sábado, 28 de julho de 2012

Valência-F.C. Porto, 1-1 (2-0 nas g.p.)

Primeiro golo sofrido num teste muito a sério... durante 60 minutos

Um empate 1-1 ao fim dos 90 minutos, e uma tremenda imperícia no desempate por grandes penalidades, fez com que o F.C. Porto deixasse fugir o troféu Naranja, em Valência, num jogo em que Lucho abriu o marcador e em que os portistas sofreram o primeiro golo da pré-temporada.

Ainda não foi desta que uma equipa portuguesa saiu por cima no ritual de apresentação do Valência que, desta vez, teve uma componente de beneficência, dado que a receita do jogo reverteu para as população afetadas pela onde de incêndios que assolou a região de Valência há semanas.

No teste mais exigente da pré-temporada, até ao momento, Vítor Pereira viu a sua equipa corresponder com 60 minutos de apreciável competitividade, antes de o rodízio de substituições ter comprometido, de forma irremediável, a ligação de jogo e o critério na circulação de bola.

Até aí, o F.C. Porto tinha dado boa conta do recado, apesar de o Valência ter desperdiçado duas boas ocasiões na primeira parte, com Feghouli, primeiro, e Soldado, depois, a errarem a pontaria só com Helton pela frente.

Com Miguel Lopes a titular na direita e Sereno novamente adaptado a lateral esquerdo, a estrutura defensiva do F.C. Porto dava alguns sinais de instabilidade, com um mau passe de Maicon para Otamendí a deixar Soldado na cara de Helton.

Mas a equipa estabilizou a partir dos 15 minutos, e começou a equilibrar os níveis de posse de bola. Lucho puxava os cordelinhos, Atsu continuava a fazer pela vida, como tem sido regra nesta pré-temporada, e algumas combinações já chegavam para inquietar Diego Alves, que aos 37 minutos foi protegido pela sorte, quando uma bomba de Otamendí, de fora da área, embateu com estrondo na sua trave.

Com o Valência a ter mais iniciativa, o F.C. Porto respondia em ataques rápidos, o que dificultava a ligação com Jackson Martínez. O colombiano, muito generoso nas movimentações, foi quase sempre mal servido e não teve oportunidade de pôr em xeque uma defesa do Valência onde Ricardo Costa surgia melhor do que João Pereira.

Mostrando que os técnicos levavam o teste a sério, ninguém fez substituições ao intervalo. E foi no recomeço que jogo animou, primeiro com Ricardo Costa a acertar no poste de Helton, depois com Lucho a marcar um golaço, de ressaca, após um canto (57 m). Respondeu rapidamente o Valência: aproveitando a constante passividade portista nos cruzamentos ao segundo poste, Jonas concluiu um bom cruzamento do mexicano Guardado, apenas seis minutos depois.

Esse lance marcou uma viragem no jogo, já que a sucessão de substituições quebrou a dinâmica às duas equipas, especialmente ao F.C. Porto, que consentiu o domínio à equipa de Pellegrino. No final dos 90 minutos, e como havia um troféu para entregar, o Valência saiu por cima num desempate por penaltis em que os portistas cometeram a proeza de... não acertar uma única tentativa. E Kelvin, que quis fazer um bonito à Panenka, permitindo a defesa a Diego Alves, deverá ficar com as orelhas a arder no regresso à Invicta.

VALENCIA: Diego Alves, João Pereira, Mathieu, Víctor Ruiz, Ricardo Costa, Tino Costa, Parejo, Guardado, Feghouli, Jonas e Soldado.

Jogaram ainda: Bernat, Pablo Hernandez, Viera, Alcácer, Gago e Barragán.

F.C. PORTO: Helton, Miguel Lopes, Otamendi, Maicon, Sereno, Fernando, Lucho, Defour, James, Jackson Martínez e Atsu.

Jogaram ainda: Mangala, Rolando, Castro, João Moutinho, Iturbe, Kelvin, Djalma e Kléber.

Marcadores: Lucho, 57; Jonas, 63:
Vitória para o Valência nas g.p., 2-0: pelo F.C. Porto falharam Kléber, Iturbe, Kelvin e Moutinho. Pelo Valência marcaram Parejo e Gago, falhando Bernat.

in "maisfutebol.iol.pt"

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