quarta-feira, 13 de março de 2013

Málaga vs. Porto. Fumo branco para a vantagem de um-zero

Das seis vezes a jogar fora com 1-0, o Porto é eliminado nas duas primeiras mas depois passa sempre e até chega à final em 84 e 87


Fumo branco? Benfica-26, FC Porto-15, Sporting-9, Vitória Setúbal-4, Braga-2, Boavista-2, Académica-1 e Vitória Guimarães-1.
Ou fumo preto? Benfica-26, FC Porto-14, Sporting-9, Vitória Setúbal-4, Braga-2, Boavista-2, Académica-1 e Vitória Guimarães-1.
Belenenses vs. FCP 1984Em Málaga não há Capela Sistina nem nenhuma chaminé a libertar fumo, mas é certo e sabido: daqui a 24 horas já se conhece o futuro do FC Porto na Liga dos Campeões. Se avança para os 15.os quartos-de-final das provas europeias ou se se mantém nas 14 presenças. Com Moutinho (o herói do 1-0 no Dragão na primeira mão) de volta aos convocados, a vida de Vítor Pereira ganha outro ar. Há mais confiança, naturalmente.
O Málaga tem Saviola (dois golos ao FCP pelo Benfica) e mais uns quantos jogadores de nível mundial (Isco, Julio Baptista, Demichelis, Joaquín, Santa Cruz), mas o Porto tem a experiência do seu lado. Basta ver que até as estatísticas estão do seu lado: das seis vezes que joga fora a defender o 1-0 só não se apura nas duas primeiras.
SLOVAN BRATISLAVA 4-0 Vencedor da Taça de Portugal-68 (Vitórria Setúbal, 2-1), o FC Porto de José Maria Pedroto entra na Taça das Taças. Elimina o Cardiff, graças ao bis de Custódio Pinto em Gales (2-2) e ao penálti de Toshack (esse, sim) defendido por Américo aos 88’ nas Antas com 2-1, e apanha o Slovan Bratislava. O mesmo Custódio Pinto dá vantagem, mas a viagem à Checoslováquia faz mal aos portistas. Os irmãos Capkovic (Jan e Josef) acompanham o capitão Jokl (bis) no implacável 4-0.
ANDERLECHT 3-0 A história repete-se. Vencedor da Taça-77 (Braga, 1-0), o FC Porto de José Maria Pedroto avança para a Taça das Taças. Comete as proezas de eliminar Colónia (2-2 na RFA, 1-0 de Murça nas Antas) e Manchester United (4-0 nas Antas e 2-5 em Old Trafford com dois autogolos de Murça). Muito bem, quartos-de-final aí vamos nós. Calha o Anderlecht. Um-zero de Gomes nas Antas com John Carpenter no apito. Em Bruxelas, nada a fazer: 3-0 por Resenbrink (penálti), Nielsen e um tal Vercauteren.
DUNDALK 0-0 Perdido o tricampeonato para o Sporting em 1980, instala-se a confusão. O presidente Américo de Sá é contestado por José Maria Pedroto (again?!) e Pinto da Costa, então chefe do departamento de futebol. Há uma cisão entre os jogadores, com a maioria do lado do treinador, que abandona o clube e é substituído por Hermann Stessl. Ao austríaco, ex-AEK Atenas, sai-lhe o Dundalk como fava na primeira eliminatória da Taça UEFA. Um golo de Sousa nas Antas e zero-zero na República da Irlanda. Começa aqui a resistência do FCP em jogos fora a defender o 1-0.
ABERDEEN 1-0 Outra vez? Não é bem, não é bem, veja lá bem. Finalista da Taça de Portugal-83 (Benfica, 1-0), o Porto de Pedroto ganha um lugar na Taça das Taças. A campanha é boa, exemplar: Dínamo Zagrebe (1-2, 1-0), Rangers (1-2, 1-0), Shakhtar (3-2, 1-1) e meia-final com o Aberdeen de um tal Alex Ferguson, detentor do troféu. Nas Antas, 1-0 de Gomes. Na Escócia, 1-0 de Vermelhinho.
BRÖNDBY 1-1 Campeão nacional em 1986, o FC Porto de Artur Jorge elimina Rabat Ajax (9-0, 1-0) e Viktovice (0-1, 3-0) até chegar ao Bröndby. Um-zero nas Antas por Madjer e 1-1 na Dinamarca, com Juary a bater Schmeichel. O resto da história envolve Dínamo Kiev, Bayern e João Pinto com a Taça na cabeça.
FEYENOORD 0-0 Outra vez? Perdido o tri, o FC Porto troca de treinador: sai CAS (Carlos Alberto Silva), entra Ivic. Um só objectivo imediato, a qualificação para a recém-criada Liga dos Campeões. O adversário é o Feyenoord. Nas Antas, um-zero do n.o 15 Domingos aos 90’+2. Em Roterdão, duas defesas milagrosas de Vítor Baía seguram o 0-0.
Málaga-FCP às 19h45 na TVI (fumo branco?)
in "inline.pt"

1 comentário:

Remígio Manuel Silva da Costa disse...

Só podemos acreditar que o FC Porto vai fazer prevalecer o seu maior potencial, individual e colectivo, relativamente ao Málaga e passar a eliminatória.

Não é porém tarefa fácil, pois que os malaguenhos vão a jogo com motivação extra, jogam perante o entusiasmo de um público muito apaixonado e são, na actualidade uma das melhores equipas espanholas.

Há, ainda, a não desprezar o exemplo que veio da Catalunha...

Apesar de tudo tenho confiança que o jogo da primeira mão, no Dragão, possa ser replicado daqui a pouco, agora com a compensação que então nos fugiu.

Abraço.