quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Hierarquia sob pressão



OTAMENDI E FUCILE AMEAÇAM TITULARES

Como se pode melhorar o que tem sido quase perfeito? É este o dilema para o qual Villas-Boas pode dar resposta já no encontro de sábado, frente ao Sp. Braga, no qual vai procurar manter o registo imaculado de 6 vitórias em 6 jogos oficiais. O técnico azul e branco já pode explorar todo o potencial do seu plantel depois de uma paragem para as seleções crucial no sentido de garantir a integração dos reforços que terão de dar um passo em frente nas próximas semanas.

A hierarquia da titularidade vai estar inevitavelmente sob pressão a partir do momento em que Nico Otamendi e Fucile começam a bater à porta do onze. No meio-campo e ataque dificilmente se processarão alterações. Já na defesa, apesar da solidez que tem sido patenteada, com apenas 2 golos sofridos, em casa, com o Genk, e sem Helton na baliza, a ordem de valores poderá sofrer um reajuste fruto de um confronto de qualidade individual que não pode ser ignorado.

Até agora, Maicon foi totalista do plantel, não falhando um único minuto dos 540 possíveis no que vai de temporada oficial. Porém, o FC Porto investiu 4 milhões em Otamendi, acreditando que o argentino, apesar da sua juventude, será o tal líder capaz de fazer esquecer Bruno Alves. Algo que o brasileiro ex-Nacional, apesar do empenho demonstrado, não conseguiu na totalidade, nomeadamente devido a uma exibição titubeante frente ao Genk.

O futebol é inclemente no que toca a decisões complicadas e Villas-Boas já demonstrou que é pouco dado a hesitações. Com um ciclo complicado à vista, dado que após o Sp. Braga segue-se de imediato a estreia na Liga Europa, o mais natural é que o técnico coloque desde já as cartas na mesa, enviando uma mensagem para o grupo perfeitamente clarificadora sobre em quem está disposto a depositar confiança no imediato.

Agora

Helton tem sido um bastião entre os postes e continua por superar nos jogos a doer, dado que foi Beto a encaixar os dois tentos perante os belgas. Rolando e Alvaro Pereira são outros totalistas que nem sequer admitem concorrência. Para Otamendi, é muito provável que o futuro comece já este semana, relegando Maicon para o banco e adaptando-se ao futebol europeu com o comboio em andamento. Resta o flanco direito onde a disputa é mais renhida, mas onde Fucile, após o desejo expresso de saída, volta a estar em condições de superar um Sapunaru que nem sequer tem trabalhado em pleno. O técnico vai ter a palavra.

in "record.pt"

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