terça-feira, 21 de junho de 2011

Falcao informa que é representado por Jorge Mendes

Numa altura em que se fala de uma possível transferência de Falcao, o colombiano esclareceu através do Twitter que Jorge Mendes é o seu empresário.


O avançado do FC Porto disse não perceber “os jornais que entrevistam outras pessoas que não têm qualquer ligação” com o internacional colombiano.


Falcao esclareceu que é “representado pela Gestifute” e que o seu “manager” é Jorge Mendes.O melhor marcador da última Liga Europa é apontado como possível reforço do Chelsea, que será treinado por André Villas-Boas. Ao contrário do que era pretendido pelo FC Porto, Falcao ainda não renovou contrato e tem uma clausula de rescisão de 30 milhões de euros.

in "publico.pt"

"Sou repsentdo pela Gestifute meu Manager é o Jorge Mendes!Nao percebo os jornais q entrevistam outras pessoas q nao tm qulaqr ligacao comigo
O Sr.Claudio Mossio nao tem nenhuma relacao comigo, tudo o que ele possa dizer sobre mim no Jornal Ojogo sao especulacoes."

Falcão in "twitter"

Vítor Pereira: «FC Porto vai continuar a ganhar»

NOVO TREINADOR APRESENTADO


Vítor Pereira, de 42 anos, garantiu que o FC Porto vai "continuar a cumprir o seu destino".
"Quero agradecer ao presidente e à administração a confiança depositada em mim. Quero dizer que este clube vai continuar a ganhar", revelou na apresentação oficial como novo treinador dos campeões nacionais.
"A probabilidade de continuarmos a ganhar será grande. A equipa pode crescer ainda mais", disse depois.
Vítor Pereira não teme o desafio e tem o objetivo definido.
"O objetivo é o campeonato. Foi assim que partimos a época passada. É assim que vamos partir para esta. Vamos dar uma resposta à altura dos pergaminhos do clube", continuou.

Vítor Pereira: «Villas-Boas convidou-me para ir com ele»
NOVO TÉCNICO PORTISTA

Durante a apresesentação oficial, Vítor Pereira revelou que André Villas-Boas lhe fez um convite para que o acompanhasse no Chelsea.
"Villas-Boas colocou -me essa possibilidade mas o meu compromisso era com o FC Porto. Não há melhor clube do que este para continuar a ter êxito. É neste clube que quero singrar. Estou onde gostaria de estar e onde sonhei estar", revelou Vítor Pereira.
Vítor Pereira não teme a herança. "O André fez a sua história, da qual eu também me orgulho. Agradeço ao André a amizade e a confiança mas o que passou passou. O André sabe que o FC Porto vai continuar a ganhar", frisou.
"O André não ganhou sozinho. A partilha de experiência foi grande", acrescentou.
Perfil de Vítor Pereira
CONHEÇA O PERCURSO DO NOVO TÉCNICO

Com 42 anos, Vítor Manuel de Oliveira Lopes Pereira assume o comando técnico do FC Porto. O treinador português natural de Espinho e formado na Faculdade de Ciências do Desporto e Educação da Universidade do Porto, chega ao comando depois de na temporada transata ter desempenhado tarefas de treinador adjunto de André Villas-Boas.
Aposta do clube para a equipa técnica de Villas-Boas, Vítor Pereira confirmou na última época todas as expetativas que os responsáveis nele depositavam. Os jogadores colocam-no nos píncaros. “É muito bom treinador. Excelente em termos táticos”, garantem no balneário, sobre o treinador que iniciou a carreira em 2002.
Percurso de Vítor Pereira:

2011/12 FC Porto2010/11 FC Porto (adjunto)2009/10 Santa Clara2008/09 Santa Clara2007/08 FC Porto (sub-15)2006/07 Sp. Espinho2005/06 Sp. Espinho2004/05 Sanjoanense2003/04 FC Porto (sub-15)2002/03 Padroense (sub-15)
in "record.pt"

Pinto da Costa sobre Vítor Pereira: «Sucessão prevista»


Elogios do presidente do F.C. Porto para o homem que sucede a Villas-Boas


Pinto da Costa garante que não foi totalmente surpreendido pela decisão de André Villas-Boas. O presidente do F.C. Porto explicou, nesta quarta-feira, que já tinha falado com Vítor Pereira sobre essa possibilidade, preparando-o para a sucessão.

«Queria publicamente desejar ao Vítor Pereira as maiores felicidades. É uma sucessão natural, inclusive já prevista há algum tempo. Aquilo que aconteceu faz parte da vida e do futebol. Nós admitíamos isso. Já tínhamos a garantia do professor Vítor Pereira que, se isso acontecesse, ele estaria disponível», explicou Pinto da Costa.

in "maisfutebol.iol.pt"

Vítor Pereira é o novo treinador portista

DRAGÕES CONFIRMAM À CMVM


O FC Porto informou esta terça-feira, em comunicado enviado à CMVM, que Vítor Pereira é o sucessor de André Villas-Boas no comando técnico dos campeões nacionais.
Depois da saída repentina de AVB para o Chelsea, Pinto da Costa optou por promover o técnico-adjunto, numa altura em que faltam apenas 10 dias para o arranque da temporada 2011/12.
Leia o comunicado na íntegra:
A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD, nos termos do artigo 248º nº1 do Código dos Valores Mobiliários, vem informar o mercado que recebeu do Senhor André Villas-Boas o montante previsto na cláusula de rescisão do seu Contrato de Trabalho Desportivo, pelo que a consumação da rescisão do seu vínculo laboral e desportivo com a Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD apenas depende da formalização do respectivo instrumento de rescisão contratual.
Mais informa a Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD que celebrou, na presente data, com o novo treinador da sua equipa principal, o Professor Vitor Manuel de Oliveira Lopes Pereira, um contrato de trabalho desportivo, válido por duas épocas e com início de funções imediato.
in "record.pt"

«Porto quer Domingos? Não pode entrar-se em fantasias»


Carlos Freitas comentou nesta terça-feira os rumores de que o F.C. Porto pode querer tirar Domingos Paciência do banco de Alvalade. As especulações começaram com a transferência de Villas-Boas para o Chelsea e com o facto de Domingos ter feito quase toda a carreira no F.C. Porto.

O responsável do Sporting considera que não se pode entrar num «mundo de fantasias», pois assim haveria muito a explorar. «Domingos assinou um contrato com o Sporting pelo período de duas temporadas, assinou-o de boa-fé e com início do período laboral no próximo dia 1 de Julho. Não se pode entrar em fantasias, ouço falar de muita coisas», referiu.

«Ouço dizer inclusivamente que há uma cláusula de rescisão. O Domingos não tem cláusula de rescisão. Posso ler tudo, mas só há uma certeza: o Domingos tem contrato com o Sporting», adiantou Carlos Freitas, que ainda desejou «boa sorte a mais um treinador português que vai para o estrangeiro», obviamente, falando de André Villas-Boas.

Ainda sobre a saída do treinador do FC Porto, Carlos Freitas comentou sobre o facto de a mesma beneficiar os leões: «O Sporting tem demasiado trabalho pela frente para estar preocupado com o que se passa nos rivais. Há uma diferença que temos de ultrapassar em relação aos dois primeiros classificados. Sabemos que o nosso sucesso depende da nossa capacidade, é para isso que trabalhamos todos dias em equipa. Se trabalharmos bem, com o espírito devido, estaremos mais próximos de responder à grandeza do clube.»

O director para o futebol do Sporting também foi questionado sobre uma eventual transferência de João Moutinho, do FC Porto para o Chelsea, conforme é veiculado nesta terça-feira, na imprensa.

O médio foi formado em Alvalade e, como tal, os leões têm direito a uma percentagem em caso de novo negócio. Freitas diz que essa é «uma questão que transcende o Sporting», porque Moutinho é jogador do FC Porto. «Não podemos interferir», concluiu.


in "maisfutebol.iol.pt"

Pinto da Costa não comenta saída de Villas-Boas

Presidente do F.C. Porto esteve presente na apresentação da Taça do Mundo de Bilhar, mas fugiu às questões sobre a saída do treinador


Pinto da Costa, presidente do F.C. Porto, recusou comentar a saída de André Villas-Boas do comando técnico da equipa. O líder portista esteve presente na Câmara de Matosinhos, esta terça-feira, na apresentação da Taça do Mundo de Bilhar, mas não se mostrou disponível para abordar o tema.

Sempre que os jornalistas tentaram trazer o assunto Villas-Boas à baila, Pinto da Costa respondeu que apenas falava do evento em questão.A saída de Villas-Boas do F.C. Porto foi, entretanto, comunicada à CMVM esta manhã. 

in "maisfutebol.iol.pt"


Peseiro e o FC Porto: "Não vou comentar nada"

Antigo treinador do Sporting foi confrontado pelo Expresso sobre as notícias que o dão como estando dentro da lista de treinadores desejados pelo FC Porto.


A saída de André Villas-Boas do FC Porto é um facto consumado e os nomes para o seu lugar pululam nos jornais e nos corredores onde as decisões estão a ser tomadas. 
José Peseiro é um dos técnicos com mercado - foi recentemente sondando por um clube europeu - e poderá estar na agenda portista. Confrontado pelo Expresso, o homem de Coruche foi taxativo: "Desculpe, não vou comentar nem posso comentar nada". 
O currículo de José Peseiro tem uma marca: a final da Taça UEFA jogada pelo Sporting e perdida em Alvalade diante do CSKA de Moscovo (1-3).
Depois desse desaire, o treinador português, que já fora adjunto de Carlos Queiroz no Real Madrid, tem experimentado clubes árabes, Panathinaikos e Rapid de Bucareste, além da seleção da Arábia Sáudita.
in "expresso.pt"

Carlos Queiroz: "Voltar agora a Portugal? Não, obrigado..."


Ex-selecionador foi apontado como possível sucessor de André Villas-Boas no FC Porto mas recusa voltar enquanto não tiver processos com a FPF resolvidos.

"Voltar a Portugal, agora? Não obrigado...". Carlos Queiroz, atual selecionador do Irão e também responsável pela equipa olímpica e camadas jovens, foi um dos primeiros nomes apontados à sucessão de André Villas-Boas no FC Porto mas, ao Expresso, o técnico refuta esse cenário... para já.
"A primeira audiência no Tribunal de Trabalho, a propósito do meu despedimento da Federação, vai ser apenas em setembro de 2012, é só mais um episódio humorístico do nosso país... Por isso, enquanto não estiver tudo resolvido não vou fazer nada para Portugal. Se Pinto da Costa é capaz de me demover? Já disse, voltar agora não", explicou.
Em estágio com a seleção olímpica, Carlos Queiroz adiantou ainda que viaja em breve para Portugal... mas com outro objetivo: "Vou fazer tudo para falar olhos nos olhos com Gilberto Madaíl, porque mantenho a confiança nele. Mas seja na Federação, em casa dele, em Aveiro ou na Suíça, vou falar com ele porque quero que me explique algumas coisas".

"A colonização tentacular"


Carlos Queiroz continua apostado em levar a "guerra" com a FPF até às últimas consequências. "E não tem a ver com dinheiro nem com nada, é apenas uma questão de limpar a honra e o bom nome", acrescenta.
"Vários argumentos relacionados com a questão do doping caíram por terra com a decisão do TAS (Tribunal Arbitral do Desporto). O que sobra é a questão do outro processo disciplinar que me foi levantado e é por isso que quero confrontar Madaíl. Cerqueira Alves, que é diretor federativo, disse à minha frente que tinha sido aliciado para votar contra mim ainda antes de ter vindo a público todo o processo a propósito do controlo anti-doping na Covilhã. Agostinho Oliveira também ouviu e confirmou-o à frente de mais onze treinadores. E depois não me deixam ser ouvido?", insiste Carlos Queiroz.
"Ouvi a atual ministra da Justiça falar da colonização tentacular do PS e o próprio Francisco Assis, candidato à liderança do partido, admitir com muita surpresa que algumas pessoas se queixavam do pouco controlo democrático no partido. Só agora é que se percebe isso? O PS não tem culpa nenhuma mas alguns elementos ligados sob a capa do partido é que são a tal colonização tentacular. Esses tentáculos que já tinha referido antes estão na direção da FPF, na administração dos sponsors da Federação, nas assessorias de imprensa... Como já não me podem fazer mais mal, posso apontar tudo isso, quem são e onde estão", completa.
in "expresso.pt"

João Pinto: «Se fosse treinador gostaria de ter Falcão na minha equipa»

EX-JOGADOR COMENTA MUDANÇAS NOS DRAGÕES


Presente no Jamor, na apresentação do IX Estágio do Jogador, promovido pelo Sindicato de Jogadores de Futebol, João Vieira Pinto não deixou de comentar a atualidade nacional e a possível saída de Falcão para o Chelsea, acompanhando, assim, André Villas-Boas.
"Se fosse treinador gostaria de ter o Falcão na minha equipa”; disse o ex-internacional português.
Sobre a mudança do técnico portista para Londres, referiu que a notícia não o "apanhou de surpresa”. “Se o André tivesse apenas ganho o campeonato seria um cenário pouco provável, mas como conquistou quase todas as competições que disputou, incluindo a Liga Europa, é com toda a naturalidade que vejo a sua saída”, referiu.
Sobre o sucessor de André Villas-Boas, João Pinto afirmou que “gostaria que fosse um treinador português” a ocupar o lugar. O ex-jogador considerou, contudo, que na equipa “não haverá alterações”, apesar da mudança de treinador.
Quanto a João Moutinho, apontado como alvo do clube londrino, frisou: “É sempre bom os jogadores portugueses darem o salto e mostrarem o seu valor fora de portas”.
in "record.pt"

TRÊS JOGOS AGENDADOS

O FC Porto regressa ao trabalho no dia 30 e tem já três jogos de preparação agendados para Julho. Tourizense, FC Gutersloh e Borussia Moechengladbach serão os primeiros adversários dos campeões nacionais.

Dia 6 de Julho, em horário ainda a designar e à porta fechada, o FC Porto defronta o Tourizense, naquele que será o primeiro jogo teste, a disputar no Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia.

Segue-se a viagem para a Alemanha, onde os Dragões irão realizar o estágio de pré-temporada, com uma partida agendada para as 19h30 locais (menos uma hora em Portugal continental) do dia 10 de Julho, frente ao FC Gutersloh, no Heidewaldstadion.

A finalizar a estadia na Alemanha, o FC Porto defronta o Borussia Moenchengladbach, também às 19h30 locais do dia 16, no Niederrheinstadion, de Oberhausen.


in "fcp.pt"

FC Porto informa CMVM de que Villas-Boas rescindiu contrato

O FC Porto informou a CMVM que o treinador André Villas-Boas rescindiu o contrato com o clube portista com o compromiso de pagar a cláusula de rescisão de 15 milhões de euros.

in "tsf.pt"

FC Porto foi campeão absoluto em 2010/2011

A época desportiva 2010/2011 chegou ao fim sob o signo do FC Porto, campeão em todas as modalidades nacionais em que participou, enquanto o Benfica se revelou o “papa-taças” e o Sporting dominou no futsal.

Os portistas venceram os quatro campeonatos nacionais em que participaram (futebol, andebol, basquetebol e hóquei em patins), arrebatando ainda a Taça de Portugal e Supertaça de futebol, num total de seis troféus nacionais conquistados. 

Este registo permitiu que os “dragões” igualassem as épocas 1998/1999 e 2003/2004, quando juntaram os troféus das principais modalidades de pavilhão ao de futebol.

Além de ter recuperado o título de futebol, o FC Porto conquistou a Supertaça Cândido de Oliveira, ao bater o Benfica, por 2-0, e venceu a Taça de Portugal, frente ao Vitória de Guimarães, num encontro em que os “dragões” golearam por 6-2.

Na Taça da Liga de futebol, troféu que teima em escapar ao FC Porto, o Benfica levou a taça pela terceira vez consecutiva para a Luz, ao vencer o Paços de Ferreira, por 2-1, na final disputada em Coimbra.

No andebol, o FC Porto festejou o tricampeonato, mas falhou a “dobradinha”, já que a Taça de Portugal foi conquistada pelo Benfica, numa final frente ao Madeira SAD.

Os “encarnados” venceram, igualmente, a Supertaça de andebol, realizada na Arena de Portimão, com as seis equipas melhor classificadas na primeira volta do campeonato nacional, ao derrotar na final o Águas Santas, por 28-20.

Já no futsal, o ano foi totalmente “verde e branco”. O Sporting iniciou a época com a conquista da Supertaça, frente ao Belenenses (5-2), antes de sair por cima nos “derbies” com o Benfica, que marcaram as conquistas da Taça de Portugal e do bicampeonato nacional.

Quanto ao voleibol, a época terminou com a formação insular do Fonte do Bastardo a conquistar o inédito título de campeão nacional, ao derrotar o Benfica de forma categórica no “play-off” do título, por 2-0.

O Benfica venceu a Taça de Portugal ao impor-se ao Sporting de Espinho, em Paredes, enquanto o Castelo da Maia ergueu a Supertaça, em Coimbra, ao vencer também os “tigres”, que tiveram uma época “negra”.

No basquetebol, o título foi recuperado pelo FC Porto, que venceu o Benfica no quinto e último jogo da final. Também nesta modalidade, a Supertaça foi parar às vitrinas da Luz, enquanto o CAB Madeira arrebatou a Taça de Portugal.

O hóquei em patins nacional viu o FC Porto vencer o campeonato pela 10.ª época consecutiva, terminando com os mesmos pontos do Benfica, vencedor da Supertaça. A Taça de Portugal foi ganha pela Oliveirense, que recuperou o troféu 14 anos depois, batendo o Candelária na final.

Do lado feminino, os principais campeonatos de 2010/2011 chegaram ao fim sob o signo das “dobradinhas”, feito alcançado pelo Ribeirense, no voleibol, pela Quinta dos Lombos, no basquetebol, e pelo 1.º de Dezembro, no futebol.

O 1.º Dezembro conquistou o título de futebol, 10.º consecutivo em 11, e também a Taça de Portugal (3-0 frente ao CF Benfica), no Estádio Nacional, enquanto a equipa de basquetebol da Quinta dos Lombos somou o título de campeã na final disputada com o CAB Madeira à conquista da Taça de Portugal frente ao Algés.

No andebol, a exemplo do que se verificou na última temporada, a época de 2010
/2011 foi dominada pelas equipas do Gil Eanes (campeão) e Madeira SAD (vencedor da Taça de Portugal e Supertaça).

in "publico.pt"

Tó Neves: "Sempre fui viciado em desporto"

Ao ter ganho, no domingo, a Taça de Portugal, encerrou a carreira de jogador com chave de ouro. Na hora de rever um percurso de altos e baixos, mas recheado de conquistas, Tó Neves partilhou com O JOGO os melhores e os piores momentos.


O que pesou na decisão de terminar a carreira de jogador?


Há quase dez anos que andava a pensar no assunto. Este ano, as coisas tornaram-se mais fáceis. O clique deu-se quando vi o sorteio do campeonato e me detive no último jogo: FC Porto-Oliveirense. São os dois clubes que mais me marcaram, e pensei que era o momento-chave. A isso somei o facto de, em Oliveira de Azeméis, os jogadores estarem a crescer e a minha presença se tornar menos necessária. Fisicamente, sinto que tinha capacidade para mais um ano, mas se calhar não jogaria ao nível que queria.

As suas filhas tiveram influência?


Na continuidade, tiveram sempre. E quando souberam desta decisão ficaram aborrecidas. Mesmo agora, ainda me questionam se tenho a certeza. Elas gostam de me ver jogar. A mais velha, sobretudo, acompanha muito o hóquei, tornou-se adepta fervorosa da Oliveirense, e todas as épocas entra nas conversas de quem sai ou entra na equipa.

Alguma vez imaginou que iria jogar até aos 45 anos?


Julguei sempre que ia parar mais cedo. Com 29 anos, fui convidado para deixar de jogar e ser treinador. Não aceitei. Depois, Livramento disse-me: "Jogas mais quatro anos!" A partir daí fui adiando ano a ano. Quando saí do FC porto para Oliveira de Azeméis, decidi jogar mais um ano para provar que era capaz, e as coisas correram bem. E nunca tinha pensado ser treinador-jogador, mas colocaram-me a questão e encarei-a com um desafio, enquanto todos me diziam que era um erro. Só que sou teimoso e quis experimentar.

Como explica os vários exemplos de longevidade na sua geração?


Dantes era comum ouvir que aos 29 anos começa a fase descendente, mas a minha geração foi diferente na atitude e entrega. As gerações seguintes não tinham tanta paixão, não gostavam tanto do hóquei.

Como escolheu o hóquei?


Sempre fui viciado em desporto. Tive uma experiência no hóquei em campo e voleibol. Se não fosse hoquista, seria provavelmente andebolista, futebolista ou basquetebolista. Mas, na altura, o meu pai sempre quis que fosse futebolista, e tive de o contrariar. Eu achava que o futebol era um universo demasiado vasto para poder ser bom jogador. Tinha de optar por outra modalidade. Quando elegi o hóquei, tinha pouco sucesso, era dos que não entravam, e o meu pai dizia-me: "És titular no banco." Aquilo mexia comigo, e quis provar que era capaz. Foi o meu empenho que me levou até aqui. Tenho de deixar uma palavra ao sr. Mota, o homem que criou o hóquei em Rio Tinto, que me convidou e me ensinou a andar de patins. Foi comovente vê-lo no Dragão Caixa no último jogo do campeonato. Ele disse-me: "Estive no primeiro jogo e tinha de estar no último."

As pessoas vêem-no como um jogador teimoso, rebelde e até conflituoso. Como olha para si e para a forma como os outros o vêem?


A ideia que têm de mim, fui eu que a cultivei. Sou pouco simpático. Os adeptos da minha equipa gostam de mim, mas os adversários vêem-me como um alvo. Em todos os rinques, sou marcado por essa minha forma de ser, mas não estou arrependido.

É uma imagem de marca para esconder fragilidades?


Não, sou genuíno. Não ando aí para agradar a ninguém.

"Durante anos fui insultado"

O ataque à comitiva do FC Porto, em 1998, foi o pior momento da sua carreira?


Foi o único momento em que tive medo na vida. Muito se falou, mas foi indescritível. Tenho-o gravado segundo a segundo. Estávamos a sair do jogo, a bagageira da camioneta abriu e caiu material. Entretanto, uns indivíduos trocaram palavras, saiu o mecânico e um jogador para o ajudar, mas de repente apareceram pessoas com bastões e ferros. Quando demos por ela, metade da comitiva estava fora. Foi um terror, quando pegámos nos stiques houve um recuo. Voltámos para a camioneta, eu fui com os pés de fora...
Durante anos, cada deslocação à Luz, para Filipe Santos, era um pavor. Lisboa não é um sítio onde me sinta bem. Nunca fui maltratado, mas não me sinto seguro.

Como foi acordar um dia com o seu nome envolvido numa acusação de doping?


Num Barcelos-FC Porto, o enfermeiro declarou o que tomavam os jogadores, e falou-se que ali havia uma substância proibida. Fiquei com pena do enfermeiro, porque é uma pessoa maravilhosa e muito competente. Ele não queria criar problemas. Para mim, foi terrível. Eu não precisava de nenhum aditivo que me fizesse andar mais, e a prova está em que joguei até aos 45 anos. Foi terrível, porque durante anos fui insultado. Hoje não me afecta, mas na altura era uma pessoa revoltada.

Qual era a substância?


Houve uma ruptura de "stock" das ampolas bebíveis Sargenor 5, que foram substituídas por Dinamizan, e que tinham heptaminol. Foi o pior momento da minha carreira.

Há doping no hóquei?


Não. Podem acontecer alguns casos de desleixo, por irresponsabilidade. Doping para ter mais rendimento, não.


"Admirei Jordan, mas se fosse futebolista seria o João Moutinho"

O FC Porto foi uma escola como jogador e a Oliveirense, como treinador. Como os recorda, e o que aprendeu como treinador?


A Oliveirense acolheu-me numa fase crítica e lá encontrei pessoas maravilhosas, onde a parte humana se sobrepõe à desportiva. Quando se é treinador, bloqueia-se. Pensamos menos em nós. É uma aprendizagem contínua. Fui-me formando no contacto com outros treinadores, mas o FC Porto ajudou-me, porque fui formado com o ADN de querer ganhar. A minha forma de ser identifica-se com essa forma de estar.

É mais difícil ser jogador ou treinador?


Mil vezes treinador. Ser jogador é ser irresponsável, é preocupar-se só consigo, e tem-se mais prazer.

É genética a capacidade de jogar até aos 45?


O organismo ajuda. Quando faço testes físicos, dizem que devia ser maratonista. Tenho características de grande resistência, mas sem dúvida que comecei desde cedo a cuidar de mim. Sempre fiz pré-épocas sozinho. Ainda hoje, a primeira coisa que meto na mala quando vou de férias são as sapatilhas.

Que desportista mais admira?


Há uns anos, Michael Jordan. Actualmente, se eu fosse futebolista seria João Moutinho. Identifico-me com ele. Mete tudo em campo.

"Se voltasse atrás não ia para o Benfica"

Fala pouco do Benfica...


Estive oito anos na Oliveirense e 28 no FC Porto, e tudo correu bem. No Benfica, estive nove meses, e tudo correu mal. A parte positiva foi ter crescido muito como pessoa.

O que correu mal?


A forma como o FC Porto comunicou a minha saída incendiou as hostes no Benfica. Ilídio Pinto pôs-se do meu lado, considerando os números do Benfica exagerados, e a minha entrada no Benfica foi conflituosa. Não fui bem recebido. Havia ciumeira pelo meu salário e um balneário com muitas estrelas. Era um ambiente sem amizade, sem cumplicidade. Um dia pedi boleia para casa, e o meu colega disse que não dava jeito porque ia pela via rápida.

Quanto ganhava?


Vai morrer comigo. O único que posso divulgar é o meu primeiro contrato como sénior do FC Porto: 17 contos e 500 e mais 50 por cento dos prémios, em 1984/85. Os meus pais obrigaram-me a meter o dinheiro no banco. Felizmente nunca fiz grandes gastos; a compra que fiz foi um Citroën Diane. Não sou ligado a valores materiais. Ando com um carro há dez anos que tem quase 800 mil quilómetros.

O que o levou à Luz?


Foi o fim de um ciclo. Franklim Pais, Alves, Vítor Hugo e Vítor Bruno iam cada um para seu lado e eu, com 26 anos, sentia que estava no apogeu. Do outro lado, tinha Vítor Fortunato, Paulo Almeida, Luís Ferreira e Rui Lopes, com Carlos Dantas a treinador, que me davam a perspectiva de ser profissional.

Por que nunca emigrou?


O hóquei português foi e é o melhor do mundo. Para jogar no estrangeiro, só no Barcelona. Foi hipótese durante dois anos, mas o meu perfil chocava com o do treinador Carlos Figueroa.

Arrepende-se da passagem pelo Benfica?


Se pudesse voltar atrás, não iria para o Benfica, mas não seria a pessoa que sou. Numa idade em que achava que era tudo cor-de-rosa, vi o outro lado do desporto. Hoje, o que menos me chateia é ser apupado, pois quem paga bilhete tem direitos.

O regresso ao FC Porto foi emocional?


A minha sogra ficou entre a vida e a morte e só queria que voltasse tudo ao normal. Na altura pedi a rescisão ao Benfica, não me foi concedida, e quando o Benfica entrou em crise, com uma junta directiva, aproveitei a instabilidade. Só queria que me pagassem o que me deviam dos ordenados em atraso. Rescindi em Julho e assinei com o FC Porto por metade.

"FC Porto é um desafio enormíssimo"

"Nem em sonhos podia ter sido melhor", disse Tó Neves sobre a conquista da Taça que marcou a despedida da Oliveirense, pois vai regressar ao FC Porto, desta vez como treinador, herdando um legado pesado deixado por Franklim Pais, um amigo com quem jogou. Franklim trilhou um rumo histórico, cheio de títulos e finais europeias, e deverá assumir um cargo directivo, cedendo o lugar a Tó já a partir de Agosto. Este vai sem receios, embora consciente de uma herança praticamente inigualável. "Se eu, ou qualquer outro treinador do mundo, nos puséssemos a pensar no que Franklim Pais conquistou, ninguém aceitaria o lugar. Eu gostava de conquistar o mesmo, mas sei que é extremamente difícil. Uma coisa é certa, partir agora para dez títulos seguidos... não estou a ver. Não pensei muito nisso, porque se o fizesse não aceitava. Vou abstrair-me. Pensei no futuro e na continuidade do trabalho do Franklim. É um desafio novo", explicou, sublinhando a importância de ter por perto o decacampeão: "As nossas relações são boas. Ele é ponderado e organizado. A permanência dele facilitava-me a vida". Entre as palavras de determinação, Tó Neves faz uma confidencia: "Treinar o FC Porto sempre foi um desejo. Agora que não vou acumular funções, este é um desafio enormíssimo".

Dos meninos-bonitos das Antas até líder de equipas

Começou a jogar no Sport Clube de Rio Tinto. Depois mudou-se para o FC Porto. Diz que "não queria ir" e que achava que, nas Antas, "só jogavam meninos-bonitos". "No primeiro dia, até com a roupa interior tive cuidado [risos] porque pensava que eram todos uns meninos-bonitos. Quando cheguei vi que as pessoas eram iguais", recorda, garantido, contudo, que passou dificuldades. "Alguns papás levavam os meninos, lanchavam com os treinadores, havia algumas cunhas, e muitas vezes eu sentia que ficava para segundo plano. Por isso, nos suplentes não passava a bola; não queria marcar porque depois perdia a bola e, de baliza aberta, falhava. Fui posto fora várias vezes por rebeldia." Os anos fizeram dele um avançado de primeira, ao ponto de se tornar numa referência. Hoje vasculha o passado e atira: "Nas camadas jovens, sonhava um dia jogar nos seniores do FC Porto, depois sonhava jogar com Cristiano, Vítor Hugo, Vítor Bruno, depois sonhava renovar o contrato, depois ser titular, depois ir à Selecção." Esteve em grandes conquistas, provando ao pai, que não dava muito por ele como hoquista, que estava errado, mas nunca lho disse e até conta: "Não teve autorização para me ver jogar; só o meu tio, que me deu os patins e a moto e sempre acreditou. Só no último ano de juniores é que o meu pai passou a ter permissão. Não me sentia à vontade."


Gestão da Selecção Nacional deixou mágoa

Tó Neves é sorridente, afável e leal. É esta lealdade pelos que o rodeiam que o faz precipitar-se numa lista de agradecimentos. Obrigatória, diz. "José Fernandes, o treinador das camadas jovens. Cristiano Pereira, o modelo que tentei copiar. António Livramento, que foi um génio. Ilídio Pinto, que foi sempre o meu dirigente. Na Oliveirense, António e Aníbal Valente, João Araújo e Pedro Lopes. O médico António Sousa, a quem recorro sempre. E a minha mulher, Manuela. Foi sempre a mais prejudicada e sempre se preocupou comigo." Na hora da despedida, lembrou "um espinho", "o dos Jogos Olímpicos pela falta da medalha", e a Selecção: "A última mágoa que tenho foi a má gestão da selecção. O que eu e muitos outros conquistámos foi dado de mão beijada. Foram substituídos jogadores não pela competências, mas pelo BI." No balanço final, Tó não resiste a recordar um episódio: "Lembrar-me-ei sempre de um jogo da Liga dos Campeões em Novara, em que não joguei, mas estava no banco a rezar. A perder 5-1 ao intervalo, e com o Cristiano fora de si, foi Pinto da Costa que nos deu um moral fora do comum. Saímos transfigurados e virámos o resultado. Pinto da Costa tem um trajecto que fala por si. No mundo inteiro, não há ninguém como ele."

in "ojogo.pt"

Moncho veste-se para mais dois anos

Moncho López está perto de renovar com o FC Porto. Após cumprir duas épocas ao serviço do azuis e brancos e conquistar a Liga Portuguesa de Basquetebol, que fugia há sete anos ao clube, o técnico espanhol, segundo O JOGO apurou, irá assinar por mais dois anos.

O treinador, que completa 42 anos no próximo dia 10, era cobiçado por 1º de Agosto, Real Madrid e Benfica. No entanto, apenas o clube angolano formalizou uma proposta, oferecendo um contrato de três anos e um salário elevado. Moncho López era apontado pela Imprensa espanhola como o quarto candidato numa lista de futuros treinadores do clube merengue, mas já tratou de garantir a um sítio de basquetebol do seu país que "o Real Madrid não fez nenhuma proposta", acrescentando mesmo: "O meu desejo é ficar no FC Porto e creio que o Real nem está interessado em mim". E foi também ao "tubasket" que o natural de Ferrol (Galiza) revelou: "Na sexta-feira decidi que não ia continuar no Porto, porque não chegávamos a um acordo, mas a proposta melhorou e espero em poucos dias renovar".

Moncho López chegou a Portugal para treinar a Selecção Nacional, depois de ter ganho a medalha de prata no EuroBasket pela Espanha, mas acabou por se fixar no FC Porto e em dois anos já conquistou um Campeonato Nacional, uma Taça de Portugal, uma Taça Hugo dos Santos (antiga Taça da Liga) e o Troféu António Pratas. "Estou muito feliz no Porto e eles estão muito felizes comigo", afirmou Moncho López, que por várias vezes manifestou desejo em continuar no Dragão Caixa. O processo de renovação viveu dias complicados, mas o técnico espanhol vai dentro de dias de concretizar a sua vontade...

in "ojogo.pt"

Chelsea paga esta terça-feira os 15 milhões por Villas-Boas


A transferência de André Villas-Boas para o Chelsea será oficializada esta terça-feira pelo F. C. Porto. O Chelsea vai pagar de imediato os 15 milhões de euros que constam da cláusula de rescisão do treinador, que segunda-feira ainda estava em Portugal, mas vai viajar para Londres, onde assinará contrato.
A parte financeira foi, naturalmente, um dos factores que levaram Villas-Boas a aceitar a proposta de Abramovich, aliada ao facto de o técnico ter entendido que esta podia ser uma oportunidade única na carreira e de o Chelsea ser um clube que conhece por dentro, depois de lá ter trabalhado durante três anos, incluído na equipa técnica de José Mourinho. Com o jovem treinador, segue para Londres o preparador-físico José Mário Rocha, tal como Daniel Sousa, observador dos adversários do F. C. Porto na época passada.

in "jn.pt"

Reacções

Manuel Serrão

"O principal é não deixar fantasmas"

"É mais um campeão da escola do FC Porto que pode ir para o estrangeiro pago a peso de ouro, mas sinto alguma tristeza porque estava tudo preparado para o FC Porto ser campeão europeu com ele. Se ele sair, terá que ser com outro! Não será o primeiro campeão que sai e o FC Porto volta a ganhar. Pinto da Costa julgava que teria férias descansadas, mas terá que ter um pouco de trabalho. Não vejo nenhum português à altura, mas isso não quer dizer que Pinto da Costa não volte a supreeender. Importante é, se vier outro treinador, não estragar o trabalho feito".


Júlio Magalhães

"Benfica e Sporting devem estar a regozijar-se"

"A saída parece inevitável, perante proposta tão tentadora. O FC Porto tem sido o único clube no mundo a ganhar dinheiro com treinadores. Só é pena que esta hipótese não tenha surgido mais cedo, para haver margem para encontrar um substituto e nesta altura tanto o Benfica como o Sporting devem estar a regozijar-se. A melhor solução seria um técnico português e creio que um dos adjuntos, Vítor Pereira ou José Mário Rocha, poderia dar continuidade ao trabalho. Já saíram vários técnicos e o FC Porto continuou a ganhar..."


Rui Reininho

"Futuro treinador? É melhor perguntar ao Platini..."

"Da maneira que o mundo está economicista e quando o dinheiro manda em tudo, a saída parece inevitável. São as regras de mercado e não há valores mais altos. A chantagem capitalista é tão forte que se torna quase impossível resistir. Nos primeiros momentos, creio que a equipa poderá perder alguma dinâmica. De qualquer modo, não duvido que o FC Porto continuará a ganhar. Quanto ao técnico, português, brasileiro ou coreano, o melhor é perguntar a essa eminência parda e parva que é o senhor Platini... que gosta de se meter na vida do FC Porto".


Miguel Guedes

"Importante é não estragar o trabalho feito"

"A confirmar-se, julgo que não poderá deixar fantasmas e é necessário que todos os portistas entendam que fica o mais importante: o FC Porto. O clube já deu provas, de forma reiterada e sistemática, que consegue 'sobreviver' a estas situações e que continuará a ganhar cada vez mais, seja com que treinador for. Julgo que o sucessor deverá ser português, para seguir o livro de estilo do FC Porto. Não deve ser um técnico parecido com o actual, também não há muitos, mas sim um de características diferentes, repito, para não haver fantasmas".

in "ojogo.pt"

PC não quer saber de conversas

O FC Porto não falou com o Chelsea sobre André Villas-Boas, nem vai falar. Se os londrinos quiserem mesmo levar o treinador para Stamford Bridge terão de pagar os 15 milhões previstos, sem mais conversa nem qualquer margem para negociações. Mais do que isso, o FC Porto, e em particular, Pinto da Costa, não fazem qualquer tensão de facilitar a saída do técnico, nem de qualquer dos adjuntos que eventualmente o acompanhem na viagem para Inglaterra, exigindo que todos, sem excepção, indemnizem o clube por quebra de contrato. Essas foram apenas algumas das decisões tomadas durante a reunião de ontem de manhã, num hotel da cidade do Porto que juntou o presidente Pinto da Costa e o director-geral Antero Henrique, os dois principais responsáveis pelo futebol portista, para analisar o raide do Chelsea ao treinador do FC Porto.
O facto de os ingleses terem abordado o técnico directamente, sem darem conhecimento das respectivas intenções ao clube, terá estado na origem desse extremar de posição por parte dos responsáveis portistas que vão exigir até ao último cêntimo para libertarem o treinador campeão nacional, não aceitando, por exemplo, qualquer prorrogação ou faseamento do prazo de pagamento. Isso mesmo ficou patente no comunicado publicado pela SAD portista na CMVM ao final da manhã de ontem, recordando a existência de cláusulas de rescisão nos contratos do treinador e de uma parte importante dos jogadores, e sublinhando o facto de não ter sido informada do exercício de nenhum dessas cláusulas. Aliás, O JOGO sabe que foi o próprio técnico a informar a direcção portista da abordagem por parte do Chelsea, bem como da disponibilidade do clube liderado por Roman Abramovich para pagar os 15 milhões de euros da cláusula de rescisão incluída no contrato que André Villas-Boas prolongou com o FC Porto no final de Dezembro.
Não obstante a resistência que a SAD portista promete oferecer à saída do técnico, o facto é que, nesta altura, ela depende apenas da vontade de André Villas-Boas, dado que o Chelsea, aparentemente, não terá problemas para pagar a cláusula de rescisão. Depois de terem equacionado o regresso de Mourinho e a contratação de Guardiola, hipóteses frustradas pela indisponibilidade dos técnicos de Real Madrid e Barcelona, os ingleses terão acenado ao técnico portista não só com os argumentos de um salário que deverá rondar os 3,5 milhões de euros líquidos anuais, mas ainda com a disponibilidade financeira para construir um plantel novamente capaz de impor o Chelsea a nível interno, mas também na Liga dos Campeões, um velho sonho de Abramovich. Aliás, para Villas-Boas será precisamente o desafio de conseguir aquilo que escapou a José Mourinho em Londres a parte mais tentadora da proposta apresentada pelos ingleses; aquela a que, provavelmente, acabará por ceder.

Definido perfil do sucessor

Apesar de não estar definida a continuidade de Villas-Boas, a SAD azul e branca tem perfeitamente definido o perfil de um sucessor - terá de ser um treinador adepto do treino integrado e que ponha em prática um futebol moderno e de ataque. Nomes como Carlos Queiroz e José Peseiro caberiam no que foi descrito atrás, mas há outros requisitos que os colocam em desvantagem face a nomes como Domingos - sim, o treinador do Sporting! - ou Paulo Bento, seleccionador nacional, e que passam pela sua atitude positiva e capacidade de a transmitir ao plantel, motivando-o, em particular nos momentos decisivos da temporada.
De entre as várias hipóteses que os responsáveis portistas consideram, caso se vejam obrigados a colmatar a vaga do treinador, inclui-se o actual adjunto Vítor Pereira. O natural de Espinho seria uma solução de continuidade e, de certa forma, natural, dado o conhecimento do plantel e o facto de encaixar no perfil pretendido. Quem não pode ser descartado é também Rui Faria, adjunto de Mourinho e que o Special One já disse poder ser o seu verdadeiro sucessor.

Mais caro do que dois Mourinhos

É um lugar comum dizer-se que o sonho de qualquer mestre é ser ultrapassado pelo discípulo e, neste caso, será isso que vai acontecer no que diz respeito ao valor da transferência, caso se concretize a saída de Villas-Boas para o Chelsea. Os 15 milhões de euros que os londrinos terão de pagar para levarem o ainda técnico do FC Porto superam não uma mas as duas transferências protagonizadas por José Mourinho que deram direito a indemnização - no Verão de 2004, o mesmo Abramovich pagara seis milhões ao FC Porto e, no Verão passado, o Real Madrid pagou ao Inter oito milhões. Total: 14 milhões de euros, um a menos do que os 15 que agora se assumem como condição indispensável para levar Villas-Boas para Stamford Bridge.
Seja qual for o pensamento de Mourinho sobre ser ultrapassado por um discípulo, a verdade é que pode ser relegado para segundo lugar na lista dos treinadores mais caros...
Villas-Boas e Mourinho não estão, contudo, sozinhos nesta lista. Até entre clubes portugueses já houve casos semelhantes, desde o milhão de euros que o FC Porto pagou ao Boavista por Jesualdo Ferreira, em 2006, aos 700 mil euros que Jorge Jesus custou ao Benfica quando deixou o Braga.
Lá por fora, uns degraus abaixo dos dois portugueses, surge um outro treinador por quem o Real Madrid pagou quatro milhões de euros, ao Villarreal, o chileno Manuel Pellegrini.

in "ojogo.pt"

A única incógnita é Falcao

A possível saída de André Villas-Boas, que, a confirmar-se, acrescentará mais 15 milhões de euros aos cofres do FC Porto, apresenta um lado positivo, ainda que aparentemente menos visível: com este eventual encaixe financeiro, a SAD prepara-se para fechar o actual exercício com o orçamento equilibrado, depois de ter sido anunciado recentemente por Angelino Ferreira, o responsável pela área financeira da SAD portista, a necessidade de realizar mais-valias na ordem dos 12 milhões de euros até ao final deste mês. Dito de outra forma, com a hipotética venda de André Villas-Boas o equilíbrio do orçamento deixará de ser um problema.
Mas, afinal, qual é o verdadeiro significado desta notícia? Em termos concretos, a eventual entrada destes 15 milhões de euros significa, tão somente, que o FC Porto deixa ter a necessidade de vender mais jogadores até ao final do mês, sejam eles quais forem. Por conseguinte, o poder negocial da SAD aumentará na eventualidade dos 15 milhões de euros caírem nos cofres do Dragão, mesmo em casos como os de Rolando ou Fernando, dois jogadores com muitos clubes interessados, mas também com cláusulas de rescisão praticamente inatingíveis em condições normais.
E é neste quadro que entra Falcao. O FC Porto não quer vender o colombiano e os dirigentes estão convencidos que têm o avançado seguro para a próxima época. Os pressupostos para a renovação estão alinhavados entre as duas partes e prevêem, entre outros aspectos, a subida da cláusula de rescisão para valores superiores a 40 milhões de euros. No entanto, o contrato ainda não foi assinado... Ou seja, continua válida a actual cláusula de 30 milhões de euros, um valor que pode ser considerado acessível para muitos clubes, incluindo o Chelsea de Roman Abramovich. Este é, actualmente, o único caso do plantel que ainda foge ao controle do FC Porto, uma vez que o goleador continua à mercê da tal cláusula que, na comparação com os restantes companheiros, acaba por revelar-se apetecível para os principais emblemas europeus.
O próprio avançado comentou ontem, através do Twitter, as principais notícias do dia. Na primeira mensagem ficou, no entanto, a dúvida sobre o motivo das interrogações. "Que grande surpresa com que acordei hoje! Será verdade? Eu não sei. Alguém sabe de algo?", escreveu. Estaria a referir-se à situação de Villas-Boas ou às notícias que o davam como uma possibilidade no Chelsea? Ficou a dúvida. Poucos minutos depois, novo comentário, desta vez sobre o ainda treinador do FC Porto: "André Villas-Boas vai para o Chelsea? Alguém sabe?". As respostas dos seus seguidores multiplicaram-se ao longo das últimas horas, sem que a resposta às perguntas chegasse com o carimbo oficial.

Elogios ingleses e a comparação com Alan Shearer

Num dia marcado por notícias bombásticas, o site do canal televisivo Sky Sports fez um levantamento dos cinco jogadores que jogam fora de Inglaterra e que poderiam acrescentar golos à Premier League. Falcao foi, sem grande surpresa, considerado o mais promissor. Num pequeno texto, são recordados os muitos assinados pelo colombiano ao longo desta temporada, com especial destaque para os 18 golos apontados pelo avançado na Liga Europa. Para se perceber a dimensão dos elogios, Falcao é considerado como o melhor cabeceador mundial desde os tempos de Alan Shearer, um dos mais míticos pontas-de-lança ingleses de todos os tempos. Rondon (Málaga), Edinson Cavani (Nápoles), Andre Schurrle (Bayer Leverkusen) e Moussa Sow (Lille) são os restantes nomes apontados pelo site da conceituada estação inglesa como os melhores e mais promissores jogadores com capacidade para marcar golos. Inglaterra está cada vez mais atenta a Falcao...

in "ojogo.pt"