quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

«JOGO COM O BARCELOS É SEMPRE UM CLÁSSICO»


O FC Porto Império Bonança recebe este sábado (18h00) o Óquei de Barcelos, em encontro da 14.ª jornada do campeonato nacional. Apesar de a formação minhota já não lutar pelo título, como acontecia há alguns anos, o guarda-redes Nélson Filipe garante que os jogadores portistas continuam a encarar este desafio como um momento especial da época.

Adversário experiente
«Estamos a preparar este encontro como sempre, com trabalho. Sabemos que o Barcelos está a fazer um bom campeonato, com jogadores experientes ao nível da primeira divisão. Vamos ter em atenção alguns pormenores do jogo deles e, em função disso, vamos preparar o encontro de sábado. O Óquei de Barcelos já não tem a força do passado, mas não deixa de ser um clássico. Nós, jogadores, ainda interpretamos assim este duelo. Temos de entrar cautelosos, vai ser um jogo difícil.»

Tudo nas mãos do Dragão
«Não estamos fora de nenhuma competição, dependemos de nós no campeonato, na Taça – em que ainda não fizemos nenhum jogo – e na Liga Europeia. Se fizermos bem o nosso papel sabemos que chegamos lá, e isso motiva-nos. Pouco serve estar em primeiro lugar o ano todo para depois, na última jornada, não estarmos nessa posição. É normal que, com as novas regras, estejamos a sentir algumas dificuldades, porque o jogo mudou um pouco. Com o Gulpilhares (5-2), fizemos uma boa partida, depois de dois jogos menos conseguidos.»




in "fcp.pt"

Moncho Lopez:«O OBJECTIVO É REVALIDAR A CONQUISTA DO TROFÉU»




Mesmo longe dos adeptos, o propósito é claro e assumido. Moncho e Stempin levam ao Sabugal a intenção de revalidar a conquista da Taça Hugo dos Santos. O treinador nem se incomoda com a eventualidade de os adversários atribuírem aos Dragões a pressão do favoritismo e o extremo/poste lembra que os dados teóricos e estatísticos valem pouco numa competição em que os quatro opositores partem com «o registo limpo».

Líder da Liga, com apenas uma derrota em 11 jogos, vencedor do Troféu António Pratas, na abertura da época, e detentor da Taça Hugo dos Santos, o FC Porto Ferpinta prepara a revalidação do título na segunda edição da prova, que junta os quatro primeiros classificados da primeira volta da Liga numa disputa a três jornadas e em três dias (de sexta-feira a domingo).

Antes do último treino no Dragão Caixa, a preceder a deslocação ao distrito da Guarda, Moncho López e Greg Stempin anteciparam a participação no torneio em que os Dragões abrem a competição diante do Vitória de Guimarães, às 18h00 de sexta-feira, no Pavilhão Municipal do Sabugal, tendo ainda por adversários Benfica e Académica.

Moncho López: «Não me custa assumir o favoritismo»
«Gostávamos de poder jogar mais perto dos nosso adeptos, mas estamos preparados para vencer. Somos os detentores do troféu e o objectivo é revalidar a conquista. Nas Taças, o Guimarães tem por hábito demonstrar uma capacidade competitiva elevada, mas, antes mesmo de assumir o cargo de treinador, já tinha a sensação de que o FC Porto Ferpinta se apresentava 
sempre na condição de favorito, pelo que agora não me custa assumir essa responsabilidade. Se os nossos adversários nos atribuem esse papel, isso significa respeito e reconhecimento pela qualidade do nosso trabalho. A verdade é que lideramos o campeonato com duas vitórias de vantagem sobre o segundo classificado, apresentamos o melhor ataque e a melhor defesa, somos a equipa com mais recuperações de bola e temos, por isso, bons argumentos atacantes e defensivos. Mas já estamos totalmente concentrados na Taça Hugo dos Santos, que nos coloca o desafio de disputar três jogos de máxima exigência em três dias.»

Greg Stempin: «Formato mais excitante»
«Não sendo a eliminar, trata-se de uma competição diferente daquelas a que estamos habituados, mas é claro que queremos vencer. Defrontaremos todas as equipas e entramos na prova frente ao Guimarães. O novo formato acaba por ser mais excitante, porque uma eventual derrota pode ser rectificada no jogo seguinte. O Guimarães está um pouco diferente da equipa que já defrontámos. Tem um novo americano, está a jogar bem e vem de cinco vitórias consecutivas, pelo que esperamos um jogo de topo. Podem considerar-nos favoritos, mas esta competição não tem nada a ver com a Liga. Todas as equipas partem com um registo limpo e em igualdade de circunstâncias.»



in "fcp.pt"

F.C. Porto tem boa notícia: Falcao já treina sem limitações

A ressaca do triunfo na Taça de Portugal chegou de braço dado com uma bela notícia: Radamel Falcao está plenamente recuperado dos problemas musculares e já treinou sem limitações esta quinta-feira no Centro de Treinos do Olival.

O avançado colombiano, recorde-se, foi substituído ao intervalo na Mata Real no dia 19 de Dezembro e ainda não competiu em 2011. Agora, tem o seu regresso mais do que provável agendado para a recepção à Naval 1º Maio, domingo, às 18 horas, no Estádio do Dragão.

Neste hiato competitivo de Falcao, André Villas-Boas utilizou Walter e Hulk no lugar de ponta-de-lança, na tentativa de fazer esquecer a ausência do homem contratado ao River Plate.

Do boletim clínico fazem parte Beto (treino integrado condicionado), Cristián Rodríguez (treino condicionado e ginásio), João Moutinho (ginásio), Alvaro Pereira (tratamento) e Sapunaru (tratamento). O romeno sofreu uma pancada no pé direito durante o jogo com o Pinhalnovense. 

Souza e Ukra completam a longa lista de baixas. Os dois atletas estão com um resfriado, segundo aponta o site oficial do F.C. Porto. 

No apronto desta manhã, Villas-Boas contou com as presenças dos guarda-redes Maia e Kadú, e do lateral esquerdo Romário. O F.C. Porto treina sexta-feira às 10h30, à porta fechada, e duas horas depois André Villas-Boas projecta perante a comunicação social o jogo de domingo.

in "maisfutebol.iol.pt"

O «MR. BASKETBALL» QUE RESOLVE AO «TIRO»


A história tem 24 anos, iniciada em Nova Iorque. No Porto, é uma narrativa aberta, à espera de novos episódios capazes de rivalizar com os capítulos iniciais contados nas páginas da mais conceituada revista desportiva dos Estados Unidos. Seguro de que aos Dragões não falta talento, Sean Ogirri projecta a conquista do título como final do próximo acto, num amplo cenário onde não falta espaço para o futebol. Primeiro o americano, depois o europeu.

Sobrinho de Orlando Antigua, o primeiro hispânico a integrar os Harlem Globetrotters, Sean nasceu no Bronx, o mais carismático e multirracial bairro de Nova Iorque, que ainda hoje lhe marca o jeito de andar e o modo de falar. Ambos arrastados com muita sofisticação. O «you know?», parente próximo do português «estás a ver?», que introduz sem regra nem medida a cada resposta, faz uma de várias pontes entre o basquetebol e a riqueza de personagens gerada pela sociedade norte-americana. Descontextualizada, centrada na figura e na atitude do entrevistado, a conversa poderia versar sobre outras temáticas. Pose e estilo, voz e sotaque fariam dele actor, rapper ou pintor de graffiti. 

Mas o talento de Sean é outro, induzido pelo tio e descoberto na agitação das ruas de Nova
 Iorque, entre a alegria e o drama de negros e hispânicos. Filho da dominicana Griselina e do nigeriano Frederick, o Bronx tornou-se uma extensão natural da própria família. «Numa versão mais selvagem e inquieta», salvaguarda, com a ajuda de um sorriso. «As ruas estavam sempre cheias de gente e o ruído era constante. Não havia um minuto de sossego». O que, confessa, não lhe desagradava de todo. «Era tudo intenso e confuso, mas tinha um encanto muito próprio e especial».

Só mais tarde, ainda jovem, se mudou para Denver, onde os primeiros ensaios de um drible, que parece trabalhado na cadência de um ritmo tropical, lhe valeram a designação de «Mr. Basketball» do Colorado e a distinção de Jogador do Ano em 2004. Liderava, então, os Angels, do Liceu de East, numa campanha imbatível de 24 vitórias no campeonato estadual, enquanto compunha uma média notável de 28.5 pontos e 5 assistências por jogo.

(Este é um extracto da entrevista a Sean Ogirri, que poderá ler na íntegra na mais recente edição da revista Dragões, já disponível nas bancas)

in "fcp.pt"

José Maria Pedroto. "Temos de lutar contra os roubos de igreja na Luz"

A 13 de Janeiro de 1978, na véspera de um jogo na Luz, o Zé do Boné lançou a famosa frase. O FC Porto empataria 0-0 e sagrar-se-ia campeão nacional em Maio desse ano


"O verdadeiro calcanhar de Aquiles do nosso futebol reside no simples facto de quase todos pensarmos que, quando saímos dos estádios, já não somos profissionais de futebol."
"Estamos na mediania no conceito europeu. Relativamente ao futebol de alta competição, temos meia dúzia de jogadores com grande classe."
"As gentes do Porto são ordeiras porque, se não fosse, há muitos anos teriam recorrido à violência perante os enganos dos árbitros que têm decidido da perda de muitos campeonatos e Taças de Portugal."
"No FC Porto, os problemas não se levantam porque nunca chegam a existir."
"É tempo de acabar com a centralização de todos os poderes da capital."
"Passamos de pombinhos provincianos a falcões moralizados."
"Não tenho dúvidas de qualquer espécie de que ao Artur Jorge não faltará onde trabalhar e que, em qualquer parte, triunfará. Mas também acredito que vai ser no FC Porto que ele acabará por se revelar como um homem predestinado para a direcção e comando de equipas de futebol."
"Não vai ser preciso nenhum milagre para que o FC Porto alcance finalmente o título que ambiciona há anos."

Tudo isto é José Maria Pedroto, no FC Porto. Polémico óbvio, mestre indiscutível. Até aos anos 70, nunca um treinador português aquecera tanto o ambiente futebolístico como o Zé do Boné, que suscitava paixões no Norte e semeava ódios no Sul - em 1980, numa final da Taça de Portugal, adeptos do Sporting juntaram-se aos do Benfica para se atirarem a Pedroto com vários cartazes trocistas espalhados pelo Jamor.

Mas nunca uma frase de Pedroto ganhou tanta vida e repercussão como a proferida a 13 de Janeiro de 1978 numa conferência de imprensa improvisada nas Antas, na véspera do clássico com o Benfica. "Temos de lutar contra os roubos de igreja no Estádio da Luz." Era o sinal aberto da guerra contra o poder institucional de Lisboa, que, desde 1959, açambarcava todos os campeonatos nacionais, com maioria benfiquista sobre os sportinguistas (14-4).

Até que se chega à época 1978/79. Pela primeira vez em 19 anos, o título nacional escapou à habitual dupla de Lisboa e foi para o Norte. O FC Porto pôs termo a um prolongado jejum e a proeza coube a José Maria Pedroto, que, curiosamente, pertencera ao plantel que havia arrebatado o último título de campeão em 1959, como jogador.

Agora, na qualidade de técnico, Pedroto bate a concorrência - Mortimore (Benfica) e Paulo Emílio/Rodrigues Dias (Sporting) - , com apenas uma derrota (0-2, no Estoril) em 30 jornadas. Depois, a uma série de 13 vitórias consecutivas, interrompida em Portimão (0-0), seguiram-se mais dois empates, com Benfica (1-1), no jogo do título, e Académico (0-0), para fechar com uma goleada frente ao Braga (4-0), na derradeira ronda, em jeito de São João antecipado. Gomes, com 25 golos, 16 deles na segunda volta, foi o melhor marcador da 1.a divisão.

Rui Tovar in"Ionline.pt"

Pinto da Costa almoçou com António Salvador

PRESIDENTES JUNTOS À MESA

Pinto da Costa almoçou ontem com o presidente do Sp. Braga, António Salvador. Segundo Record conseguiu apurar, o repasto não serviu para abordar qualquer negócio com vista ao mercado de janeiro. É até habitual que os líderes de dragões e arsenalistas se reúnam, tendo em conta que são, nesta altura, parceiros privilegiados. A refeição decorreu na cidade do Porto, mais propriamente num restaurante na zona das Antas, e serviu para estreitar os laços presidenciais, mas terá também versado temas extrafutebol e, naturalmente, estratégias futuras. É improvável que haja jogadores na calha para percorrer a A3, seja em que sentido for. Pawel Kieszek foi o último atleta a ser negociado entre os clubes, sendo que FC Porto e Sp. Braga até já fecharam contratos em janeiro, bastando recordar o empréstimo de Andrés Madrid aos azuis e brancos há dois anos.

in "record.pt"

Castro já é jogador do Gijón

Cerca de cem sócios fizeram questão de assistir à apresentação oficial de Castro como reforço do Gijón até final da temporada. Emprestado pelo FC Porto, sem direito de opção de compra do passe, conforme O JOGO revelou, o médio explicou porque decidiu aceitar o convite. "A minha decisão de vir para o Sporting foi porque gosto muito da Liga espanhola e acima de tudo porque o Sporting sempre demonstrou muito interesse em mim. Isso é muito importante. Se me querem aqui, vou fazer tudo pelo Sporting", prometeu, apresentando-se como um atleta que "gosta mais de jogar como nº 8, de defender e atacar, mas estou cá para ajudar e jogo onde quiserem", referiu.

in "ojogo.pt"

Hulk - "Sentimos dificuldades"

Estava destinado que seria Hulk a desatar um nó comprometedor, porque o FC Porto, explica, "não foi feliz na concretização". Marcou dois golos, resolvendo a questão, que segundo ele não foi à bomba, mas quase. "Desde o início, procuramos criar oportunidades. Nas dificuldades, e com o esforço de todos, foi possível resolver a situação", comenta o avançado brasileiro, realçando o espírito colectivo, como é seu timbre.
Hulk voltou a ser incrível num jogo em que, repetiu, a equipa "não soube aproveitar as oportunidades" antes de se submeter ao sofrimento, perante um adversário "de uma divisão inferior que mostrou ser uma boa equipa". Apesar das dificuldades, Hulk já detém o estatuto de melhor marcador dos dragões na prova. Agora, "é trabalhar e seguir com mais vitórias".

in "ojogo.pt"

André Villas-Boas - "Percurso deve ser valorizado"

André Villas-Boas admitiu as dificuldades que a "organização" do Pinhalnovense e o "mérito" do guarda-redes Pedro Alves colocaram ao FC Porto, adiando a decisão da eliminatória para os últimos minutos. Tal demora reflecte as virtudes da equipa do terceiro classificado do terceiro escalão nacional. "Exibiram-se a um nível muito superior, foram excelentes, jogaram com uma grande organização, muito critério a construir. Quando jogam assim, isso tem de se valorizar." Quando ao líder do campeonato, foi "criando oportunidades", que foram "muitas" e, com frequência, esbarraram no "mérito do guarda-redes". "Territorialmente, andámos sempre perto da baliza, esta equipa tem faro de golo, por isso tem o melhor ataque da Liga. Há dias com dificuldades, este foi um deles." Apesar dos problemas, o treinador portista não deixou de sublinhar que chegou ao fim do jogo "satisfeito com o rendimento" da equipa, recordando a importância desta vitória, no contexto da temporada: "O FC Porto tem um percurso forte, até este momento; por vezes choca com exibições menos conseguidas; foi o caso desta. Poderíamos ter resolvido mais cedo, com um pouco mais de dinâmica, mas, estou satisfeito com a quantidade de oportunidades que criámos, com as vezes em que aparecemos frente à baliza, para resolver. No entanto, também me parece claro que este percurso é de valorizar: seja contra quem for, FC Porto coloca-se na meia-final da Taça de Portugal; na Taça da Liga as coisas estão mais tremidas, mas não é impossível seguir em frente. "Estamos orgulhosos", sublinhou, comentando algumas opções, como a titularidade de Mariano e Fernando, recuperados de lesões, a troca de Rúben por Guarín para privilegiar o "transporte de bola" deste último, ou as consequências de um posicionamento fixo de Hulk na área no rendimento do ataque, sector para o qual dispõe, ainda, de Falcao e Walter: "Requer sempre criar novos hábitos, enquadramentos, novas relações com os companheiros. Hulk acaba por marcar dois golos. São três jogadores diferentes. O importante é que estabeleçam ligações com os companheiros e criem dinâmica rapidamente."


in "ojogo.pt"


Arbitragem - Penálti por marcar



Uma falta na área de Quinaz sobre James, aos 35', foi ignorada por Hugo Miguel, que voltaria a errar na segunda parte quando não viu Hulk ser agarrado, aos 64'. À medida que o nervosismo se acentuava, com o empate a zero, aumentaram as dificuldades para controlar o jogo, ainda que, no único crédito positivo que lhe deve ser dado, nunca tenha perdido o controlo disciplinar.

in "ojogo.pt"

O FC Porto um a um

Hulk 7
Há mais do que uma maneira de arrombar um cofre

Dois excelentes golos fizeram do brasileiro o herói da noite. E o curioso da questão foi que até ao primeiro golo estava a evidenciar-se por passes errados, jogadas sem consequência e más opções de jogo colectivo. Mas os heróis são assim, aparecem do nada. O primeiro golo é mais uma obra de arte já vista em outras ocasiões: bola no pé, adversários para trás e um remate fulminante do meio da rua. O segundo nasceu de uma acção do avançado no meio-campo, ao impedir uma bola de sair, recebendo depois mais à frente um passe de Belluschi. Entrou na área e de forma subtil fechou a contagem. Brilhante.


Kieszek 5
Voltou a jogar depois do erro clamoroso na Taça da Liga e na primeira parte protagonizou um lance caricato: ao tentar passar a bola para o lado, na direcção de Sapunaru, cedeu um canto! A intranquilidade justifica o erro. Na segunda parte fez as pazes com os adeptos, negando o golo a Miguel Soares com uma excelente defesa. E o jogo estava empatado…

Sapunaru 5
Com pouco trabalho na retaguarda, aventurou-se mais do que o costume no ataque, embora poucas vezes tenha criado verdadeiro perigo.

Rolando 5
Exibição calma, em parte porque Miran não lhe criou problemas. Tentou sair depressa da zona defensiva e também fez questão de dar uma ajuda ao ataque nas jogadas de bola parada.

Maicon 5
Sem erros de marcação, controlou de forma eficaz os adversários que lhe apareceram pela frente. Usou o passe longo, quase sempre na medida certa.

Rafa 5
O posicionamento ofensivo garantiu-lhe uma boa dose de participação na construção de lances perigosos, tentando combinar essencialmente com James e Hulk. Assinou um remate de longe ainda. A consequência desse balanceamento ofensivo foi que o Pinhalnovense escolheu o seu lado nas poucas vezes que atacou.

Fernando 6
Voltou a ser titular e começou por dar nas vistas com uma assistência para Mariano. Pouco depois entrou na área, mas antes do remate a bola saltou e fez com que fosse parar à bancada quando tinha apenas o guarda-redes pela frente. Fez muitas recuperações e esteve sempre em jogo.

Belluschi 6
Foi a unidade mais criativa do meio-campo, fazendo girar a equipa à sua volta. Aos 24' marcou um livre para a área e Pedro Alves quase borrou a pintura, largando a bola. Ainda tentou o golo mais três vezes e só numa delas não acertou na baliza. Depois de ter assistido Mariano e depois Varela, terminou o jogo com uma assistência para Hulk marcar o segundo golo.

Rúben Micael 5
Um grande remate de longe, que proporcionou uma excelente defesa de Pedro Alves, foi o ponto alto de 45 minutos sem rasgo.

Mariano 5
Teve dificuldade em acertar na baliza. Aliás, não o fez nas quatro tentativas de que dispôs. Tentou dar vivacidade ao ataque, só que o ritmo esteve longe do exigido. Sem surpresa, deu o lugar a Varela na segunda parte.

James 6
Durante boa parte do jogo foi o avançado mais incisivo, sem medo de ter a bola e de rematar. Menos individualista do que Hulk, não teve a mesma retribuição do companheiro quando estava em boa posição na área. Reclamou uma falta na área depois de ter sido impedido de progredir por Quinaz. Tentou o golo várias vezes com remates de longe e proporcionou duas boas defesas a Pedro Alves.

Guarín 5
Apesar do estilo diferente, na comparação fria com Rúben Micael não trouxe nada de novo à equipa. Tentou um chapéu de longe e ensaiou alguns remates. Sem pontaria.

Varela 5
Teve o golo nos pés com o jogo empatado, mas não soube evitar o guarda-redes.

Walter -
Nada a registar.

in "ojogo.pt"

Taça: F.C. Porto-Pinhalnovense, 2-0 (crónica)

Há uma velha máxima do jornalismo, que diz que um avião que aterra não é notícia, um avião que cai sim. Esta será, portanto, a crónica de uma «não notícia». Mas não deixa de ser um relato com muito que se lhe diga. O voo portista chegou ao seu destino, é certo, mas esta esteve longe de ser uma calma viagem, como, de antemão, se poderia prever. O F.C. Porto venceu o Pinhalnovense por 2-0 e está nas meias-finais da Taça de Portugal. 


A pior assistência da época do Dragão viu uma primeira parte sonolenta, de sentido único, mas com tráfego condicionado. André Villas-Boas tinha prometido motivação para «fazer história», mas do Pinhal Novo veio uma equipa embalada pelo mesmo desejo. Depois de afastar o Leixões da Liga de Honra, a missão era espinhosa, mas a equipa de Paulo Fonseca queria torná-la possível. 



Para dar a sensação que seria possível contribuiu, e muito, a noite inspirada do guardião Pedro Alves. Um homem com experiência no mais alto patamar no futebol português que foi parando, uma a uma, as investidas dos dragões não filtradas pela concentrada defesa do Pinhalnovense. Foi assim na primeira parte, prolongou-se na segunda, até à bomba que decidiu tudo.



Assobios acordam Hulk



Nem se pode dizer que os dragões tenham facilitado. Villas-Boas introduziu cinco mudanças no onze, mas manteve a estrutura, entregou os flancos a James e Mariano e voltou a fazer de Hulk o ponta-de-lança de serviço. Guarín, o herói com o Marítimo, entrou na segunda parte, quando já se percebia que a tarefa iria exigir empenho máximo. Varela viria a seguir-lhe as pisadas.



A onda de impaciência, que ganhou corpo com as defesas de Pedro Alves às tentativas de Belluschi, Rúben Micael e Mariano, chegou ao limite quando Fernando, na cara do guardião, atirou por cima. Viria a explodir já no segundo tempo, quando Kieszek se redimiu do erro com o Nacional, negando o golo a Miguel Soares, com um voo impressionante. O crédito portista, já ameaçado em alguns sectores, esfumou-se aí e o Dragão sublinhou com assobios. Que acordaram Hulk.



Quando o espectro do prolongamento pairava, o «Incrível» decidiu. Drible, toque para a esquerda e bomba que deixou Pedro Alves sem reacção. Durava 78 minutos a resistência do Pinhalnovense. Passava a turbulência, extinguia-se a neblina. A pista estava à vista para o avião portista aterrar. Antes disso, o super-herói do costume ainda haveria de mostrar nova habilidade, depois de arrancar decidido pela esquerda, tabelar com Belluschi e atirar, com estilo, para o segundo. 



Da viagem, fica a clara sensação que o resultado sofrido se deveu, claramente, a falta de inspiração. Há noites assim. Uma combinação bem-feita, uma triangulação pensada e executada, um passe a rasgar...Viu-se tudo isto, a espaços. Faltou o que faz a diferença: marcar. No caso, quase sempre, desviar a bola de Pedro Alves.



Seguem em frente os azuis e brancos. Corrija-se. Segue em frente o F.C. Porto. Esta foi uma daquelas raras noites em que os adeptos do Dragão foram embora felizes com a derrota da equipa que jogou de azul e branco.



in "maisfutebol.iol.pt"