sábado, 27 de novembro de 2010

Villas-Boas: «Dualidade de critérios escandalosa»

TREINADOR CONTA QUE DISSE AO ÁRBITRO


André Villas-Boas considerou o empate em Alvalade um resultado positivo, mas não deixou de dizer que, com todos os jogadores do FC Porto em campo, o desfecho poderia ter sido outro. "Se tivessemos contado com toda a equipa na segunda parte, podíamos ter dado a volta ao resultado", afiançou.

O técnico dos dragões reconheceu a superioridade dos leões nos primeiros 45 minutos. "O Sporting demonstrou grande agressividade na primeira parte, mas na segunda mudámos a nossa estrutura, tivemos mais fluidez de jogo, criámos oportunidades e podíamos ter feito mais um golo."
De qualquer forma, Villas-Boas não deixou de ficar satisfeito com a igualdade. "Um empate aqui, na casa de um candidato ao título, é um resultado positivo", frisou.
No que diz respeito ao golo de Valdés, se terá sido ou não ilegal, o treinador não teve dúvidas: "Parece-me que é fora-de-jogo."
A expulsão
Se a equipa do FC Porto terminou com 10 elementos em campo, a verdade é que também acabou sem o treinador no banco. Villas-Boas foi expulso e à Sport TV contou o que se passou: "Disse que estava a haver uma dualidade de critérios escandalosa. E referi-o por duas vezes! Os níveis de agressividade do Sporting são positivos, mas quando passam a agressões são demais."
in "record.pt"

Sporting-F.C. Porto, 1-1 (destaques)


Jaime Valdés
Mais uma grande exibição do médio chileno, cada vez mais influente no sucesso da sua equipa. Voltou a marcar, esteve perto de decidir o Clássico e não hesitou um segundo após o passe longo de Rui Patrício, apesar de estar em posição irregular, primeiro na cara de Maicon, depois frente a Helton. Deu muito, muito, trabalho ao adversário.

Hélder Postiga
Deixou tudo em campo, como sempre, sofreu muitas faltas, como sempre, mas soube reerguer-se, como sempre. Não marcou, mas foi desgastante. Que o diga a defesa do F.C. Porto.

Pedro Mendes e André Santos
Bem-vindo Pedro Mendes! O meio-campo do Sporting ganha, claramente, outra qualidade com o experiente médio em cena, um controlador sereno, astuto e com um pontapé fortíssimo. Na estreia a titular, depois de uns primeiros minutos em Coimbra na ronda anterior, Pedro Mendes regressou como se despediu: em grande. Habituado a apagar fogos em quase todo o terreno, esteve mais recuado que o habitual, mas também teve a companhia de Maniche e André Santos, sobretudo. Atirou à barra aos 24 minutos, com Helton a limitar-se a ver a bola passar. André Santos esteve para ser emprestado no início da época mas conquistou um lugar com a ausência de Pedro Mendes.

Evaldo
Paulo Sérgio disse na véspera do clássico que não tinha falado de Hulk à equipa, por não ter preocupações individuais e sim colectivas. Mas o melhor marcador do campeonato dispensa avisos. Evaldo sabia-o, Hulk devia ter imaginado que o lateral esquerdo o saberia. O camisola 12 não teve como brilhar na primeira parte perante a atenção de Evaldo, mas o trabalho do luso-brasileiro não se restringiu ao Incrível.

Liedson
O levezinho não era titular desde a oitava jornada, perdeu espaço no onze mas não protagonismo, mesmo sem marcar. Antes do intervalo, com a sua equipa em boa posição para contra-atacar, atirou a bola para fora para assistência a João Moutinho, que ficara caído no relvado. Na segunda parte, aos 69 minutos, consegue a expulsão de Maicon, que só teve como travá-lo em falta, num tipo de jogada em que facilitar junto de Liedson é o mesmo que assinar a sentença. 

Hulk
Apareceu aos 51 minutos, com um pontapé soberbo a visar a baliza de Rui Patrício. Não foi o super-herói do clássico mas apareceu a tempo de atenuar as contas do F.C. Porto. Assistiu Falcao no empate, com um cruzamento rasteiro que o colombiano soube colocar no fundo das redes leoninas.

João Moutinho
Não choveu talento na exacta medida em que choveram maçãs em Alvalade ou assobios, mas o pequeno João Moutinho foi maior que qualquer contestação, afinal é um profissional. E nem o laser com que foi atingido durante grande parte do jogo foi suficiente para manchar o seu regresso a Alvalade pela porta grande. Esteve na origem do empate, ao servir Hulk.

Emídio Rafael
No regresso a uma casa familiar (foi formado no Sporting), Emídio Rafael, tal como Moutinho, entrou pela porta grande. Villas-Boas preferiu o português ao uruguaio Fucile, naquela que foi a sua estreia absoluta no campeonato, depois de três jornadas em que não saiu do banco de suplentes. Estreia positiva, sem brilhar, mas também sem comprometer.


in "maisfutebol.iol.t"

Helton: «É de se rever o golo do Sporting...»

Helton, capitão do F.C. Porto, comentando o empate com o Sporting na entrevista rápida da SportTV: 
«Quero ressaltar o empenho da equipa, mostrou que tem união e o balnário é muito bom. Tenho de dar os parabéns pelo que fizemos e só pensar na minha equipa. Em momento algum deixámos de ter essa força de que se fala e por isso no final fomos agradecer aos adeptos. Acho que é de se rever o golo do Sporting: em minha opinião o Valdés estava adiantado no início do lance. Acredito que isso possa ter-nos prejudicado durante alguns minutos, mas depois soubemos reagir.»



in "maisfutebol.iol.pt"

Sporting-F.C. Porto, 1-1 (crónica)


Sporting e F.C. Porto empataram (1-1), num jogo que ficou inevitavelmente marcado pelo regresso de João Moutinho a Alvalade. Um resultado certamente mais difícil de digerir para Paulo Sérgio depois de uma primeira parte quase perfeita dos leões. O dragão acordou a tempo de evitar o prejuízo maior e segue sem derrotas sob o reinado de Villas Boas.

As duas equipas entraram em campo inibidas, com muitas cautelas, procurando ganhar posição em campo, deixando a bola para segundo plano, à procura dos pontos fracos do adversário. Um figurino idêntico para os dois conjuntos, que apostavam no passe curto e certinho, com forte preocupação em não perder a bola. Liedson, lançado por Postiga, assinou o primeiro remate, mas Falcao respondeu no minuto seguinte com a melhor oportunidade do F.C. Porto, valendo ao Sporting a saída de Patrício para anular um golo que parecia certo. Agora sim, parecia que o jogo ia começar.

O Sporting de facto foi-se soltando, conseguindo mais profundidade nos ataques, tirando claro benefício do excelente posicionamento dos seus jogadores. Pedro Mendes, Maniche, André Santos e Valdés eram só quatro, mas pareciam oito, desmultiplicando-se nas marcações ao adversário, nas compensações e na abertura de linhas de passe. O leão foi crescendo, assim, de forma sustentada, na mesma medida em que o dragão foi minguando, sem saber o que fazer à bola. A inibição de Moutinho, alvo de forte marcação das bancadas, com constantes assobios, ainda era compreensível. Mas Varela, Hulk e Falcao foram sombras deles próprios ao longo de toda a primeira parte.

Sem correr muitos riscos, o Sporting foi conquistando metro após metro até ter a baliza de Helton à distância de um remate. Postiga foi o primeiro a experimentar, André Santos também tentou e Pedro Mendes acertou em cheio na barra. Apesar de todos estes avisos, o F.C. Porto continuou impávido, a arrastar-se me campo e a obrigar Patrício a improvisar um aquecimento na sua área para não arrefecer. E foi dos pés do guarda-redes que nasceu o golo do Sporting. Um longo pontapé e uma má abordagem de Maicon ao lance a deixar Valdés destacado diante de Helton. O chileno partiu de posição irregular, mas Jorge Sousa não deu por isso e Valdés atirou a contar. Um golo irregular que dava forma ao maior domínio do Sporting e castigava a displicência com que a equipa de Villas Boas encarou o jogo.

As bancadas continuavam concentradas em não dar um minuto de descanso a Moutinho e não gostaram quando Liedson deitou uma bola para fora para que o antigo companheiro pudesse ser assistido. Um gesto que retratava bem a tranquilidade que o Sporting derramava em campo. O F.C. Porto estava obrigado a mudar de atitude depois do intervalo. E de facto mudou. A começar pela velocidade que imprimiu no arranque da segunda parte, conseguindo, finalmente, abeirar-se da baliza de Patrício. Hulk apareceu finalmente no jogo, primeiro com um remate em arco, depois com uma assistência para Falcao que obrigou Patrício a também a entrar em jogo. À terceira, o empate. Combinação de Hulk com Moutinho e cruzamento do brasileiro para Falcao concluir. Fácil.

Agora era o F.C. Porto que crescia a olhos vistos, com o Sporting a perder o controlo que tão bem tinha exercido na primeira parte. Paulo Sérgio lançou Yannick e Vukcevic, mas pelo meio, o quadro sofreu uma alteração profunda. Liedson ganhou uma bola a Maicon e foi derrubado pelas costas. Cartão vermelho indiscutível a proporcionar novo equilíbrio de forças. Villas Boas, que já tinha prescindindo de Varela, teve também de abdicar de Falcao para compor a defesa com Otamendi. 

O jogo acabou aqui. O Sporting ainda procurou a vitória, mas o F.C. Porto segurou a invencibilidade com unhas e dentes.

´

in "maisfutebol.iol.pt"

FC Porto continua invicto

DRAGÕES SUPERAM PENAFIEL EM CASA



O FC Porto manteve a sua invencibilidade na Liga ao derrotar, na 6.ª jornada da prova, o Penafiel, por 77-55, no Dragão Caixa. A formação portista teve o jogo sempre sob controlo, mas só no derradeiro período conseguiu alcançar uma vantagem verdadeiramente tranquilizadora.
O conjunto penafidelense entrou no jogo com muita determinação e conseguiu, com efeito, equilibrar as contas. Ao intervalo perdia por apenas 4 pontos (33-37) e no final do terceiro por 6 (43-49). Todavia, no último, um parcial de 28-12 por parte dos dragões acabou por arrumar de vez a questão e colocar de lado as aspirações da equipa de Penafiel neste encontro
A figura do jogo foi o norte-americano do FC Porto, Greg Stempin, que assinou um duplo-duplo. Registou 24 pontos, 10 ressaltos e duas assistências, em 31 minutos.
in "record.pt!

Hoquei - Dragão goleia em casa

BENFICA VENCE EM BARCELOS



O FC Porto obteve um avantajado triunfo nesta 9.ª jornada do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão ao bater o Limianos, por 14-2, no Dragão. O Benfica, por sua vez, foi a Barcelos vencer, por 5-1.
Este encontro dos eneacampeões nacionais diante do Limianos, uma equipa que veio da 2.ª Divisão, acabou por ser quase um treino, com os portistas a darem aso à sua veia goleadora.
No Minho, o Benfica levou a melhor diante do OC Barcelos, um clássico que há muito perdeu as emoções de outrora. Os encarnados estiveram a lIderar por 5-0 e o único golo dos "galos" foi marcado em cima do último minuto de jogo.
De registar, ainda, o triunfo da Oliveirense, em casa, diante do Portosantense, por 7-1. A equipa treinada por Tó Neves está a fazer um bom campeonato e divide o comando da tabela classificativa com o FC Porto.
Consulte aqui todos os resultados da ronda e a classificação actualizada.

in "record.pt"

FC Porto passeia contra húngaros


Os dragões bateram o Dunaferr por 10 golos de diferença na primeira mão da terceira eliminatória da Taça EHF.
O FC Porto, bicampeão português de andebol, venceu hoje os húngaros do Dunaferr por 10 golos de diferença (37-27), na primeira “mão” da terceira eliminatória da Taça EHF.
Num Dragão Caixa com cerca de 500 espectadores, os “azuis” e brancos” já venciam ao intervalo por 20-11.
A segunda “mão” desta eliminatória disputa-se igualmente no Porto, domingo.

in "sapo.pt"

É difícil ganhar a olhar para baixo


A última vez que o FC Porto ganhou ao Sporting entrando no clássico com uma vantagem avultada na classificação, José Mourinho ainda treinava os dragões e entre os marcadores de golos portistas esteve Hélder Postiga. Foi em 2003, no jogo que serviu de festa do título para a equipa azul e branca e de despedida a Paulinho Santos. Não que entretanto a equipa nortenha não tenha abordado outros clássicos a precisar de olhar bem para o fundo da tabela para encontrar o adversário - só que, nessas circunstâncias… perdeu sempre. Razão para André Villas-Boas reforçar a mensagem que tem feito passar aos seus jogadores: há desafios perigosos que chegam do fundo da tabela.

A última derrota portista no campeonato - os 3-0 em Alvalade, em Fevereiro último - surgiu num clássico em que os dragões entraram com uma vantagem de 14 pontos sobre os leões. De nada lhes serviu, como de nada lhes tinham servido os mesmos 14 pontos com que tinham distanciado o Sporting à 17ª jornada de 2007/08: nessa ocasião, os de Alvalade impuseram-se por 2-0. Aliás, mesmo a derradeira vitória do Sporting no Dragão surgiu na última vez que a equipa verde e branca se deslocou ao Norte com uma desvantagem próxima da dezena de pontos: aos nove pontos de atraso que registavam em 2006/07 responderam com a vitória por 1-0 e a reabertura do campeonato.

Nos últimos 20 clássicos entre estas duas equipas a contar para a Liga, o FC Porto entrou 12 vezes em vantagem, contra apenas quatro do Sporting (e outras quatro em que as duas equipas tinham os mesmos pontos); mas é curioso verificar que quatro das cinco vitórias leoninas neste período tenham sucedido em jogos em que o FC Porto entrara em vantagem pontual (a excepção é o 1-0 na abertura da época, em 2001) e que os dragões já não batem o Sporting estando à frente na tabela desde Abril de 2006, quando um golo de Jorginho quase sentenciou o título.

21h15

Sport TV1

Estádio José Alvalade
Árbitro Jorge Sousa [AF Porto]
Assistentes José Ramalho e José Luís Melo

in "ojogo.pt"

Emídio Rafael ganha a Fucile


Emídio Rafael deve ser o escolhido de André Villas-Boas para ocupar o lado esquerdo da defesa no clássico de Alvalade. Pelo menos foi ele o defesa testado no ensaio efectuado ontem à porta fechada, e é apenas nesse sinal que se baseia O JOGO. Aos 24 anos, o defesa prepara-se para cumprir o terceiro jogo da temporada e o primeiro no campeonato. Ou seja, está em vias de se estrear logo num clássico, traduzindo também a aposta mais arriscada do treinador face às opções disponíveis no plantel. Pelo percurso de Fucile, o uruguaio parecia ser a opção mais lógica para o lugar. Mas a exibição de Emídio Rafael em Moreira de Cónegos, elogiada pelo treinador na conferência de Imprensa de anteontem, e os ensaios ao longo da semana terão convencido Villas-Boas a dar-lhe a oportunidade num jogo de elevado grau de dificuldade. A posição confortável na classificação também ajuda a explicar a aposta algo surpreendente. Para trás ficou a hipótese de Álvaro Pereira recuperar a tempo da lesão sofrida no ombro esquerdo ao serviço da selecção. Apesar das boas indicações do uruguaio, o departamento médico preferiu resguardá-lo mais alguns dias.

Voltando a Emídio Rafael. Se a aposta em Fucile parecia mais consensual, também é verdade que não é propriamente uma novidade para o ex-jogador da Académica jogar em Alvalade. Na época passada, já com André Villas-Boas no banco, a equipa de Coimbra venceu o Sporting por 2-1 em Alvalade (18ª jornada); Emídio Rafael fez parte do onze e completou os 90 minutos. Foi também a primeira vez que defrontou o clube que o formou. Como se pode ver ao lado, Emídio Rafael é um dos vários jogadores do FC Porto formados em Alvalade. Hoje à noite, o defesa natural de Lisboa vai cumprir o 27º jogo no campeonato português.

in "ojogo.pt"

"Estes são jogadores à Porto e em Janeiro não sai nenhum"

Pinto da Costa esteve ontem no 40º aniversário da Casa do FC Porto em Lisboa e, a O JOGO, antecipou o clássico, confessando-se optimista. O presidente portista desviou-se da polémica em torno do regresso de João Moutinho a Alvalade e, admitindo que pode ceder jogadores menos utilizados já em Janeiro, disse também que, do núcleo duro de Villas-Boas, não sai nenhum. Quanto à diferença de comportamento em relação ao ano passado, além de elogios ao treinador deixou escapar que talvez alguns jogadores não estivessem de corpo e alma no clube. Bruno Alves e Raul Meireles foram os únicos a sair...
A propósito do regresso de João Moutinho a Alvalade, José Eduardo Bettencourt apelou à calma dos adeptos. Acreditou nesse apelo?
Não me vou meter nisso; são "fait divers". Viemos cá unicamente para um jogo de futebol contra uma equipa que respeitamos e vamos tentar ganhar.
Mas André Villas-Boas desconfiou das palavras do presidente do Sporting...
Passo ao lado disso.
Parece-lhe que uma vitória em Alvalade garante o título?
Não. Apenas ficarão a faltar menos três pontos e menos um jogo. Nada mais do que isso.
Está confiante nessa vitória?
Sim, estou. Aliás, estou sempre. Se não estivesse confiante com o que esta equipa está a fazer, quem haveria de estar?
Calculo que não abandonaria a tribuna se algo corresse mal, como fez Luís Filipe Vieira...
Não comento as atitudes dos outros. Cada um faz o que pensa e o que lhe apetece. Não tenho nada a ver com o que ele faz, nem ele tem nada a ver com o nosso comportamento.
Na equipa-base deste ano, Moutinho é a única novidade. Afinal mudou o quê?
Esta é uma equipa mais motivada, mais unida, mais à Porto. Eu disse no ano passado que teríamos um plantel à Porto e acho que o temos. A primeira condição para ser um jogador à Porto é estar de alma e coração no clube. No ano passado, se calhar nem todos estavam. Isto não é uma crítica, é uma constatação. Este ano, apesar de quase diariamente serem colocados noutros clubes, os jogadores, que até se riem disso, estão de alma e coração no FC Porto.
E pode garantir que nenhum sai em Janeiro?
Nem é preciso garantir. Poderá sair algum, mas nenhum daqueles que o treinador considera importantes e que estão a jogar. Pode é ser necessário garantir rodagem nalguns casos, mas ainda nem pensamos nisso. Só o faremos em Janeiro.
20 jogos, 18 vitórias, dois empates. Sinceramente, acreditava mesmo neste saldo?
É evidente que qualquer um torceria o nariz se lhe dissessem que, em 20 jogos, teria 18 vitórias e dois empates. Mas olhando para trás e para a forma como estamos a jogar, como o treinador os pôs a jogar e como o grupo está unido, se tivesse de puxar o filme atrás não vejo onde poderíamos ter perdido.

in "ojogo.pt"

Falcao: "Temos mais escolta do que o presidente!"


Parecia um filme de acção, e só faltavam mesmo Stallone e Schwarzenegger para completar o elenco: a entrada do FC Porto em Lisboa foi tudo menos discreta. Sete carros da polícia, três deles da polícia de intervenção, com homens de "shotguns" em riste para controlar o trânsito infernal nas rotundas e viadutos da capital. Qual cimeira da NATO, qual quê! Não se fecharam ruas para passar o autocarro portista, ao contrário do que aconteceu na visita de Barack Obama, mas quase. Os jogadores divertiram-se com a atenção dispensada, e Falcao quase que a relatou em directo usando o telemóvel e a já clássica ligação que mantém no Twitter. "Chegámos a Lisboa. Temos mais escoltas do que o presidente!", escrevia o colombiano, supondo-se que se referia à ainda fresca visita de Obama a Lisboa. Pinto da Costa, esse, seguia também no autocarro da equipa e até foi dos primeiros a sair, com poucos adeptos por perto, porque, diga-se, para chegar à porta do hotel era preciso furar uma muralha de polícias. Alguns lá conseguiram. A viagem foi tranquila e sem paragens.A acção só começou mesmo depois de passadas as portagens de acesso a Lisboa. No final, apesar do aparato nunca antes visto, tudo correu bem.

in "ojogo.pt"

Villas-Boas descodificado

TESE DO OBSERVADOR PORTISTA DANIEL SOUSA



André Villas-Boas foi um jogador modesto e incógnito, que nunca saiu do anonimato dos campeonatos distritais. Não tem a tarimba do balneário, mas também não se enquadra, por outro lado, na vaga dos técnicos com formação académica, já que terminou a sua escolaridade com o 12.º ano. O líder da Liga e um dos homens com maior impacte no plano mediático é um autodidata. Aprendeu com os melhores, absorveu conceitos, ganhou experiência e cimentou ideias próprias. Parte desse código futebolístico está vincado numa interessante entrevista que concedeu a Daniel Sousa, há cerca de ano e meio. Na altura, Villas-Boas era adjunto de Mourinho e contribuiu com as suas opiniões para a monografia realizada no âmbito da licenciatura em Desporto e Educação Física. Hoje, Daniel Sousa é observador da equipa técnica portista e um dos homens da confiança do treinador de 33 anos.
Record consultou o documento, no qual Villas-Boas teoriza sobre o futebol como espelho da sociedade. “Eu acho que a transição ofensiva e agressiva vai um bocado de encontro ao pânico e à velocidade do futebol atual, há pressão, em torno dos treinadores, de vencer, há pouca capacidade de pensar, como falávamos há bocado dos jogadores, há o sentido de urgência que o jogo atual tem… É tudo pânico, é tudo velocidade… E transmite um bocado a ideia do que é a sociedade atual”, teoriza, concluindo que um líder é confrontado com vários impulsos: “A pressão de vitória ou a pressão de um resultado sobre o treinador é decisiva.”
Esta é uma análise que vai de encontro a outra perceção. “Há muitos jogadores que não têm entendimento do jogo… Não conseguem ler o jogo… Penso que as coisas se tornaram para o jogador demasiado fáceis… Os salários são altos, a vida é boa”, enumera, resumindo: “Chegam ao jogo e não têm capacidade de concentração, não têm capacidade de pensar o jogo, não têm capacidade de ler o jogo.” O desafio de Villas-Boas, enquanto treinador, é fazer com que os atletas levem o cérebro para o relvado. É isso que o Guardiola consegue, nomeia: “Este Barça, neste momento, é jogadores que estão em constante pensamento, pensam no gesto técnico, pensam no movimento, sabem que conseguem chamar um adversário só com a posição da bola.” Villas-Boas prefere liberdade a gestos mecânicos. “A nossa forma de trabalhar leva à criatividade, trabalhamos muito a capacidade de decisão dos jogadores”, confessa, sem descurar situações de emergência: “Um botão de pânico que eles possam usar e saber que, em caso de dificuldade, podem pensar naquela combinação ofensiva que fizeram no treino ou que têm feito ao longo da época.”
Provocar
O Barcelona é uma referência na conceção de jogo do treinador, que contraria uma ideia feita do futebol moderno ao considerar que “há mais espaços do que aquilo que se pensa”. Na sua perspetiva, um conceito-chave para furar blocos baixos é provocar. “É o que a maior parte das equipas não sabe, não se compreende, é um aspeto do jogo que é essencial, nesta altura de equipas de bloco médio-baixo e de bloco ultracompacto, vais ter de aprender a provocar, é a bola que eles querem, a equipa tem de aprender a provocar com bola, com a condução da bola”, defende.
Em mais de 40 páginas de entrevista, Daniel Sousa e Villas-Boas discutem sistemas, princípios, métodos… O técnico revela as suas preferências, algumas das quais bem vincadas no seu ainda curto currículo. Por exemplo, quando fala de Ronaldo e de Messi, é impossível não fazer a ponte para o atual Hulk. “Quando a bola chega em amplitude ao Ronaldo e tens ali certeza de sucesso no 1x1 e tens a certeza de sucesso no cruzamento é um ponto de referência… Se disseres da mesma forma que a bola entra do Xavi para o Messi e no 1x1 com o lateral, tens ali certeza de sucesso”, nomeava há ano e meio. O discurso de Villas-Boas já continha grande parte das ideias postas em prática na transição para o lugar mais desejado. No Dragão, clube e treinador vivem em lua-de-mel.

in "record.pt"

Benfica no horizonte

PINTO DA COSTA ENTRE DRAGÕES DA CAPITAL


A Casa do Alentejo, mesmo em frente à velhinha sede do Benfica, foi o local escolhido pelos portistas da capital para receber Pinto da Costa e restante comitiva, composta por Reinaldo Teles (administrador da SAD) e Fernando Gomes (diretor de relações externas), por ocasião das comemorações do 40.º aniversário da Casa do FC Porto de Lisboa.
Tal como aconteceu com a chegada da comitiva à capital, a PSP manteve-se sempre atenta, tendo colocado uma mão-cheia de agentes junto ao local, embora com uma atitude discreta. Salvo algumas provocações de adeptos rivais que se encontravam por perto, tudo se passou de forma ordeira. Pinto da Costa tinha à sua espera mais de três centenas de adeptos (a sala não tinha capacidade para mais), entre os quais dois ex-jogadores que vestiram a camisola do clube em finais da década de 90 (Chainho e Rodolfo). Atualmente ambos desempenham funções no Dragon Force.
Na véspera do primeiro clássico que o FC Porto disputa na capital, na era André Villas-Boas, o presidente dos dragões pretendeu juntar toda a família à volta da equipa.

in "record.pt"

Onze minutos de raiva. Artur e Rodolfo expulsos

Em Abril de 1978, o lateral do Sporting e o capitão do FC Porto viram o vermelho directo aos 11'... e saíram abraçados do relvado


No Restelo, um grupo de adeptos do Belenenses entra em fúria, depois do 0-0 com o Estoril. À falta de vitórias há cinco jogos, uns quantos sócios inconformados tentam agredir o treinador António Medeiros no parque de estacionamento. Indignada, a direcção do Belenenses considera-se demissionária, enquanto os jogadores da craveira de Delgado, Alexandre Alhinho, Norton de Matos e Artur Jorge, ameaçam com greve. "Se não demovermos a direcção, no jogo com o Feirense [o próximo jogo do Belenenses em casa] terão de jogar com os jumentos que arranjaram esta situação", provocou Medeiros. Não foi preciso recorrer aos jumentos, porque a direcção não se dissolveu. Mas o Belenenses passou uma semana desagradável, agravada pela tareia de 6-0 nas Antas, uma semana depois.

Nessa goleada, o FC Porto ficou privado do concurso do seu capitão Rodolfo pela primeira vez na época. E porquê? Porque enquanto os adeptos do Belenenses insultavam António Medeiros no Restelo, o líder FC Porto ganhava em Alvalade ao quinto classificado Sporting por 3-2. Antes dos cinco golos, o árbitro setubalense Raul Nazaré expulsou dois jogadores aos 11 minutos. Precisamente o capitão portista Rodolfo, mais o lateral--direito sportinguista Artur Correia. Tudo começou com uma troca de empurrões entre Artur e Gomes. O árbitro tentou serenar os ânimos, mas... "Eu é que fui lá", conta Rodolfo. "Como capitão, tentei acalmar os dois mas o sr. Nazaré estava cheio de medo e expulsou-nos ridícula e lamentavelmente."

A versão de Artur Correia é ligeiramente diferente. "Aquele Rodolfo... Só não lhe dei um murro naquele instante porque... sei lá porquê. Não calhou. Mas, acto contínuo, ele esticou-me a mão e saímos do relvado abraçados um ao outro e até fomos aplaudidos pelos adeptos."

Esses aplausos viraram rapidamente em assobios, porque o Sporting foi ao fundo com uma derrota que o tirou irremediavelmente da corrida pelo título nacional. Gomes, que nem sequer ainda era Bota de Ouro quanto mais bibota, marcou aos 18'' e aos 39''. Pelo meio, Meneses empatou de penálti aos 33''. Na segunda parte, Manoel fez o 2-2 aos 57'' mas Duda fixou o resultado aos 70''.

Como castigo, Rodolfo e Artur foram suspensos por dois jogos e só voltariam aos relvados na 24.a jornada. Na época seguinte, o reencontro dos dois em Alvalade, e Rodolfo foi novamente expulso. Agora a 11 minutos do fim, e com duplo amarelo. O jogo, esse, terminou empatado a zero, com um penálti defendido por Torres a remate de Manuel Fernandes, que mereceu os mais variados comentários (irónicos, claro) de Pinto da Costa sobre o critério da nomeação dos árbitros. Nesse caso, foi outro setubalense a apitar: Marques Pires.


in "ionline.pt"

Fucile substitui Álvaro Pereira no onze do F. C. Porto


A maior surpresa da convocatória do F. C. Porto acabou por ser Walter e não Álvaro Pereira. Ambos ficaram de fora, mas a ausência do uruguaio era quase um dado adquirido.
 
Já o afastamento de Walter não pode passar em claro. É que o avançado até tinha sido titular em Moreira de Cónegos. Para o clásssico foi preterido o brasileiro, mas também Ukra, Castro, Sereno e Kieszek, todos convocados para o último jogo, relativo à Taça.
Como era esperado, Villas-Boas chamou Fernando e Varela, libertos de arrelias clínicas e prontos a serem lançados no onze. A equipa inicial não deve conter qualquer novidade, residindo a única interrogação no lugar de defesa-esquerdo.  Fucile e Emídio Rafael são os candidatos, todavia a experiência do uruguaio deverá ser decisiva para a escolha do técnico.
Helton, para a baliza, a par de Otamendi e Cristian Rodríguez, para o banco, são outras das entradas a assinalar na convocatória.

in "jn.pt"

Barcelona é o melhor clube da década, FC Porto melhor português

A Federação de História e Estatística do Futebol (IFFHS) divulgou esta sexta-feira o ranking dos melhores clubes europeus da década, uma lista liderada pelo Barcelona


Os “blaugrana” somam 2459 pontos quando faltam três meses para o fim do período em análise, que compreende as temporadas de 2001 a 2010.

O Manchester United é segundo classificado nesta tabela, a pouca distância, com o Liverpool a ocupar o terceiro posto. O FC Porto é o melhor clube português do ranking, surgindo no 14.º posto. Sporting (26.º), Benfica (43.º) e Sporting de Braga (89.º) completam a representação portuguesa no top-100.

O ranking da IFFHS é elaborado com base num sistema de pontos diferenciado para as competições continentais de clubes. Por exemplo, na Liga dos Campeões, uma vitória vale 14 pontos, um empate sete e uma derrota zero. Na Liga Europa um triunfo vale 12 pontos e um empate seis.

Ranking
1. FC Barcelona, 2.459 pontos
2. Manchester United, 2.436
3. Liverpool, 2.362
4. Arsenal, 2.348
5. Inter de Milão, 2.275
6. AC Milan, 2.237
7. Bayern de Munique, 2.231
8. Real Madrid, 2.168
9. Chelsea, 2.165
10. AS Roma, 1.959
(...)
14. FC Porto, 1.802
26. Sporting, 1.467
43. Benfica, 1.321,5
89. Sporting de Braga, 906,5

André, o mais recente fantasma leonino


Tal como Mourinho, o técnico do FC Porto esteve contratado pelo Sporting, mas foi Pinto da Costa a levar a melhor.

Apesar do reconhecido mérito, André Villas-Boas não se livrará tão cedo da sombra de José Mourinho. Não só porque acompanhou e aprendeu com o Special One no FC Porto, Chelsea e Inter de Milão, mas porque os seus percursos apresentam outras semelhanças. Assim como Mourinho, Villas-Boas também esteve prestes a ser apresentado pelo Sporting.
Em 2001, o agora treinador do Real Madrid saiu do Benfica e ia ser anunciado do outro lado da 2.ª Circular. O Sporting despediu Inácio - que tinha terminado com o jejum de 18 anos -, mas assim que os sócios souberam da possibilidade de Mourinho ser o sucessor invadiram a sala de imprensa do Estádio de Alvalade. O administrador da SAD, Luís Duque, recuou e Mourinho seguiu para a União de Leiria, antes de ser contratado pelo FC Porto, ainda em 2001. O percurso vitorioso do técnico setubalense mostra que este foi um erro histórico por parte do Sporting. E hoje ninguém sabe como teria sido o futuro desportivo dos leões e mesmo o do próprio José Mourinho.
Agora, André Villas-Boas surge como o novo fantasma em Alvalade e muitos já temem, por este início de campanha no Dragão, que o jovem técnico seja o segundo grande erro do Sporting. Villas-Boas começou a sua carreira a solo na Académica em Outubro do ano passado - depois de um divórcio complicado com Mourinho, de quem foi observador de adversários no FC Porto, no Chelsea e no Inter. Enquanto apelidava de palhaçada o acordo que a imprensa dava como certo com o Sporting, reunia-se com Bettencourt. Chegou a falar de adjuntos (Pedrosa ou Vidigal), mas, numa primeira fase, a Académica abriu muito a boca. E chegava Carvalhal a Alvalade.
Mesmo assim, Bettencourt continuava a insistir em Villas-Boas, agora para o final da temporada. Tudo ruiu com a saída de Sá Pinto e a chegada de Costinha. Este tinha contas antigas com Villas--Boas. Primeiro foi preterido para a equipa técnica de André na Briosa, depois ficou a saber de um relatório no tempo do FC Porto de Mourinho em que Villas-Boas aconselhava a sua não utilização. Finalmente, teve conhecimento de que, mais uma vez, Villas-Boas tinha-o rejeitado para a sua equipa técnica em Alvalade. O problema surgido com Izmailov e a escolha de Nuno Dias - antigo funcionário da Gestifute de Jorge Mendes, empresário de quem se distanciou quando a relação com Mourinho esfriou - para director de comunicação não agradaram a Villas-Boas. Este não foi consultado e recusou-se a aceitar a decisão unilateral, numa área que considera de grande importância. O acordo ruiu e o resto já se sabe: está hoje no FC Porto.
Mas o Sporting teve mais falhanços com treinadores. Jesus, a meio da época 2008/09, numa altura em que ainda não se sabia se Paulo Bento renovaria, foi considerado. Bento permaneceu, saiu dois meses depois do forever de Bettencourt. E sobre Jesus também já se sabe: foi campeão pelo Benfica.

in "dn.pt"

«Fucile é boa opção para a esquerda» - Rui Moreira


Não é treinador de futebol, mas se fosse Rui Moreira já tinha solução para suprir a falta de Alvaro Pereira no jogo deste sábado, frente ao Sporting: Fucile jogaria à esquerda. De resto, as decisões de Villas Boas são ratificadas. 


A BOLA.pt convidou o presidente da Associação Comercial do Porto para responder a três perguntas sobre o clássico de Alvalade. Rui Moreira, que é senador no nosso jornal, aceitou com boa disposição.



- Se fosse o treinador do FC Porto, que onze escolhia para ganhar?
- Helton; Sapunaru, Rolando, Maicon e Fucile; Fernando; Belluschi e João Moutinho; Hulk, Falcao e Varela. A única mudança que faria era pôr o Fucile a lateral esquerdo, pois entre ele e o Rafa[Emídio Rafael] acho que ele tem mais experiência. Apesar de ser defesa direito tem feito bem o lado esquerdo, pelo que esta seria uma adaptação sem inventar.



- O que espera deste jogo?
- Espero que seja um jogo com muita luta dentro do relvado e que seja bem jogado. Espero que tenha golos, pois sou daqueles que ainda acredita que o ingrediente principal do futebol são os golos.



- Que jogador do adversário gostaria de ter na equipa?
- Gostaria de ter o João Pereira. É o jogador que mais se enquadrava na equipa do FC Porto. É um grande jogador.


in "abola.pt"