Kléber passou da euforia criada pela surpresa da chamada à selecção brasileira, à tristeza de se ver cortado da convocatória por causa de uma luxação acrómio clavicular no braço esquerdo, sofrida em São Petersburgo. A família começou por exultar a notícia da chamada ao escrete. "Ele sempre foi um menino iluminado por Deus", declarou, na altura, a sua irmã Fabiane Alves, mal soube da novidade, durante o clássico com o Benfica que a família não quis perder. Poucos dias depois, o avançado viu o azar bater-lhe à porta e o sonho desfeito na sequência de um lance que parecia inofensivo. Escapou à cirurgia, é certo, ainda alimentou a esperança de jogar em Coimbra e, assim, provar que podia acompanhar Hulk na selecção. Só que a realidade foi dura: nem jogou com a Académica nem escrete. Kléber desanimou e ainda mais quando foi informado oficialmente que tinha sido desconvocado do Brasil. "Ele ficou muito triste, como podem imaginar. Qualquer um ficava assim depois de um azar tão grande. Ele estava radiante com a chamada à selecção. Foi difícil para ele ultrapassar esta enorme desilusão, mas agora ele está a recuperar-se bem", revelou a O JOGO Sueli Pinheiro, mãe de Kléber, que parece ter sofrido mais com o azar do filho do que este com as dores que sentiu quando se lesionou.
O diagnóstico não tardou e apontou duas a três semanas até à recuperação total, o que, a cumprirem-se os prazos, deve permitir, no melhor cenário, ao jogador estar à disposição de Vítor Pereira a tempo do jogo da Taça de Portugal com o Pêro Pinheiro, ou, quando muito, para a recepção ao APOEL, no encontro da terceira jornada da Champions. "Pelo menos não precisou de ser operado", desabafou, a mãe, aliviada, caso contrário as semanas de recuperação poderiam ter passado a meses.
A família acredita que a selecção é só um assunto "adiado" e que a oportunidade de vestir a camisola canarinha voltará a surgir. Mas isso não impediu Kléber de sentir uma certa revolta por se ver confrontado com o azar num momento-chave da carreira. "Custou muito. Ele nem se quis abrir muito sobre o assunto. Os companheiros no FC Porto ajudaram, deram-lhe apoio neste momento difícil. Mas agora ele está bem", confirmou dona Sueli. De então para cá, Kléber ficou entregue aos cuidados do departamento médico e segue o tratamento indicado para regressar quanto antes às opções de Vítor Pereira. "Ele está bem no FC Porto, só é pena que tenha acontecido isto, mas ele está a trabalhar para voltar a ser feliz", comentou a mãe que não quis alongar-se mais.
Esta semana, Kléber limitou-se a fazer tratamento e não foi visto no relvado do Olival, situação que poderá mudar na próxima semana, o que seria um sinal de que o regresso poderá mesmo acontecer na Taça de Portugal.
in "ojogo.pt"
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