sábado, 1 de outubro de 2011

Colômbia quer que James seja engenheiro


Herman José celebrizou, em torno de personagens da Invicta, o chavão "este homem é um engenheiro". James ainda não tem o canudo, mas na Colômbia há uma Universidade que tenta aliciá-lo para uma licenciatura em Engenharia de Sistemas. As notícias dão a plataforma de entendimento como adquirida, mas O JOGO apurou que o esquerdino ficou de avaliar a sua disponibilidade para o curso e a possibilidade de o conciliar com a agenda do FC Porto e, agora, da selecção.
A UNAD (Universidade Nacional Aberta e à Distância) até anuncia, na sua página oficial, a "contratação" de James, dando conta de contactos adiantados com o reitor Jaime Alberto Afanador para que pudesse, confortavelmente e a partir do Porto, cumprir a licenciatura. Um cenário que, segundo nos explicaram, ainda não é definitivo, apesar de James não ter enjeitado a possibilidade de completar a sua formação.
A história ganha pertinência porque não é frequente vermos futebolistas profissionais a complementarem a sua actividade com estudos superiores. Não se pense, porém, que os jogadores desprezam a sua formação e basta lembrar que João Moutinho e Emídio Rafael reforçaram as suas habilitações literárias, no ano passado, ao abrigo do programa "Novas Oportunidades".
No plantel dos dragões, recordemos ainda que Rafael Bracali é doutor, sendo licenciado em Educação Física, tal como o pai. E James também não será o primeiro colombiano a interessar-se por uma graduação superior, até porque o nosso bem conhecido Falcao chegou a estar inscrito em Jornalismo pela Universidade de Palermo, na Argentina.
James tem a cabeça no FC Porto, mas não descarta que um dia lhe digam: "Este homem é um engenheiro..."

"Há preconceitos quanto à inteligência dos jogadores"

Nos anos mais recentes, serve de exemplo o caso de Nuno Piloto, médio do Olhanense que, enquanto jogou na Académica, conciliou o futebol com os estudos. Entre a licenciatura e o mestrado em Bioquímica foram sete anos de esforço. "É possível conciliar as coisas, mas exige espírito de sacrifício. Há, sobretudo, algum prejuízo ao nível do descanso, mas com determinação tudo se consegue", sustenta.
Nuno Piloto é, acima de tudo, contra a ideia de que um futebolista é vazio de ideias e que tem uma agenda pessoal pobre quando não está a treinar ou a competir. "Há preconceitos quanto à inteligência dos jogadores, mas os estudos são importantes, porque a carreira é curta e é bom termos uma ferramenta a que nos possamos agarrar", insistiu.
Nuno Piloto, o verdadeiro estudante, usa o seu exemplo para motivar os colegas e aconselha James a aproveitar a oportunidade para reforçar a sua formação. "Pode nem chegar a precisar dela, mas é conhecimento que fica", salienta este médio de 29 anos, já calçado para o futuro.

in "ojogo.pt"

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