quinta-feira, 14 de abril de 2011

Liga Europa: Spartak Moscovo-F.C. Porto, 2-5 (crónica)

Avassalador: dez golos para chegar às meias


O F.C. Porto manteve-se fiel ao seu trajecto europeu e somou mais uma vitória fora de portas (já vão sete), no Estádio Luzhny, frente ao Spartak Moscovo (5-2), confirmando a qualificação para as meias-finais, de forma tranquila, com 10-3 na soma dos dois jogos (novo recorde de golos nos quartos), ficando agora à espera do Villarreal que, esta quinta-feira, também deverá carimbar a qualificação frente ao Twente.


André Villas Boas, como tinha anunciado, mostrou-se cauteloso, fazendo apenas uma alteração em relação ao jogo do Dragão, deixando Varela no banco para apostar em Cristian Rodríguez. Uma aposta ganha, uma vez que o uruguaio, com um golo e uma assistência, acabou por ser uma das figuras do jogo. O Spartak tinha de marcar cedo para manter aspirações e, por isso, apresentou-se no sintético de Luzhny com as suas linhas bem subidas, proporcionando uma grande concentração de jogadores numa curta faixa no centro do terreno. 



Uma conjuntura totalmente favorável ao F.C. Porto, como o próprio jogo encarregar-se-ia de demonstrar, com os homens de Villas Boas, com uma técnica mais apurada, mais habilitados para jogar num espaço apertado. O jogo até estava equilibrado, quando Hulk, sem avisar, meteu a quinta e foi por ali fora, deixando toda a gente nas suas costas para bater Dykan, pela primeira vez, com tranquilidade. Se havia dúvidas quanto à eliminatória, estas ficaram definitivamente enterradas, até porque o F.C. Porto voltou a marcar nos descontos da primeira parte, com Rodríguez a desviar de cabeça um canto de Hulk.



Valery Karpin trocou dois jogadores ao intervalo, enquanto Villas Boas poupou Moutinho, o único jogador que tinha em risco de falhar o primeiro jogo das «meias». A segunda parte começou praticamente com o terceiro golo do F.C. Porto: Ruben Micael destacou Falcao que, depois de uma primeira defesa de Dykan, ofereceu o golo a Guarin. O vencedor estava encontrado, mas ninguém baixava os braços. O Spartak reagiu e reduziu logo a seguir, numa iniciativa individual de Dzyuba a revelar que, afinal, o F.C. Porto não era imbatível em terras russas. Dois minutos depois, novo canto e novo golo para o F.C. Porto, com Falcao a reforçar o seu saldo na luta pelo título de melhor marcador da competição, agora com doze golos.



O jogo seguia intenso, mas com o F.C. Porto a revelar sempre uma segurança inabalável, mesmo quando Ari voltou a reduzir, a vinte minutos do final, por Ari. O F.C. Porto, nesta altura, já tinha igualado o recorde de golos nos quartos-de-final da Liga Europa, mas acabou por destacar-se, a dois minutos do final, com Rúben Micael, depois de um remate de James à trave, a assinar o quinto golo da tarde, o décimo na eliminatória. Esmagador.

inh "maisfutebol.iol.pt"


1 comentário:

dragao vila pouca disse...

Meus caros amigos, o F.C.Porto hoje deu-me uma lição. Estava preocupado, confesso. Via demasiada euforia, demasiada confiança, parecia que nem tinhamos de jogar, que já estavamos nas meias-finais... e isso não é nosso costume, não somos assim. Se se lembram, há tempos atrás, falava na forma discreta como, mesmo perante tão retumbantes vitórias, nós mantemos uma postura humilde, sem as grandes tiradas e as grandes fanfarronices de outros quadrantes. Mas, meus caros, este Porto pode, porque faz jus a isso, por-se em bicos dos pés.

Este Porto, meus amigos, encanta na qualidade do seu futebol, no espírito, carácter e profissionalismo que coloca em cada jogo e que nos faz andar com o orgulho portista lá no alto. Jogamos fora, como se estivessemos no Dragão: chegamos, montamos a tenda, dá-mos espectáculo, encantamos, ganhamos e goleamos.
Falar do jogo, das muitas e excelentes exibições, para quê? Este Porto de André Villas-Boas, como já disse há semanas, tem muitos e grande jogadores, ao nível dos melhores e por isso são tão procurados, mas, o grande segredo, meus amigos, é o colectivo, o colectivo é do melhor que tenho visto e já vi muita coisa.
Estamos nas meias-finais após um interregno de apenas 7 anos. Para nós é muito tempo e por isso, quando vemos tanta festa e tanta badalação porque, ao fim de 21 anos, o mais maior grande clube do mundo está também na mesma fase, é que damos conta e pensamos, no quanto temos feito história, quanto temos prestigiado o futebol português, a cidade do Porto e o Norte de Portugal. Somos um exemplo. Pobre país que não se revê neste exemplo...


Dublin está cada vez mais perto. Podemos e ninguém tem mais direito que nós, a sonhar.
Domingo, mais um jogo que queremos ganhar e para ganharmos, nada como o conforto de um estádio cheio. Estes profissionais merecem-no.

Notas finais:
Sempre e vocês são testemunhas, acreditei em André Villas-Boas. Mas confesso também, ele está a sair melhor que a encomenda. É um craque, não é, nem quer ser especial, com modéstia diz que é um treinador banalíssimo, mas ou me engano muito ou está destinado a grandes voos e a ficar na história do F.C.Porto a letras de ouro.
- Parabéns André, extensivos à tua brilhante equipa técnica e aos teus jogadores.

Jorge Fucile lesionou-se gravemente - pensa-se em fractura da clavícula... Uma pena e uma palavra de estímulo para um jogador que nos últimos tempos tem estado muito bem. Que recupere depressa.
Na Liga Europa, ganhamos todos os 7 jogos que disputamos fora de casa. Quem terá conseguido um feito igual?


Parabéns ao S.C.Braga que fez história. Com a passagem do Braga e como o sorteio deu Braga e F.C.Porto a jogarem a 1ª mão em casa, neste momento é prematuro dizer que teremos um F.C.Porto vs Villarreal em 28 de Abril.
Pode ter de haver alteração da ordem dos jogos.
Três equipas portuguesas nas meias-finais. É um feito.

Lá mais para a frente falarei de Jorge Nuno Pinto da Costa... Mas lembro e não me cansarei de repetir, que o Presidente, em entrevista a Judite de Sousa, em 30 de Março, disse que ia voltar a ganhar cá dentro e lá fora. Cá dentro já ganhou... lá fora... Para já estamos nas meias-finais...
Presidente finito?! Pena é não ser infinito!

Um abraço