quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Quinze minutos à... Belenenses, Benfica, Sporting e agora FC Porto

A expressão nasce em 1926 nas Amoreiras com a famosa reviravolta do Belenenses sobre o Benfica: de 1-4 aos 75’ para 5-4 aos 90’


Recuperamos o início de texto no FCP-RioAve. O 10 do Sporting entra e marca. É ele, Montero (vs. Vitória de Setúbal). O 10 do Benfica joga e marca. É ele, Gaitán (vs. Académica). O 10 do Porto entra e dá espectáculo. É ele, Quintero. Antes dele entrar, 1-0 ao Rio Ave. Acaba 5-0 com cinco marcadores: Tello, Jackson, Alex Sandro, Óliver e Danilo (a última vez ocorrera em Outubro de 2011 com Defour, Walter, Sapunaru, Kléber e Hulk).
Com Quintero em campo, o futebol ganha asas. O Porto acelera e desmancha o bravo resistente Rio Ave. Pormenor: os últimos quatro golos acontecem nos últimos 15 minutos. A histórica expressão 15 minutos à FCP justifica-se, mas há quem tenha direitos de autor. Como o...
Estamos em Fevereiro de 1926 e o Belenenses discute o título de campeão regional de Lisboa com o Benfica. A três jornadas do fim, o clássico está marcado para as Amoreiras. É sobejamente famoso o episódio em que o capitão Augusto Silva chama Pepe a jogo. Entre o mais velho e o mais novo há um entendimento de olhos fechados.

O Benfica é mais forte durante 75 minutos, ao ponto de se colocar em vantagem por claro 4-1. De repente, o Belenenses reage: 4-2, 4-3, 4-4 e penálti no último minuto. Uyyyy, quem o marca? 
Augusto Silva aponta para Pepe e este nem acredita. “Eu, Sr. Augusto?” “Sim, marcas tu!” Meu dito, meu feito, golo de Pepe, 5-4 e o Belenenses avança para o título de campeão, festejado duas semanas mais tarde frente ao Vitória de Setúbal.

Vinte anos mais tarde, o Belenenses reedita essa expressão no ano do título de campeão nacional. Na última jornada, o Benfica ganha tranquilamente ao Vitória de Guimarães no Campo Grande (2-0) enquanto o Belenenses perde em Elvas. Assim, o Benfica é campeão.Até que chega o minuto 75 e o Belenenses acorda. Três em um: vitória, primeiro lugar e festa até às tantas.
O Benfica adopta essa expressão como sua a partir de Outubro de 1953, quando Águas e Fialho dão a volta ao Braga (2-1). Seguem-se 20 jogos de viradas históricas, tanto num passado muito longínquo (Eusébio 78’, Serafim 89’ no 2-1 ao Vitória de Guimarães em 1963), só longíquo (Isaías 87’, AbelXavier 89’ no 2-1 ao Farense em 1994), apenas recente (Maxi 75’, Kardec 90’ no 2-1 ao Marselha em 2010) e muito muito recente (Markovic 90’+1, Lima 90’+3 no 2-1 ao Gil em 2013). O caso mais emblemático é o 3-2 ao FC Porto em Novembro de 1972.
Explicamos: a Luz encolhe-se com o 1-0 de Abel (21’) e cala-se com o 2-0 de Flávio (63’). De repente, uma onda vermelha transforma a Luz. Vítor Baptista reduz aos 75’, Jaime Graça empata logo a seguir e HumbertoCoelho fixa o 3-2 em cima do minuto 90. Incrível! Impensável! E uma série de interjeições começadas por i (afinal a nossa marca registada). Esta época, aliás, o Benfica repete a dose no 4-0 aoArouca com golos de Talisca (75’),Derley (80’), Salvio (83’) e Jonas (88’).
Historicamente falando, oSporting é também useiro e vezeiro dessa regra na era Carlos Queiroz (1993-95), só que ao contrário – são os 15 minutos inicias e não os finais (é costume estar 3-0 ao intervalo). Desta vez, é o FC Porto a dar nas vistas com os 15 minutos à...

in "ionline.pt" 

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