quarta-feira, 14 de setembro de 2011

James brilha em ataque jovem: «Espero continuar assim»


F.C. Porto apresentou um dos ataques mais novos da noite da Liga dos Campeões, apenas superado por Genk e B. Dortmund


James Rodriguez é nova pérola colombiana do F.C. Porto. Radamel Falcao saiu, o miúdo cresceu e arranca para uma temporada de grande nível. Frente ao Shakhtar Donetsk, o esquerdino de 20 anos conquistou um penalty (falhado por Hulk) e ofereceu o segundo golo a Kléber.

Ainda a suar, na zona mista do Estádio do Dragão, James respirou fundo para comentar a estreia na Liga dos Campeões. Sem bola, sem adversários por perto, Srna a desaparecer no horizonte depois de ter caído no relvado com uma finta para dentro.

«O Palito (Alvaro Pereira) passou-me a bola, fiz a finta para dentro e vi o Kléber. Acho que foi um lindo golo», começou por dizer, acrescentando de pronto: «Foi uma bela estreia, correu tudo bem. O mais importante era vencer e foi isso mesmo que conseguimos, alcançamos o nosso objectivo.»

O F.C. Porto operou uma reviravolta no marcador. James e Hulk comandaram a orquestra portista. «Nestas Ligas, é importante começar bem e felizmente conseguimos garantir a vitória», frisou.

«Tento sempre estar bem, a cem por cento, oxalá que a equipa continue a ganhar», disse James, desvalorizando a questão sobre o seu melhor momento de forma: «No Banfield, também estive a um bom nível. Acho que também estou agora no F.C. Porto, espero que isso aconteça com todos e que todos possamos ajudar a equipa.»

Os adeptos do F.C. Porto depositam enormes esperanças em James Rodriguez. Este não disfarça a tenra idade, fora dos relvados, mas agiganta-se com a bola nos pés: «Trabalho sempre para estar a um bom nível e espero continuar assim»

Sem Falcao, há espaço mais espaço para brilhar? «O Falcao era muito, muito importante, mas também temos jogadores de grande qualidade neste plantel», responde James.

Kléber é a nova ponta da lança portista, face à saída de Falcao para o At. Madrid. O brasileiro estreou-se com um golo na Champions. Graças a James Rodriguez, claro. «O Kléber agradeceu-me pelo passe para golo. Fico contente por ele, porque continua a marcar golos e espero que siga desta forma», concluiu.

Hulk (25 anos) ficou para liderar um ataque de promessas. Frente ao Shakhtar Donetsk, Kléber (21 anos) e James (20) mostraram a nova face do Dragão. Juntos, formaram um dos ataques mais jovens da noite da Liga dos Campeões, apenas superado por Genk e Borussia Dortmund. Mais uma fornada de talentos milionários no F.C. Porto.



in "maisfutebol.iol.pt"

Colômbia “encantada” com exibição de James Rodriguez


A Colômbia delira com James Rodriguez. A estreia do jovem de 20 anos na Liga dos Campeões não passou ao lado no país natal.
A jogada do segundo golo do FC Porto está ao alcance de alguns predestinados e James “Bond” Rodriguez é um deles.

António Cortés, editor de desporto da RCN Rádio da Colômbia, em serviço especial para a Renascença, dá conta de um estado de euforia em redor do jogador do FC Porto e diz que a selecção principal da Colômbia tem uma camisola reservada com o nome James Rodriguez.
“O momento que o James Rodriguez atravessa está a alegrar muitos colombianos. Ele está a evoluir no FC Porto e teve um excelente arranque de temporada, por isso o novo seleccionador da Colômbia, Leonel Alvarez, vai dedicar mais tempo a observar o James. A Colômbia está encantada e assiste ao sucesso do James como uma rampa de lançamento também para boas exibições na selecção nacional”, garante António Cortés.
O FC Porto está de folga depois da vitória com o Shakhtar. Amanhã inicia a preparação do jogo com o Feirense, da 5ª jornada da Liga Portuguesa.

in "rr.pt"

A análise de JVP | FC Porto-Shakhtar


Força mental foi decisiva

A Liga dos Campeões tem a particularidade de as equipas se enfrentarem olhos nos olhos, jogando para ganhar. São equipas com personalidade, cultura de vitória, constituídas por jogadores de qualidade e experientes, tornando os jogos muito competitivos.
A primeira parte foi disputada, competitiva e relativamente equilibrada. O jogo fica marcado por três momentos: o penálti falhado por Hulk aos 9', o golo sofrido pelo FC Porto, aos 12', e expulsão de Rakitskyi, aos 42'. Os dois primeiros lances foram um duro golpe para o FC Porto, que se podia ter desorganizado e desanimado, complicando um jogo que já de si seria complicado, mas a equipa teve forças para dar a volta por cima, algo que só está ao alcance de alguns. O que mostra que continua a existir um espírito forte e que a cultura de vitória está bem vincada.
Com mais iniciativa e posse de bola, os dragões não conseguiram ter o controlo total, pois o Shakhtar era muito incómodo ofensivamente e o FC Porto não podia perder consistência defensiva, atacando de qualquer maneira. Mas os ucranianos têm uma tendência ofensiva tão grande que às vezes é mais forte do que as necessidades. O Shakhtar não pressionava muito e dava espaço, o que facilitou a vida a jogadores como Hulk e James, fortes no um contra um.
Foi importante passar aquele momento delicado e marcar antes do intervalo. O empate, aos 28', conseguiu tranquilizar o FC Porto, que criou um maior ascendente a partir daqui. Além disso, surgiu a expulsão aos 42', aumentando a confiança para a segunda parte, que acabou por ser muito diferente. O FC Porto sentiu obrigação de atacar mais, já que estava em vantagem numérica, e conseguiu marcar cedo, num grande golo de... James Rodríguez, a que o Kléber deu um toquezinho. O miúdo empregou velocidade e nunca perdeu controlo da bola, nem do posicionamento dos colegas.
Mesmo com 10 e em desvantagem no marcador, o Shakhtar não mudou a forma de jogar e continou a ser perigoso, tanto em bolas paradas como em transições ofensivas muito rápidas. Apesar de dominar e criar oportunidades, o FC Porto não tinha o jogo seguro. Sem marcar o golo da tranquilidade, é o próprio Shakhtar quem mata o jogo, que acaba por ter Chygrynskiy expulso, aos 80'. A partir daí, o FC Porto circulou mais a bola, cansou o adversário e geriu a partida.


Defour em vantagem sobre Belluschi pelo facto de ser reforço para esta temporada

Parece-me que Vítor Pereira olha para o Defour um pouco como para o Moutinho: um jogador dinâmico, que aproveita bem os espaços em termos ofensivos e dá consistência defensiva. Mas creio que Belluschi já demonstrou várias vezes que é capaz de fazer o mesmo. Por isso, acredito que, mesmo tendo em conta a sua qualidade, Defour beneficia de ter sido uma contratação cara do FC Porto. E muitas vezes há tendência para promover uma contratação. Acho que Belluschi melhorou muito nos aspectos defensivos e dá enorme dinâmica e qualidade à equipa.
Ontem, o Belluschi entrou para o lugar do Fernando e não sei até que ponto é que esta troca tenha aumentado o perigo do Shakhtar, pois o Fernando é muitas vezes um tampão que impede essas transições. Talvez tenha sido uma substituição algo arriscada.


James a brilhar, o Hulk habitual

James Rodríguez teve uma excelente estreia na Liga dos Campeões. O lance do segundo golo é muito bom, mas também destaco a postura como encarou o jogo, sendo-lhe indiferente o adversário que tem pela frente. Em relação a ele não há desconfiança: é talento puro e apenas precisa de amadurecer. Destaco também o Hulk, muito importante, sobretudo na primeira parte, tendo marcado um grande golo. Só um jogador com aquelas características e potência teria conseguido um remate assim.


Helton merece ser defendido pelos colegas

Helton teve um lance muito infeliz, que deu o primeiro golo ao Shakhtar e que poderia ter complicado muito a vida do FC Porto. Só erra quem está lá e um erro daqueles aparece muito raramente com o Helton. O melhor que os colegas podiam ter feito era levantar a cabeça e reagir, como fizeram, pois o brasileiro é um colega que merece ser defendido. Ele tem sido muito seguro e tem dado muita motivação à equipa. A mais valia que o Helton dá ao FC Porto é superior à infelicidade que teve ontem.

in "ojogo.pt"

FC Porto um a um


A figura: Hulk

Ferros a dobrar antes de uma bomba indefensável

Esteve em destaque por várias razões. Nos minutos iniciais tentou o golo de fora da área, mas a bola bateu em Defour e acabou na barra. Um azar que se prolongou pouco depois, num penálti. Enganou Rybka, mas teve demasiada pontaria: segunda bola nos ferros em dez minutos. O jogo parecia enguiçado para o Incrível, que, ainda assim, não desanimou e mostrou uma grande força psicológica. Com ela, e com uma dose generosa de força, conseguiu o golo a uns bons 30 metros da baliza. Ou melhor, um golão. Um lance que galvanizou a equipa. Ainda sofreu uma falta na área que não foi assinalada e proporcionou uma grande defesa a Rybka.

Helton | Noite difícil para o experiente guarda-redes. Não segurou um remate aparentemente fácil de Williae "ofereceu" o golo a Luiz Adriano. Uma fífia que tentou compensar, mostrando-se mais seguro em dois remates de longe (Rakitskiy primeiro e Fernandinho depois, defendendo para canto em ambos os lances).

Fucile | Tornou o lado direito bastante ofensivo, mesmo quando o Shakhtar jogava com a equipa completa. Teve uma ou outra perda de bola, mas compensou com grande entrega e muita ajuda aos centrais, como quando evitou em plena área um remate de Luiz Adriano na segunda parte.

Otamendi | Exibição pouco convincente do argentino, sentindo dificuldades no jogo aéreo e no tempo de entrada aos lances. Mesmo com o adversário em desvantagem, a tranquilidade nunca foi plenamente atingida.

Maicon | Merece os mesmos reparos do companheiro. Lutou nas alturas com Luiz Adriano e foi permeável em lances rasteiros.

Álvaro Pereira | Mais uma exibição marcada pelo dinamismo. Defendeu com segurança e partiu para o ataque em velocidade, alimentando os avançados com passes de qualidade. Não estranhou que tivesse sido o uruguaio a iniciar a jogada do segundo golo, com um passe esclarecido para James.

Fernando | De volta ao onze, deitou um olho a Jadson, que surgiu na zona central, e esteve um pouco apático na hora de sair a jogar. Destaque para um corte espectacular na área portista quando Eduardo pretendia rematar.

Defour | O belga fez mexer a equipa. Sempre esclarecido a entregar a bola, foi indicando os caminhos por onde a equipa devia furar a muralha ucraniana. Lançou James na jogada do penálti, recuperou bolas, empurrou os companheiros para a frente e tentou o golo por duas vezes (uma num remate de fora da área ao lado e outra atirando às malhas laterais após cruzamento de Álvaro Pereira). Tudo em rotação máxima, do princípio ao fim, ao lado de Moutinho ou a trinco. Uma estreia na Liga dos Campeões com estilo.

João Moutinho | Formou com Defour uma dupla criativa e dinâmica. Primeiro deu nas vistas com um par de recuperações e depois começou a surgir na zona de finalização. Sim, os remates pecaram por defeito, mas o discernimento e a entrega nunca estiveram em causa quando foi preciso fazer chegar a bola aos avançados. Antes do intervalo resistiu a uma entrada violenta de Rakitskiy, que foi expulso. Um lance com ligação directa à reviravolta portista. Assistiu ainda Kléber aos 67', mas o brasileiro não conseguiu o golo.

James | Apesar de ter ganho o penálti que Hulk desperdiçou no início, o colombiano demorou muito a entrar no jogo. Mas quando entrou, partiu o Shakhtar todo, com arrancadas, fintas e uma assistência letal para Kléber virar o resultado, sentando antes Srna. Cada vez mais confiante, o camisola 19 procurou o golo, mas tanto Rybka como a barra impediram os festejos. Que eram merecidos.

Kléber | Estreia feliz na Liga dos Campeões, marcando um golo decisivo. Naquele lance soube fugir à marcação e aparecer no sítio certo, o que nem sempre conseguiu nos minutos restantes. Pouco depois, em boa posição, rematou contra Rybka.

Belluschi | Entrou em grande, com uma recuperação e um bom passe para James. Pouco depois perdeu uma bola e o Shakhtar atacou com perigo.

Djalma | Pontaria desafinada em todos os remates que efectuou.

Varela | Ganhou um canto e não teve tempo para mais.

in "ojogo.pt"

Um susto acaba com os soluços


Há quem garanta que não há nada melhor do que um bom susto para acabar com um ataque de soluços. É capaz de ser verdade: o FC Porto respondeu bem a um erro assustador de Helton, soube reagir ao futebol soluçante que lhe encravou os primeiros passos e, somadas essas virtudes, garantiu uma entrada de pé direito na Liga dos Campeões. Na verdade, até foi de pé esquerdo. O de Hulk, a embalar um livre-bomba capaz de devolver a serenidade a uma equipa que, até aí, já tinha falhado um penálti, sofrido um golo e andava de cabelos em pé com algumas intervenções do árbitro. Carimbado o empate num remate soberbo, os portistas garantiram uma pausa para respirar e, então sim, recuperaram fôlego para dar resposta a um Shakhtar que, de início, soube misturar o sangue quente do talento sul-americano e uma frieza defensiva, com o seu quê de provocador, que contava fazer explodir a paciência ao ataque do FC Porto. Não houve tempo para isso.
Como se previa, Vítor Pereira não prescindiu da robustez de Fernando, mas reservou uma surpresa para o meio: sacrificou Belluschi e preferiu Defour. Uma conjugação que não perdia em lógica, embora pecasse pela falta de rodagem desse trio, que acabou enredado na teia de Lucescu. Fernandinho, Mkhitaryan, Willian e Eduardo enclausuravam o jogo de Moutinho e Defour, precisamente no ponto que o treinador dos ucranianos considerara nuclear, e ainda sobrava Jadson para atrapalhar Fernando. Faltava à zona central do jogo portista um apoio mais efectivo de Fucile e Álvaro Pereira, por exemplo, para ajudar a abrir o jogo e fugir desse labirinto. James também demorou um pouco a entrar no ritmo certo, ainda que tenha sido ele a arrancar o penálti que Hulk desperdiçou. Guarda-redes para um lado e bola para o outro, em cheio no poste. Enfim, galo.
Depois do galo, o frango. Praticamente na resposta ao penálti, Willian ensaiou um remate que Helton encaixou, antes de, inexplicavelmente, deixar a bola deslizar e ficar na ponta do pé de Luiz Adriano. A resposta portista continuava encravada e o Shakhtar, aproveitando alguma intranquilidade defensiva da dupla Otamendi-Maicon (apenas o sexto jogo como dupla titular...), deixou novo aviso: Rakitskiy queimou as luvas de Helton e do canto haveria de resultar um golo anulado aos ucranianos. Se era mesmo um aviso, funcionou, porque daí ao golaço de Hulk foi um instante.
Mais tranquilo, já com Álvaro Pereira "em jogo", o FC Porto ganhou serenidade, até porque Moutinho e Defour começavam a encontrar espaços. É verdade que ameaçava mais de bola parada, mas começava a controlar o ritmo e acabaria por beneficiar de uma entrada duríssima de Rakitskiy sobre Moutinho. O central não só viu o vermelho como ainda levou um valente puxão de orelhas do seu treinador.
Lucescu teve de improvisar para jogar com dez e o golo de Kléber, a abrir a segunda parte, colocou um ponto final quase definitivo no assunto. A entrada de Belluschi mais não fez do que acentuar a aposta na posse de bola (FC Porto terminou com uns asfixiantes 61%...), embora tenha sido uma posse inconsequente. É bonito ver a bola de pé para pé, mas convém encontrar uma saída para essa circulação. Não foi o caso, mas também não foi preciso, e nos últimos dez minutos o Shakhtar ainda perdeu Chygrynskiy por expulsão.
O resultado estava feito: pode até ser magro, mas o que dele resulta é bem confortável...


Arbitragem

Grande dúvida

O Dragão caiu-lhe em cima com uma assobiadela por ignorar um contacto que pareceu faltoso, na área, de Mikhitaryan sobre Hulk, aos 31'. E também por umas quantas decisões discutíveis quanto a outras faltas. Pareceu ajuizar bem o penálti marcado, assim como as expulsões. Lucescu não gostou...

in "ojogo.pt"