terça-feira, 29 de novembro de 2011

Invencibilidade rompe fronteiras

Os 41 jogos sem perder do Arsenal na Premiership, entre 2003 e 2004, são um registo já distante na actual caminhada do FC Porto e que nos obriga a romper para Leste na procura de invencíveis que superem a série que Vítor Pereira divide com Villas-Boas e Jesualdo Ferreira.
São 20 meses sem conhecer o sabor da derrota e que deixam os dragões a sete jornadas de um recorde absoluto a nível interno. É um ciclo exigente, sobretudo pela deslocação a Alvalade, mas que até compreende quatro jogos caseiros e deixa totalmente em aberto a concretização de um novo marco na história dos nossos campeonatos.
No novo século é preciso ir às provas mais remotas do futebol europeu para encontrar melhores marcas, o que confirma um outro dado: nos campeonatos de topo, não há quem se aproxime da actual marca dos portistas.
Só em ligas da antiga União Soviética é que se encontram registos que superam a meia centena de encontros sem derrotas. O campeão é o FC Sheriff, da Moldávia, que esteve 63 jogos invicto entre 2005 e 2008, o que acaba por ser um feito notável até para uma equipa que gozou de uma hegemonia interna de dez anos só interrompida na época passada.
Naturalmente, também Levadia Tallinn (Estónia) e Pyunik (Arménia) são reis em campeonatos completamente periféricos, num ranking de onde sobressaem unicamente os 55 jogos sem perder do Shakhtar Donetsk na Ucrânia, entre 2000 e 2002.
Vítor Pereira denotou algum desprezo pelos números, mas a barreira da invencibilidade é algo de que o plantel se orgulha e que defende, apontando ao tal recorde dos Campeonatos Nacionais. Romper fronteiras será um bónus para uma equipa que nem nos momentos mais críticos cede na Liga.

Alvalade é a prova de fogo

Prolongar a invencibilidade é juntar o útil ao agradável. Com o campeonato ao rubro, qualquer deslize tem implicações na tabela. Não é só um capricho que está em jogo, mas o grande teste à consistência do FC Porto é a deslocação a Alvalade, palco onde a série começou, depois de uma derrota pesada com o Sporting ainda na era de Jesualdo Ferreira. Os dragões só têm mais dois jogos para o campeonato até final do ano, sendo que o último é a recepção ao Marítimo, uma das equipas-sensação da temporada. Os leões abrem o ano 2012.

Maratonas sem derrotas

O desmembramento da União Soviética criou novos campeonatos que não primam pela competitividade. Melhor do que o FC Porto, só no bloco de Leste, mas os dragões correm também atrás da sua melhor marca (têm de bater o registo de Robson) e do recorde nacional, que pertence ao Benfica de John Mortimore.

in "ojogo.pt"

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