domingo, 1 de abril de 2012

DRAGÕES PERDEM FINAL DA TAÇA

O FC Porto Vitalis perdeu este domingo a hipótese de conquistar a sua oitava Taça de Portugal, ao perder na final, frente ao Sporting, por um golo de diferença (26-25). O jogo, disputado em Tavira, foi extremamente equilibrado e os azuis e brancos estiveram na luta até à última posse de bola, com um remate de Pedro Spínola a ser defendido por Hugo Figueira.

O equilíbrio foi a nota dominante da primeira parte, se bem que os Dragões tenham estado a vencer por três tentos (8-5). O resultado ao intervalo (13-13) pressagiava um encontro disputado até ao fim e em que os detalhes se revelariam fundamentais. O Sporting teve do seu lado o factor sorte, ao apontar três ou quatro golos na sequência de ressaltos, após defesas de Hugo Laurentino.

Os lisboetas abusaram ainda da agressividade, de que é exemplo o lance da desqualificação de João Pinto e as sete exclusões averbadas (contra três do FC Porto). Ainda assim, é justo dizer que o adversário preparou bem o jogo, usou as suas armas e aproveitou uma menor rendimento das principais unidades portistas no ataque. Wilson Davyes foi o mais inspirado nesse capítulo, com cinco golos de primeira linha, todos na segunda parte.

O FC Porto comandou quase sempre o marcador entre os 30 e os 45 minutos, mas o Sporting passou para a frente aos 47 (22-21) e a partir daí o máximo que o FC Porto conseguiu foi empatar. A última dessas situações ocorreu a dois minutos do apito final (25-25), graças a um golo de Wilson Davyes. No ataque seguinte, Pedro Solha pôs o Sporting em vantagem, quando os azuis e brancos estavam reduzidos a seis elementos, por exclusão de Daymaro Salina.

No último ataque – com Gilberto Duarte no lugar de guarda-redes avançado, para que o FC Porto pudesse atacar com seis jogadores –, o remate de Pedro Spínola foi detido pelo guardião Hugo Figueira, que terá feito uma das melhores exibições da sua carreira. O FC Porto volta a não vencer a Taça, uma competição em que tem sido manifestamente infeliz nos momentos decisivos.

FICHA DE JOGO

Sporting-FC Porto Vitalis, 26-25
Taça de Portugal, final
1 de Abril de 2012
Pavilhão Municipal de Tavira

Árbitros: Mário Coutinho e Ramiro Silva (Aveiro)

SPORTING: Hugo Figueira e Ricardo Correia (g.r.); Bruno Moreira (3), Pedro Solha (7), Ricardo Dias (1), João Pinto (3), Daniel Muresan (5), Fábio Magalhães, Rui Silva (6), Frankis Carol (1) e Pedro Portela
Treinador: Branislav Pokrajac

FC PORTO VITALIS: Hugo Laurentino e Alfredo Quintana (g.r.); Gilberto Duarte (3), Pedro Spínola (5), Tiago Rocha (2), Ricardo Moreira (5), Elias Nogueira (2), Wilson Davyes (5), Daymaro Salina (1), Ricardo Costa, Filipe Mota (1), Dario Andrade (1) e Nenad Malencic
Treinador: Ljubomir Obradovic

Ao intervalo: 13-13
Disciplina: cartão vermelho para João Pinto (49m)



in "fcp.pt"

Despertador voltou a tocar mais cedo

HÁ 3 JORNADAS QUE O DRAGÃO NÃO FESTEJAVA NA 1.ª PARTE



Os adeptos do FC Porto que ontem se deslocaram ao Estádio do Dragão puderam voltar a conversar sobre um golo da sua equipa durante o intervalo. Tudo graças ao remate de recarga de Lucho, aos 24 minutos, que só parou nas redes da baliza de Fabiano.
O último golo apontado pelos azuis e brancos, em casa, nos 45 minutos iniciais, remontava a 22 de janeiro, frente ao V. Guimarães (16.ª jornada), quando Rolando abriu o marcador logo aos 18 minutos. Daí para cá, não mais os campeões nacionais tinham faturado na etapa inicial.
in "record.pt"

Palito jogou à defesa

ALVARO PEREIRA EVITOU O CARTÃO AMARELO



Alvaro Pereira era o único jogador do FC Porto que estava em risco de exclusão para a deslocação a Braga e acabou por alcançar os seus intentos, já que conseguiu evitar o cartão amarelo no jogo de ontem. A atuação do internacional uruguaio foi de tal forma exemplar que não o obrigou a cometer qualquer falta durante os 79 minutos que esteve em campo. Mesmo assim, a sua entrega permitiu-lhe fazer 14 recuperações de bola.
Com a equipa a vencer por 2-0, Vítor Pereira preferiu não correr riscos e trocou Palito por Alex Sandro à entrada para a parte final do encontro. Dessa forma, o lateral-esquerdo, de 26 anos, ficou com a sua posição salvaguardada para esse duelo que se espera muito disputado.
in "record.pt"

FC Porto - Olhanense (Declarações)

Vítor Pereira

"O futuro está nas nossas mãos"

Desta vez, correu tudo como Vítor Pereira previra: o FC Porto dominou e marcou ao Olhanense, colocando-se a salvo de surpresas como a que custou dois pontos, na jornada anterior, em Paços de Ferreira (1-1). A diferença entre a vontade e a eficácia foi assumida por Fabiano, mas, nem o desempenho do guarda-redes do clube algarvio afastou os portistas da "obrigação" de voltar ao primeiro lugar, primeiro à condição, antes de jogarem Benfica e Braga, e depois confirmado pelo resultado da Luz. "Queria ganhar este jogo, porque é isso que conseguimos controlar. Ser primeiro no fim é que nos dá o título", notou, feliz pelo desempenho da equipa. "Fizemos um jogo seguro, consistente. Eis alguns dados: 63 por cento de posse de bola, o que quer dizer que, tivemos a iniciativa, controlo com bola; 25 remates à baliza, com nove situações de golo, fizemos dois, o guarda-redes fez uma belíssima exibição, e não nos deixou fazer mais alguns; não me recordo que tenhamos consentido qualquer situação de golo ao adversário e é destes jogos que eu gosto", confessou, recuando à Mata Real para sublinhar que, também naquela ocasião, a equipa fez quase tudo o que pretendia: "Em Paços de Ferreira, o que faltou foi o golo, porque controlámos como eu gosto. Não fomos eficazes e fomos penalizados na única situação de golo, perdemos dois pontos que nos deixaram tristes, mas, sabendo que o futuro está nas nossas mãos, que temos o controlo sobre isso. E isso é que é importante".

James

"Rivais? Temos é de vencer os jogos"


No dia em que voltou a marcar e a reforçar o estatuto de melhor marcador do FC Porto no campeonato, com 12 golos, James reconheceu que a entrada forte no jogo de ontem, capaz de contrariar aquilo que tem sido habitual, foi "fundamental" para a conquista da vitória frente ao Olhanense. "O importante era ganhar e claro que foi importante começar bem. Entrámos com muita confiança e, agora, temos de seguir por este caminho, que é muito bom", começou por explicar o extremo colombiano.
Ainda antes de conhecer o desfecho do jogo entre o Benfica e o Braga, James desvalorizou os resultados dos principais adversários na luta pelo título,considerando apenas importante vencer os cinco jogos que ainda faltam disputar na competição, até porque isso seria suficiente para os portistas revalidarem o título de campeão nacional. "Temos é de olhar para nós, para o FC Porto. Pensamos apenas na nossa equipa. Independentemente do que acontecer com os outros rivais, temos é de ganhar sempre", afirmou.
Refira-se ainda que o FC Porto voltou a não permitir que falassem mais jogadores no final da partida.

in "ojogo.pt"

O FC Porto um a um

A ESTRELA


João Moutinho 7
Quanto mais tempo joga, melhor o faz


Vítor Pereira ofereceu-lhe mais liberdade de ação, colocando-o na linha de Lucho, e Moutinho agradeceu ao treinador com uma enorme exibição, conseguida com muita fibra e brilhantismo técnico. O "pequeno" Moutinho assumindo-se como um enorme maestro da equipa, com passes fantásticos, como um em que Lucho cabeceou ao lado, ou aquele em que deixou Hulk na cara de Fabiano, logo aos 19'. Aliás, o Incrível foi o grande beneficiário da excelente leitura de jogo do companheiros que, com um remate do meio da rua, ainda obrigou Fabiano a uma grande defesa. De facto, só lhe faltou mesmo marcar. E merecia. É o jogador mais utilizado da equipa e percebe-se porquê: parece que quanto mais joga, melhor o faz.


Helton 5
Interrompeu a condição de mero espectador para mergulhar e segurar um cruzamento venenoso de Salvador Agra, aos 18'. Foi a única intervenção digna desse nome na primeira parte. E na segunda só teve que segurar um remate de longe de Ismaily. Noite tranquila, portanto.

Sapunaru 6
Manteve a titularidade e sentiu dificuldades para controlar os movimentos de Wilson Eduardo, sobre quem cometeu uma falta dura que lhe valeu o amarelo. Melhorou, e muito, no segundo tempo, sobretudo no plano ofensivo. Por duas vezes esteve perto do golo.

Maicon 6
De volta ao eixo da defesa para anular as tímidas investidas de Meza. Deu nas vistas pelos bons passes em profundidade, pelo cabeceamento (23') que só não deu golo porque Fabiano é grande guarda-redes, e por dois excelentes cortes em que evitou remates de Wilson Eduardo e Dady.

Otamendi 6
Também esteve perto de marcar num canto, mas o guarda-redes não deixou. Muito bem nas dobras e nas antecipações.

Álvaro Pereira 6
Andou quase sempre em terrenos avançados, não se "assustando" com os embaraços que a velocidade de Salvador Agra poderia causar. Os cruzamentos é que não tiveram consequência.

Fernando 6
Estranha entrada em jogo, algo permissivo. Acertou a partir da meia hora, passando a roubar bolas com a regularidade que lhe é conhecida.

Lucho 7
Recuou posicionalmente uns metros no terreno e… chegou-se à frente para abrir o marcador, num bom remate. Já antes tinha tentado marcar, de cabeça, e ainda fez uma assistência milimétrica para Hulk, a abrir a segunda parte. Boa exibição que mereceu aplausos quando saiu.

Hulk 7
Tão cedo não deve querer ouvir falar de Fabiano, que lhe negou quase duas mãos cheias de golos feitos. Isto, depois de lhe ter defendido uma grande penalidade em Olhão. Travou e perdeu o primeiro de sete, sim sete!, duelos com o compatriota logo aos 22 segundos. Não marcou, mas esteve nos dois golos: no primeiro faz o cruzamento que a defesa cortou para os pés de Lucho e, no segundo, assistiu de forma brilhante James.

James 7
Quase sempre longe das alas foi, a par de Hulk, dos que mais remataram. E fez um grande golo, pela colocação da bola e finta simulação de corpo, que deixou o defesa pregado no chão. Boas combinações e o regresso às boas exibições. Desta vez, como titular.

Janko 5
Apenas dois remates, sem perigo, mas a verdade é que só aos 64' é que recebeu uma bola em carreira de tiro… e não contava com ela. Fartou-se de sofrer faltas fora da área, onde é cada vez mais uma referência para as tabelas com os companheiros.

Defour 6
Entrou muito bem no jogo, no lugar de Lucho, estando na origem do 2-0.

Alex Sandro 5
Uma dúzia de minutos para lhe dar confiança porque, mais cedo ou mais tarde, terá de ser titular já que Álvaro Pereira está à bica nos amarelos.

Varela -
Tempo para duas arrancadas e recuperar algum ritmo.

in "ojogo.pt"

O Tango de Lucho: um passo atrás e dois à frente

Lucho foi o primeiro a marcar no regresso do FC Porto às vitórias, e é nele que começa a explicação. A coisa era óbvia e este jogo tornou-a mais óbvia ainda: El Comandante andava mesmo perdido numa zona de ninguém a acrescentar coisa nenhuma e, ainda que essa evidência tenha sido desvalorizada ao longo da semana, a verdade é que o argentino lá voltou a pisar terrenos mais recuados, permitindo também que João Moutinho avançasse uns metros e deixasse a estranhíssima posição de guarda-costas de Fernando. Coincidência das coincidências, que não é coincidência nenhuma: o meio-campo do FC Porto ganhou um desenho normal e outro fôlego, com lances desenhados pelos pés de ambos, a esticar bem o jogo até à cara de Fabiano. Hulk e Maicon começaram por esbarrar nas mãos do brasileiro, que foi adiando um golo que Lucho haveria de assinar pouco depois. Ironia perfeita ter sido Lucho a fazê-lo, porque isso só reforçou a certeza de que, como se desconfiava, colocá-lo um pouco mais atrás não lhe retira fôlego algum para aparecer nas zonas de finalização. Pelo contrário.
Partindo de trás, El Comandante assumiu protagonismo na coordenação de jogo, acertando o passo com um inesgotável Moutinho ao lado, e conseguiu também estar onde Vítor Pereira gosta que ele esteja - à entrada da área para capitalizar os ressaltos. Aproveitando um deles, Lucho aplicou um pontapé forte, colocado e certeiro que o deixou visivelmente eufórico. É natural. O golo não só ajudava a contrariar a tendência do FC Porto em adiá-los para as segundas partes como lhe permitia também dar uma resposta firme às críticas. É bem capaz de ser a parte mais subjetiva da questão, mas Lucho pareceu acusar o toque do protagonismo em que se viu metido pelas interrogações à volta da sua anterior, e discutível, posição em campo.
Afinal, Lucho não era uma falsa questão jornalística. O mau momento de Rolando também não, porque foi ele quem saltou do onze, deixando a defesa nas mãos de Maicon. Do outro lado, era precisamente na defesa que Sérgio Conceição se via forçado a improvisar. Cauê a central foi uma novidade, mas o puzzle contemplou outras mudanças. À frente, onde era suposto o Olhanense surgir reforçado com o regresso de Wilson Eduardo, notou-se apenas um fogacho ou outro de Salvador Agra. Pouco para incomodar a defesa portista e, por acréscimo, para reavivar os fantasmas das vantagens curtas.
A segunda parte acentuava a tendência da primeira. Embalado por um Moutinho de gala, o FC Porto continuava dono e senhor do jogo, esbarrando quase sempre em Fabiano, um guarda-redes inspirado que justifica atenções especiais. Sérgio Conceição decidiu, então, mudar: Toy e Dady saltaram do banco para o relvado, onde se desenhava um Olhanense capaz de correr riscos. A ideia era boa no papel, mas acabou por não resultar como estaria pensada, porque, escaldado por situações semelhantes, os portistas não tiraram o pé do acelerador, nem os olhos da baliza. E há mais Lucho na equação. Desta vez, convencido de que já havia espremido o que ele tinha de melhor, Vítor Pereira decidiu substituí-lo. Uma boa ideia, com uma consequência ainda melhor: Defour entrou e participou logo no segundo golo. O belga combinou bem com Hulk e este com James, que fez o resto: tirou uma defesa da frente, Fabiano incluído. A vantagem ganhava, agora, um conforto acrescido, permitindo a Vítor Pereira gerir o plantel, trocando Álvaro Pereira, que estava a um amarelo de falhar Braga, por Alex Sandro e permitindo também que Varela ganhasse alguma rodagem.
O FC Porto continuou a dominar. E a esbarrar em Fabiano. Mas, o mais importante estava feito, a deixar a pressão do lado da concorrência direta, que jogava na Luz pouco depois. Braga é já ali...

in "ojogo.pt"