sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Villas-Boas - Antevisão

A segunda chamada de Hulk à selecção de Mano Menezes, agora para um jogo, depois da presença numa sessão de treinos, trouxe ao avançado os primeiros minutos em campo. Foram apenas cinco, o que terá deixado decepcionada muita gente, mas mais importante é que é um passo em frente.


Ora nesse sentido, Villas-Boas congratula o jogador do F.C. Porto pelo que já conseguiu. «A quantidade de talentos disponível para a selecção do Brasil é extensa e o seleccionador optou por fazer a alteração no período em que foi, enfim é uma coisa que não nos diz respeito.»



«Claro que Hulk poderá desejar sempre mais, mas já foi bom ter entrado, esteve na cara do golo e podia ter dado um novo rumo ao jogo. Penso que se sentiu satisfeito nesta posição de nove, em que tem sido utilizado também no F.C. Porto. Em cinco minutos teve rendimento», finalizou Villas-Boas.



Os últimos jogos, e alguma queda exibicional, levaram a crítica a considerar que o F.C. Porto atravessa um momento menos fulgurante. Provavelmente como consequência de algum cansaço físico. Ora Villas-Boas aproveitou a conferência de imprensa para desfazer essa ideia: não há cansaço.


«Tem tentado colar-se essa imagem, mas é falso. O que me parece é que a menor qualidade exibicional tem mais a ver com a concentração do que com o desgaste», garantiu, frisando que as mialgias e outros problemas físicos são casos isolados. «Este F.C. Porto está óptimo fisicamente.» 



Depois lembrou que Moutinho, Rolando e Guarín tiveram grande desgaste a meio da semana e que estão recuperados. «Os dois jogadores da selecção portuguesa jogaram os 90 minutos, ao contrário de outros, com um rendimento máximo absoluto e isso é fruto do trabalho que fazemos aqui.»



Por fim, e porque a semana que se segue é exigente, com a deslocação a Braga e dois jogos com o Sevilha, perguntou-se se haveria algum tipo de gestão de esforço. «Nenhum jogador vai estar a pensar no Sevilha. Completamente. A focalização máxima é neste jogo com o Sp. Braga.»


Villas-Boas admite que a deslocação a Braga, nesta fase do futebol português, é um jogo grande. «Este ano não assumiram a candidatura ao título, mas nós sempre os olhamos como tal», garantiu o treinador. «Para nós são um candidato ao título e vamos jogar com um candidato ao título.»


«É um adversário complicado e uma deslocação complicada. Vai ser um dos jogos de dificuldade mais acentuada desta Liga e que nos propõe um desafio difícil. É um vice-campeão que na última época teve um ano brilhante, não foi campeão na última jornada, e coloca-nos um desafio aliciante.»



«Tenho respeito máximo pelo que fizeram o ano passado e respeito pelo que estão a fazer este ano, porque estão dentro dos objectivos que o Domingos traçou», acrescentou Villas-Boas, ele que só admite a vitória. «É um desafio difícil, mas que podemos e devemos ganhar.»



Falar em F.C. Porto e Sp. Braga, de resto, é recordar o grande jogo da primeira volta. O Porto venceu no Dragão por um 3-2 difícil que encheu o relvado de emoção e bom futebol. Desde então muita coisa mudou, o Sp. Braga perdeu por exemplo Moisés, Matheus, Luís Aguiar e também não terá Lima.



É um Sp. Braga mais fraco?, perguntou-se. «Não propriamente. Os que jogam menos vão ter uma oportunidade para se transcender e para ameaçar os atletas habitualmente mais utilizados. O Sp. Braga tem um plantel extenso, trouxe o Kaká que é um jogador que aprecio e opções não lhe faltam.»



Com onze pontos de vantagem, e ainda um derby de Lisboa a jogar em Alvalade, é indesmentível que a deslocação do F.C. Porto a Braga assume uma grande importância neste campeonato. Em caso de vitória, os azuis e brancos partem para os dez jogos finais da Liga com dois dígitos de vantagem.


É certo que têm mais um jogo que o Benfica e que a vantagem pode ser encurtada na semana a seguir, mas garante-se no mínimo oito pontos para gerir entre seis deslocações e quatro jogos em casa. As perspectivas são boas: dá para pensar que o título pode ficar garantido? «É tudo uma grande farsa.»



«Todos os jogos são decisivos à medida que caminhamos para o fim. Estamos numa fase prematura da segunda volta. O F.C. Porto tem onze jogos para fazer este é o desafio que temos para a segunda volta e está completamente longe de ficar decidido em caso de vitória em Braga», completou Villas-Boas.



O treinador diz que lê «a competência do F.C. Porto» e fica satisfeito, mas lê também «a competência do Benfica» e percebe «que está a atravessar um excelente momento». Por isso reitera que vai haver campeonato por mais tempo. «Não me parece possa ser dado como encerrado em Braga.» 



«Essa questão já é colocada desde que perdemos os primeiros pontos em Guimarães. Até Guimarães o Porto construiu uma vantagem que não é muito diferente da que tem agora, em Outubro éramos campeões, até havia quem já tivesse abdicado de ser campeão e só lutasse pelo segundo lugar», ironiza.



«O campeonato está e sempre esteve aberto. Enquanto matematicamente o título estiver em aberto, vamos focalizar-nos nele até ao fim.» Como sempre foi feito, aliás. «Não me parece que esta seja uma fase particularmente importante, porque isso seria tirar importância ao que temos feito.» 



«A equipa vem numa fase vitoriosa e estamos confiantes no nosso trabalho. Por vezes expressamo-nos com mais qualidade exibicional, outras vezes com menos qualidade, a exibição menos conseguida foi claramente a da Taça de Portugal, mas a equipa propõe-se a atingir níveis exibicionais elevados.»


1 comentário:

Miguel Angelo disse...

Gosto muito das conferencias do nosso mister.

Quem é melhor? Gerrard ou Lampard?

http://imperiofutebolistico.blogspot.com/2011/02/frente-frente-gerrardliverpool-ou.html

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