sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

F.C. Porto: Sevilha, uma constelação à procura de brilho

Dragões regressam ao palco da final da Taça UEFA 2003


Sensação agridoce. Sevilha será sempre um nome querido para os lados do Dragão. Afinal de contas, quem não se lembra da mítica final da Taça UEFA de 2003, ganha naquela cidade andaluza. Não deixa de ser curioso que na última passagem por Sevilha, o F.C. Porto tenha levantado este troféu. Prenuncio do que aí vem?


Mas a equipa de Gregorio Manzano está longe de ser um adversário fácil. Um elenco de luxo, com o ex-dragão Luís Fabiano a comandar uma constelação que integra, entre outros, Kanouté, Jesus Navas, Renato ou Negredo. 



Mesmo que a classificação actual dos espanhóis (11º classificado) mostre algumas fragilidades, todo o cuidado é pouco. Ainda assim, os sevilhanos estão longe de ser imbatíveis. Que o diga o Sp. Braga, que ainda no Verão passado logrou o apuramento para a Champions com duas lições de futebol e dois triunfos para mais tarde recordar.



A eliminação às mãos dos minhotos foi, de resto, o ponto de partida para uma temporada plena de oscilações. O próprio apuramento para os 16 avos-de-final só foi conseguido na última jornada, à custa de um empate caseiro com o Borússia Dortmund, que ficou pelo caminho. O PSG venceu o grupo, o Karpaty, da Ucrânia, nem chegou a sonhar.



Até Fevereiro, André Villas-Boas e companhia terão muito tempo para estudar a fava que lhes tocou em sorte. E perceber se pela frente estará o grupo que se tem perdido em ziguezagues este ano, ou aquele que, não há muito tempo, venceu esta prova duas vezes consecutivas. 



Plantel do Sevilha



Guarda-redes: Palop, Javi Varas, Dani Jimenez



Defesas: Dragutinovic, Fazio, Martín Cáceres, Fernando Navarro, Julien Escudé, Sergio Sánchez, Mouhamadou Dabo, Alexis Ruano, Antonio Luna e Konko.



Médios: Romaric, Zokora, Jesus Navas, Diego Perotti, Renato, José Carlos, Guarente, Lautaro Acosta, Cigarini e Diego Capel.


Avançados: Luís Fabiano, Kanouté, Alfaro, Negredo, Aruna Koné e Rodri.


in "maisfutebol.iol.pt"

Villas-Boas: «Papel de favorito serve de pouco»

CONQUISTA DA LIGA EUROPA NO HORIZONTE

Apesar do adversário ser umas das equipas mais fortes que poderiam calhar ao FC Porto nos "16-avos" da Liga Europa, o objetivo do clube azul e branco é o mesmo: vencer a competição. Entre as cautelas em relação ao Sevilha, Villas-Boas vê com satisfação um regresso do dragão à cidade da Andaluzia onde os azuis venceram a Taça UEFA em 2003.
"A deslocação é curta. Há uma série de fatores que nos fazem regressar a Sevilha com emoções positivas . Será uma viagem boa para os portistas", começou por dizer o técnico dos azuis.
"O Sevilha tem um grande prestígio nesta competição e é uma equipa com um orçamento altíssimo e que em Espanha combate por troféus. Apesar da má fase na atualidade, os jogadores podem encontrar motivação para os 5 meses que restam da época e chegar a fevereiro num nível mais elevado", atirou Villas-Boas.
O jovem técnico dos dragões recusa o favoritismo, mas mantém a conquista da Liga Europa no horizonte.
"O papel de favorito serve de pouco, não vamos estabelecer isso. Nós queremos continuar a ganhar e certamente que eles querem dar a volta à fase negativa. Não posso mudar o discurso à medida que os adversários vão caindo. O objetivo está definido e nós queremos lutar pela vitória na competição", rematou.
in "record.pt"

Desejos de vitórias no Natal azul e branco

O FC Porto assinalou ontem à noite a quadra natalícia com um jantar que decorreu no Dragão Caixa e que contou com a presença de cerca de 600 pessoas. Todo o grupo FC Porto esteve presente, desde os funcionários das diferentes secções e áreas do clube até aos jogadores de todas as modalidades, passando, obviamente, pela SAD. Pinto da Costa encabeçou os festejos.
A noite foi informal e serviu para os funcionários do clube estreitarem laços de afectividade. Antes do jantar, os três capitães da equipa de futebol (Mariano, Helton e Falcao), mais os capitães do basquetebol, andebol e hóquei em patins, puseram-se à disposição dos jornalistas e acentuaram os respectivos discursos na grandiosidade do clube, na conquista de títulos recentes e, principalmente, nos que poderão ser ganhos durante esta temporada. Pouco depois houve música, com um coro de Natal interpretado pela paróquia das Antas. A noite foi também animada pela presença de dezenas de pais natais, vestidos, obviamente, de azul e branco.

Declarações

Nuno Marçal

"Aqui estamos sempre bem-dispostos"

O capitão da equipa de basquetebol do FC Porto, Nuno Marçal começou por sublinhar a importância do jantar anual de Natal da família azul e branca. "Reúnem-se aqui as pessoas de quem gostamos e quem gosta do clube. Neste jantar só está quem é do FC Porto e quem é do FC Porto está sempre bem-disposto", atirou, numa evidente referência ao bom momento do clube nas mais diversas modalidades. O basquetebol, apesar de não ser o campeão em título, lidera o campeonato só com vitórias. "É um motivo de orgulho o que estamos a fazer em todas as modalidades, mas é um percurso longo e vamos é tentar chegar ao fim com o mesmo saldo de vitórias que temos agora".


Ricardo Moreira

"Segredo é ter atletas à porto"

Bicampeão nacional, a equipa de andebol do FC Porto é capitaneada por Ricardo Moreira que aproveitou o jantar para fazer um balanço ao ano desportivo que está a terminar. E como os títulos foram muitos, considera que a missão foi cumprida quase na totalidade. "O balanço de 2010 é positivo, mas ficou a faltar o título de basquetebol", recordou, deixando os desejos para o que aí vem. "Para 2111 queremos revalidar os títulos do hóquei em patins e do andebol e conquistar o do basquetebol", apontou, revelando o segredo do clube. "É ter atletas à Porto e que jogam à Porto. Nunca nos cansamos de vencer e procuramos sempre novos desafios".


Filipe Santos

"Seria bonito um décimo título"

O hóquei em patins tem sido a modalidade em que o FC Porto mais tem brilhado esta década e parece que a vontade de ganhar nem por isso esmoreceu a julgar pelas palavras de Filipe Santos, capitão da equipa: "Ainda estamos a festejar os títulos de 2010, mas já estamos a pensar fazer outra época importante". A ideia é tentar prolongar esta série vitoriosa e Filipe Santos confessou um desejo que vai alimentando. "Seria bonito conseguirmos conquistar dez campeonatos consecutivos. O FC Porto entra sempre em qualquer competição para vencer e seria engraçado conseguirmos essa marca histórica", revelou. Agora só falta agarrar a liderança...

Mariano: "Estou ansioso por voltar a jogar"

O calvário de Mariano poderá terminar nas próximas semanas e, mesmo não tendo sido inscrito pelo FC Porto, o argentino já não esconde a ansiedade do regresso. "Espero que seja em breve. Já tenho possibilidades de jogar e vamos encontrar uma solução para que possa ajudar o grupo. A equipa está muito bem e eu estou tranquilo, mas espero jogar ainda esta época". A paragem arrasta-se já há nove meses. "É muito difícil para um jogador estar tanto tempo parado. Aceitei a lesão como algo que tinha de acontecer". A tarefa de jogar é que não se apresenta fácil, da maneira como o FC Porto tem actuado: "Estou ansioso. A equipa está num nível alto e não vai ser fácil entrar. Já tenho um papel muito importante no clube, mas agora quero ter um papel no relvado", frisou o capitão portista.

in "ojogo.pt"

Helton: "A ambição tem sido um dos segredos da equipa"

Não há muitas voltas a dar para justificar a boa temporada do FC Porto e Helton sublinhou aquilo que tem sido característico nesta equipa que lidera a Liga e não sofre qualquer derrota há 25 jogos. "A ambição tem sido um dos segredos, tem estado com todos os jogadores e o facto de estarmos num grupo excelente ajuda a que tenhamos conseguido tantas vitórias. No FC Porto todos os jogadores querem mais e quando cada um quer crescer, o conjunto também cresce", comentou o capitão do FC Porto, antes do jantar de Natal do clube. Jogo após jogo, os azuis e brancos aproximam-se cada vez mais dos objectivos que traçaram no início da temporada, mas Helton pegou no assunto com alguma cautela: "Esta noite é maravilhosa e não quero falar muito mais de futebol, mas estamos no bom caminho para alcançar os objectivos. Agora, vamos aproveitar ao máximo esta noite de amigos para festejarmos o Natal".

in "ojogo.pt"

Falcao: "No bom caminho para os títulos"

Assumindo o papel de um dos três capitães de equipa, Falcao foi o porta-voz no jantar de Natal do FC Porto que ontem se realizou no Dragão Caixa. O goleador apostou num discurso pragmático ao fazer um balanço positivo de 2010, mas recordando que ainda nada foi conquistado. Entre elogios à organização que encontrou no clube, fez juras de fidelidade aos azuis e brancos, deixando nas mãos dos dirigentes o seu futuro porque, garantiu, por si ficará por muitos e bons anos a aterrorizar os adversários do FC Porto.

"Está a ser um final de ano óptimo, com bons resultados desportivos", começou por dizer à entrada do Dragão Caixa, palco da edição deste ano do jantar natalício. "Creio que estamos no bom caminho para conseguirmos as vitórias mais importantes, que são os títulos", acrescentou, seguindo a mesma linha de pensamento de André Villas-Boas, que tem insistido em passar a mensagem de que o recorde de invencibilidade da equipa não terá qualquer significado se não tiver troféus associados no final da época.

Aliás, Falcao manteve o mesmo espírito quando convidado a formular os desejos para 2011. "Estou muito contente por estar cá, é uma maravilha. Oxalá consigamos muitas vitórias no próximo ano. Estamos a trabalhar para isso e temos despendido muito esforço. Temos que ter a consciência de que ainda não vencemos nada, mas estamos no bom caminho para os títulos", considerou.

Tema incontornável foi o do futuro de Falcao, um avançado cada vez mais cobiçado pelos grandes clubes europeus. O jogador voltou a jurar fidelidade aos dragões. "Tenho mais dois anos e meio de contrato e depois caberá aos dirigentes decidirem se me querem cá, se me renovam o contrato, ou se querem que saia. Da minha parte, o que posso dizer é que estou muito contente por estar no FC Porto e espero ficar muitos anos cá", frisou.

A terminar, o colombiano destacou o convívio entre todos os funcionários do clube. "Estamos aqui reunidos numa boa festa para celebrar o Natal e no desporto também existe esse espírito. Estamos inseridos num grupo e numa instituição que é muito grande e vamos todos festejar com alegria esta quadra", referiu, antes de elogiar toda a organização que encontrou no Dragão, onde chegou há um ano e meio para se tornar na grande referência do ataque do clube. "O FC Porto é um clube muito metódico em termos de organização e no futebol europeu não se encontra isto em qualquer sítio. Por isso, estou muito contente por estar cá, mas devo dizer que nada me surpreende porque já me tinham dito que era assim", finalizou.

in "ojogo.pt"

Belluschi ou Rúben na esquerda

Não há Varela nem Rodríguez para a "final da Liga dos Campeões" da Mata Real, e Villas-Boas estará tentado a apresentar uma nova conjugação ofensiva desviando um dos médios para o lado esquerdo - Belluschi, Rúben ou Moutinho -, para jogar com Falcao e Hulk.

Mesmo com duas boas exibições seguidas, não é de prever que James seja aposta inicial contra o Paços de Ferreira, dada a importância da partida e, sobretudo, as condições do relvado, bem mais pesado do que o do Dragão. O mesmo se pode aplicar a Ukra, outro dos extremos do plantel.

Villas-Boas deixou bem claro que o FC Porto quer terminar o ano com novo triunfo, o que permitirá prolongar para 36 a série de jogos sem perder e garantirá que o Benfica se mantém a, pelo menos, oito pontos. Quer isto dizer que não haverá gestão e que vão a jogo aqueles que o técnico considera estarem em melhor forma e que maiores garantias oferecem. A confirmar-se a tal aposta num médio para jogar sobre o lado esquerdo, João Moutinho é que menos hipóteses terá de ser escolha por tudo o que acrescenta à equipa na sua posição habitual: criatividade, profundidade e também o trabalho defensivo que desempenha.

Restam, portanto, duas escolhas: Villas-Boas já usou Belluschi na esquerda em determinadas fases, e Rúben fê-lo em diversos jogos da época passada. A decisão será tomada até domingo, com a certeza de que, apostando nesta cambiante, o FC Porto poderá facilmente mudar de sistema a meio se a isso for obrigado, devolvendo o tal "falso" extremo ao miolo e ficando Hulk e Falcao no ataque.


Madeirense a crescer no onze

Rúben Micael tem vindo a conquistar o seu espaço no onze de uma forma mais evidente desde o início do mês de Novembro, falhando apenas o clássico com o Sporting, em Alvalade. De lá para cá, o médio foi titular em cinco ocasiões e suplente utilizado em três. Em consequência disso, nos oito encontros em que participou o madeirense acumulou mesmo mais minutos nas pernas (462) do que nos primeiros dez jogos realizados no início da temporada (449). André Villas-Boas tinha avisado que, com o intensificar das competições e o desgaste que se ia fazer sentir na equipa, não iam faltar oportunidades para jogadores que, como Rúben, alimentavam aspirações à titularidade, e a recta final até à paragem da temporada tem confirmado essa tendência até noutros casos. A questão é que, dadas as boas exibições do madeirense, a concorrência também tem sido maior num meio-campo que se confirma como um sector com muitas e boas alternativas. Depois do jogo com o CSKA de Sófia, o Paços de Ferreira surge como o último obstáculo para se poder alcançar o objectivo definido por Villas-Boas que passa por chegar à paragem de Inverno sem sofrer uma única derrota. Com isso, Rúben volta a estar na primeira linha de opções de um técnico que continua a ter boas dores de cabeça.

in "ojogo.pt"

Falcão volta ao local do primeiro "crime"

FOI NA MATA REAL QUE SE ESTREOU A JOGAR


Frente ao CSKA búlgaro, Falcão ficou pela primeira vez em branco num jogo da fase de grupos da Liga Europa. Como se isso não bastasse, ainda falhou um penálti. Desmotivante? Talvez seja, mas o colombiano tem tudo para recuperar rapidamente, já que depois de amanhã vai estar de volta ao palco onde se estreou a jogar e a marcar pelo FC Porto.
Os dragões fecham o ano de 2010 com uma deslocação à Mata Real, estádio no qual El Tigre foi rei, na 1.ª jornada do último campeonato. Acabado de chegar ao FC Porto, começou essa partida no banco, tendo entrado na 2.ª parte e a tempo de impedir um mal maior. Com uma infelicidade de Fucile, que marcou na própria baliza, os azuis e brancos foram para o intervalo em desvantagem no marcador, mas o uruguaio viria a redimir-se com a ajuda de... Falcão.
Num momento em que já jogavam com 10 unidades, face à expulsão de Hulk, Fucile subiu pelo corredor direito e cruzou para a área, onde surgiu Falcão nas alturas a marcar o golo do empate. Desta forma, o avançado manteve aceso o desejo assumido por Jesualdo de fazer um campeonato sem derrotas, objetivo que acabou por ser travado mais tarde...
Contas antigas
Apesar do P. Ferreira ser um adversário de boas memórias para Falcão – também lhes marcou na 2.ª volta da Liga, no Dragão –, a verdade é que tanto o colombiano como os seus colegas têm contas a acertar com os castores. Isto porque a equipa da Capital do Móvel “roubou” 4 pontos em 6 aos dragões, na última edição da Liga. Pontos esses que, a terem sido conquistados, garantiriam a presença portista na atual edição da Champions. O aviso ficou dado. Servirá de exemplo?
in "record.pt"

FILIPE SANTOS: «TEMOS TODAS AS POSSIBILIDADES DE GANHAR»

Depois de ter iniciado a sua participação na Liga Europeia com uma goleada (11-1) sobre os alemães do Cronenberg, o FC Porto Império Bonança defronta este sábado (19h45, hora portuguesa) o previsível adversário pelo primeiro lugar do grupo D, o Valdagno. O capitão Filipe Santos prevê um jogo difícil, mas acredita no triunfo em Itália.

Repetir vitória de Maio
«Vai ser um jogo importante. Vencer em Valdagno será muito bom, não só pela competição em si, mas também para motivar a equipa, depois do último resultado do campeonato. É uma formação forte, candidata ao título, tal como nós. À partida, estas duas equipas serão apuradas para a ‘final oito’, mas queremos fazer um bom jogo e ganhar o grupo. Já lá vencemos há meio ano, na ‘final seis’ da última Liga Europeia. A equipa deles, à imagem da nossa, é mais ou menos a mesma, por isso temos todas as possibilidades de ganhar.»

Atenção ao contra-ataque
«Os italianos costumam defender muito bem e ser exímios no contra-ataque, portanto não podemos deixar que essa arma funcione. Teremos de ter muita bola, porque dessa forma vamos conseguir enervá-los e fazer com que partam para cima de nós, o que nos pode facilitar o jogo. Nesta fase, o mais importante é alcançar a ‘final oito’. Depois, no momento da competição, a equipa que se apresentar em melhor forma vai ultrapassar as várias etapas.»


in "fcp.pt"

NUNO MARÇAL: «TODOS NOS QUEREM VENCER»


O bom momento dos Dragões é indiscutível. Na antevisão da deslocação a Coimbra, para defrontar a Académica, Nuno Marçal escalpeliza a liderança destacada, distinguindo a qualidade e a profundidade do plantel à primeira abordagem. Fala também em superação diária, sublinha a motivação exibida e adverte sobre a relevância da dinâmica de jogo entretanto revelada.

O jogo do Multiusos de Coimbra, frente à Académica, está marcado para as 18h30 de sábado e é referente à nona jornada, mas os pressupostos elencados pelo capitão são para aplicar ao longo de toda a época. Sem quebras, nem excepções. Mesmo porque os candidatos se perfilam com o claro objectivo de se distinguirem como os primeiros a derrotar o FC Porto Ferpinta, que soma oito vitórias em oito jornadas.

Bom momento
«Estamos a atravessar um bom momento, é verdade. É de salientar o volume das vitórias, mas acima de tudo, o importante é ganhar, mesmo que seja só por um ponto. Quando assim é, parece que tudo se torna mais acessível, é mais fácil cativar o público, os jogos seguintes também correm melhor… No entanto, tudo depende do trabalho diário. Saliento, não só a experiência da equipa, mas também o papel fundamental que desempenham os atletas mais jovens, como o Diogo Correia, o João Soares, o Pedro Catarino, o Miguel Maria e o André Pereira, que nos permitem manter a fasquia elevada durante os treinos.»

Equipa profunda
«Um dos aspectos importantes numa equipa como a nossa é a profundidade do nosso banco. Se calhar, outras equipas não conseguem manter o mesmo nível durante os 40 minutos como nós fazemos, mas também é verdade que trabalhamos desde o início da época para que isso aconteça. É fundamental podermos contar com dez elementos em todos os jogos.»

Superação diária
«É importante que haja uma tentativa de superação diária. O nosso objectivo é vencer todos os jogos e é importante mantermos este ritmo. Sempre com humildade e com os pés bem assentes no chão. Num clube como o FC Porto, a pressão é diária, mas temos de a encarar como um aspecto positivo e saber lidar com ela.»

Motivação em duplicado
«Esperamos um jogo muito complicado em Coimbra, até porque a Académica é uma equipa que irá colocar muitas dificuldades aos seus opositores ao longo da época. Têm um excelente grupo de trabalho, recebem-nos em sua casa, num pavilhão tradicionalmente difícil, com o acréscimo de não fugirem à excepção das restantes equipas. Isto é, todos quererem vencer a equipa que está invicta e que vai à frente. Se, por norma, já existe a motivação de vencer ao FC Porto, agora será ainda maior, o que quer dizer que a nossa motivação terá que ser em duplicado.» 

Dinâmica a manter
«Estamos a entrar numa das fases decisivas da época, com muitos objectivos próximos, como a Taça da Liga, a Supertaça, a Taça de Portugal. Portanto, temos muito para trabalhar, numa época longa ao longo da qual é preciso manter esta dinâmica.»

in "fcp.pt"

Um Natal pintado de azul e ambição

F. C. Porto Jantar no Dragão Caixa reuniu 600 membros da família portista


Depois da vitória diante do CSKA, na Liga Europa, o F. C. Porto continuou em tons de festa. Azul e branca, claro. Seiscentos membros da família portista sentaram-se à mesa no jantar de Natal. Da SAD ao plantel de futebol. Passando por todas as modalidades.

Não havia jogo no pavilhão Dragão Caixa, mas as estrelas estavam todas presentes. Só não estavam equipadas. Os atletas de todas as modalidades, profissionais ou amadoras, os treinadores, a cúpula directiva e todos os funcionários do F. C. Porto juntaram-se para o tradicional jantar de Natal. Ao todo, eram mais de 50 mesas distribuídas numa cerimónia de gala e decorada com os motivos da quadra. Um coro aqueceu o ambiente e até o Pai Natal esteve presente. Mas vestido de... azul, claro.

Não faltaram sorrisos, sobretudo do presidente Pinto da Costa e do treinador André Villas-Boas, como reflexo da excelente campanha da equipa de futebol no campeonato português e na Liga Europa, imparável e sem qualquer derrota na presente época. Em ambiente descontraído, longe da pressão dos grandes jogos, os capitães das várias modalidades sublinharam a ambição da vitória como fio condutor do F. C. Porto. É esse o desejo para o próximo ano. Manter os níveis elevados.

Cerca de 600 membros da família portista, deliciaram-se à mesa e, no final, houve música a colorir o ambiente. Mas hoje, é dia de regressar ao trabalho. A orquestra portista já afina as notas para a deslocação ao terreno do Paços de Ferreira. É o último jogo do ano civil. E André Villas-Boas, como já revelou, quer encerrar este capítulo com uma vitória. E fechar o ano em beleza.

in "jn.pt"

Hulk foi o melhor da primeira metade da liga

Cada vez mais perto do virar de página da liga portuguesa, há já um nome capaz de reunir consenso maioritário sobre a escolha do melhor jogador da primeira metade da liga portuguesa: Hulk. Não consta que tenha sido atingido pelos raios gama da incrível personagem da banda desenhada, mas nem isso o impede, agora, de aliar o supervigor que já se lhe reconhecia à eficácia e à competência daqueles que verdadeiramente fazem a diferença.


A transformação de Hulk num jogador mais competitivo era algo de provável, mas não adquirido. Recordo uma conversa com Jesualdo Ferreira, pouco tempo antes da polémica suspensão que afastou o avançado brasileiro durante 25 jogos, em que concordámos sobre a circunstância de Hulk ter indiscutivelmente o hardware dos grandes craques, mas também de lhe faltar ainda o correspondente software. Ou seja, ele podia ser já considerado um verdadeiro prodígio, mesmo a nível mundial, em termos de capacidade física, remate, técnica, velocidade e capacidade de explosão. Mas saltava à vista que só se tornaria num craque de verdadeira dimensão internacional quando fosse capaz de apurar a programação que lhe tinha sido instalada tanto no Brasil como no futebol secundário japonês. Até aí, Hulk já tinha um poder incrível para influenciar o jogo, mas ainda não tinha o poder de o compreender verdadeiramente.

O ex-técnico do FC Porto vivia, então, no fio da navalha no que respeita à afinação de Hulk. Tomara consciência de que seria um risco demasiado elevado tentar apagar-lhe, de um dia para o outro, o software e instalar-lhe outro mais actual e moderno. Sob risco de, com isso, lhe anular boa parte do que Hulk tem de melhor, o hardware. Pouco a pouco, e com muito cuidado, Jesualdo foi tentando depurar-lhe os defeitos de programação mais perniciosos. Mas, e utilizando as suas próprias palavras, "sempre a lápis", para poder "apagar" e voltar à primeira forma se a "máquina incrível" ameaçasse entrar em rotura e dar erro no sistema. Pouco a pouco, designadamente após ter cumprido a suspensão disciplinar, Hulk foi apresentando um processador mais compatível com a dimensão do seu futebol, por mais moderno, e de acordo com as potencialidades de uma ave rara do futebol mundial.

André Villas-Boas soube prosseguir e até apressar a afinação do sistema operativo de Hulk, que tem funcionado como um vendaval tanto a nível interno como na Liga Europa. Pelos golos, pelas assistências e principalmente pela capacidade permanente de criar desequilíbrios. Quase sempre funcionando em harmonia com os processos da equipa e não como um corpo estranho, a principal crítica que, no passado, lhe faziam, principalmente aqueles que não eram capazes de perceber que debaixo daquele futebol aparentemente egocêntrico havia um filão a explorar.

Hulk leva marcados 12 golos (quatro de penálti) no campeonato, o que dá uma interessante média de 0,9 por jogo. Há três épocas, conseguiu oito em 25 jogos e, em 2009/10, somou cinco em 19 jogos. Nos 21 jogos em que participou esta temporada, registou um total de 17 golos, números interessantes para quem parte normalmente de terrenos laterais. Na Liga Europa marcou cinco golos, contando com os três que registou frente ao Genk, na pré-eliminatória. Nesta prova realizou ainda duas assistências, capítulo em que se tem destacado principalmente no campeonato, onde já somou cinco e é o passador mais eficaz da prova, a par de Saviola e Paulo Sérgio (Olhanense).

De alguma forma, está a confirmar as grandes potencialidades que começara a revelar na segunda divisão do futebol japonês quando marcou 26 (41 jogos) e 37 golos (42 jogos), respectivamente ao serviço do Consadole Sapporo e do Tokyo Verdy. Hoje, Hulk afirma-se como o jogador mais rematador da liga portuguesa (média de 5,1 remates por jogo), à frente do veterano João Tomás (3,8), Edgar (3,7), Carlão (3,2), Postiga (3,1) e Falcão (3). É verdade, por outro lado, que é o segundo jogador com mais perdas de bola no campeonato (média de 21,2 por jogo), apenas atrás do médio do Beira-Mar Renan, mas isso pode ser justificado, em parte, pela vontade de criar permanentes desequilíbrios. 

Hulk tem dados antropométricos (1,80 m de altura para 75 quilos de peso) que fogem um pouco aos cânones do futebolista virtuoso. Todo ele é compacto, feito de uma massa muscular que impressiona. Isso permite-lhe aguentar os choques mais titânicos e, depois, deixar os adversários para trás com arranques explosivos. Outra arma que o distingue é a facilidade e a potência com que remata com o pé esquerdo.

Quando o FC Porto anunciou a contratação de Hulk, em Agosto de 2008, muita gente torceu o nariz aos 5,5 milhões de euros pagos por apenas 50 por cento do passe do futebolista, sendo que a restante parcela continua a pertencer a um conjunto de empresários. Mas os responsáveis portistas não só tinham confiado nos vídeos que lhes tinham sido apresentados como arriscaram incluir no primeiro contrato uma cláusula de rescisão de 40 milhões de euros. De facto, os 70 golos que Hulk marcara em 104 jogos nos três anos em que jogou no Japão funcionaram como um interessante chamariz. E Hulk não tardou a confirmar as credenciais. De tal forma que, um ano após a sua chegada, os portistas decidiram estender-lhe o contrato até Junho de 2014, passando Hulk a ter uma cláusula de rescisão de 100 milhões de euros, de longe a mais alta de sempre do futebol português.

Hulk conseguia assim afirmar-se no futebol português, aonde chegara, pela primeira vez, com apenas com 15 anos, para jogar nos juniores do Vilanovense. Na altura, Givanildo Vieira de Souza era conhecido por Ruca. Acabou por regressar ao Brasil, mas aos 18 anos foi emprestado pelo Vitória da Bahia ao Sapporo e, mais tarde, vendido ao Frontale Kawasaki, sendo o passe fixado em um milhão de dólares. 

Hoje, enquanto aguarda nova oportunidade na selecção brasileira, pode não valer ainda cem vezes mais, mas é já um dos jogadores mais apetecíveis do mercado europeu.

"Perna de Pau": Torsiglieri, porque foi a pior contratação

O argentino Torsiglieri foi a nossa escolha para "Perna de Pau", destaque anual para a contratação menos conseguida da época. O central do Sporting tem 22 anos e 90 por cento do seu passe custou 3,3 milhões de euros, sendo por isso o reforço mais caro do clube de Alvalade. 

A verdade é que este central canhoto contratado ao Velez Sársfield, onde nunca garantiu o estatuto de titular, tem estado longe de justificar o investimento. Alinhou em quatro jogos da liga portuguesa, mas os 247 minutos em que esteve em campo só serviram para confirmar uma lentidão exasperante e a "falta de rins". O problema tem sido tanto mais grave quanto salta à vista que o Sporting acusa em demasia a falta de um central que dê estabilidade ao sector defensivo.

Torsiglieri leva a melhor, nesta crítica que se pretende bem humorada, sobre o benfiquista Jara, que custou 5,5 milhões de euros e nunca foi titular no campeonato, e ao bracarense Elton, que prossegue com zero golos e rara utilização no Sporting de Braga.


Bruno Prata in "publico"

Otamendi em destaque (também) na Argentina

Na Argentina, foram rápidos a destacar o golo e a exibição do central frente ao CKSA. Entra e sai do onze não preocupa o defesa. 

Otamendi tem cédula de mundialista, razão forte para agarrar ainda mais a atenção da imprensa argentina, já de si muito habituada a seguir os desempenhos dos conterrâneos no estrangeiro e sempre pronta a exaltar feitos como o que o central protagonizou na recepção ao CSKA de Sófia, quando pôs o marcador em andamento no Dragão, aos 22 minutos de jogo. 

Foi o segundo golo do defesa com a camisola do FC Porto e foi mais um motivo para o nome do futebolista sobressair nos destaques online dos órgãos de comunicação argentinos, ainda o jogador estava a recolher ao balneário após o final da partida.

Com 11 utilizações na época azul e branca, Otamendi segue num entra e sai do onze titular, mantendo um discurso tranquilo e uma forte confiança na afirmação como regular, elevando, nas palavras, a importância dos objectivos da equipa acima das ambições pessoais. E nem à saída de uma exibição tão positiva como a conseguida frente aos búlgaros mudou o tom dos comentários, endossando ao universo portista uma mensagem de satisfação pelo dever cumprido e de consciência da realidade: no plantel, a concorrência é forte e justifica a oscilação entre o banco e a titularidade.

«Creio que as coisas saíram bem nesta partida, e sinto-me feliz por ter ajudado a equipa. Quero sempre jogar, mas para isso é preciso trabalhar bem nos treinos. Procuro dar o melhor durante a preparação, mas como eu, todos fazem isso no plantel, o que é bom. É importante que o treinador sinta a tranquilidade de poder escolher à vontade», observou o argentino.


in "abola.pt"

Fernando pode regressar frente ao Paços

O FC Porto fecha o ano depois de amanhã, em Paços de Ferreira, com um registo incrível e seguramente além das melhores expectativas: 25 jogos sem perder com Villas Boas, é a única equipa sem derrotas na Europa, e ninguém lhe dará descanso até a vergar. 

Sim, a invejável posição dos portistas excita qualquer adversário, todos querem ser a capa de jornal ou a abertura de telejornal na pele dos primeiros a vergar o dragão, mas no oposto, também todos, no FC Porto, se excedem no sentido de garantir um lugar no onze em defesa desse estatuto único, e o caso mais singular será o de Fernando, que falhou em Viena o regresso para ficar e, nesta altura, é a grande dúvida para Paços de Ferreira, onde os olhos de Portugal e até da Europa se concentram inevitavelmente, pois é a última oportunidade de alguém bater o novo FC Porto até o calendário virar para 2011.

Com a liderança seguríssima, o FC Porto descansa agora dois meses até a Liga Europa entrar na fase das urgências, e fechar o ano sem cicatrizes é o objectivo final destes primeiros e sensacionais seis meses de Vilas Boas.

Natural, então, que no Olival todos tentem a via da superação para acabarem o ano a jogar: e Fernando é o mais pressionado, até por ele próprio, já que habituou colegas, adeptos e adversários a uma presença permanente e até a uma dependência considerável, mas caiu nas malhas das lesões e resta-lhe agora uma oportunidade, seguramente a mais desejável, de jogar ainda este ano.


in "abola.pt"