quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Clássico: Moutinho, Aimar e Belluschi os reis da falta


Criativos das duas equipas com ordem para parar o jogo adversário


Defensivamente, F.C. Porto e Benfica têm um número muito semelhante de remates consentidos: os adversários dos dragões tentaram visar a baliza de Helton por 40 vezes, enquanto o Benfica consentiu 38 remates à baliza de Artur. A média, nos dois casos, ronda os cinco remates por jogo, com o F.C. Porto a consentir apenas três golos (um golo sofrido a cada 13 remates), todos em lances de bola parada. Por seu lado, o Benfica já foi batido em cinco ocasiões, sofrendo um golo a cada 7,5 remates.

No que se refere a faltas, o F.C. Porto comete mais quatro por jogo do que o Benfica (16,4 contra 12,6, em média) e é também mais penalizado por cartões - 12 amarelos e um vermelho directo, contra apenas onze amarelos para o Benfica.

Rolando, Souza e Álvaro Pereira, no lado portista, Emerson e Maxi Pereira, no Benfica, são os jogadores que já viram dois cartões nesta edição da Liga. Mas, curiosamente, nem estão entre os mais faltosos das duas equipas: no F.C. Porto, esse estatuto cabe a Belluschi e João Moutinho, enquanto no Benfica são Maxi Pereira e Aimar quem mais vezes interrompem as jogadas adversárias à margem das leis.

A presença dos médios criativos nesta lista não é propriamente uma surpresa, já que tanto Vítor Pereira como Jorge Jesus defendem a necessidade de atenuar a pressão sobre a estrutura defensiva (centrais e médio recuado), cortando os contra-ataques bem antes das zonas perigosas. Assim, a maior parte das faltas de F.C. Porto e Benfica acaba por ser cometida no meio-campo adversário.

No que se refere a faltas sofridas, Nolito é o nome em maior destaque, tendo ganho onze livres para o Benfica em acção ofensiva, sendo acompanhado por Gaitán, que fez o mesmo no flanco oposto, em oito ocasiões. Do lado do F.C. Porto, Belluschi e Fucile são os mais castigados pelos adversários (oito cada), logo seguidos por João Moutinho (sete).

Os números da comparação

Remates consentidos:
F.C. Porto: 40
Benfica: 38

Faltas cometidas:
F.C. Porto: 82
Benfica: 63

Faltas sofridas:
F.C. Porto: 61
Benfica: 62

Disciplina:
F.C. Porto: 12 amarelos e um vermelho directo
Benfica: 11 amarelos

Jogadores mais faltosos do F.C. Porto:
Belluschi, 9
João Moutinho, 9
Fucile, 8
Souza, 8
Kléber, 7
Álvaro Pereira, 6
Defour, 5

Jogadores mais faltosos do Benfica:
Maxi Pereira, 9
Aimar, 8
Witsel, 7
Saviola, 6
Javi Garcia, 5
Cardozo, 5

Jogadores com mais faltas sofridas no F.C. Porto:
Belluschi, 8
Fucile, 8
João Moutinho, 7
Hulk, 5
Sapunaru, 5
Guarín, 5
James Rodríguez, 5

Jogadores com mais faltas sofridas no Benfica:
Nolito, 11
Gaitán, 8
Maxi Pereira, 7
Bruno César, 6
Enzo Perez, 5
Aimar, 5
Saviola, 5




Clássico: F.C. Porto é mais rematador, Benfica é mais eficaz

Hulk e Cardozo são as referências incontornáveis dos dois lados; dragão penalizado pelos remates de longe, águias acima dos 50 por cento.


Em termos ofensivos, a comparação entre F.C. Porto e Benfica nos jogos da Liga antes do clássico definem uma tendência: a equipa de Vítor Pereira é bem mais rematadora, com média de 16,6 por jogo, contra 12,4 dos encarnados. Por seu lado, a equipa de Jorge Jesus é bem mais eficaz: não só porque marcou mais um golo do que o seu adversário em menos 21 tentativas, mas também porque, ao contrário do que acontece no F.C. Porto, mais de metade dos remates encarnados saem enquadrados com a baliza.

Em termos individuais, há dois nomes que se destacam, um para cada equipa. Hulk, mesmo tendo falhado 194 minutos dos dragões, é quem mais remata no lado do dragão: 12 tentativas, das quais metade colocada entre os postes. James e Kléber têm valores semelhantes, mas com mais tempo de jogo e uma eficácia ligeiramente superior. A esboçar uma tendência na equipa de Vítor Pereira, a frequência com que procura os remates de fora da área: além dos três avançados já referidos, também Moutinho, Belluschi e Guarín têm um apreciável número de tentativas, embora com eficácia inferior.

Do lado do Benfica, Cardozo é a referência óbvia: em quatro partidas (não jogou na primeira jornada) tentou o golo em 15 ocasiões, onze delas com a direcção da baliza. Ao contrário do F.C. Porto, o Benfica não tenta com muita frequência o remate de fora da área em posição frontal, pelo que os rematadores que se seguem são flanqueadores, como Nolito, Bruno César e Gaitán ou um segundo avançado, nem sempre utilizado, como Saviola. Aimar é um caso de eficácia em pequena escala: apenas três remates em toda a Liga, com um golo, uma bola no ferro e uma defesa como saldo.

E por falar em bolas nos ferros, referência para os seis remates do F.C. Porto nas últimas três jornadas da Liga, que fazem a equipa de Vítor Pereira líder indiscutível neste ranking indesejável. O Benfica, por seu lado, acertou apenas três vezes nos postes.

Total de remates:
F.C. Porto- 83 (16,6)
Benfica- 62 (12,4)

Remates à baliza:
F.C. Porto- 34 (6,8)
Benfica- 32 (6,4)

Remates ao lado:
F.C. Porto- 43 (8,6)
Benfica- 27 (5,4)

Remates ao poste:
F.C. Porto- 6
Benfica- 3

Remates defendidos:
F.C. Porto- 22 (4,4)
Benfica- 19 (3,8)

Golos marcados:
F.C. Porto- 12 (2,4)
Benfica- 13 (2,6)

Principais rematadores do F.C. Porto:
Hulk, 12 remates/6 à baliza
James, 11/7
Kléber, 11/6
Belluschi, 8/4
João Moutinho, 8/2
C. Rodríguez, 6/1
Guarín, 6/1
Varela, 5/1

Principais rematadores do Benfica:
Cardozo, 15 remates/11 à baliza
Nolito, 8/5
Saviola, 8/5
Bruno César, 6/3
Gaitán, 6/2

Golos marcados:
F.C. Porto- 12 (2,4 por jogo)
Benfica- 13 (2,6)

F.C. Porto- 4 golos de bola parada
Benfica- 3 golos de bola parada




Benfica marca mais cedo, F.C. Porto melhora ao intervalo

Um olhar sobre as estatísticas das primeiras jornadas


As muitas diferenças entre F.C. Porto e Benfica podem ser ilustradas também pela comparação entre os tempos mais habituais para a marcação de golos. Em síntese, o Benfica acorda mais cedo do que os dragões, que por sua vez têm segundas partes mais fortes. Os encarnados têm a sua pior fase nos minutos que se seguem ao intervalo, os dragões já foram penalizados por demorarem a aquecer os motores.

O Benfica é a única equipa da Liga que marcou sempre antes do intervalo e, mais ainda, foi sempre para o descanso em vantagem no marcador. Dos 13 golos encarnados na Liga, oito foram conseguidos nos primeiros 45 minutos, e quatro nos 15 minutos finais. Pelo meio, há uma fase do jogo de meia hora em que os encarnados se têm mostrado pouco eficazes, com apenas um golo marcado entre os minutos 46 e 75, e zero no primeiro quarto de hora do recomeço.

Já o F.C. Porto marcou sete dos seus doze golos nas segundas partes e nos últimos dois jogos foi para o descanso com um nulo no marcador. Será coincidência que em nenhuma dessas primeiras partes Hulk estivesse em campo?

Quando marcam golos:

F.C. Porto
1-15 min: 2
16-30: 1
31-45: 2

46-60: 2
61-75: 3
76-90: 2

Benfica:
1-15 min: 2
16-30: 3
31-45: 3

46-60: -
61-75: 1
76-90: 4

A ideia de que o Benfica tem entrado melhor nos jogos do que o F.C. Porto é reforçada também pelo aspecto defensivo: os encarnados ainda não sofreram qualquer golo na meia hora inicial, ao contrário dos dragões, surpreendidos logo a abrir o jogo com o Gil Vicente.

Como curiosidade, os três golos que o F.C. Porto sofreu surgiram na sequência de lances de bola parada (penalty, canto e livre indirecto) enquanto o Benfica, que sofreu cinco golos, apenas por uma vez foi surpreendido dessa forma (canto, diante do Feirense). Os encarnados têm conseguido fechar a sua baliza nos 15 minutos finais, mas em contrapartida mostram-se vulneráveis exactamente no mesmo período em que são menos eficazes no ataque: entre os 46 e os 75 minutos.

Quando sofrem golos:

F.C. Porto
1-15: 1
16-30: -
31-45: -

46-60: 1
61-75: -
76-90: 1

Benfica:
1-15: -
16-30: -
31-45: 2

46-60: 1
61-75: 2
76-90: -



in "maisfutebol.iol.pt"

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