sábado, 12 de fevereiro de 2011

Sapunaru pronto para Braga

Sapunaru está completamente recuperado da mialgia de esforço que sofreu na face posterior da coxa direita durante o jogo com Rio Ave e já se encontra à disposição de André Villas-Boas para a visita a Braga. O lateral falhou os dois jogos disputados pela selecção romena no decorrer desta semana (quarta e quinta-feira), mas ontem já trabalhou integrado com o restante grupo de trabalho e sem limitações aparentes. Desta forma, o romeno deve manter o lugar no lado direito da defesa, relegando uma vez mais Fucile para o banco de suplentes. Até porque, do outro lado, deverá estar Sereno, também ele recuperado de uma mialgia de esforço que o manteve limitado no arranque da preparação para a visita a Braga. Aliás, esta temporada, Fucile foi titular em apenas seis jogos do campeonato (num total de 19...), sendo que a última chamada ao onze inicial aconteceu há quase um mês, na recepção à Naval. Depois, jogou apenas as partidas frente ao Beira-Mar e Gil Vicente, para a Taça da Liga, e os últimos 12 minutos da recepção ao Rio Ave, mas desta vez por lesão de Sereno. Muito pouco para alguém que brilhou com tanta intensidade no mais recente Campeonato do Mundo. Apesar disso, a verdade é que as sucessivas apostas de Villas-Boas para as alas têm resultado em pleno...

in "ojogo.pt"

Iturbe no Porto para conhecer o clube

turbe, o craque que está a brilhar no Torneio Sul-Americano de Sub-20 e que o FC Porto contratou, antecipando-se aos "tubarões" europeus, deve viajar para Portugal nos próximos dias a fim de conhecer o clube e definir o seu futuro imediato. "Tenho de ir ao Porto por três dias para conhecer o clube e depois regresso", revelou em declarações à rádio FMQ. Como só completa 18 anos em Junho, o novo "Messi" ainda não pode jogar pelo FC Porto pelo que de verá ser emprestado até ao início da próxima época. Para que isso aconteça, contudo, é preciso que a FIFA autorize porque o Cerro Porteño apresentou uma queixa reclamando direitos de formação sobre o jovem. E ganhou. Por isso, nos últimos meses, Iturbe treinou no Quilmes, da Argentina, mas sem jogar. "Existem várias ofertas. Se Deus quiser vamos escolher a melhor para que possa ficar na Argentina. O Quilmes abriu-me as portas e tem prioridade", admitiu.

Enquanto isto, na Argentina multiplica-se a especulação quanto ao interesse do Manchester United. Há mesmo jornais que defendem que o futuro do Pulguita ainda não está definido porque, aparentemente, o contrato com o FC Porto não está fechado. Porém, O JOGO sabe que o acordo é válido para cinco anos e foi assinado há cerca de duas semanas quando os pais do jogador estiveram na Invicta.

Numa outra entrevista, desta feita à "TyC Sports", Iturbe falou da infância complicada que viveu. "Os meus pais matavam-se a trabalhar para sustentar a família. Quando estava no Paraguai quase que não os via. A minha mãe tinha uma farmácia e o meu estava na construção civil enquanto eu estudava e jogava à bola. Só estava com eles à noite", referiu.
Iturbe falou ainda sobre o conflito com o Cerro Porteño que o tem impedido de jogar no Quilmes. "Pressionaram-me para assinar pelo Cerro Porteño e custou-me muito o que se passou porque é o clube do meu coração. Por culpa de alguns dirigentes, que não entendem nada de futebol, passou-se tudo isto", explicou.
A terminar, Iturbe contou que "adorava ver Ronaldinho Gaúcho jogar", mas salientou que o seu ídolo é Messi. "Senti pele de galinha quando o conheci no estágio na África do Sul. Não só pela qualidade como jogador, mas também pelo ser humano que é".

É o craque da Argentina e o sonho do Paraguai

Iturbe nasceu na Argentina, em Buenos Aires, mas tem descendência paraguaia, de onde são naturais ambos os pais. Por isso, Gerardo Martino, seleccionador A do Paraguai, tem piscado o olho ao jovem craque - ainda que com pouca convicção - procurando convencê-lo a mudar de camisola. O que pode acontecer enquanto não somar qualquer internacionalização pelos sub-21. "Sempre tivemos essa intenção, mas não se pode fazer muito porque é o miúdo que tem de decidir. Eu até posso convocá-lo já em Março, mas para quê expo-lo a isso se ele já tem bem definido o que pretende?", desabafou. De facto, Iturbe não parece pensar em jogar pelo Paraguai. "Tenho que seguir a minha carreira e no Paraguai até me querem matar. Mas também há quem perceba de futebol e entende a minha situação", brincou em declarações à "TyC Sports".

Tudo por tudo para as Olímpiadas de Londres

Iturbe terá, esta noite, a responsabilidade de comandar a Argentina na última partida do Torneio Sul-Americano de Sub-20, frente à Colômbia. Em jogo está o apuramento para os Jogos Olímpicos de Londres e apesar dos golos de Iturbe as contas não são fáceis. Esta prova, que se disputa no Peru, apura as duas selecções que representarão a América do Sul no torneio de futebol das olimpíadas e o Uruguaio já tratou de garantir uma das vagas quando venceu, precisamente, a Argentina. Para agarrar a outra, os argentinos têm de vencer os colombianos e torcer para que os brasileiros sejam derrotados pelos uruguaios no encontro que vai decidir o vencedor deste torneio. Em todo o caso, os resultados da Argentina são suficientes para assegurar a presença no Mundial de Sub-20, que se disputará na Colômbia, entre 29 de Julho e 20 de Agosto com 24 equipas, entre as quais Portugal.

in "ojogo.pt"

Campo Pequeno ficou azul

João Santos e Carlos Andrade estavam no Campo Pequeno, mas fora de combate, o que, perante um Benfica cheio de soluções e com todos os elementos operacionais, fazia antever um clássico desequilibrado naquele que era o prato forte do primeiro dia da Supertaça Compal. Assim não aconteceu. Quando o resultado se "inclinou", já dentro do último tempo de jogo, foi favorável ao FC Porto, que abriu para 12 pontos e sentenciou a partida.

Jogando em campo neutro, mas ainda assim bem mais "fora de casa" do que adversário, os dragões assentaram numa defesa muito forte esta segunda vitória da temporada sobre os encarnados - a outra foi para a Liga, em casa, por 91-74, num total de quatro jogos entre ambos.

O conjunto de Henrique Vieira, com a maioria dos adeptos presentes no Campo Pequeno a ajudar na recuperação, mostrava poucas soluções, especialmente ofensivas, terminando com percentagens de lançamento muito baixas. Nos minutos finais, os bicampeões nacionais e detentores da Supertaça Compal revelaram enorme desorientação, especialmente Ekjersey Viana, que protagonizou alguns lances bastante duros.

Mas, mais do que a derrota, a Henrique Vieira certamente preocupará a lesão de Ben Reed. Porque terça-feira tem jogo europeu, bem importante, com o Ventspils.

A FIGURA

GREG STEMPIN
Personificou garra portista

Mais uma boa actuação do extremo/poste, que personificou a garra e a entrega dos homens do FC Porto. Fez 15 pontos, quatro assistências e ainda ganhou oito ressaltos, bem divididos entre defesa e ataque.

Declarações

Henrique Vieira Treinador do Benfica
"Ofensivamente não existimos"

Henrique Vieira começou por fazer uma crítica à escolha da equipa de arbitragem, "pois no ano passado eram equipas mistas dos dois países e agora eram só angolanos, o que podia ter prejudicado, pois lá a dinâmica é diferente". A derrota, no entanto, deveu-se à sua equipa. "O Benfica ofensivamente não existiu. Falhar 30 lançamentos de dois pontos frente ao FC Porto é muito mau", disse. "A ânsia de recuperar acabou por prejudicar. Perdemos este jogo, mas não o torneio. Vamos rectificar", completou o técnico.

Moncho Lopez Treinador do FC Porto
"Melhor do mundo e arredores"

"Estou muito satisfeito. Fomos bem organizados defensivamente e este, além de um jogo físico, foi sobretudo intelectual. Conseguimos ser superiores e entrámos com muito combustível", comentou Moncho Lopez, treinador do FC Porto. Obrigado a mudanças devido a lesões, Moncho gostou dos seus "jogadores novos, que tiveram uma boa prestação, mas isso para mim não foi surpresa". O técnico destacou ainda a exigência do FC Porto, "que tem grandes adeptos e é o melhor clube do mundo e arredores".

in "ojogo.pt"

O pobre e o rico. Dois mundos unidos por Bobby Robson

Têm origens e histórias de vida quase opostas. Juntaram-se pela mão do técnico inglês e hoje são duas das caras da nova geração de treinadores portugueses



Quando Domingos Paciência entrou para a escola primária, com seis anos, o futebol já fermentava no seu corpo. Vinha do bairro dos pobres, de uma família onde a fartura só existia no lado das dificuldades, mas não revelava a origem. Perante os outros meninos dizia que era do bairro do Rodão, para evitar o embaraço provocado pela crueldade das crianças de famílias mais ricas. Domingos não queria ser posto de parte por ser pobre. Por outro lado também não passava muito tempo na escola. Chumbou por faltas no primeiro ano, quase sempre porque se escapava para ir jogar futebol.

Filho de um pintor da construção civil nascido na Amazónia e de uma conserveira, saiu de casa aos 13 anos para viver no centro de estágio do FC Porto. Lá podia ter a alimentação que lhe faltava em Leça, indispensável ao crescimento de um jogador de futebol. E mesmo lá, onde só recebeu o primeiro ordenado (37,50 euros) aos 17 anos, tinha a responsabilidade de ajudar a família.

A infância de Domingos Paciência moldou a personalidade do jogador que admirava Frasco, Nené, Carlos Manuel e Fernando Gomes. Depois começou a marcar e a brilhar no FC Porto. Nesse momento passou a ser ele o homem idolatrado. Os miúdos (tal como os graúdos) viam nele o rosto da equipa, uma das imagens de marca do clube na década de 90 - a mais dominadora da história dos dragões. Não interessava se eram pobres como ele fora em criança ou ricos como (D. Luís) André (de Pina Cabral e) Villas-Boas, bisneto do 1.o visconde de Guilhomil, parecia ser. Todos queriam ver Domingos marcar golos. E todos duvidavam de Bobby Robson, em 1994/95, quando mantinha o goleador no banco de suplentes.

O jovem André, no entanto, foi mais longe. Vizinho do treinador inglês, não teve problemas em meter conversa uma das vezes que se cruzaram. Não queria pedir um autógrafo, mas sim manifestar o seu desagrado por Domingos Paciência não jogar. A atitude mudou-lhe a vida: Robson tornou-se um mentor, a sua maior influência. Convidou-o para compilar as estatísticas do FC Porto e mostrou-lhe o caminho a seguir: "Ia seguir jornalismo desportivo, mas Bobby Robson deu-me a oportunidade de entrar no mundo do futebol."

À luz do futebol actual formou-se então um quarteto de luxo: Robson a treinar, Mourinho a ajudar, Domingos a marcar e Villas-Boas a observar. Depois vieram os cursos de Treinador na Escócia e em Inglaterra, o estágio no Ipswich Town e o cargo de director técnico da selecção das Ilhas Virgens Britânicas. Mais tarde proporcionou-se o regresso ao FC Porto, pela mão de José Mourinho, tal como as aventuras em Inglaterra e Itália com o Special One.

A chamada da Académica trouxe André Villas-Boas de volta a Portugal para o primeiro desafio como treinador principal, aos 32 anos. Depressa tirou a Briosa do fundo da tabela. E à 16.ª jornada do campeonato recebeu o Sp. Braga. De repente estava lado a lado com Domingos Paciência, o ídolo que por mero acaso lhe abrira a porta do futebol. Já se tinham cruzado - no FC Porto viam-se todos os dias - mas agora estavam pela primeira vez ao mesmo nível, um contra o outro.

Domingos ganhou a primeira batalha (2-0), Villas-Boas cantou vitória na segunda (3-2), esta temporada, já como treinador do FC Porto. A terceira disputa-se este domingo em Braga, para desempatar. De calendário na mão, pode perceber-se que os dragões só vão encontrar deslocação mais difícil na 25.ª jornada, quando visitarem o Estádio da Luz. Por isso está na altura de o miúdo André Villas-Boas esquecer a ligação ao rival deste fim-de-semana.

AMBIÇÕES VS. EXPERIÊNCIAS Domingos puxou Villas-Boas para o futebol, mas isso não quer dizer que haja muitas semelhanças entre os dois treinadores. As origens sociais são opostas. Em parte, as posturas em relação ao futebol também o são. A começar pelas ambições. Domingos vê no Sp. Braga um "bom clube", uma montra para mostrar ao mundo o que vale como treinador. Depois quer subir mais, em Portugal e até no estrangeiro. Mesmo que um dia chegue ao FC Porto, como muitos acreditam que vai acontecer, o limite do técnico de 42 anos estará ainda mais acima.

Villas-Boas sonha com um futuro diferente. Pensa pôr fim à carreira de treinador antes dos 50 anos e não se sente fascinado com Espanha, Inglaterra ou Itália. Já experimentou esse prato enquanto adjunto de Mourinho e dispensa repetir. Se é para sair de Portugal, que seja para o Japão ou a Argentina, por exemplo - sítios que lhe proporcionem outras "experiências de vida". Para já, a experiência no FC Porto é a realização do sonho de uma vida. Quando o sonho acabar, talvez seja Villas-Boas a abrir a porta do Dragão ao seu ídolo de infância.


in "ionline.pt"

Inter e Juventus fecham cerco

ROLANDO FOI OBSERVADO NO PORTUGAL-ARGENTINA


Rolando é mais um central do FC Porto a despertar a atenção de alguns dos gigantes europeus, tendo, inclusive, sido observado no recente Portugal-Argentina. De acordo com um dos seus representantes, Peppino Tirri, são vários os emblemas históricos que seguem as pisadas do defesa. “Falo de clubes como o Inter Milão, Juventus, Manchester United e Liverpool. Há mais opções em Itália e vamos trabalhar nisso até junho, porque houve aproximações com a Juventus e o Inter”, revelou o empresário italiano, em declarações ao site Calciomercato.
No entanto, Peppino Tirri admite que não será fácil convencer os responsáveis portistas a libertar o internacional português, de 25 anos, já que a SAD “valoriza muito o jogador e pedirá, pelo menos, 15 milhões de euros” para concretizar o negócio. Um valor muito abaixo do que consta da cláusula de rescisão, fixada em 30 milhões. Além disso, está em curso o processo de renovação com os azuis e brancos.
in "record.pt"

Ainda não é na Pedreira que Falcão vai aterrar

SÓ HAVERÁ MATADOR EM SEVILHA


“Vamos ver, mas as probabilidades são poucas”. Foi desta forma que, em conferência de imprensa, André Villas-Boas alimentou a dúvida quanto ao regresso de Falcão à competição no jogo de amanhã. O técnico só divulgará os convocados para a deslocação a Braga no final do treino de hoje, mas é garantido que o nome do colombiano não figurará na lista. El Tigre só deve voltar às opções no compromisso seguinte, frente ao Sevilha, uma vez que ontem ainda se treinou com algumas (poucas) limitações.
Desta forma, confirma-se o cenário avançado inicialmente, segundo o qual o camisola 9 iria parar por um período nunca inferior a um mês. Num processo de recuperação com avanços, recuos e muita estratégia à mistura, Falcão chega a meados de fevereiro com apenas um jogo realizado em 2011 (Naval, 1 golo).
in "record.pt"

Entrevista a Rubens Junior

Rubens Júnior: «Jesus dizia-me que eu era um jogador à Porto»

Jorge Jesus e Domingos Paciência: dois apoios nos momentos mais duros


No período em que esteve afastado da principal equipa do F.C. Porto, Rubens Júnior conheceu técnicos que, hoje, escalaram a montanha do futebol luso. Em Guimarães, foi treinado por Jorge Jesus. Na equipa B portista, onde jogou durante um ano e meio, a partir de 2004, conheceu Domingos. Hoje são campeão e vice-campeão do campeonato português.

«O Jorge Jesus apoiava-me muito. Dizia-me que eu era um jogador à Porto, que tinha qualidade para jogar lá. Mesmo quando fui para a equipa B, ele ligava-me muitas vezes a perguntar como iam as coisas e a dar força. Dizia-me para me empenhar que iam voltar a olhar para mim», conta.

E o brasileiro contesta os que apontam o excessivo rigor do actual técnico do Benfica: «Todo o treinador tem de ser exigente. Se ele não cobrar dos jogadores quem vai cobrar? Dava-nos total liberdade para entrar no balneário dele e desabafar. E, num grande, a cobrança sobre ele também é maior, por isso tem que exigir mais ainda dos jogadores.»

Sobre Domingos, o discurso não muda muito. Foi mais um apoio fundamental num período delicado. «Era um dos grandes amigos que tinha em Portugal. Conversava muito comigo. Ficava muitas vezes ao lado dele nas viagens para os jogos e ele dava-me conselhos. Procurou ajudar-me e eu procurava ajudá-lo depois em campo», afirmou.

«Eu sabia que eles tinham qualidade. Fico contente por essas pessoas serem agora grandes nomes do futebol português. É sinal que eu não estava cego.»

«Não fui inteligente para perceber que Mourinho gostava de mim»

Rubens Júnior assume responsabilidade pelo que correu mal no F.C. Porto

Início de sonho, com um final inglório. A passagem de Rubens Júnior pelo F.C. Porto não deixou grandes marcas, mas a estreia foi auspiciosa. O Maisfutebol enquadra o momento. 

Na primeira jornada da Liga 1999/00, Fernando Santos surpreende e coloca Rubens Júnior como extremo-esquerdo no derby com o Boavista. Numa altura em que aquilo que se pedia aos alas dos dragões eram cruzamentos para Jardel, o brasileiro começa em grande. Aos 2 minutos do primeiro jogo com a camisola azul e branca, soma a primeira assistência para golo.

«Puxa...Bem lembrado! Foi uma estreia de sonho, mesmo. Tantas recordações...Ainda para mais era um jogo importante na altura, um derby de cidade. Depois daquele jogo só pensava: vou brilhar!», confessa.

Acabou por não ser bem assim. Após um início em que foi, quase sempre, opção, lesiona-se e começa a perder preponderância na equipa. A carreira no Porto seria sempre assim: cheia de altos e baixos. «Se não fossem as lesões, muita coisa seria diferente. Mas o F.C. Porto foi uma fase muito boa. Tenho muitas saudades não só do Porto mas também de Portugal. Os amigos diziam-me que ia sentir falta e eu duvidava, mas agora sei como é. O tempo que estive aí foi uma adrenalina muito grande», explica.

«Falhanço no F.C. Porto? Responsabilidade foi minha»

Na temporada seguinte volta a começar bem, mas acaba emprestado ao Atlético Paranaense. Desabafa, à saída, que tinha sido «injustiçado» e um «bode expiatório». Voltaria para a equipa de Octávio Machado e segue a mesma linha: bom começo, final inglório.

«Eu hoje sei ver que, se tem de haver algum culpado, em grande parte sou eu. Tinha de ter mais cuidado com algumas coisas. A responsabilidade maior foi minha. Por isso ainda hoje adoro o clube», garante. 

Na mesma época conhece José Mourinho. E mantém a regra de elogios ao actual técnico do Real Madrid: «Treinei quatro ou cinco meses com ele, mas deu para perceber que era diferente de todos os outros. Nunca tinha visto nada assim.»

O convívio com Mourinho acontece numa altura em que Rubens Júnior estava a tentar sair do F.C. Porto para poder jogar com mais regularidade. Um erro irreparável, reconhece hoje.

«Não fui inteligente a ponto de perceber que o Mourinho gostava de mim. Um dia ele chamou-me ao gabinete e pediu-me para ficar, disse-me que ia ser importante na equipa na próxima época. Disse-lhe que não, que queria jogar já, mas ele dizia que naquela altura era difícil, que havia coisas que queria trabalhar comigo e a cobrança dos adeptos não permitia experiências, porque a equipa tinha de recuperar na classificação. Não tive paciência e saí. Não percebi o tamanho daquilo que estava para vir», conta.

Perdeu, assim, a melhor fase dos dragões no século XXI. Contratualmente ligado ao F.C. Porto, viu de fora as vitórias europeias de 2003 e 2004. 

«Estava no V. Guimarães e acompanhei aquelas conquistas todas. A equipa era muito boa. Continuava com esperança de lá voltar. Nunca aconteceu. Foi pena.»

Deixou a bola e agora é o DJ R Júnior

Ex-dragão anima São Paulo e até já lançou um CD

A relação dos jogadores de futebol com a vida nocturna é, quase sempre, um problema. Quando se deixa de jogar, por que não torná-la uma solução? Rubens Júnior, antigo jogador do F.C. Porto, foi por aí. Em 2007 pendurou as chuteiras no Vasco da Gama. Pensou ficar ligado ao futebol, mas optou por outra arte: a música. Hoje é o DJ R Júnior.

«Não posso dizer que é uma paixão nova, porque sempre gostei desta área ainda antes de começar a jogar futebol. Depois como aqui virou moda e como tinha mais tempo, porque deixei de jogar, decidi levar este hobby mais a sério. É como um segundo plano para mim», confessa, em conversa com oMaisfutebol.

Uma vez por semana, Rubens Júnior fura por entre as luzes de néon e sobe ao palco de uma discoteca escolhida por si para animar o povo de Taubaté, a cidade do estado de São Paulo onde mora. Para trás ficou o cheiro da relva. O brasileiro, garante, é hoje um homem diferente.

«Até pensei continuar ligado ao futebol, mas pensei nas responsabilidades que tenho. Há a minha família, as crianças...Tenho um filho de cinco anos que precisa de mim. Não queria um compromisso que me obrigasse a ficar longe de casa», explica. 

«Do F.C. Porto só conheço o Hulk»

A nova vida de Rubens Júnior é uma «delícia», garante: «Tenho-me dedicado muito, vamos ver no que dá. No Reveillonfoi muito bom. Passei música numa festa cá na praia. Está a correr muito bem esta aventura.»

O futebol, para já, está completamente posto de parte. Perguntámos como tem visto o campeonato português. A resposta foi clara. «Não sigo campeonato nenhum. Do F.C. Porto conheço o Hulk e pouco mais. Ainda não assimilei bem o facto de não estar a jogar e quando vejo futebol dá muitas saudades. Assim vou vendo, de vez em quando, como estão as coisas e nada mais que isso», assevera.

A aposta é mesmo na música. Já lançou um CD, inclusive. «Enquanto for dando, quero seguir, pensando sempre que faço por lazer. Depois pensarei noutras coisas. Gostava de ser empresário. Para passar para outras as experiências boas e más que tive. Mas gostava de ser agente de um clube só. Algo que não me obrigasse a estar muito tempo fora», resume.

Hulk leva tudo à frente

Hulk vai manter-se a ponta-de-lança em Braga. O Incrível não é nada de rodar maçanetas com a suavidade de, por exemplo, Falcao; é mais de arrombar as portas a pontapé, a forma extrema de entrar sem pedir licença. E nisso, convenhamos, é bom. É mesmo muito bom, tão bom que leva o FC Porto à boleia, é ele que paga pelo menos metade das deslocações. 

Villas Boas sabe disso, e sem Falcao, será Hulk, mesmo em relativa esterilidade, a comandar o ataque.

O debate abriu-se há algumas semanas, com a segunda lesão consecutiva de Falcao. Lesão que era «para duas semanas» e já vai praticamente num mês (28 dias) e sete jogos perdidos pelo colombiano, cuja ausência, além da perda dos seus créditos goleadores (19 golos em 25 jogos!), descaracterizou acentuadamente o jogo portista.

Esse debate está, pois, para continuar, e tem várias frentes de análise, o menos subjectivas possível: o futebol será dos desportos mais emancipados em relação à estatística, mas muito ou pouco, os números acabam por ter o seu peso. E os números de Hulk, principalmente os dos golos de Hulk, nos jogos fora do FC Porto, são de respeitar silêncio, de expirar longamente, de meter medo. 


in "abola.pt"