terça-feira, 20 de março de 2012

Congresso: Rabah Madjer e Cubillas aclamados na Maia

Antigas glórias do F.C. Porto vão ser homenageadas no ISMAI


Dois génios numa mesma sala. Rabah Madjer e Teófilo Cubillas aclamados de pé pela plateia do VIII Congresso Internacional de Futebol, a decorrer no ISMAI. Momento marcante no primeiro dia de trabalhos, aperitivo para a homenagem agendada para terça-feira. 

Visivelmente emocionados, os dois monstros sagrados da história do F.C. Porto trocaram abraços, sorrisos e reservaram mais palavras para o dia de amanhã. Mesmo sem falarem, o astro argelino e o deus peruano foram os maiores protagonistas de um programa marcado pelo paradigma das Academias de Futebol e pelo estado da Arbitragem em Portugal. 

Da parte do Sporting Clube de Portugal, Diogo Matos (gestor da Academia de Alcochete) assumiu o objetivo maior do clube: ser reconhecido como líder mundial no futebol de formação. 

O antigo médio leonino realçou a presença de «sete jogadores da casa no plantel sénior» e a gestão de 350 jogadores «entre os sub-9 e os sub-19». «Temos uma média de sete jogadores nas seleções nacionais de sub-16 a sub-19», referiu na palestra realizada esta segunda-feira.

Outro dos preletores foi Carlos Campos, do F.C. Porto/Dragon Force. O responsável sublinhou que o grande objetivo passa por «colocar atletas da formação na equipa principal» e confidenciou ouvir muitas vezes «queixas dos pais devido ao excesso de competição». 

Da Academia Calcio Milan estiveram presentes Filippo Galli e Stefano Baldini. Os dirigentes lamentaram «a parca oferta» existente em Itália aos futebolistas jovens. «Os clubes só apostam nos jovens da casa quando têm problemas de dinheiro. No AC Milan foi o Franco Baresi a dar fama à nossa academia. O clube apostou nele numa altura em que atravessava graves problemas financeiros.» 

«Muitos árbitros não resistem às críticas»

Além de Vítor Pereira, o período reservado à discussão da arbitragem teve Paulo Paraty, Vítor Carvalho (ambos ex-árbitros) e João Nuno Pacheco (psicólogo) como oradores.

Os primeiros incidiram a análise na observação de jogadas de risco e foras-de-jogo, enquanto o clínico explicou de que forma se faz o acompanhamento de um árbitro de alta competição. 

«Reduzir incertezas, otimizar competências», foi o mote para uma intervenção muito interessante e humanizadora da figura do árbitro. 

No período destinado às perguntas da plateia, Vítor Pereira respondeu de forma categórica a um estudante que pretendia saber como gerem os árbitros as críticas recebidas. «Muitos desistem, muitos choram, ficam arrasados!», vincou o presidente do conselho de arbitragem da FPF. 

in "maisfutebol.iol.pt"

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