segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

"Villas-Boas mexeu com este grupo" - Helton

Na primeira grande entrevista desde que é capitão do FC Porto, Helton falou do presente e do futuro, mas recusou-se a abordar a fundo algumas questões do passado. Por exemplo, elogiou o novo treinador, André Villas-Boas, que diz ter trazido "mais liberdade" aos jogadores, mas nunca quis falar do último, Jesualdo Ferreira. Quanto ao resto, destacou as qualidades do plantel, mas, mais do que isso, o espírito de grupo que impera no Dragão, tendo pegado em Mariano para exemplificar a união no balneário. Sobre o campeonato, recusa-se a dá-lo como conquistado, mas sempre foi dizendo que viveu um dia memorável na goleada sobre o Benfica.


Imagina-se a treinar, por exemplo o FC Porto, na próxima época?

Eu, a treinar o FC Porto? Essa é boa [risos]. De onde surgiu essa ideia?

É apenas uma brincadeira para sublinhar o facto de André Villas-Boas só ter mais um ano do que o Helton...

Bem, vou falar por mim. Quando tive a certeza de que ele seria o nosso míster, procurei colocar em prática os ensinamentos da minha família, que sempre me ensinou a separar uma eventual amizade das questões profissionais. Isso significa que tenho de ter respeito pelas pessoas. Ele podia ser mais novo do que eu ou poderia ter o triplo da minha idade que eu iria tratá-lo sempre com respeito. Aliás, nunca o tratei por André; sempre que me dirijo a ele, digo "míster". E quando preciso de conversar com ele, muitas vezes na condição de capitão, bato à porta do seu gabinete e pergunto se posso entrar. Em nenhum momento pensei na sua idade, mas sim na pessoa e na sua qualidade. Para além disso, ele tem ambição, respeita os jogadores e oferece-nos liberdade.

Curiosamente, muitos jogadores têm utilizado a palavra "liberdade" quando falam de André Villas-Boas. Isso significa que não havia liberdade com Jesualdo Ferreira?

Eu falo apenas do André, do míster André...

E quais são as vantagens e as desvantagens de ter alguém tão novo a treinar uma equipa como o FC Porto?

Muitos poderiam ver a idade como uma desvantagem; eu, não. A idade muitas vezes não condiz com a mente. Existem pessoas mais velhas que muitas vezes não conseguem ser respeitados pelos mais novos. Quanto às qualidades - e não quero com isto dizer que as pessoas mais velhas não são assim -, destaco a forma como ele está sempre em sintonia com os jogadores, para além de conseguir passar mais rapidamente as ideias que tem. Se repararem, também não há muitos velhotes no nosso plantel [risos]...

Houve alguma palestra emblemática de André Villas-Boas?

No final de todas as palestras que ele faz, os jogadores param para pensar. Podem ter a certeza de que não há nenhuma que não seja assim, e isso é óptimo. Há uma coisa que este grupo tem: pensamento positivo. Nunca desistimos, mesmo quando parece que algo vai correr mal. Temos um grande espírito de grupo, e ninguém está preparado para abrir mão disso.

Pinto da Costa afirmou, numa entrevista a O JOGO, que sentia a equipa acomodada e que a chegada de Villas-Boas também serviu para abanar com o grupo. Concorda?

[pausa prolongada] É verdade que o míster André mexeu com este grupo. Ele tem ideias e métodos bem diferentes daquilo a que estávamos habituados. Na vida, temos de estar sempre à procura de novas formas de nos motivarmos. O incentivo passa por procurar algo diferente, mas sem fugir à base que, aqui no FC Porto, são as vitórias. Já viram há quantos anos estou aqui no FC Porto? Esta será a minha sexta época... E, durante este tempo, já fui quatro vezes campeão...

Já agora, a saída de Bruno Alves, o capitão, fragilizou de alguma forma o balneário?

O Bruno sempre teve uma grande postura no clube, sempre demonstrou seriedade, empenho e prazer pelo que fazia. Era uma referência para muitos que cá estavam, mas também para quem chegava. Se fragilizou o balneário? Não vemos as coisas desse modo. Sabemos que, se tivesse ficado, nos estaria a ajudar, mas aqueles que cá estão conseguiram ocupar, e bem, o espaço do Bruno. Obviamente estamos sempre ao lado dos amigos, sobretudo daqueles que nos ajudaram a ser felizes, mas entendo que ambas as partes têm de estar em sintonia. Nesse sentido, acredito que o que aconteceu foi bom para ele, mas também para o clube.

"Houve alturas em que um colega falhava um golo e a culpa era do Helton"

O facto de ser o capitão de equipa serviu para o incentivar?

Vou fazer uma retrospectiva da minha carreira no FC Porto. No primeiro ano, fiz 11 jogos e sofri apenas um golo, por sinal de penálti, mal assinalado, marcado pelo João Tomás, na altura no Braga. Fiz um bom final da temporada, e a prova disso é que no ano seguinte mantive a titularidade. Foi passando o tempo, e nunca tinha sido capitão, nem nunca tinha sido comentada essa possibilidade, nem tão-pouco tinha sido destacada a minha importância. Mesmo assim, nunca deixei de trabalhar. Algumas vezes colocaram em causa o meu trabalho, quase sempre sem eu ter culpa. Aliás, e em jeito de desabafo, por vezes um colega perdia um golo em frente à baliza e a culpa era do Helton. Mas pela minha personalidade e vontade de triunfar, por tudo aquilo que já passei no futebol - e não falo apenas do FC Porto, porque também conquistei títulos no Brasil -, nunca deixei de acreditar nas minhas qualidades. Nos momentos mais difíceis tive pessoas do meu lado que me ajudaram e que me diziam que, muitas vezes, algumas pessoas se esqueciam daquilo que eu já tinha feito. Voltando à pergunta sobre se a braçadeira de capitão me incentivou... Posso dizer que falei com uma pessoa à qual disse o seguinte: "Muito obrigado, o senhor fez-me voltar a gostar de jogar futebol..."


Mas quando foi isso? E quem é essa pessoa?

Isso não vou revelar....

Imagina-se a acabar a carreira no FC Porto?

Isso é um assunto interno... Ainda tenho 32 anos, mas porque não?

Falou-se recentemente da possibilidade de ir para o Fluminense. Gostava de regressar ao Brasil?

Bem, se fosse por vontade de alguns amigos, que são tricolores, de certeza que já lá estava [risos]. Mas tenho trabalho, contrato até 2012, sinto-me feliz no FC Porto e tenho a minha família adaptada à vida em Portugal. Neste cenário, só ponderava o regresso se os dirigentes do FC Porto me dissessem que não contavam mais comigo. Para já, a minha prioridade é o FC Porto e nem sequer penso no resto. É verdade que se comentou sobre a possibilidade de ir para o Fluminense, mas nunca passou disso mesmo.

Pinto da Costa considerou-o o melhor guarda-redes em Portugal. Concorda? E se não concordar, quem é o melhor guarda-redes do campeonato?

Fico feliz por ele ter dito isso, ainda para mais vindo do presidente. Mas temos de reconhecer que, neste caso, a opinião dele é suspeita [risos]. Não me considero o melhor; limito-me a trabalhar para ser o melhor. E não vou escolher ninguém, porque poderia falhar, apesar de considerar que tudo depende do momento. Reconheço que estou a atravessar um bom momento, mas a equipa também me tem ajudado muito.

Mas o Helton também foi, por exemplo, um dos melhores jogadores em campo em Paços de Ferreira...

Lá está, estamos aqui uns para os outros. É o nosso espírito. Aqui não são o Hulk, o Falcao ou o Varela que têm dado o máximo; são o Hulk, o Falcao, o Walter, o Ukra, o Castro, o Guarín, o Fernando, o Rolando, o Otamendi, o Maicon... Somos todos.

Vítor Baía afirmou que a melhor época do Helton foi quando ele ainda estava no FC Porto. Concorda?

É verdade que tive uma época brilhante quando ele esteve aqui. Foi uma pessoa que me ensinou a gostar do FC Porto, a lutar pelo FC Porto, que me fez ver muitas coisas. Ele, o Jorge Costa, o Pedro Emanuel... Estou muito grato por aquilo que aprendi com eles e não posso deixar de concordar que vivi uma grande época quando ele cá estava. Mas agora pretendo fazer ainda melhor. E isso depende de mim.

"Não ouvi o apito de Elmano Santos"

Ouviu o apito de Elmano Santos no penálti no jogo com o Setúbal?

Ainda estou para perceber o motivo pelo qual vi um cartão amarelo nesse jogo... Houve uma substituição na nossa equipa, num canto contra nós, mas o árbitro não deu tempo para o Sapunaru - que estava a entrar - chegar até à nossa área. Nunca tinha visto nada assim, e limitei-me a perguntar-lhe porque não o deixou posicionar-se na nossa área. Vi um amarelo por isso, sendo eu o capitão.

E no lance do penálti, ouviu o apito?

Não ouvi apito nenhum. Sinceramente.

"Goleada ao Benfica foi um momento memorável"

Directos ao assunto: a vitória no campeonato está próxima?

Ora bem, vamos fazer contas. Faltam 16 jogos e cada um vale três pontos... Ou seja, ainda não ganhámos nada. Este campeonato está muito competitivo e, como já deu para perceber, qualquer equipa pode perder a qualquer momento.

Perguntado de outra forma: seria complicado perder o campeonato depois de uma primeira parte de temporada com apenas dois empates?

Temos a oportunidade de conquistar o título, mas não há jogos fáceis e os maus resultados podem suceder a qualquer momento. Já repararam que tem sido complicado assistir a goleadas? Isso é a prova da competitividade do campeonato. Não há equipas fracas e já tivemos jogos muito complicados com clubes de menor expressão. Felizmente, temos conseguido vencer, mas apenas porque estamos com um colectivo muito forte.

Na equipa que foi mais vezes utilizada, apenas o Moutinho não fazia parte do plantel da época passada. Afinal, a que se deve esta diferença de rendimento?

Confesso que não gosto de fazer comparações. Para mim, importa destacar os méritos desta equipa, embora reconheça que também podemos aprender com os erros, de forma a não os repetir. Para além disso, teria de falar de pessoas que não estão actualmente no clube, e isso não quero fazer. O importante é falar do presente, das pessoas que cá estão, do grupo actual - que é fantástico - e de tudo o que já conseguimos alcançar nestes primeiros meses de competição.

Tendo em conta os elogios, considera que este é o melhor grupo que encontrou no FC Porto?

Posso dizer que é um excelente grupo. Sem dúvida. Mas, cada um teve as suas virtudes e defeitos, não tendo sido por acaso que fomos tantas vezes campeões ao longo dos últimos anos.

Qual foi o momento mais importante desta época?

Todos reconhecemos a importância de começar a temporada com uma vitória, sobretudo frente ao campeão da época passada, e isto apesar de encararmos todas as equipas da mesma forma. Sabemos que há jogos e jogos, mas respeitamos todas as equipas, porque isso é um sinal de humildade. Costumo dizer que a humildade não se aprende na escola, mas que vem do berço. E, felizmente, pode dizer-se que a humildade passou um pouco por todos os berços aqui do clube.

E qual foi o jogo mais difícil até ao momento?

Tivemos dois jogos muito importantes, não só pela dificuldades impostas pelos adversários, mas também pelo estado do relvado. Foi em Coimbra, frente à Académica, e em Viena. Foram duas partidas muito complicadas, porque com aquelas condições climatéricas não conseguimos controlar todos os aspectos do jogo.

E nem sequer estava para jogar em Viena. Nessa partida, estava a preparar-se para assistir ao jogo sossegado no banco...

Bem, sossegados nunca estamos. Nem no banco, nem em casa, quando não somos convocados. Aliás, às vezes até é bem pior, porque a ansiedade é maior. De fora, vemos coisas que lá dentro nem nos apercebemos que estão a acontecer. Mas voltando a esse jogo, acabei por jogar devido a uma infelicidade do Beto. Ele queria muito jogar aquele jogo, para demonstrar em campo toda a dedicação que tinha vindo a colocar nos treinos. Foi uma situação chata para ele, mas também para mim, porque tive apenas cinco minutos para aquecer... Felizmente, correu tudo bem e conseguimos uma vitória importante.

E o jogo mais fácil, esta temporada, foi frente ao Benfica para o campeonato?

Fácil? Não, de maneira nenhuma. Não há jogos fáceis. Nesse encontro, limitámo-nos a não complicar e se marcámos tantos golos foi graças ao nosso empenho e qualidade. Mas, reconheço, foi um jogo memorável. Nunca o FC Porto tinha vencido o Benfica por aqueles números em jogos do campeonato...

Foi um momento de afirmação da superioridade do FC Porto no campeonato?

A equipa tem demonstrado um espírito muito bom. O grupo está em sintonia, mesmo aqueles que são menos utilizados ou até os que não são utilizados. Aliás, tenho de destacar o caso do Mariano que, por uma infelicidade, não foi inscrito para a primeira fase da época. As pessoas não sabem, mas o que ele tem feito é algo de verdadeiramente impressionante. Ele é um companheiro, um amigo, e a atitude dele no dia-a-dia tem sido impressionante, até pelo que ele representa no balneário. E estes actos servem para explicar muito do que se passa este ano, porque ele nem sequer tem jogado.

Conhece Dublin?

Não conheço, mas conto lá ir [risos]...

Mas então o FC Porto é mesmo candidato a vencer a Liga Europa?

Estamos a fazer o nosso trabalho e o melhor é deixarem-nos quietinhos, no nosso canto, a fazer o nosso trabalho. Lá mais para a frente se verá se somos ou não candidatos. Uma coisa é certa: temos os nossos objectivos e no FC Porto pensamos sempre em grande.

"Hulk vai acabar por se fixar na selecção"

A selecção do Brasil é um caso encerrado para si?

É complicado falar sobre isso. Cada treinador tem as suas ideias e nem todos confiam nos mesmos jogadores. É normal. Sinceramente, nunca me preocupei com a selecção. E quando digo preocupar, estou a querer dizer que nunca foquei aquilo como primeiro plano. Ou seja, a selecção foi e será sempre a consequência do trabalho que faço no meu clube. Não adianta pensar na selecção se não estiver bem no clube.

Ficou surpreendido pelo facto de Hulk ter ficado de fora das últimas convocatórias?

Sou suspeito para falar, porque trabalho com ele todos os dias. É óbvio que temos de respeitar aqueles que vão no lugar dele, porque também são bons jogadores. Apesar disso, acredito que o Hulk ajudaria muito esta selecção, tal como tem ajudado o FC Porto. Ele está em grande forma e, conhecendo bem a selecção do Brasil, acho que é uma questão de tempo até se fixar em definitivo naquela equipa, até porque qualidade para isso não lhe falta.

Os remates de Hulk mas também de... James

Quem é o jogador do FC Porto que remata melhor? A pergunta parece ter uma resposta óbvia: Hulk. No entanto, Helton, que trabalha todos os dias com o plantel, faz questão de acrescentar mais nomes à lista. "Ora aí está uma pergunta difícil... O melhor... Bem, com esta bola todos os remates são complicados. Se piscar os olhos, já fui [risos]. Agora mais a sério: o Hulk, o Guarín, o Belluschi, o James... O James remata muito bem, cuidado com ele. Mas é complicado escolher só um, porque todos têm uma maneira diferente de bater na bola. Uma coisa é certa: eles fazem-me a vida negra nos treinos", contou.

O agradecimento a Moutinho

A mudança de João Moutinho para o FC Porto apanhou de surpresa muitas pessoas ligadas ao futebol, mas Helton confessa que encarou a transferência com naturalidade. "Sinceramente, não pensei nada de especial quando vi a notícia nos jornais. Depois, quando o encontrei pela primeira vez, limitei-me a dizer-lhe que se precisasse de alguma coisa, estaria aqui para o ajudar. Nada mais." Apesar disso, o guarda-redes reconhece que não existe a tradição de haver trocas de jogadores entre os grandes, muito menos um capitão de equipa. "Sim, sim. Eu sei disso. Mas aconteceu e ainda bem para nós. Foi uma grande contratação e já tive a oportunidade de lhe agradecer pessoalmente por ele ter vindo para o FC Porto."

O sonho da música e as brincadeiras no balneário

Helton realizou um sonho: no passado dia 13, apresentou, em plena Casa da Música, o novo CD do seu grupo musical, Ministério Shalom, perante cerca de 500 convidados, entre os quais a quase totalidade do plantel do FC Porto. "Foi um grande dia para mim e confesso que fiquei surpreendido por terem ido todos. Caramba, foi mesmo muito bom, ainda mais sendo a realização de um sonho. Houve até amigos que mudaram o dia das suas viagens para me irem ver. Foi fantástico". E no balneário, qual foi a reacção no dia seguinte? "Bem, tive de aguentar as brincadeiras do costume. Houve até quem dissesse que o bombo já estava ensinado [risos]".

in "ojogo.pt"

Galatasaray pensa em Falcao

Enquanto passeava por Roma na pausa natalícia, o nome de Falcao era apontado pela Imprensa turca como o principal alvo do Galatasaray. A história, contada por vários jornais, é simples: o Galatasaray está numa situação difícil no campeonato, em nono lugar, e os avançados marcam poucos golos (o checo Milan Baros é um deles), daí a necessidade de reforço da equipa treinada pelo romeno Gheorge Hagi.

Ora, Falcao é o jogador preferido dos dirigentes do clube turco, embora as hipóteses de sair do FC Porto, nesta altura, sejam remotas ou mesmo nulas. Pinto da Costa já disse que não pensa vender nenhum jogador do núcleo duro nesta altura da temporada. Garantir a conquista do campeonato nacional e da Taça de Portugal, bem como continuar na Liga Europa, são os objectivos assumidos para a época, colocando-se apenas a questão da venda de jogadores no Verão. De qualquer forma, o currículo de Falcao no FC Porto, melhor marcador da Liga Europa (dois golos ao Besiktas, rival do Galatasaray) e o segundo melhor da equipa no campeonato, faz com que o ponta-de-lança surja no mercado de jogadores como um alvo apetecível. A notícia também refere que o Milan está atento ao goleador portista e que poderia complicar um eventual negócio. Certo é que, em Janeiro, Falcao não está à venda.

in "ojogo.pt"

A resposta por James mantém-se: é mesmo não!

O assédio a James Rodríguez tem sido quase diário, mas a posição do FC Porto é clara: o colombiano não sai em Janeiro, nem mesmo por empréstimo. Foi essa a resposta dada a dois clubes argentinos que, nos últimos dias, averiguaram a hipótese de receber o extremo por empréstimo. Segundo apurou O JOGO, e apesar de o ex-treinador no Banfield (Júlio César Falcioni) ter mudado para o Boca Juniors, o interesse no portista terá partido do Racing Avellaneda e do Estudiantes, históricos do campeonato argentino, onde James mantém o estatuto intocável.

A dificuldade que o jogador encontrou para entrar nas opções de Villas-Boas foi gerando uma série de perguntas da parte de alguns clubes e foi também alimentando contactos regulares do empresário com o FC Porto, porque a proximidade do Mundial de sub-20, organizado pela Colômbia, aconselha uma rodagem mais intensa. O facto de James ter sido titular nos últimos jogos, assim como a resposta positiva dada nessas oportunidades, reforçou a certeza de que o jogador faz parte dos planos para a segunda metade da época. Em Itália, são quase diárias as declarações de Bruno Carpeggiani, que não é o empresário de James, intermediando apenas, ao que se sabe, contactos provenientes de Itália, mencionando o interesse de Sampdória e Chievo. Cheguem ou não contactos oficiais, a resposta do FC Porto, ao que apurou O JOGO, será a mesma: não, não e não. James, apontado como uma das maiores promessas, é mesmo para manter no plantel.

Entre os mais promissores segundo o site da FIFA

Depois de ter sido nomeado para o prémio "Golden Boy", entretanto atribuído ao italiano Balottelli, e de estar entre os 100 talentos de 2010 da "Don Balon", James Rodríguez volta a estar na lista VIP dos jogadores jovens mais promissores, segundo um fórum promovido pelo site da FIFA. Além do portista, na lista estão nomes como Canales (Real Madrid), Neymar (Santos), Wilshere (Arsenal), Philippe Coutinho (Inter), Kakuta (Chelsea) ou Lukaku (Anderlecht).

O Natal especial de Moutinho

NATAL NA LIDERANÇA DA LIGA PELA 1.ª VEZ NA CARREIRA


Na atual temporada, a primeira em que não enverga a camisola do leão, João Moutinho alinhou em 13 das 14 jornadas que já leva a Liga, tendo falhado o jogo com o Portimonense somente por se encontrar castigado. Sinal claro de que tem a sua quota-parte de influência na liderança destacada do FC Porto. O ex-Sporting vive dias de glória de azul e branco e saboreia este Natal como nunca antes o fez, ou seja, na liderança da principal prova do futebol português.
Foi por sede de títulos, conforme já assumiu publicamente, que João Moutinho deixou um eterno candidato à vitória na Liga para se juntar a um clube rival e, nestes primeiros 5 meses, já começou a provar que fez a aposta certa. Depois de ter participado na conquista da Supertaça, em jogo de estreia oficial no FC Porto, Moutinho segue invicto com a equipa nas três frentes de batalha e com participação em todas elas.
André Villas-Boas não prescinde dos seus serviços e José Peseiro compreende-o. É que o facto do médio ainda só ter marcado um golo e na Taça de Portugal, frente ao modesto Juventude de Évora, pode levar a falsas análises, pois é o “trabalho invisível” que faz com que o ex-leão seja o reforço mais produtivo do FC Porto.
“Os jogadores que mais se destacam, até entre os médios, são aqueles que marcam os golos e os que fazem as assistências. Esses são sempre alvo das melhores análises, no entanto, para os treinadores não é só isso que conta e o João executa uma série de ações importantíssimas, mas que não se conseguem ver”, apontou José Peseiro, contactado porRecord.
in "reecord.pt"

A hora dos reforços

VILLAS-BOAS TEM RECURSOS DENTRO DO PLANTEL


Quem vai à frente raramente encontra motivos para ir às compras no mercado de inverno, preferindo rentabilizar os recursos que tem dentro de portas e que muitas vezes aguardam por oportunidades para mostrar talento. Tanto Pinto da Costa como André Villas-Boas já deram conta da satisfação pelo grupo que dirigem, não encontrando necessidade de reforçar o plantel. Salvo circunstâncias imprevisíveis, como lesões ou transferências, o FC Porto deverá abordar esta fase de forma discreta. Aliás, é no próprio Dragão que o treinador encontra os melhores reforços possíveis nesta fase da época.
Onde é que o FC Porto encontraria alguém melhor que Varela ou Fernando para manter a equipa com a consistência e maturidade que demonstrou nos últimos jogos de dezembro, quando esta dupla estava de fora?
Há ainda um Cristian Rodríguez que já deu um pequeno grito de revolta no jogo com o V. Setúbal, mas que acabou por se ver novamente afastado da competição, devido a nova lesão. Cebola é um daqueles jogadores que Villas-Boas pretende reabilitar. Não se trata apenas de recuperar um atleta que já provou ter qualidade acima da média como também valorizar um importante ativo da SAD. É por aí que o uruguaio se constitui como uma peça importante para a segunda metade da temporada.
Experiência
Em termos ofensivos, o técnico ganha ainda Mariano González. O argentino é uma incógnita, face aos longos nove meses que leva de afastamento da competição, mas a sua presença no grupo é importante. Além de ser um dos mais experientes do plantel, é também um dos capitães. Se voltar com a mesma inspiração que tinha quando foi obrigado a parar, será um bom reforço. Seja como for, o extremo terá as suas oportunidades.
Em matéria de reforços dentro de portas há ainda o caso de Beto. O guardião é, sem dúvida, o número dois da baliza, tendo-se lesionado quando aquecia para ser titular num jogo da Liga Europa, em Viena. O técnico pretende ter os seus principais guardiões o mais aproximados possível, de forma a que também Beto esteja em plenas de condições de entrar na equipa a qualquer momento.
Com as Taças de Portugal e da Liga em ação, o internacional português tem possibilidades de voltar à baliza. Mesmo a sua presença nos convocados já é significativa, tendo em conta que se trata de um dos atletas que melhor contribui para o bom ambiente no balneário dos dragões.
in "record.pt"

Walter cumpre com a sua parte

DÚVIDAS NO ATAQUE TÊM SIDO AFASTADAS


A época começou com uma dúvida no ar e ainda paira nesta altura. Falcão e Walter serão suficientes para a frente de ataque? Conforme o próprio Villas-Boas respondeu antes do jogo com o Paços de Ferreira, os números dizem que sim. Os dois avançados deram garantias na primeira metade, com o colombiano a assumir o protagonismo, como seria de esperar. Mas Walter também fez por merecer a confiança do treinador. Com 6 golos, encontra-se num segundo patamar de goleadores da equipa, ao lado de Varela. Só Hulk e Falcão fazem (muito) melhor.
Aliás, Villas-Boas já fez questão de sublinhar que há outras alternativas que podem ser empurradas para o lugar mais ofensivo da equipa, dando como exemplo Hulk.
A não ser que surja uma excelente oportunidade de negócio no mercado, não parece que os dragões procurem um dianteiro para integrar o plantel nos próximos tempos. A solução passa por motivar o Bigorna, tendo-o sempre em condições de substituir Falcão numa troca direta.
Em caso de necessidade, tal como aconteceu há um ano, quando faltaram os extremos, a alternativa poderia estar numa alteração tática. Tudo cenários que Villas-Boas tem em conta quando faz as contas ao grupo que vai levar até ao final desta campanha.
in "record.pt"

James Rodríguez assediado pelo Calcio

EMPRESÁRIO INSISTE QUE O COLOMBIANO QUER SAIR


André Villas-Boas já disse que James “dificilmente sairá” e que pretende potenciar o seu jogador. O próprio colombiano afirmou recentemente que “só pensa no FC Porto” e em continuar no clube. Contudo, o seu representante na Europa, o empresário Bruno Carpeggiani, insiste na saída por empréstimo e já no mercado de janeiro. Pelo menos, foi isso que afirmou à rádio colombiana Antena 2.
Apesar do interesse do Espanyol (Espanha) e do Racing Avellaneda (Argentina) já ser do domínio público é ao campeonato italiano que Carpeggiani aponta James. Depois da Sampdoria, há mais dois clubes do Calcio interessados no colombiano.
“Em janeiro vamos ter reuniões no Porto e o James vai pedir para ser emprestado, por forma a jogar mais”, começou por dizer o representante do portista, prosseguindo sobre os clubes que já manifestaram interesse. “Na Juventus conhecem-no bem e desde os tempos em que jogava na Colômbia, mas o Chievo também está na corrida e o Mario Yepes (colombiano e ex-jogador do Chievo) já nos deu boas referências do clube”, acrescentou Carpeggiani.
in "record.pt"

F.C. Porto pondera contratar avançado

O F.C. Porto está atento ao mercado e o mês de Janeiro poderá ser aproveitado para contratar um avançado capaz de entrar na luta com Walter para ser alternativa a Falcao. O brasileiro Diego Maurício, do Flamengo, está referenciado pela SAD azul e branca.


Comprar de forma cirúrgica, sim, vender os jogadores principais do plantel, não. É esta a postura do F. C. Porto no mercado de Inverno, cuja janela estará aberta durante o mês de Janeiro. Pinto da Costa disse, há dias, que André Villas-Boas não lhe pediu reforços, mas o treinador poderá mesmo receber uma prenda de Ano Novo para o ataque.
Na primeira metade da época, Walter foi a única alternativa a Falcao para a posição nove, depois de falhada a tentativa de fazer chegar Kléber (Marítimo) ao plantel portista, mas essa será uma opção curta, em função da exigência dos compromissos que os dragões terão nos cinco meses que faltam até terminar a temporada. Para além de ganhar o campeonato, o grande objectivo de 2011, a equipa de Villas-Boas tentará chegar muito longe na Liga Europa, tendo ainda a Taça de Portugal e a Taça da Liga para disputar.

No Brasil, o nome do avançado Diego Maurício, de apenas 19 anos, é apontado como possível reforço dos dragões, sabendo o JN que o jovem formado no Flamengo está referenciado pela SAD azul e branca. Maurício foi uma das revelações da última edição do "Brasileirão", com cinco golos marcados em 16 jogos, e está convocado para o campeonato sul-americano de Sub-20.

Esse é um factor que não joga a favor da sua contratação imediata pelo F. C. Porto, mas que não a torna impossível, até porque o jovem brasileiro será sempre uma alternativa para o futuro, e não um jogador com a responsabilidade de ser titular a breve prazo.

O dono indiscutível do lugar no ataque portista é Falcao, só que os golos que o internacional colombiano tem marcado nos últimos meses, em Portugal e na Europa, devem torná-lo irresistível para um dos "tubarões" europeus no final da época - e é nessa perspectiva que se poderá colocar a hipótese de o F. C. Porto contratar, de imediato, um avançado jovem,   com tempo para se adaptar às exigências do Dragão.

Titulares à prova de propostas

No sentido inverso, é garantido que Villas-Boas não perderá nenhum dos habituais titulares em Janeiro. Nos últimos dias, a imprensa inglesa tem insistido no interesse do Manchester City em Hulk, sobretudo no caso de Tévez abandonar a equipa de Roberto Mancini nas próximas semanas, mas o contrato do avançado brasileiro, válido até 2014, está protegido por uma cláusula de rescisão de 100 milhões de euros, quase impossível de ser batida.
Por outro lado, a SAD portista veria com bons olhos uma proposta tentadora por um dos elementos menos influentes do plantel, como é o caso do uruguaio Rodríguez, para o qual a porta de saída não está, nem por sombras, completamente fechada.
Outras saídas em aberto, mas por empréstimo, são as de Castro e de Ukra, pretendidos por vários clubes portugueses, como o Braga, a Académica ou o Olhanense, e até estrangeiros. Numa perspectiva de acompanhamento mais pormenorizado das carreiras dos dois jovens formados no clube azul e branco, o mais provável é que, se forem de facto cedidos, isso aconteça a clubes nacionais do escalão principal.

in "jn.pt"

F.C. Porto foi a equipa com melhor rendimento em 2010

Benfica foi campeão, mas F.C. Porto somou mais vitórias, marcou mais golos e só consentiu três derrotas



O Benfica foi campeão em 2010, mas o F.C. Porto foi a equipa com melhor rendimento ao longo do ano que agora está a acabar. Na transição de Jesualdo Ferreira para André Villas Boas, entre Janeiro e Dezembro, a equipa do Dragão somou mais vitórias, marcou mais golos e, talvez o dado mais surpreendente, consentiu apenas três derrotas: na Liga com o Sporting, na final da Taça da Liga com o Benfica e na Liga dos Campeões com o Arsenal. O Benfica destaca-se no segundo lugar, com o Sp. Braga a empurrar o Sporting para o quarto posto.

Numa comparação com o ano de 2009, o F.C. Porto é claramente a equipa que mais cresce, com mais jogos disputados (55 em 2010 contra 52 em 2009), maior número de vitórias (44 contra 34) e registando uma subida assinalável na marcação de golos (131 contras 96).

O Benfica, que em 2009 tinha sido o único a ultrapassar a barreira dos 100 golos (102), voltou a ultrapassar a barreira centenária no corrente ano, com 103 golos, sendo, a par do F.C. Porto, a única a chegar aos três dígitos.

No ano em que garantiu a conquista do título, a quebra do clube da Luz nota-se a partir da segunda metade do ano, já no arranque da nova temporada, em que, além da derrota na Supertaça, perdeu três dos primeiros quatro jogos da nova edição da Liga. Em 2010, o F.C. Porto regista uma percentagem de vitórias de 80 por cento, com 44 vitórias em 55 jogos, enquanto o Benfica chega aos 70 por cento, com 35 triunfos em 50 jogos.

Num plano mais abaixo, o Sp. Braga, surpreendente vice-campeão em 2010, conta com uma média de vitórias de 57 por cento, melhor do que o Sporting que só chega aos 54 por cento. O clube de Alvalade foi, a seguir ao F.C. Porto, a equipa com mais jogos disputados em 2010 (53), com um total de 29 vitórias, nove empates e 15 derrotas, enquanto os minhotos, com 47 jogos realizados, somam 27 triunfos, cinco empates e também quinze derrotas.

As diferenças de Sp. Braga e Sporting para F.C. Porto e Benfica são mais visíveis no total de golos marcados. Os leões ficaram-se pelos 89, enquanto os minhotos, a equipa com menos jogos, não foi além dos 77.



in "maisfutecol.iol.pt"

«Hulk é pouco acessível mas virá para Inglaterra» - Mike Rigg

Director técnico do Manchester City sonha com o impacto da sua contratação. Mas não esconde que o seu preço é realmente proibitivo. Perfil ideal para o futebol inglês.

O tema Hulk-Manchester City fervilha no país do futebol e, mesmo com o Boxing Day a centralizar atenções, o dossier envolvendo o atacante do FC Porto não perdeu nem força nem visibilidade mediática. 

O director-técnico do City, Mike Rigg, teve de dar novas explicações, face à contínua e pressionante insistência da imprensa inglesa.

Assim, e numa altura do ano em que os negócios param para se celebrar o Natal, as grandes excepções vêm precisamente de Inglaterra, o destino mais fervente do futebol europeu, e onde Hulk tem um assinalável cartaz. 

Rigg é forçado a admitir, em novas e cautelosas reacções ao dossier Hulk, servidas através da edição on line do Observer.

«Não tenho a menor dúvida de que o destino de Hulk é Inglaterra», disse Rigg, admitindo que caso ele fuja ao City (o Chelsea e o United são outros pretendentes citados na imprensa britânica), «será duro jogar contra ele.» 


in "abola.pt"

Rodriguez é para vender

Espanha deve ser o destino do atleta, que parece ter boas ofertas para sair. Situação no plantel do FC Porto facilita a transferência, porque James e Varela são as prioridades. Mariano Gonzalez veio criar um excedente. 

Cristian Rodriguez deve deixar o FC Porto já em Janeiro e começam a perfilar-se os candidatos.

Na Grécia correu o rumor de que poderia entrar na equipa de Jesualdo, o Panathinaikos, mas A BOLA confirmou que esse interesse não é efectivo, apesar de o professor conhecer muito bem o futebolista, que em 2008 chegou aos dragões depois de ter vestido a camisola do Benfica, numa contratação que animou o defeso. 

Espanha parece ser o destino de Cebola e a oferta até já terá chegado via empresário ao FC Porto.

Uma lesão na última temporada impediu o jogador de fazer uma época ao nível da anterior. Um problema que aumentou com o seu afastamento do Mundial da África do Sul, onde o Uruguai viria a ser uma das revelações, chegando às meias-finais da prova. 

Cebola ficou fora devido a um gesto irreflectido no final de um dos jogos de apuramento. Foi punido com quatro jogos e Óscar Tabarez não podia fazer nada. Não o levou para o certame.

Rodriguez, que ganhou a simpatia dos adeptos portistas, bem falta fez a Jesualdo Ferreira e, nesta temporada, as coisas pioraram. 

Também andou a braços com uma lesão e quando estava a voltar ao activo e a começar a convencer Villas Boas, voltou a lesionar-se, num jogo com o Vitória de Setúbal e numa altura em que estava a ser um dos melhores em campo.


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Prediger quer voltar para justificar aposta do dragão

Sebastian Prediger pretende deixar o Cruzeiro para jogar com mais regularidade. O médio argentino quer demonstrar que a aposta do FC Porto não foi em vão. 

«Estou a falar há já algum tempo com o FC Porto para encontrar um novo clube e renascer futebolisticamente. Cada vez que comunico com eles, sinto que essa é também a vontade do FC Porto, e eu quero, realmente, voltar à Europa e afirmar-me, para poder demonstrar por que razão pagaram quatro milhões de euros pelo meu passe», disse Prediger em entrevista aoAnálisis Digital.

Com «várias hipóteses» para prosseguir a carreira, o argentino reconhece que gostaria de regressar ao Cólon – clube onde se formou – antes de voltar a jogar de dragão ao peito


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