quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Villas-Boas: «Continuo à espera da abordagem aos lances»


Tal como tinha prometido, André Villas-Boas voltou a fazer esta quinta-feira um "mea culpa" em relação à posição assumida no final do V. Guimarães-FC Porto, sobre o lance entre Ruben Micael e Alex.

"Não há lamentação possível porque aquela era a minha convicção e certeza, que só mudou depois da confirmação de várias pessoas, e da minha, sobre as imagens. Para mim era óbvio e foi uma pura ilusão de ótica que passou por todos nós", assumiu, não deixando de acusar as "pessoas que à 5.ª jornada deram determinados lances como adquiridos e que não vieram depois fazer nenhum 'mea culpa'."

O técnico do FC Porto garantiu, ainda, continuar à espera da análise da Comissão de Arbitragem (CA) aos lances mais quentes da 7.ª jornada da Liga Zon Sagres:

"A insatisfação foi relativamente a uma série de lances que nos parecem de analisar e rever à 10.ª jornada ou à 15.ª jornada, como foi comunicado e prometido. Nesse sentido, fora do penálti há muita coisa para discutir e há muita coisa que se tentou desmistificar. Continuo por isso à espera da abordagem aos lances e do nível de incisividade que vai ser dado, o mesmo nível de atenção e de desculpabilização que será atribuído, ou não, à equipa de arbitragem".

Villas-Boas:«Qualquer ato de violência é sempre condenável»
 
André Villas-Boas retribuiu, esta quinta-feira, as críticas ao presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, relativamente à sua reação no jogo com o Guimarães. No entanto, revelou sintonia noutras matérias.

"Quero jogar com o Benfica (10ª jornada) no campo e espero que nada aconteça. Espero que a comitiva chegue intacta", disse Villas-Boas, acrescentando que "qualquer ato de violência é sempre condenável".

Villas-Boas desdramatizou o ambiente em que o "clássico" está a ser preparado, e que levou já Luís Filipe Vieira a pedir o reforço de proteção nas deslocações.

O treinador recordou que ainda faltam conquistar 6 pontos nas próximas semanas, União de Leiria (casa) e Académica (fora), para depois receber o Benfica no Dragão com a mesma vantagem e vencer.

Villas-Boas: «Moutinho já merecia titularidade»
 
Com a chegada de Paulo Bento à Seleção Nacional, João Moutinho ganhou uma nova vida na equipa das quinas.

Titular nos dois últimos compromissos de Portugal, onde foi peça preponderante, o jogador "recuperou um lugar que era dele", defende André Villas-Boas.

"Não discutindo opções de selecionadores, o João já merecia ter sido titular nos dois últimos jogos de Carlos Queiroz. Para ele foi um golpe duro não ter jogado nessas partidas [Chipre e Noruega]. Agora recuperou um lugar que era dele e esteve num nível óptimo", considerou o treinador do FC Porto.

Villas-Boas: «Limianos vai entrar com vontade de fazer Taça»
 
André Villas-Boas vai dar uma oportunidade a jogadores menos utilizados na partida do próximo sábado com o Limianos, a contar para a Taça de Portugal.

Sem confirmar o 11 que será colocado em campo, o técnico dos dragões afirmou que "existem oportunidades que têm de ser dadas" e garantiu que irá apresentar uma equipa competitiva.

"Acredito nos factores de transcendência e motivacionais. Se o FC Porto estiver num patamar normal vai vencer. Mas o Limianos vai entrar com vontade de fazer taça", considerou Villas-Boas.

O treinador do conjunto azul e branco afirmou ainda que a equipa que entrar em campo no estádio do Dragão será composta por jogadores que tiveram mais tempo de trabalho ao longo destes dias e onde não devem entrar os internacionais:

"Trabalhámos sem os internacionais nas últimas semanas e sei que vamos ter qualidade na equipa que vai jogar. Há oportunidades que têm de ser dadas. O nosso desafio será com o nosso rigor e organização. Esperamos estar à altura."

Villas-Boas: «Não é mais ridículo renunciar à Taça da Liga?»

André Villas-Boas reagiu esta quinta-feira, em conferência de imprensa, às declarações de Luis Filipe Vieira sobre as críticas do técnico azul e branco à arbitragem e ao "mea culpa", feito no dia seguinte à partida entre o V.Guimarães e o FC Porto.

"Relativamente à minha interpelação no jogo com o V.Guimarães, não sei o que é mais ridículo ou caricato para sequer fazer comparações, que se calhar o melhor mesmo é olhar para os seus próprios botões e pensar no comunicado que fizeram relativamente a uma competição. Se querem abandonar a Taça da Liga que abandonem, porque vão renunciar a todas as outras competições. Portanto, o que é que é mais ridículo, fazer uma interpelação que não faz sentido nenhum aos olhos de quem gosta de futebol, que inclui também a não deslocação dos seus próprios adeptos aos estádios fora, ou uma interpelação normal relativamente a um caso de jogo?", questionou.

Questionado sobre se o seu comportamento na partida de Guimarães não seria um sinal de fragilidade, como muitos críticos têm apontado, o treinador dos dragões recusou a ideia e defendeu que a sua reação esteve apenas relacionada com o lance entre Rúben Micael e Alex.

"Acho que é a vossa interpretação à minha reação. Vocês, mais os moralista e os éticos decidiram culpabilizar determinada reação pelo empate mas a reacção foi exclusiva àquele lance, que para mim parecia demasiado óbvio. Mas independentemente disso, não tenho de me justificar perante vocês, e dá-me igual as interpretações que fazem do que faço».

in "record.pt"

Videos - Conferencia de Imprensa

Video 1

Video 2

Mourinho vs Jesualdo.

Se duvidas existissem sobre a integridade e postura dos dois treinadores portugueses a capa da MARCA e a entrevista do PUBLICO dissipam-nas.

Deixei de ter qualquer tipo de simpatia por Mourinho com o comportamento execravel que teve em forçar a saida do FC Porto, com o culminar na final da Champions como toda a gente sabe e viu.

Jesualdo Ferreira não é Mourinho, no entanto, quer se goste ou não soube dignificar o clube até ao ultimo dia que o representou, como Pinto da Costa reconheceu, permitindo-lhe o contrato mais longo de qualquer treinador na historia do FC Porto.

Por isso, para mim que aprecio não so as vitorias  mas fundamentalmente o respeito, a integridade e humildade, Jesualdo é muito mais treinador que Mourinho.

Posto isto, espero que o Malaga ganhe nem que seja por meio a zero !!!

Descubram as diferenças ...



Tomy Costa: "FC Porto ganhou muito com Moutinho"

É possível que o destino de Tomás Costa tenha escapado a muitos portistas, de quem não chegou a despedir-se. Afinal, por onde anda o médio argentino que, em tempos, até chegou a ser apontado como sucessor de Lucho? Emprestado ao Cluj, da Roménia, a aventura não lhe está a correr lá muito bem. Tem jogado pouco. "Trocámos de treinador e fiquei de parte", justifica-se, explicando o facto de só ter dois jogos incompletos no currículo. "Há que ter paciência; no futebol as coisas mudam", desabafa.

E mudam mesmo. O FC Porto, de que Tomás Costa fez parte na época passada, por exemplo, mudou radicalmente. "Tenho visto os jogos sempre que posso e estou a par de tudo. Têm jogado muito bem e despertado atenções na Europa inteira. Aliás, tenho lido jornais ingleses e italianos e já vi referências elogiosas à forma de jogar deste FC Porto", diz. Tomás Costa concorda com esses elogios e, com o natural conhecimento de causa, sente legitimidade para os detalhar. "Tem sido uma equipa agressiva, que cria muitas situações de golo, porque os avançados são terríveis para qualquer defesa. Falcao, que eu já conhecia da Argentina, nunca me surpreendeu: é um fenómeno e vai cansar-se de tanto marcar", atira, com sorrisos à mistura. Mas há mais por onde seguir na análise. "O FC Porto ganhou muito com a chegada de Moutinho", assegura, apontado como efeito colateral da nova configuração do meio-campo "o nível actual de Belluschi".

Encantado com a dinâmica imposta por André Villas-Boas, com quem trabalhou na pré-temporada, Tomy admite que gostaria de entrar nos planos futuros do treinador. "Sim, claro que gostaria. Tenho mais dois anos de contrato e o FC Porto é um excelente clube para jogar; uma instituição fantástica. Espero ter outra oportunidade. De qualquer forma, ter ganho quatro títulos em dois anos já foi algo muito importante na minha carreira."

Para Tomás Costa, os dragões estão bem lançados para conquistar o título, perdido para o Benfica na última época. Aos que chegaram de novo e que, por isso, podem estrear-se na sensação de vencer o campeonato português, como João Moutinho ou Otamendi, o médio deixa uma mensagem especial. "A melhor recordação que tenho foi precisamente o primeiro campeonato que ganhei no FC Porto. Ver toda aquela gente nos festejos de rua é uma coisa inesquecível; fiquei muito surpreendido na altura. Dei-me conta da dimensão do clube; aqueles milhares de pessoas que saudavam o nosso autocarro descapotável. Essa paixão dos adeptos ficou-me gravada", remata.

Contrato tem cláusula para sair em Janeiro

Como já se disse, a vida de Tomás Costa no Cluj não tem sido fácil: um jogo no campeonato e outro na Taça romena, ambos incompletos. O jogador ainda não desistiu da ideia de afirmar-se na Roménia, mas explica que até pode sair na próxima janela de transferências. "O FC Porto acautelou a possibilidade de eu sair na reabertura do mercado se houver uma proposta de outro clube ou se quiser que regresse. Não quero pensar nisso, mas apenas em jogar e garantir continuidade. Conheci aqui dois argentinos, Culio e Peralta, que me têm ajudado na adaptação."

"Com Jesualdo era sim ou... sim"

Ao contrário do que possa pensar-se, por não ter sido opção regular nos dois anos que passou no Porto, Tomás Costa gostou muito de trabalhar com Jesualdo Ferreira. "É um grande treinador, um professor de futebol como lhe chamávamos no balneário. Muito táctico e obcecado pelo trabalho. Foi o meu primeiro treinador europeu, recebeu-me bem e estava sempre atento ao que se passava connosco fora dos relvados. Em termos futebolísticos, o conceito mais claro que nos deixou foi o da recepção de bola orientada, com o passo seguinte calculado, e a importância da boa colocação em campo. Os argentinos devem saber do que falo quando observam o Bolatti actual. Ganhar um segundo na jogada é um momento-chave e Jesualdo Ferreira fazia finca-pé nisso: era fundamental para ele e tínhamos de aprender. Era sim ou sim", conta, divertido.

Na memória de Tomy ficou gravada, pela negativa, a eliminação nos quartos-de-final da Champions, com o Manchester. "Empatámos a dois em Inglaterra e perdemos no Porto, com um golo de 40 metros. Ainda estivemos perto de empatar, mas ficámos com essa espinha atravessada. Doeu-nos menos perder por 5-0 com o Arsenal nos oitavos do ano seguinte", confessou o argentino.

"Criei expectativas com a saída de Lucho"

Tomás Costa encara o problema de frente e não foge às responsabilidades: a passagem pelo FC Porto esteve longe de ser um sucesso absoluto a nível individual. Faltou-lhe exactamente o quê para vingar em Portugal? "Faltou afirmar-me", diz prontamente. Depois, procura os detalhes para explicar o insucesso. "Acho que estive em 70 jogos nos dois anos [fez 71, 40 dos quais no campeonato], mas não me consolidei como titular. Criei muitas expectativas depois da saída do Lucho, porque se abriu uma vaga, mas logo chegaram Belluschi, Valeri e passou a haver mais gente para aquela posição. Eu entrava e saía, com várias posições em campo e nunca com um lugar fixo. Gostaria de emendar isso."

Saudades dos churrascos no terraço de Mariano

Saudade. Tomás Costa aprendeu a tal palavra sem tradução noutras línguas. "Sinto falta do Porto, onde já tinha as minhas coisas. O meu apartamento, o meu automóvel, os meus amigos. Mas, a minha profissão obriga-me a saber adaptar-me às mudanças. Não havendo continuidade no FC Porto, o melhor era sair. Tínhamos chegado a esse acordo". Alguns dos amigos mais chegados do plantel também já partiram para outras paragens: Lucho e Lisandro, por exemplo. "Houve muitos jogadores importantes com quem me cruzei. Lucho, Lisandro, Bruno Alves, Meireles. Era um plantel de grande qualidade. Jogadores que, apesar de terem ganho muito, sentiam sempre fome de glória. Isso ajudou-me muito a interiorizar rápido o que era o FC Porto. Tive de mudar o chip, porque estava habituado a lutar por coisas diferentes no [Rosário] Central".

Os argentinos foram determinantes na primeira aventura europeia. "Fiz grandes amigos. Quando cheguei, Lucho e Lisandro estavam sozinhos e acabei por passar mais tempo com eles. Mariano, Tecla Farías, os colombianos e os uruguaios tinham a família. Fiz uma amizade fantástica com Lucho e Licha. Aliás, visitei o Lucho em Marselha há pouco tempo. É um dos meus melhores amigos. O Lisandro tem também uma qualidade humana impressionante". Há outra coisa de que sente falta: os "asados", ou churrascos, em casa de Mariano. "Ele vive no último piso de um prédio e tem um terraço onde podíamos assar. O Mariano começava sempre a cozinhar, mas o Tecla tinha a mania de meter a mão, porque é um perfeccionista de um bom churrasco. Nunca nos faltou a carne nem erva para o mate [o chá que os sul-americanos não dispensam]".

in "ojogo.pt"

Noticias Breves

Treino fechado seguido de conferência de Villas-Boas

Villas-Boas orienta hoje de manhã mais uma sessão de treino, desta vez à porta fechada. Com a chegada dos últimos internacionais, o treinador pode finalmente trabalhar com todo o plantel a poucas horas do jogo da Taça. Às 12h30 fala em conferência de Imprensa.

Venda de bilhetes alargada ao público em geral

Os bilhetes para o jogo da Taça de Portugal com o Limianos passam a estar à disposição do público em geral, depois de ter estado restrita aos sócios do FC Porto. Os preços para esta segunda fase de venda variam entre os 2 e os 8 euros, para atrair os adeptos ao estádio.

Já só faltam o sul-americanos

Os sete internacionais portugueses já voltaram ao trabalho no Olival, sem qualquer mazela e estão à disposição de Villas-Boas para o encontro com Os Limianos. João Moutinho, Beto, Varela, Rolando e Rúben Micael chegaram, cerca das 5 da madrugada, a Lisboa, onde tinham um funcionário do clube à espera para o levar para o Porto. Significa isto que só puderam descansar da viagem - Moutinho foi o único utilizado em Reiquejavique - quando já muitos dos portugueses estavam a caminho do emprego. Algum tempo depois apresentaram-se ao serviço como se nada se passasse. Contudo, o técnico portista teve a preocupação de não os sobrecarregar com trabalho. Castro e Ukra, utilizados no triunfo dos sub-23 sobre a Irlanda do Norte, não precisaram de fazer uma longa viagem e também voltaram sem qualquer limitação, prevendo-se que sejam opções para o encontro da Taça de Portugal, marcado para as 19 horas de sábado.
Com a chegada dos portugueses ficam a faltar os três uruguaios, que também já se encontram em Portugal, mas só esta manhã é que devem estar às ordens de Villas-Boas. E ainda Falcao, que será o último a regressar, sendo esperado na cidade esta manhã, mas dificilmente a tempo de integrar o treino.
Quem também não esteve nos relvados do Olival foi o polaco Kieszek por causa da entorse no tornozelo direito. Ficou a fazer tratamento e por isso foram "recrutados" dois guarda-redes às camadas jovens: Kadú e Elói.
O treino foi de recuperação para os internacionais e um pouco mais intenso para os restantes, mas o técnico portista ainda não ensaiou o onze para sábado, preferindo esperar pela chegada de todos os jogadores. Em todo o caso, é seguro que fará muitas alterações em relação ao empate com o Guimarães.

in "ojogo.pt"

Madjer no Dragão

Rabah Madjer, o mago argelino que ficou para sempre no coração dos portistas, tem lugar reservado nas bancadas do Estádio do Dragão, assim como o treinador Artur Jorge, para assistir ao espetáculo de Massimo Furlan intitulado “Furlan Número 8”. A peça, que terá lugar amanhã, às 21 horas, em pleno relvado, terá a duração de 90 minutos e nela o ator de 45 anos vai reproduzir todos os movimentos do antigo craque na final de Viena, em que os azuis e brancos venceram o Bayern Munique (2-1).

Quem se deslocar ao Dragão terá de levar no bolso um rádio e sintonizar 102.1 FM, de forma a acompanhar o espetáculo através do relato integral do encontro de 1987. Os que não o fizerem terão oportunidade de adquirir um aparelho à entrada do estádio, para que não percam nada do que acontece no terreno de jogo.

“Quando era pequeno ficava em casa a ouvir os relatos e imaginava aquilo que os jogadores faziam. É isso que farei agora. Vi várias vezes o Bayern Munique-FC Porto, decorei ao máximo os movimentos do Madjer e vou recriá-los”, referiu o suíço, que já fez o mesmo com Platini e Boniek, entre outros.

in "record.pt"

Villas-Boas foi um jogador à F. C. Porto

Faz hoje um ano que André Villas-Boas abraçou a carreira de treinador. Evitou a descida da Académica e ganhou o bilhete para orientar o F. C. Porto. Uma carreira que começou como jogador no futebol amador. Os primeiros treinadores recordam o carácter do Cenourinha.

Pode ser bisneto do 1.º Visconde de Guilhomil, ter sangue azul a correr-lhe nas veias e ser o treinador da moda do futebol português, mas André Villas-Boas deu os primeiros passos futebolísticos nos campos pelados do distrito do Porto. Foi aí que alimentou a paixão pelo desporto, de chuteiras calçadas e muitos sonhos erguidos. Em meados da década de 1990, jogou no Ramaldense e no Marechal Gomes da Costa, dois clubes populares da cidade Invicta, que competem no futebol amador e distrital, respectivamente. E onde os jogos valem bem mais do que uma simples vitória. São um salutar convívio de jovens apaixonados pela bola.

No Marechal Gomes da Costa, era "conhecido pelo Cenourinha", lembra Manuel Ribeiro, actual director-desportivo do Moreirense. Na altura, era o treinador da equipa amadora que se exibia ao sábado à tarde. Os cabelos ruivos ajudavam a caracterizar um jogador de recursos promissores e que se distinguia pelo carácter de quem e era capaz de levar o sacrifício até patamares extremos.

Tinha espírito agressivo

"Jogou connosco durante uma época. Era um médio muito razoável e tinha uma característica fundamental, era extremamente participativo no jogo. Procurava a bola e tinha um espírito agressivo, antes quebrar do que torcer. Era um jogador à F. C. Porto, um líder em campo. Tinha 20 anos e só não era capitão porque a braçadeira pertencia sempre jogador mais antigo", conta Manuel Ribeiro, ex-treinador do Marechal Gomes da Costa, que não estranha o sucesso que tem caracterizado o trabalho de André Villas-Boas. "Não me surpreende, porque já nesse tempo era uma pessoa empenhada".

Nessa altura, dava os primeiros passos nos escalões de formação do F. C. Porto, onde desenvolvia o gosto pela organização colectiva e desempenhava funções de treinador: "Gostava de falar comigo sobre tácticas e como o meio-campo se devia organizar. Era um atleta com atitude crítica e corrigia os colegas no campo". Além disso, tinha outra característica: "Não sabia perder e convivia mal com as derrotas".

Dava instruções em campo

Antes, também vestiu a camisola do Ramaldense, no qual Humberto Coelho deu os primeiros pontapés na bola antes de se transferir para o Benfica. Chegou por influência dos amigos de escola do Colégio do Rosário, paredes-meias com as instalações do clube portuense, onde a bola entretia muitos treinos semanais. Em meados da década de 90, a equipa sénior definhava nos distritais e corria o risco de descer de divisão. Até que tudo mudou.

"Quando cheguei, estávamos mal classificados e tivémos de recorrer à equipa de juniores para termos um plantel mais competitivo. Promovemos três jogadores e um deles era o André Villas-Boas", lembra Quim Espanhol, na altura técnico do Ramaldense e que hoje se ri quando dizem que o treinador do F. C. Porto nunca foi futebolista: "Jogava a médio e tinha muitas qualidades. Era um jogador de fibra, valente e habilidoso. Foi um dos que nos ajudou a não descer de divisão. Fazia bons passes a 20 ou 25 metros".

Mas já quando tinha 18 anos, era mais do que um simples jogador a impulsionar o meio-campo. Era um treinador que orientava os colegas nas acções mais difíceis: "Dava muitas ordens no campo. Não se inibia de dar instruções ao jogador mais velho, que tinha 30 e muitos anos". Hoje, Villas-Boas é o treinador da moda do futebol português, faz um ano como técnico principal, o primeiro patamar de uma carreira que promete grandes êxitos. "Creio que nem ele adivinharia aquilo que é hoje. Mas merece o sucesso que está a ter", finaliza Quim Espanhol.

in "jn.pt"

FC Porto - Aguas Santas ... Maiatos fazem sofrer

A fechar a sexta jornada, e em jogo atrasado devido aos compromissos do FC Porto na Taça EHF, a deslocação do bicampeão a casa do Águas Santas valeu-lhe a quinta vitória da época e a colagem ao grupo da frente, onde estão Benfica e ABC. Começou por parecer fácil com o parcial de 0-4 conseguido nos seis minutos iniciais, mas a equipa, bem montada por Jorge Borges, ex-adjunto de Jorge Rito no ABC, reagiu e deu réplica, obrigando os portistas a empenharem-se numa defesa mais dinâmica, ao mesmo tempo que se tornava evidente a preocupação de Ljubomir Obradovic em aumentar o rendimento da primeira linha com as trocas de laterais. Dos seis aos 20 minutos, o Águas Santas, liderado pelo central Pedro Cruz, chegou à igualdade (6-6 e 8-8) e nesta altura o FC Porto não soube aproveitar a primeira superioridade numérica: falhou na finalização e viu Filipe Mota excluído por palavras. Por alguns minutos os maiatos andaram na frente (10-9; 11-9; 11-10), mas três acções de Mota e duas defesas quase seguidas de Hugo Laurentino relançaram os dragões ainda antes do intervalo. No arranque da segunda parte, o vermelho directo a Inácio Carmo complicou a vida ao FC Porto, que se viu pressionado e nem sempre os lances corriam bem, sobretudo por mérito dos anfitriões - boa noite para António Campos e Eduardo Salgado -, que se encostaram (25-26) perto do fim. Com uma vantagem curta e Mota desqualificado, valeu a cinco minutos do fim uma defesa providencial de Hugo Laurentino. Aqui o Águas Santas quebrou e a primeira linha dos azuis e brancos renasceu.

in "ojogo.pt"

Guarín: “Reagimos bem ao jogo em Guimarães”


Em antevisão ao encontro caseiro da terceira eliminatória da Taça de Portugal no próximo sábado frente ao Limianos, o médio portista acredita que o jogo será mais díficil do que aquilo que se acredita, prometendo uma equipa responsável e a procurar jogar bom futebol, mas sempre atenta a possíveis surpresas do adversário.


“É uma boa oportunidade para os que estão menos habituados a jogar. Teremos de aguardar pela partida para saber quem vai alinhar de início, mas o mais importante é que os que joguem mantenham o bom rendimento da equipa”, declarou Guarín à margem da visita à Escola de Futebol Dragon Force de Grijó, em Vila Nova de Gaia, adiantando que “a ideia é precisamente não facilitar, pois é por aí que as coisas se podem complicar. Temos de encarar este encontro como encaramos todas as partidas: com responsabilidade e respeito pelo adversário e apresentando um bom futebol e golos.”

Acercando o assunto eminente da sua renovação com o FC Porto, Guarín assume uma postura optimista perante o seu futuro com um clube que considera ser um dos melhores do mundo. “Sinto-me muito contente por estarem satisfeitos comigo. É um orgulho renovar com o FC Porto. Tem sido uma experiência muito positiva. É o melhor clube em que já joguei. Já estive na Argentina, em França e mesmo na Colômbia, e aqui vejo coisas muito boas, que me dão tranquilidade para continuar e confiar neste grande clube”.

Em relação aos incidentes da passada jornada em Guimarães, Guarín relativizou o assunto, abstraindo-se de comentar a atitude do técnico André Villas-Boas que foi expulso no decurso do encontro após ofensas dirigidas ao árbitro. “Sabíamos que podíamos perder pontos a qualquer altura, mas continuamos de cabeça erguida, até porque não se tratou de uma derrota. Mantemo-nos invencíveis e esperamos seguir nesse caminho”.

In "msndesporto"