terça-feira, 6 de setembro de 2011

U. Leiria - F.C. Porto, 2-5 (crónica)


Nem o apagão travou o dragão na corrida pelo regresso à liderança da Liga. Na capital do vidro, os campeões nacionais mostraram qualidade de cristal com James Rodriguez e Kléber como maiores artífices da vitória.


O F.C. Porto recuperou o primeiro lugar da Liga depois de uma vitória folgada (a mais gorda até ao momento no campeonato) e convincente sobre a U. Leiria, na Marinha Grande. A inspiração de um certo craque colombiano ajudou sobremaneira mas os comandos de Vítor Pereira mostraram-se extremamente competentes, marcando quase sempre quando os donos da casa ameaçam fazer estragos. E mais ainda, só por via das dúvidas. Em suma, mais uma exibição irresistível do dragão, com um curto (felizmente!) apagão pelo meio que não conseguiu demover a equipa do objectivo.

Os campeões nacionais conseguiram os primeiros golos de bola corrida e também duas estreias em matéria de acertar com as balizas, de James Rodríguez, e também de Kléber, ambos com direito a «bis». O colombiano foi, de resto, uma das várias novidades do onze de Vítor Pereira, já o brasileiro começou a tentar convencer quem desconfia das suas capacidades em fazer esquecer Falcao.

A chamada de Hulk à equipa, depois de ter jogado 45 minutos pelo Brasil frente ao Gana em Londres, na segunda-feira, confirmou-se e o avançado, compreensivelmente menos influente do que o costume, pôde testemunhar algumas das mudanças no onze. Fucile voltou ao lado direito, face à ausência de Sapunaru, Alvaro Pereira ocupou novamente o lado esquerdo da defesa e, no meio-campo, Belluschi e Fernando renderam Guarín e Souza.

No ataque, destaque para a referida presença de James, o menino-prodígio que teve uma entrada à altura da fama. Ameaçou e ameaçou até que desfeiteou Gottardi, com toda a calma e muita classe. Guardou-se e voltou a aparecer na segunda parte, para completar os festejos. Para começar, não está nada mal.

Afinar a mira até atirar a matar

O F.C. Porto cedo percebeu que tinha pela frente uma defesa permeável. Primeiro pela esquerda, por James, depois pelo meio, através de uma arrancada monumental de Hulk, a equipa da casa mostrava má colocação no terreno, e o primeiro golo parecia apenas depender de uma questão de tempo.

Enquanto isso não acontecia, Djaniny, o cabo-verdiano que veio dos distritais, ia esticando o jogo leiriense e mantinha a baliza de Helton debaixo de mira. Foi a partir de uma dessas jogadas em que a equipa de Caixinha esteve perto do golo - talvez até a mais clara até ao momento - que os campeões nacionais começaram a puxar dos galões e a marcar distâncias.

Bastaram oito minutos para os dragões traduzirem em golos uma superioridade já vincada. James fez jus à exibição e, na conclusão de um lance perfeito de contra-ataque, após o «tal» aperto junto à baliza de Helton, isolou-se a passe de João Moutinho e abriu o marcador com toda a naturalidade.

A União subiu a defesa, assumiu o risco, mas Manuel Curto comprometeu ao tentar driblar Belluschi à saída da área, perdendo a bola para o argentino que agradeceu e colocou o segundo da noite nos pés de Kléber. Com dois golos de vantagem ao intervalo, o dragão parecia lançado para uma segunda parte de gestão mas o futebol tem encanto por nem sempre de entregar à previsibilidade.

Golo feliz para relançar antes do apagão

Os leirienses reduziram a desvantagem praticamente na abertura da etapa complementar, num golo feliz de André Almeida, que beneficiou de um desvio em Maicon para enganar Helton. Voltou a emoção à partida, com os da casa a acreditar no empate e um F.C. Porto em postura mais cautelosa.

A quebra de luz não poderia, pois, ter surgido em pior altura para os da casa. Foi como um «time out» que serviu aos técnicos para reorganizar estratégias e refrescar ideias para a recta final da partida. Hulk saiu lesionado e para o seu lugar entrou Varela, que haveria de assistir James para o segundo da conta pessoal. Agora sim, estava sentenciada a partida mas Varela ainda podia ter aumentado a vantagem.

A tarefa coube, isso sim, a Kléber, que elevou para 1-4. Diego Gaúcho ainda reduziu mas Varela marcou o quinto e selou um grande regresso às comeptições nacionais.



in "maisfutebol.iol.pt"

2 comentários:

Dragus Invictus disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
100% Dragão disse...

Boas

Tendo em conta o relvado e algumas ausências, fizemos um belo jogo, a nossa defesa esteve por vezes muito trapalhona mas nada que preocupe muito, faltava Otamendi. O adversário não é tão mau como parecia, acaba por ser uma excelente vitória. Estou satisfeito.

Abraço

http://100porcentodragao.blogs.sapo.pt/