sábado, 6 de novembro de 2010

Conferencia Imprensa Andre Villas-Boas

Villas-Boas recorda o primeiro clássico, aos ombros do padrinho nas Antas
Técnico do F.C. Porto habituou-se aos duelos com o Benfica desde cedo


André Villas-Boas acompanha, desde terna idade, as recepções do F.C. Porto ao Benfica. Em vésperas do clássico no Estádio do Dragão, o Maisfutebol pediu ao treinador para recordar a sua experiência como adepto portista.

«Vinha aos ombros do meu padrinho para o futebol, teria três ou quatro anos, e ia para a arquibancada. Só me lembro de brincar e por vezes saltar às cavalitas do meu padrinho para ver quem marcava», explicou André Villas-Boas, sem precisar datas.

Tendo nascido em 1977, o primeiro clássico do treinador do F.C. Porto terá sido entre 80 e 81. Muitos outros de seguiram, como Villas-Boas, então adepto, admitiu. «Lembro-me também de muitos clássicos na Superior Sul com os SuperDragões, no banco de apoio ou na Arquibancada sozinho, a fazer análise», completou.

«Boicote do Benfica? Deixa andar a ver o que acontece»
André Villas-Boas não sabe se irá ver adeptos do Benfica no Dragão

«Prefiro deixar ao vosso critério jornalístico. Não li a secção Benfica nos jornais, não reparei se já havia organização dos adeptos para a viagem. Eu tive a minha opinião sobre o boicote, depois pareceu haver um contra-senso em relação ao mesmo. Agora já estou na fase do deixa andar e ver o que acontece.»

Esta é a posição de André Villas-Boas em relação ao boicote decretado pelo presidente do Benfica, em relação aos jogos da formação encarnada fora de portas. Apesar da medida, o clube lisboeta requisitou 2.500 bilhetes, explicando que o clássico não se enquadrava na estratégia do denominado boicote.

Para além de falar sobre o caso, o treinador do F.C. Porto respondeu a várias questões sobre Hulk. O melhor marcador dos dragões nunca balançou as redes frente ao Benfica, podendo surgir um duelo com David Luiz, caso Jorge Jesus aposte no central para a lateral esquerda.

«Não sei se o David Luiz irá jogar a lateral esquerdo. Se acontecer, mudam comportamentos e estaremos preparados. Referimos isso mesmo hoje aos jogadores. O F.C. Porto-Benfica não é um Hulk-David Luiz, não faz sentido falar em duelos individuais», disse Villas-Boas, acrescentando mais tarde: «O Falcao também nunca tinha marcado ao Benfica e isso aconteceu na Supertaça, o Hulk nem nós estamos à procura de atribuir esse tipo de preponderância especial. Pode ser o Hulk a marcar ou outro qualquer.»

O treinador do F.C. Porto enalteceu a importância do discurso na preparação de um jogo. «Acredito na importância de uma palestra, por muito que o futebol actual se divirta com o táctico, que se faça a exacerbação do táctico. Convém a muita gente destacar esse aspecto, para esconder as fraquezas. Ter qualidades humanas também é muito importante. Acredito nos valores da transcendência, da força do balneário. Houve um grito de revolta nesse jogo na Supertaça, e esse grito continua, pelo que aconteceu na época passada», frisou.

Na recta final da conversa com os jornalistas, André Villas-Boas pediu ainda uma boa arbitragem para o clássico. «Só desejo que a equipa de arbitragem seja tão boa como o jogo com o Braga, o Porto-Braga marcou o campeonato. Que o Porto-Benfica faça o mesmo», desejou o técnico.

Villas-Boas: «Ganhar ao Benfica tem um sabor único e especial»
Clube encarnado «é campeão nacional com mérito absoluto»

André Villas-Boas, treinador do F.C. Porto, fez neste sábado a antevisão do clássico frente ao Benfica. Na conferência de imprensa realizada no Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, o técnico azul e branco elogiou o seu adversário mas apostou no triunfo.

«A aposta cega é na vitória. Na leitura do que se pode passar, do que o jogo pode trazer, temos esse compromisso com a vitória. Ganhar ao Benfica em casa tem um sabor único e especial», reconheceu.

A exemplo do que sucedera após o embate com o Besiktas, Villas-Boas fez questão de enaltecer a qualidade do Benfica: «O Benfica é campeão nacional com mérito absoluto, disputando o título até à ultima jornada com o Sp. Braga. Demonstrou a qualidade do seu futebol não só em Portugal como na Europa. Perdeu duas pedras importantes, como nós, não se conseguiu organizar da forma como desejada e é por isso que chega a este clássico com a diferença pontual.»

«Ainda assim, tendo em conta que são campeões, o que fizeram esta semana com o Lyon, o menor tempo de recuperação do F.C. Porto, tudo isto antevê uma possibilidade de ameaça para o Porto. São duas grandes organizações que se encontram, estamos extremamente confiantes e temos uma oportunidade única para nos distanciarmos 10 pontos. Para isso, temos de jogar. Queremos aproveitar esta oportunidade», garantiu o técnico.

«Benfica a querer dar grito de revolta»

Na Supertaça, o F.C. Porto bateu o Benfica de forma convincente. Agora, Villas-Boas espera a resposta encarnada: «O que transmiti aos meus jogadores foi que espero um Benfica a querer dar um grito de revolta em relação à Supertaça. Na altura, estava a ser super elogiado, era um Benfica que dificilmente alguém pararia, mas encontrou um adversário muito forte. O F.C. Porto quer continuar a marcar a sua posição, perdeu a Taça da Liga, foi castigado de forma injusta com o afastamento de dois jogadores.»

«Desconfio que se esteja a passar uma mensagem enganosa. Parece-me que temos um Porto até Leiria ultra-elogiado. Depois, houve condicionantes no jogo com a Académica, onde até se falou de jogo sofrido. A Académica fez um remate na segunda parte. No jogo com o Besiktas, também houve condicionantes difíceis. Em dois jogos, começa-se a perspectivar um Porto em pseudo-queda. Choca com a argumentação das 15 vitórias. Em dois jogos, mete-se em causa tudo o que foi feito para trás. Obviamente que vou alertando os meus jogadores para tudo isto», explicou André Villas-Boas.

Em caso de vitória, o F.C. Porto ficaria com dez pontos de vantagem sobre o Benfica. Contudo, o treinador dos dragões lembra que o campeonato está demasiado longe do seu final. «Há vários cenários que podem acontecer, sendo que o cenário de 10 pontos, para nós, seria o cenário ideal. Perguntem aos outros treinadores se entregariam o campeonato caso a diferença fosse de 10 pontos. O F.C. Porto ainda tem de ir a Alvalade, a Braga, à Luz. Perguntem aos outros treinadores, por exemplo ao Jorge Jesus. Bem, nesse caso, não podem», brincou, aludindo à exclusividade da BenficaTV nas chamadas conferências de imprensa.

in "maisfutebol.iol.pt"



1 comentário:

dragao vila pouca disse...

Espero um Porto forte, com o mesmo espírito da Supertaça, a pressioná-los empurrado por um apoio fantástico do público do Dragão.

Se for assim, acredito que não vai ser fácil, mas vamos ganhar.

Um abraço