sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Belluschi ou Rúben na esquerda

Não há Varela nem Rodríguez para a "final da Liga dos Campeões" da Mata Real, e Villas-Boas estará tentado a apresentar uma nova conjugação ofensiva desviando um dos médios para o lado esquerdo - Belluschi, Rúben ou Moutinho -, para jogar com Falcao e Hulk.

Mesmo com duas boas exibições seguidas, não é de prever que James seja aposta inicial contra o Paços de Ferreira, dada a importância da partida e, sobretudo, as condições do relvado, bem mais pesado do que o do Dragão. O mesmo se pode aplicar a Ukra, outro dos extremos do plantel.

Villas-Boas deixou bem claro que o FC Porto quer terminar o ano com novo triunfo, o que permitirá prolongar para 36 a série de jogos sem perder e garantirá que o Benfica se mantém a, pelo menos, oito pontos. Quer isto dizer que não haverá gestão e que vão a jogo aqueles que o técnico considera estarem em melhor forma e que maiores garantias oferecem. A confirmar-se a tal aposta num médio para jogar sobre o lado esquerdo, João Moutinho é que menos hipóteses terá de ser escolha por tudo o que acrescenta à equipa na sua posição habitual: criatividade, profundidade e também o trabalho defensivo que desempenha.

Restam, portanto, duas escolhas: Villas-Boas já usou Belluschi na esquerda em determinadas fases, e Rúben fê-lo em diversos jogos da época passada. A decisão será tomada até domingo, com a certeza de que, apostando nesta cambiante, o FC Porto poderá facilmente mudar de sistema a meio se a isso for obrigado, devolvendo o tal "falso" extremo ao miolo e ficando Hulk e Falcao no ataque.


Madeirense a crescer no onze

Rúben Micael tem vindo a conquistar o seu espaço no onze de uma forma mais evidente desde o início do mês de Novembro, falhando apenas o clássico com o Sporting, em Alvalade. De lá para cá, o médio foi titular em cinco ocasiões e suplente utilizado em três. Em consequência disso, nos oito encontros em que participou o madeirense acumulou mesmo mais minutos nas pernas (462) do que nos primeiros dez jogos realizados no início da temporada (449). André Villas-Boas tinha avisado que, com o intensificar das competições e o desgaste que se ia fazer sentir na equipa, não iam faltar oportunidades para jogadores que, como Rúben, alimentavam aspirações à titularidade, e a recta final até à paragem da temporada tem confirmado essa tendência até noutros casos. A questão é que, dadas as boas exibições do madeirense, a concorrência também tem sido maior num meio-campo que se confirma como um sector com muitas e boas alternativas. Depois do jogo com o CSKA de Sófia, o Paços de Ferreira surge como o último obstáculo para se poder alcançar o objectivo definido por Villas-Boas que passa por chegar à paragem de Inverno sem sofrer uma única derrota. Com isso, Rúben volta a estar na primeira linha de opções de um técnico que continua a ter boas dores de cabeça.

in "ojogo.pt"

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