domingo, 1 de agosto de 2010

Erros ditam primeira derrota

Depois de três vitórias consecutivas, a uma semana de defrontar o Benfica, o FC Porto perdeu pela primeira vez na pré-época. O central Traoré deu a vitória ao PSG no último suspiro do jogo, num lance que serviu para exemplificar algumas falhas defensivas cometidas pela equipa de Villas-Boas ao longo dos 90 minutos. Para hoje está reservado o jogo com o Bordéus e a decisão sobre o vencedor do Torneio de Paris. E o FC Porto, mesmo que vença, já não pode levantar o troféu.


O que houve de positivo e negativo na exibição do FC Porto em Paris diante de muitos emigrantes portugueses? Sem dúvida, a circulação de bola durante alguns períodos do jogo merece elogios, apesar de a eficácia ofensiva não ter sido conseguida. Walter estreou-se e só tentou ganhar ritmo e Falcao ficou, mais uma vez, sem marcar. Pela negativa há a apontar as tais falhas no sector recuado, mais evidentes na segunda parte.

André Villas-Boas tinha dito que o jogo não serviria para descobrir o onze titular para a Supertaça e que o importante era continuar a dar minutos aos jogadores (Guarín e Álvaro Pereira jogaram pela primeira vez), mas deve ter ficado com ideias mais esclarecidas sobre alguns jogadores. Na primeira parte, por exemplo, a colocação do médio colombiano entorpeceu um pouco o sector, que viveu mais de João Moutinho e, no ataque, as explosões intermitentes de Hulk ficaram sem o objectivo final: o golo. O brasileiro esteve perto de o conseguir, mas Apoula negou-o aos 29 minutos. Na baliza portista, e com Rolando e Maicon à frente de Kieszek, também houve oportunidades de golo. Kezman esteve a milímetros dos festejos depois de uma cabeçada cheia de técnica.

Na segunda parte, com a entrada de Rúben Micael para o lugar de Guarín, a circulação de bola melhorou, embora o ataque, agora com James no lugar de Rodríguez, não tenha melhorado, nem tão-pouco com a substituição de Falcao por Walter. A defesa, com Emídio Rafael no lugar de Álvaro Pereira e Sereno no posto de Maicon, é que baixou de nível, tanto mais que o meio-campo defensivo também perdeu lucidez na pressão sobre a bola. Resultado: lançamento lateral, Helton ficou a meio, Rolando hesitou e Traoré não perdoou.

André Villas-Boas baralha onze da Supertaça

Como começou
Circulação

Com o sistema táctico do costume, a novidade foi a inclusão de Álvaro Pereira e Guarín. Mas só o primeiro parece perto da titularidade. Moutinho a comandar o meio-campo e Hulk a tentar o golo no ataque foram os artistas de serviço. Fernando começou muito bem, a criar jogo depois de recuperar bolas.

Como acabou
Menos eficácia

Com o PSG a acelerar, o FC Porto abanou um pouco nos processos defensivos, permitindo, por outro lado, o brilho de Helton. Sereno foi mais permissivo do que Maicon e Rolando, ainda sem o melhor ritmo, baixou de nível. Com a bola nos pés, e através de Rúben Micael, voltou a haver boa circulação de bola da equipa portista.

Paris SG 1
FC Porto 0

Estádio: Parque dos Príncipes

Árbitro Lennart Bruggemann, auxiliado por Rene Kunsleben e Dimitros Gavrilas

Treinador Antoine Kombouare

Apoula; Ceara, Camara, Traoré e Armand (Jallet, 51'); Makelele, Sessegnon e Chantôme; Maurice (Makonda, 19'), Erding e Kezman

Treinador André Villas-Boas

Kieszek (Helton, 46'); Miguel Lopes, Rolando, Maicon (Sereno, 63') e Álvaro Pereira (Emídio Rafael, 46'); Fernando, João Moutinho e Guarín (Rúben Micael, 63'); Hulk, Rodríguez (James, 63') e Falcao (Walter, 63')

Ao intervalo 0-0

Golo
Traoré (90')

Cartão amarelo a Miguel Lopes (72')


in "ojogo.pt"

Sem comentários: