Se ninguém bater 45 milhões de euros, Falcao apresenta-se ao trabalho daqui a quatro dias. É um contra-relógio decisivo para se perceber o futuro de El Tigre, a quem o FC Porto ofereceu condições contratuais dignas do seu estatuto, mas que não deixou de ser namorado por outros emblemas. E no caso do colombiano, a pergunta não é "quem quer?", mas "quem pode?". Ora, o Atlético de Madrid gostava muito de contar com o goleador, como assume o seu presidente a O JOGO, mas há um longo caminho entre o desejo e a realidade. "Gostamos de Falcao, mas é caro. Sabemos o que o FC Porto pede e nem sequer houve contactos", disse-nos Enrique Cerezo. Uma tese corroborada pelo director-desportivo, Caminero, que até já avança por alternativas, com Rossi (Villarreal) e Osvaldo (Espanyol) à cabeça.
A presença de Antero Henrique e Angelino Ferreira em Madrid, no início da semana, alimentou especulações em torno da saída de El Tigre, mas o périplo do director-geral, que também passou por Itália, mais não reflecte do que uma firme postura da SAD no mercado. A janela de transferências está longe de estar fechada e parece inevitável que o plantel registe baixas. Falcao é o activo mais bem posicionado para permitir um encaixe de vulto à sociedade, mas o colombiano procura, mais do que um grande contrato, um projecto ganhador.
Villas-Boas, que não disfarça a sua admiração pelo avançado, gere demasiadas opções para o sector e ainda não encontrou espaço para encaixar El Tigre. Poucos clubes têm o poderio financeiro do Chelsea, pelo que é também restrito o lote de equipas que pode surgir no encalço de Falcao. Contrato, esse, há só um e até recentemente reforçado. Por isso, e até ver, é na Invicta que El Tigre vai aterrar.
in "ojogo.pt"
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