Como curiosidade, os três golos que o F.C. Porto sofreu surgiram na sequência de lances de bola parada (penalty, canto e livre indirecto) enquanto o Benfica, que sofreu cinco golos, apenas por uma vez foi surpreendido dessa forma (canto, diante do Feirense). Os encarnados têm conseguido fechar a sua baliza nos 15 minutos finais, mas em contrapartida mostram-se vulneráveis exactamente no mesmo período em que são menos eficazes no ataque: entre os 46 e os 75 minutos.

Quando sofrem golos:

F.C. Porto
1-15: 1
16-30: -
31-45: -

46-60: 1
61-75: -
76-90: 1

Benfica:
1-15: -
16-30: -
31-45: 2

46-60: 1
61-75: 2
76-90: -



in "maisfutebol.iol.pt"

Batismo de Kléber

SÓ O AVANÇADO NÃO TEM EXPERIÊNCIA EM CLÁSSICOS NO ONZE



Kléber foi sempre titular nos 8 jogos oficiais do FC Porto de Vítor Pereira e não será contra o Benfica que ficará de fora. Por isso, e a menos que Defour ou Mangala sejam chamados à equipa, trata-se do único estreante em clássicos a ter lugar garantido neste importante confronto com as águias de Jorge Jesus. Um batismo de fogo onde o seu rendimento será ainda mais escrutinado depois de ter sido sacrificado ao intervalo contra o Feirense.
Pelo Marítimo, o brasileiro nunca marcou a um grande nas seis ocasiões em que defrontou Benfica, Sporting e... FC Porto. Todavia, no pouco tempo que leva de azul e branco, já sentiu a experiência de atuar contra o Barcelona na Supertaça Europeia, faturou por duas vezes na Liga Zon Sagres frente à U. Leiria e teve um primeiro contacto inesquecível com a Champions ao rubricar o tento que derrotou o Shakhtar, na única vez em que festejou no Dragão.
in "record.pt"

50 mil corações a bater no Dragão

Febre de sexta-feira à noite começa a ganhar expressão. FC Porto-Corunha é o jogo mais visto de sempre: 50.818 nas bancadas.

Talvez não seja agora que a lotação registada no FC Porto-Corunha, para a meia-final da Liga dos Campeões de 2003/04 vai ser ultrapassada, mas o Dragão voltará a fervilhar de emoções no clássico, isso está garantidíssimo.

O jogo com os espanhóis alimentava ilusões muito grandes e isso ficou traduzido também no nível de assistência, foi presenciado ao vivo por 50.818 espectadores. Amanhã à noite deverá registar-se número muito semelhante, mas não ao ponto de ser pulverizada a marca da mágica noite da Champions.

Os dragões já venderam para o jogo com os encarnados cerca de 45 mil ingressos mas é natural que a procura se intensifique nestes dois últimos dias e que às 20.15 horas de amanhã a plateia do Dragão fique ao nível que jogo de tão grande cartaz justifica.



in "abola.pt"

Álvaro Pereira entra no jogo e... «só» falta James Rodriguez

Só mesmo James não vai entrar hoje nas contas de Vítor Pereira quando tiver de fazer a lista de convocados para o clássico de amanhã.

O colombiano está suspenso por um jogo, devido à expulsão em Aveiro, com o Feirense, e Álvaro Pereira está absolutamente recuperado. Foi mesmo o treinador do FC Porto quem deu a notícia aos jornalistas, com uma convicção forte de que «o grupo está motivadíssimo e cheio de vontade de vencer este jogo».

A notícia da recuperação de Hulk, que vinha fazendo trabalho de ginásio, já vinha de anteontem e foi confirmada ontem por Vítor Pereira, mas a de Álvaro, que estava a fazer o mesmo tipo de trabalho do brasileiro, só foi conhecida na conferência de imprensa. «Sim, o Álvaro está em condições de jogar. Conto com ele e também com o Hulk para o jogo».

O lado esquerdo da defesa, ninguém duvide, está entregue ao uruguaio, que esteve de malas feitas para o Chelsea, mas que se mantém com todo o entusiasmo no FC Porto. Fundamental na estratégia defensiva e... ofensiva dos dragões, Álvaro Pereira vai a jogo, mas há essa nota de Hulk, que falhou o jogo com o Feirense e agora regressa. Historicamente fundamental nos jogos com o Benfica, o que espera dele o treinador? «Espero apenas que esteja igual a si próprio, um Hulk de grande qualidade, a trabalhar no colectivo e se puder sobressair individualmente, que seja em proveito da equipa também».



in "abola.pt"