quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

LC: Basileia-FC Porto, 1-1 (crónica)


Um empate era realmente o mínimo...

O FC Porto tentou, tentou, insistiu e voltou a tentar, até que evitou a derrota no regresso a Basileia. Mas foi duro, precisamente como esta equipa de Paulo Sousa. 
  
Foi o mínimo, de resto: o mínimo que a justiça podia fazer pelo intenso domínio da equipa portuguesa. As portas dos quartos-de-final da Champions ficaram por isso escancaradas. 
  
Mas por partes. 
  
Antes de mais convém dizer que o FC Porto tem mais qualidade do que este Basileia e, se nada de anormal acontecer, deverá confirmá-lo em casa, onde conta com o factor Dragão para impor uma ansiedade que o campeão suíço esta quarta-feira não teve. 
  
O que nos leva para a segunda conclusão desta crónica: o Basileia não é propriamente um adversário acessível, e o FC Porto descobriu-o através das marcas na pele. 
  
Acima de tudo, a equipa orientada pelo português Paulo Sousa tem qualidade no momento defensivo. Durante muito tempo, aliás, sobretudo na primeira parte, os azuis e brancos sentiram dificuldades enormes para chegar à baliza adversária. 
  
O Basileia pressionava em todo o campo, não deixava o FC Porto sair e era duro na forma como exercia essa pressão: vigoroso em todas as disputas, por vezes violento até. 
  
A estratégia da formação suíça estava muito bem estudada e recebeu o prémio no primeiro remate que fez à baliza: logo aos dez minutos Frei lançou Derlis González, que fugiu a Alex Sandro, aguentou a pressão e rematou para o fundo da baliza. 
  
O mais curioso é que foi o único remate do Basileia à baliza. 

Derlis González, um velho conhecido do futebol português, embora nunca tenha tido a oportunidade de jogar no Benfica, levou com o joelho de Fabiano no momento de fazer o golo, ainda voltou ao jogo, mas teve que sair pouco depois: acabava por ali. 

  
Com ele acabava também o Basileia, de resto. A partir daí só deu FC Porto a atacar e Basileia a defender. Mais FC Porto a atacar e Basileia a defender. 
  
A verdade, e aqui convém voltar uns parágrafos atrás na crónica, é que o Basileia defendia muito bem, e o FC Porto tinha extremas dificuldades em chegar à baliza adversária. 
  
No final da primeira parte só tinha uma verdadeira ocasião de golo, num remate de Danilo para defesa de Vaclik, e lamentava ainda um penálti não assinalado sobre Jackson. 
  
A segunda parte foi diferente, porém. O Basileia perdeu grande parte do fulgor, até porque era impossível manter aquele ritmo de pressão os noventa minutos, o FC Porto assentou por fim o futebol no meio campo adversário e com isso criou mais ocasiões de perigo. 
  
Logo para começar fez um golo que demorou a dois minutos a ser bem anulado: Casemiro marcou na recarga a um cabeceamento de Maicon, mas a jogada foi invalidada por fora de jogo de Marcano, que realmente influenciou a ação do guarda-redes. 

  
O árbitro primeiro assinalou golo, depois voltou atrás e anulou-o. Demorou dois minutos a tomar a decisão, mas pelo menos tomou a decisão certa. 
  
O FC Porto não se foi a baixo, continuou a mandar no jogo e a insistir, ameaçou marcar num grande passe de Oliver Torres para Tello rematar, noutro grande passe de Oliver Torres para Jackson finalizar por cima da barra e num remate fortíssimo de Quaresma. 
  
Até que Danilo entrou na área e cruzou para Jackson, que surgia solto, mas Walter Samuel entrou de carrinho e cortou a bola com a mão. Grande penalidade bem assinalada que Danilo converteu com talento. Finalmente fazia-se justiça. 
  
O FC Porto não fez um jogo de mão cheia, mas foi melhor do que o adversário, empatou com golos e parte justamente na frente da eliminatória para a segunda mão. 
  
A entrada no lote das oito melhores equipas da Europa deverá ser uma questão de três semanas.

in "maisfutebol.iol.pt"

Fabian Frei: «FC Porto foi mais impressionante que o Real Madrid»

Médio do Basileia diz que portistas foram a equipa mais forte que passou pelo Saint-Jacques nos últimos anos

O médio do Basileia Fabian Frei considera que o FC Porto foi a equipa «mais forte» que passou pelo Estádio Saint-Jacques nos últimos anos. 
  
«Sinceramente, não tinha visto uma equipa tão forte neste estádio nos últimos dois ou três anos», afirmou, citado pela imprensa suíça. 
  
Ora, ainda na fase de grupos, o Basileia defrontou o Real Madrid, o que levou à questão seguinte: nem mesmo os merengues? «Não, nem mesmo no jogo do Bernabéu em que perdemos 5-1. O Real é incrível do ponto de vista individual, mas coletivamente o FC Porto é mais impressionante», considera. 
  
Os elogios continuaram rasgados: «A forma como eles correm, como crescem, como são do ponto de vista técnico…É difícil acompanhá-los.» 
  
Para Frei, o ponto positivo do jogo foi mesmo o resultado. «Conseguimos não perder conta uma equipa assim forte. Por isso, quem sabe? Talvez possamos aumentar o nosso nível na segunda mão», projetou o jogador do Basileia, confiando nas hipóteses de apuramento. 

in "maisfutebol.iol.pt"

Foi preciso um exército para o sniper paraguaio

Ex-benfiquista Derlis marcou o golo do Basileia no único remate à baliza dos suíços. Os dragões tiveram de suar para empatar, depois de um penálti por assinalar e um golo (bem) anulado

Comecemos pela conclusão: o empate do FC Porto, 1-1 em Basileia, é um resultado positivo para resolver a eliminatória a seu favor no Dragão. Paulo Sousa tinha avisado que os helvéticos iam criar muitos problemas à equipa portuguesa. Tinha razão. Apesar do claro domínio do jogo, os dragões sofreram muito para não saírem derrotados. Isto porque o Basileia conseguiu marcar cedo, logo aos 11 minutos. Os suíços não voltaram a rematar à baliza de Fabiano. E o FC Porto precisou de arriscar um exército inteiro para anular o golo do paraguaio, que com precisão de sniper quase derrotava o adversário num só tiro. Com muita paciência, e depois de várias peripécias, o empate lá chegou. De penálti, por Danilo.

A injustiça tinha sido atenuada. O lugar nos quartos-de-final está bem ao alcance da formação de Julen Lopetegui. Que voltou a não ter sorte na arbitragem em Basileia - depois daquela final da Taça das Taças em 1983/84. Isto porque Mark Clattenburg não viu um penálti claríssimo sobre Jackson, aos 31 minutos. Os dragões tiveram de continuar a dar o seu melhor, que quase sempre esbarrava na muralha defensiva montada por Paulo Sousa. Quando a bola entrou na baliza do Basileia, pouco depois do intervalo (48'), rematada por Casemiro, parecia que o mais difícil estava feito. Estranhamente, mais de um minuto depois, o árbitro volta atrás e anula o empate. A decisão é correcta pois Jackson e Marcano estão em fora-de-jogo e tapam a visão ao guarda-redes adversário, mas não é normal que isso aconteça tanto tempo depois da acção.
Valeu ao FC Porto que o juiz não estava distraído quando o veterano Walter Samuel cortou um cruzamento de Danilo com o braço. À segunda, os dragões conseguiram um penálti que o lateral direito marcou com mestria. Aconteceu à entrada para os dez minutos finais. Há muito que os suíços se focavam exclusivamente nas tarefas defensivas, beneficiando da pouca inspiração dos portistas nos momentos cruciais. Embora as ocasiões de golo não tenham sido assim tantas, o empate podia ter chegado mais cedo. Aos 65', por exemplo, quando Jackson falhou isolado frente a Vaclík.

TANTO BATE ATÉ QUE... Lopetegui tem tido a tendência para deixar Quaresma de fora nos jogos mais importantes. Em Basileia isso voltou a acontecer, com Tello escolhido para extremo direito. Os dragões entraram em cima do adversário, quiçá esperançados que um golo pudesse arrasar psicologicamente a equipa suíça; embora o domínio da bola fosse também consentido pelo Basileia. Os problemas chegavam nas imediações da grande área helvética, densamente povoada pela equipa da casa.

Sem espaço para rematar, o FC Porto teve o azar de sofrer um golo na primeira (e única) vez que os suíços alcançaram a baliza de Fabiano. O passe de Fabian Frei é fenomenal, a recepção e o trabalho de Derlis González até ao desvio final na cara de Fabiano não ficam atrás. O avançado paraguaio que o Benfica contratou e vendeu sem nunca ter vestido a camisola da equipa principal - foi utilizado nos juniores -, continua a fazer boa figura na Liga dos Campeões (terceiro golo na prova em sete jogos efectuados).

O golo derrubou por alguns minutos a equipa portuguesa, que perdeu o controlo do jogo. Mas o FC Porto acabou a primeira parte em cima do Basileia e começou a etapa complementar da mesma forma. A primeira arma de Lopetegui foi Quaresma, que não entrou tão bem como habitual. De qualquer forma, Brahimi há muito tinha deixado de ter o rendimento esperado. A bola foi rondando cada vez com mais frequência a área suíça, com o inevitável - o golo do empate - a acontecer.

O Basileia não deverá mudar muito a forma de jogar no Dragão, daqui a três semanas (10 de Março). O FC Porto parte em vantagem com o tento apontado fora mas terá de ter muito cuidado para não cair na mesma armadilha. Afinal, um remate pode chegar à equipa de Paulo Sousa para vencer a partida e a eliminatória. Porém, em condições normais, os dragões estarão naturalmente nos quartos-de-final da Liga dos Campeões.

in "ionline.pt"

ANTÓNIO SOUSA "Basileia não tem argumentos para o FC Porto"

A opinião é do antigo jogador dos dragões, que vê na equipa portuguesa grande superioridade perante a formação helvética. António Sousa não acredita que o Basileia consiga surpreender o FC Porto.

Em entrevista a Bola Branca, António Sousa mostra-se convicto no apuramento do FC Porto para os quartos-de-final da Liga dos Campeões, porque considera que "o Basileia não tem argumentos" para a equipa azul-e-branca.

O antigo jogador portista entende que no jogo de ontem "o FC Porto foi muito superior ao Basileia", algo já esperava "mas não de uma forma tão evidente e clara", que só não se traduziu em golos, considerando "que foi um resultado escasso" pelo que aconteceu na Suíça.

Com o empate a um golo, o FC Porto está em vantagem na eliminatória, e Sousa não acredita que "o Basileia consiga inverter a situação", sublinhando que "o Porto é muito superior" perante a equipa de Paulo Sousa.

Depois da prova europeia, os dragões jogam na segunda-feira para a liga portuguesa. A equipa de Lopetegui desloca-se ao Estádio do Bessa onde vai jogar num relvado sintético, que segundo António Sousa "faz diferença", considerando que "o Boavista por estar adaptado tem vantagens, ao contrário da equipa visitante", entendendo que a equipa axadrezada "já conseguiu alguns pontos no seu estádio devido ao facto de se jogar no relvado sintético".

in "rr.pt"

Jackson Martinez com preferência pelo Arsenal


O ponta de lança portista Jackson Martinez já anunciou que no final da época deixará os dragões e o destino mais preterido parece ser Londres.

Os comentários de Arsène Wenger parecem ter agradado ao jogador azul e branco, que é ainda seguido por Manchester United.

«Ele pode jogar na Premier League, tem corpo para fazer a diferença e usa-o de forma inteligente, sendo ainda um bom finalizador», afirmou o técnico dos gunners.


in "abola.pt"

«Sonhamos alto» - Rúben Neves


Rúben Neves acredita que o FC Porto vai carimbar o passaporte rumo aos quartos de final da Liga dos Campeões, prometendo uma «equipa ambiciosa» no segundo jogo com o Basileia, no Estádio do Dragão.

«Nos primeiros minutos o FC Porto não se adaptou bem ao jogo, mas depois a equipa foi crescendo e podíamos ter saído daqui com a vitória. Eles só chegaram uma vez à nossa baliza e marcaram. Sonhamos alto, mas temos de continuar a trabalhar. É precipitado pensar que a eliminatória esta decidida, mas seremos uma equipa ambiciosa no Dragão», prometeu o médio português, lançado por Julen Lopetegui ao minuto 68, para o lugar do lesionado Óliver Torres.


in "abola.pt"

Marcano: «Quero ajudar o mais possível»

CENTRAL NUM BOM MOMENTO

Marcano, que considerou “um empate com golos fora de casa um resultado positivo”, está feliz por ser neste momento uma das apostas iniciais de Lopetegui, mas mostra-se mais preocupado com o coletivo.


“Talvez este seja o meu melhor momento. Tenho tido alguma regularidade, o técnico confia em mim… Quero ajudar o mais possível e, no fim, espero conquistar troféus coletivos, isso é que interessa”, comentou.

Casemiro: «Árbitro tentou explicar-me...»
MÉDIO E O GOLO ANULADO

O minuto 48 ficou marcado por um golo anulado a Casemiro. “O árbitro tentou explicar-me porque invalidou o golo. Havia dois jogadores na frente do guarda-redes. É a opinião dele e temos de a respeitar. Também achei um pouco estranho. Felizmente conseguimos o empate, que também é bom”, contou o médio brasileiro, ainda assim satisfeito com o desfecho da partida. “Fizemos bastantes coisas boas. O empate não é mau resultado... Queríamos a vitória, mas o empate não é mau”, destacou Casemiro.

in 2record.pt"

ÓLIVER TORRES "Vou levantar-me mais forte"

Óliver Torres usou as redes sociais para elogiar a equipa frente ao Basileia e garantir aos adeptos um regresso em grande, após nova lesão no ombro.


Óliver Torres voltou a lesionar-se no ombro no jogo com o Basileia, mas garante que vai regressar em grande. Pouco depois do regresso a Portugal, o médio espanhol publicou uma mensagem nas redes sociais, na qual também aproveitou para elogiar a equipa.

"Excelente trabalho da equipa. Triste por ter voltado a lesionar-me no ombro, mas feliz porque vou levantar-me mais forte. Obrigado a todos!", escreveu Óliver Torres.

in "ojogo.pt"

Empate fora apura em 80% das vezes


Nas dez eliminatórias que os dragões começaram por empatar fora de casa, em oito fez a festa do apuramento.

Lopetegui não deve recorrer à história para explicar aos jogadores que um empate fora torna o FC Porto favorito para apurar. Isto porque os números são tão fortes que correm o risco de relaxar o plantel. Nas dez eliminatórias anteriores que os dragões começaram por empatar fora de casa, em oito conseguiram o apuramento. As exceções foram o Manchester United, para a Liga dos Campeões de 2008/09 e o Bayern de Munique, na mesma prova em 1990/91. Com os ingleses, o empate fora 2-2 foi anulado em casa por um golo de Cristiano Ronaldo. Os alemães ganharam 2-0 no Porto depois de empate a um em casa.

De resto, o FC Porto venceu sempre a segunda mão, com exceção do Atlético de Madrid em 2008/09. O nulo do Dragão chegou, no entanto, para anular os 2-2 do Vicente Calderón. Nesta série de apuramentos, há um contra um adversário suíço, em 1992/93. Também na prova maior da UEFA, o FC Porto empatou 2-2 em Sion e depois goleou (4-0) no antigo Estádio das Antas.


in "ojogo.pt"

Barça conta com Neymar... para ter Danilo

Jornal "Mundo Deportivo" desfaz-se em elogios ao lateral e aponta o trunfo de um clube que está proibido de contratar.

Danilo está em alta. Apontou o golo do empate do FC Porto em casa do Basileia e é um dos mais badalados jogadores na imprensa espanhola. O jornal "Mundo Deportivo", por exemplo, insiste esta quinta-feira que o lateral brasileiro está nas contas do Barcelona e distribui elogios ao jogador dos dragões. O jornal espanhol vai mais longe e até diz que Neymar é um trunfo ao serviço dos catalães numa espécie de batalha com o Real Madrid.

"Danilo pode ser motivo de outra guerra Barcelona-Real Madrid. O lateral direito brasileiro do FC Porto interessa a ambos os clubes e cada um deles tem a sua vantagem: a do Real é que pode contratar quando quiser e a do Barcelona é que no plantel tem o melhor amigo de Danilo, Neymar. Ambos coincidiram no Santos", escreve o "Mundo Deportivo".

"Danilo deu um salto de qualidade, demonstrando que pode ser o lateral direito do futuro pela sua potência e qualidade. Acaba contrato em 2016. Em 2001, o FC Porto usou a estratégia que agora pensa seguir o Barcelona: contratou Danilo por 13 milhões e cedeu-o ao Santos uns meses", acrescenta.

Além de Danilo, Pogba, Reus, Mata e Lars Bender são apontados como alvos do clube catalão.


in "ojogo.pt"

Talento e invencibilidade em destaque

Na generalidade, a imprensa internacional considera justo o bom resultado do FC Porto em Basileia, que assim continua sem derrotas na Liga dos Campeões

AS: " O FC Porto de Lopetegui foi muito superior e Casemiro o melhor em campo, liderando a equipa nos momentos mais difíceis. Um golo de Danilo deu um empate merecido. A gasolina suíça durou meia hora"

La Gazzetta dello Sport: "O FC Porto é uma das três equipas da Champions que ainda não têm derrotas e está em vantagem (...) É uma equipa cheia de talento no meio (Óliver e Herrera) e qualidade no ataque"

L' Equipe: "Bom resultado para os portugueses, que continuam sem derrotas na Champions. Com o empate, o FC Porto parte em vantagem para o jogo da segunda mão, em casa"

El Pais: "Danilo faz justiça (...) ao empatar um jogo em que o FC Porto foi sempre mais ambicioso. Uma falha de Maicon e Marcano, a única da equipa de Lopetegui, obrigou a correr atrás do resultado"


in "ojogo.pt"

Óliver afastado do Boavista

Espanhol sofreu uma luxação no ombro frente ao Basileia e só por milagre marcará presença no dérbi.

Aos 68", Óliver rodou sobre três rivais, sofreu falta, deitou a mão ao ombro direito e pediu a substituição. À imagem do que sucedeu contra o Moreirense, na longínqua terceira jornada da I Liga, sofreu uma luxação. Na altura ficou um mês de fora.

No final do jogo, o departamento médico reduziu de imediato a lesão e recolocou o ombro no sítio, mas o espanhol só por milagre poderá jogar no Bessa. Casemiro, Alex Sandro e Danilo, por castigo, também são baixas para o dérbi.




in "ojogo.pt"

O regresso a casa do herói

Danilo apontou, de grande penalidade, o golo do empate do FC Porto frente ao Basileia.


O FC Porto trouxe de Basileia um animador empate a um golo. Danilo, um dos melhores em campo, foi o autor do lance que garantiu a igualdade frente aos suíços, na execução soberba de uma grande penalidade.

Através das redes sociais, o FC Porto fez questão de publicar uma fotografia do internacional brasileiro no regresso a Portugal, já dentro do avião. Afinal, Danilo é o homem do momento.


in "ojogo.pt"

DIOGO BRITO: “O ATLÉTICO JOGA COM MUITA INTENSIDADE”

Dragon Force recebe a formação lisboeta na 17.ª jornada da Proliga
Líder absoluto da Proliga, com um registo 100 por cento vitorioso, o Dragon Force recebe o Atlético, este sábado, às 17h30, em jogo referente à 17.ª jornada da fase regular. Em mais um desafio ao percurso perfeito dos portistas, Diogo Brito recordou a experiência do próximo adversário dos Dragões e garantiu que a vantagem reflectida na tabela não levará a qualquer tipo de relaxamento no que falta jogar antes dos Playoffs.

“Já defrontámos o Atlético por duas vezes esta temporada e em ambas estivemos a vencer por diferenças grandes, mas esta equipa caracteriza-se também por fazer boas recuperações, pelo que já estamos alertados para isso. O Atlético tem uma equipa experiente e joga com muita intensidade, sobretudo a nível defensivo. Acredito que vai ser um encontro complicado, mas estamos preparados e queremos somar mais uma vitória”, declarou o jovem extremo/poste azul e branco, ao Porto Canal e www.fcporto.pt, perspectivando o duelo frente ao actual oitavo classificado.

Com três vitórias à maior sobre o Eléctrico FC e cinco jogos para disputar, Diogo Brito dá voz à ambição portista para as jornadas restantes. “Não sei se seria preciso ou não uma catástrofe, mas a realidade é que será muito difícil tirarem-nos a liderança, até porque temos o objectivo de vencer todos os jogos que restam na fase regular. Não podemos deixar fugir o primeiro lugar nesta recta final. Temos uma boa vantagem sobre o segundo classificado e vamos trabalhar para a manter ou aumentar. Não vamos relaxar um segundo que seja”, assegurou o camisola seis.

O jogo entre Dragon Force e Atlético, da 17.ª jornada da Proliga, disputa-se este sábado, às 17h30, no Dragão Caixa, e terá transmissão em directo no Porto Canal.


in "fcp.pt"

SUB-19 ESPERAM “DIFICULDADES” EM LEIRIA

Dragões querem entrar a vencer na fase final do Campeonato Nacional de Juniores A​​
​A vitória épica em Madrid frente ao Real, nos oitavos-de-final da UEFA Youth League, já pertence ao passado e segue-se agora a União de Leiria, o primeiro adversário da equipa de Sub-19 do FC Porto na fase final do Campeonato Nacional de Juniores A. O extremo Sérgio Ribeiro assume que os Dragões querem começar a nova etapa com uma vitória, no Campo da Mata de Santa Eufémia (sábado, 15h00), onde esperam encontrar as dificuldades que já lá encontraram no passado.

“O Leiria tem uma boa equipa, com bons jogadores, e no ano passado fez um bom campeonato. Sabemos que vamos encontrar dificuldades, num campo difícil, mas queremos entrar bem na segunda fase”, afirma o jovem dos azuis e brancos, em declarações ao www.fcporto.pt e ao Porto Canal.

Sérgio Ribeiro assegura ainda que os Dragões já saborearam a vitória sobre o Real Madrid, “um dos favoritos a ganhar a UEFA Youth League”, e que agora é altura de se voltarem a focar nos objectivos internos. “Temos é de pensar no Leiria, porque depois de um jogo como aquele, decidido nos penáltis, temos de estar ainda mais concentrados. Estamos com os pés bem assentes na terra, já festejámos e agora temos que nos focar no campeonato".


in "fcp.pt"

LOPETEGUI: “MERECÍAMOS UM RESULTADO MELHOR”

Técnico espanhol elogiou desempenho da equipa e lamentou mais uma arbitragem infeliz em jogos do FC Porto​
Espírito de sacrifício, atitude, personalidade, capacidade de reacção e de superação. Para Julen Lopetegui foram estes os predicados da “boa exibição” do FC Porto no St. Jakob-Park, na primeira mão dos oitavos-de-final da UEFA Champions League. O treinador espanhol considerou que a equipa fez “um jogo muito bom e que merecia ter saído com outro resultado”, lamentando ainda a infelicidade de não lhe ter sido um “penálti claro”.

“O FC Porto mereceu um resultado melhor, pela personalidade que mostrou, em circunstâncias muito difíceis perante um rival difícil, que se superiorizou aqui ao Liverpool e ao Real Madrid. Fizemos tudo para conseguir um bom resultado, até melhor do que este, mas a equipa está de parabéns pelo que fez para chegar ao empate”, defendeu Lopetegui, em declarações no final do jogo.

O técnico espanhol socorreu-se das estatísticas para argumentar que os Dragões “foram melhores do que o Basileia”, lembrando que o adversário fez o golo “no único remate que fez à baliza” - na sequência de uma jogada para o qual os Dragões já estavam avisados, acrescentou. “Foi um jogo muito bem jogado pela nossa equipa. Rematámos 25 vezes, tivemos muito mais posse de bola, fizemos tudo para conseguirmos outro resultado”.

O golo madrugador dos helvéticos foi o primeiro de vários obstáculos com que os azuis e brancos se depararam no desafio. “Um golpe duro” que, nas palavras do treinador basco, obrigou a equipa a “assumir o risco”, mostrando “personalidade, uma grande atitude, uma boa capacidade de reacção e de superação e um enorme espírito de sacrifício perante várias situações adversas.”

Por falar em situações adversas, Lopetegui não poupou críticas à actuação da equipa de arbitragem liderada pelo árbitro britânico Mark Clattenburg. “Houve decisões que nos prejudicaram claramente: um penálti claríssimo, um fora-de-jogo mal assinalado ao Tello quando se isolava, um segundo cartão vermelho que ficou por mostrar a um jogador do Basileia e um golo anulado numa decisão muito estranha, que afectou emocionalmente a equipa. Apesar de tudo, fizemos um bom jogo”, afirmou ainda o técnico espanhol, lamentando a lesão de Óliver Torres, “a notícia triste” de uma noite que deixa o FC Porto mais perto dos quartos-de-final da UEFA Champions League.


JACKSON MARTÍNEZ: “FALTAM 90 MINUTOS”

​Avançado colombiano sublinhou a importância do golo marcado fora de casa, no primeiro duelo com os suíços
Para Jackson Martínez, a perseverança foi a chave do empate do FC Porto em Basileia, na primeira mão dos oitavos-de-final da UEFA Champions League. O internacional colombiano, que até ao momento apontou cinco golos na prova, considerou que a equipa foi superior ao líder do campeonato suíço, mas que pecou na hora de rematar à baliza.

“Foi um jogo complicado, sobretudo na primeira parte, porque eles marcaram cedo. Tivemos mais ocasiões, mais posse de bola, mas falhámos um pouco na finalização. Mas tivemos paciência, soubemos ser perseverantes para conseguimos chegar ao golo, que é importante para a eliminatória. Cumprimos parcialmente o objectivo, faltam 90 minutos, mas, para já, temos de nos focar no próximo encontro para a Liga”, analisou o capitão dos Dragões, em declarações no final do encontro.

O dono da camisola número nove dos portistas foi ainda convidado a comentar o golo anulado ao FC Porto, num lance em que o próprio também esteve envolvido. “Vendo a jogada depois do jogo, acho que o Marcano está à frente do guarda-redes.”


DANILO E O PENÁLTI: “SABIA QUE ERA UM MOMENTO IMPORTANTE”

​Brasileiro explica que marcou tal como nos treinos e reconhece que o FC Porto poderia ter vencido
Danilo foi o autor do golo do 1-1 no St. Jakob Park, frente ao Basileia, que colocou o FC Porto em posição de vantagem nos oitavos da Champions. Na zona mista do estádio, esta quarta-feira, o brasileiro revelou que “estava confiante” e que pediu para marcar a grande penalidade, que caberia habitualmente a Quaresma.

“Queria fazer o golo, sabia que era um momento importante. Trabalho muito para isso, foi uma situação natural. Eu, o Quaresma e o Herrera treinamos bastante estes lances. Quando o Quaresma não está em jogo sou eu que cobro, ele entrou mas eu estava confiante, queria marcar e pude acertar. Fi-lo da forma que treino. Estava tranquilo, o mérito foi de todo o grupo e todos estão de parabéns”, afirmou.

O defesa reconhece que o FC Porto “poderia ter saído de Basileia com uma vitória”, mas também considera o empate “um bom resultado para pensar na segunda mão”. “Dadas as circunstâncias, deixa-nos em boas condições. Eles vão causar-nos muitas dificuldades no Dragão, pelo que temos de estar preparados. Se queremos chegar longe, temos de passar esta eliminatória.

Confrontado com notícias sobre o interesse de clubes espanhóis na sua contratação, Danilo desvalorizou o assunto, com bom humor. “Prefiro estar nas capas amanhã por ter feito o golo”, afirmou. Por outro lado, valorizou o trabalho do colega Ricardo, que pode ocupar a sua posição frente ao Boavista (segunda-feira, 20h00), dado castido do brasileiro: “É meu amigo e uma pessoa com um carácter enorme. Provou que me pode substituir à altura, tem muitas qualidades e no dia-a-dia trabalha imenso. É um exemplo para todo o grupo, porque nem sempre está nas convocatórias mas trabalha sempre com uma dedicação enorme”.


QUARESMA: “ESTÁ TUDO EM ABERTO”

​Extremo considera que a equipa podia ter saído da Suíça com outro resultado e que vai fazer melhor no jogo no Dragão

O FC Porto foi à Suíça com a ambição de ganhar, garante Ricardo Quaresma, fez por isso no jogo, mas não conseguiu mais do que um empate, no primeiro duelo dos portistas com o Basileia na história do futebol europeu. Ainda assim, o extremo acredita que no jogo da segunda mão, os Dragões “vão fazer muito mais” para chegarem aos “quartos” da UEFA Champions League.

“Queríamos ganhar este jogo, mas só conseguimos o empate, que acaba por ser um resultado justo, apesar de que podíamos ter saído daqui com outro resultado. Mas a verdade é que está tudo em aberto para o jogo da segunda mão. Em casa, perante os nossos adeptos, faremos muito mais para continuarmos na prova e acredito que vamos ganhar”, afirmou o número sete portista, em declarações no final do encontro

O internacional português regressou neste encontro ao banco de suplentes, acabando por entrar no decorrer da segunda parte, “determinado em ajudar” os companheiros. “Fiz o que o mister mandou. Esperei pelo meu momento e quando entrei tentei trabalhar para a equipa. Conto sempre jogar, mas respeito as opções do treinador”.


TELLO: “O GOLO ANULADO FOI UMA SENSAÇÃO ESTRANHA”

​Espanhol elogiou prestação de equipa, tal como Casemiro, Marcano e Rúben Neves, na zona mista do St. Jakob-Park
O lance caricato do golo anulado a Casemiro, no arranque da segunda parte do Basileia-FC Porto, foi um dos principais temas de conversa na zona mista do St. Jakob-Park, no final do encontro desta quarta-feira. Tello, que apontou o canto que esteve na origem do lance, foi um dos que falou sobre esse momento e depois, tal como Casemiro, Marcano e Rúben Neves, considerou o empate um resultado interessante mas injusto.

“Vi de longe e não percebi bem o que se passou, mas, depois de termos celebrado o golo durante tanto tempo, o facto de ter sido anulado foi uma sensação estranha. Parece que se falou numa falta sobre o guarda-redes, terei de ver o lance”, relatou o avançado espanhol, que depois analisou globalmente o encontro. “A equipa foi bastante superior durante todo o encontro. Comandamos todo o jogo e penso que merecíamos um melhor resultado, mas de certa forma estamos satisfeitos”.

Casemiro esteve no epicentro do lance e também apelidou a situação de “estranha”. “O árbitro tentou explicar que havia dois jogadores em frente ao guarda-redes. É a opinião dele, respeitamos e vamos pensar já no próximo jogo”, declarou. O brasileiro vê os suíços como “uma equipa que sabe o que está a fazer dentro do campo”, mas que ficou atrás do rendimento dos azuis e brancos. “Fizemos bastantes coisas boas. Não perdemos o controlo do jogo, tivemos posse de bola, oportunidades para vencer e jogámos bem. Acho que isso é o mais importante”.

Marcano frisou que o domínio portista foi mais mérito do FC Porto do que “demérito” do Basileia. “Estivemos intensos e pressionámos muito a perda de bola”, afirmou o defesa central, que espera um adversário mais forte na segunda mão, agendada para 10 de Março, às 19h45. “Eles só tinham feito dois jogos depois da paragem de Inverno e dentro de um mês estarão melhores, mas nós também jogaremos em casa”, adiantou.

Rúben Neves admitiu que o FC Porto não se adaptou bem ao Basileia nos primeiros minutos, mas foi subindo de rendimento com o passar do tempo, só faltando “a finalização” para conseguir o triunfo. “Tivemos muita bola e eles não chegaram à nossa baliza, exceptuando o golo”, sublinhou o jovem médio, para quem é “precipitado” considerar a eliminatória como quase resolvida.

in "fcp.pt"

EMPATE PROMETEDOR NO REGRESSO A BASILEIA



O resultado foi positivo, mas os Dragões mereciam mais do que o 1-1, num encontro que dominaram por completo

Um penálti de Danilo, a 11 minutos do fim, permitiu ao FC Porto arrancar um empate em Basileia (1-1) que lhe dá boas perspectivas de avançar, seis anos depois, para os quartos-de-final da Champions League. ​No local onde nasceu o FC Porto europeu, na final da Taça das Taças de 1984 perdida cruelmente frente à Juventus, os Dragões dominaram por completo (o Basileia marcou no único remate!) e só com bastante infelicidade não saíram do gelado St. Jakob-Park (em que a temperatura rondou sempre os 0 graus) com o triunfo. Porém, diga-se que um empate fora nas últimas sete presenças dos portistas nesta fase da competição valeu sempre o apuramento. 

Em relação ao onze apresentado no jogo anterior (1-0 ao Vitória de Guimarães), Lopetegui optou por uma única alteração, com a saída de Quaresma e a entrada de Tello, que foi nos primeiros minutos o melhor intérprete da pressão alta que os Dragões aplicaram sobre a saída de bola do Basileia. No entanto, na primeira ocasião em que os suíços se aproximaram da área portista, Derlis González fez o 1-0, numa diagonal após um passe longo de Frei. Apesar do domínio territorial, só aos 20 minutos Danilo criou o primeiro lance de perigo portista, com um remate de fora da área que obrigou Vaclík a aplicar-se.

Nesta primeira parte, nada se viu do anunciado rasgo que Paulo Sousa prometeu que a sua equipa iria apresentar. Bem fechadinhos cá atrás, os suíços assistiram a quinze minutos de intensa pressão dos Dragões, a partir dos 30 minutos, momento em que o árbitro Clattenburg ignorou um penálti do tamanho da Torre dos Clérigos, cometido por Walter Samuel sobre Jackson. Aliás, o argentino parecia ter carta branca para travar o colombiano de qualquer maneira. É verdade que o FC Porto não foi exuberante no ataque, mas a equipa da casa fez pouquíssimo (um único remate!) para justificar o 1-0 ao intervalo.

Aos 48 minutos, ocorreu uma das histórias mais caricatas de sempre da Champons League. O FC Porto empatou o encontro numa recarga de Casemiro a um cabeceamento de Maicon, após canto de Tello. Mais de um minuto depois, já os Dragões haviam comemorado e regressavam ao seu meio-campo, o golo foi anulado por pretenso fora de jogo posicional de Jackson e Marcano. Discutível a decisão, ridícula a demora, que pode dar origem a todas as especulações, num momento em que a equipa de cinco árbitros até pode comunicar via rádio.

Os azuis e brancos criaram depois mais duas oportunidades claras: primeiro foi Tello a permitir a defesa de Vaclík (58 minutos) e depois Jackson a tentar o chapéu, mas a atirar por cima. Em ambos os casos a assistência foi de Óliver, que estava a ser provavelmente o melhor em campo quando foi forçado a sair, devido a um problema num ombro. Também podia ser do frio, mas, apesar da vantagem, os adeptos do Basileia assistiam com preocupação a um cerco que tornava invisíveis os atacantes do Basileia.

A justiça demorou mas apareceu, vinda não da mão de Deus mas da mão de Walter Samuel, que cortou um passe destinado a Jackson, o que valeu um penálti mas não a expulsão que o defesa central parecia pedir desde o primeiro minuto. Aos 79 minutos, Danilo marcou de forma convicta o penálti e mostrou como os adeptos portistas estavam espalhados por várias zonas do estádio e seriam uns largos milhares. Até ao fim, o FC Porto controlou um encontro que poderia ter ganho, mas, para se perceber a dificuldade desta competição, diga-se que os azuis e brancos apenas venceram fora em eliminatórias da Champions na meia-final da Corunha (1-0), em 2004.


in "fcp.pt"

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

A prece de Pedroto, a loucura de Zé Beto, «um roubo histórico»

FC Porto volta a uma cidade maldita, 31 anos após a derrota na final da Taça das Taças contra a poderosa Juventus de Platini, Boniek e Trapattoni

Voltar a um sítio onde já fomos felizes. Dizem não ser uma boa ideia. Pela lógica, então, o regresso a um ponto onde a infelicidade nos atingiu em cheio é bem capaz de ter tudo para correr bem. 

É aqui que entra a cidade de Basileia. E a história do FC Porto, pois. 

Quarta-feira, 18 de feveiro, os dragões jogam pela segunda vez na cidade helvética. A primeira, a 16 de maio de 1984, acaba mal. A Juventus ergue a Taça das Taças, os azuis e brancos lamenta a arbitragem do senhor Adolf Prokop e Zé Beto perde a cabeça com um dos árbitros assistentes. 

Maisfutebol recua 31 anos e enche-se de grandes recordações com a ajuda de Mike Walsh e António Sousa, armas do treinador António Morais nesse duelo de má memória para o FC Porto. 

Antes das palavras, fica o resumo da partida vencida pelaVecchia Signora: 2-1. 


De um lado, a poderosa Juventus, treinada por um jovem [bem, pelo menos mais jovem] Giovanni Trapattoni. Do outro, um FC Porto a desbravar o caminho europeu e privado do treinador José Maria Pedroto, retido em Portugal a lutar contra uma grave doença. 

Na véspera, os jornais italianos colocam Fernando Gomes, ponta-de-lança e capitão do FC Porto, a caminho do Inter Milão. Manobra de distração, claro. Para a Juve, o jogo é absolutamente decisivo, após a derrota no ano anterior na final da Taça dos Campeões Europeus. 

Vale quase tudo para ganhar.   

O nome de José Maria Pedroto gritado no balneário 

Nas Antas, o presidente Pinto da Costa acena com 500 contos [2500 euros], uma fortuna à época, em caso de triunfo. Mas essa não é a maior motivação para o plantel. 

«No balneário gritámos o nome do senhor Pedroto», conta Mike Walsh, possante avançado, lançado por António Morais para os últimos 26 minutos da final. «Só o Fernando Gomes e outros mais antigos é que foram vê-lo antes da viagem para a Suíça. E trouxeram a mensagem: ‘ganhem por mim e pelos adeptos do FC Porto’!» 

A tarefa não se adivinha simples. A Juve tem craques da estirpe de Michel Platini, Zbigniew Boniek, Marco Tardelli ou Paolo Rossi. Aos 12 minutos, Beniamino Vignola inaugura o marcador, num remate de pé esquerdo bem colocado. O malogrado Zé Beto calcula mal a trajetória e a bola entra mesmo. Mas o FC Porto, sempre num futebol apoiado, chega ao empate. 

«Foi um bom golo. É um exagero dizer que foi o meu melhor, mas foi bom e ficou na memória. Se fosse o golo da vitória teria sido mais marcante. Dizem que o Tacconi foi mal batido, mas a bola saiu forte, bateu-lhe à frente e passou-lhe por cima», conta António Sousa, autor do remate. 

«Foi uma jogada corrida, de pé para pé, como era normal na nossa equipa. Optávamos muito por passes fáceis e simples. O Gomes amorteceu de cabeça e o Jaime Magalhães colocou-me a bola na zona central. Venho de trás, chuto na passada, e consegui um golo de belo efeito».

Depois, o início de toda a polémica. Boniek faz o segundo da Juventus aos 41 minutos, mas os portistas juram a existência de falta sobre João Pinto. 

«Fomos melhores. Esse lance fez toda a diferença. O João é carregado e fica fora da jogada. Fomos para o intervalo revoltados, a pensar no senhor Pedroto e nesse erro do árbitro», continua Mike Walsh. 

As teorias do FC Porto são suportadas em «mais duas grandes penalidades por assinalar» no segundo tempo:«um empurrão ao Vermelhinho e uma mão do Scirea na área»

Há mais. Nos dias posteriores sabe-se que Prokop, o árbitro alemão, é apaixonado por automobilismo e sugere-se a existência de uma visita à fábrica da FIAT. Sim, a principal patrocinadora da Juve. 
 

Boniek a carregar João Pinto, com Eurico e Zé Beto fora da jogada

A perder, António Morais tira Jaime Magalhães e lança Mike Walsh aos 64 minutos. «Começámos a jogar um futebol mais direto. Ganhei alguns lances pelo ar, ao lado do Gomes, trabalhei e dei tudo», conta Mike Walsh. «Faltou o mais importante: o golo. Nunca apareceu e saímos em lágrimas»

Protestos, vaias e Zé Beto de cabeça perdida. «Bateu ao bandeirinha. Era um rapaz muito quente, um vulcão. Amava o FC Porto mais do que tudo e não aguentou. Cometeu esse erro, fez mal, mas isso demonstra a paixão dele pelo clube. Aquilo foi um roubo histórico»

Zé Beto é suspenso por um ano das provas da UEFA e falha, por isso, a presença no Euro84. 

O caso é narrado assim pelo jornalista António Jorge Almeida, em serviço para o Record na célebre final de Basileia: 

«Mal o jogo terminou, quando o trio de arbitragem se dirigia para o local da entrega da Taça, Zé Beto entrou de pé em riste sobre o fiscal de linha, que se intrometeu entre o jogador português e o árbitro. Agarrado de imediato pelos colegas, libertou-se e aplicou um pequeno pontapé no mesmo fiscal de linha. Novamente afastado pelos colegas, investiu uma terceira vez sobre o fiscal de linha e este enfiou o pau da bandeirola na barriga do guardião português, o qual, furioso, arrancou-lha da mão e lançou-a para longe»

A versão de Zé Beto, falecido a 4 de fevereiro de 1990 num horrível acidente de viação, não acompanha esta descrição: 

«Quando ia falar com o árbitro, o fiscal de linha virou-se e ficámos peito contra peito. Depois quis falar com ele e espetou-me a bandeirola no estômago. Se fosse uma faca tinha-me furado a barriga!» 

Mike Walsh finaliza com uma ideia curiosa: «a equipa de 84 era superior à de 87. Só lhe faltava o Futre e o Madjer (risos). Eu era o único estrangeiro. O FC Porto era quase a Seleção Nacional».  

in "maisfutebol.iol.pt"