segunda-feira, 2 de maio de 2011

O FC Porto um a um

A ESTRELA: James 8

Muito mais do que uma promessa

O futuro do FC Porto está em James. Não há dúvidas. É daqueles que não enganam, a fazer lembrar a velha máxima do algodão. Ontem não houve Hulk, nem Rodríguez, nem Varela, nem Falcao... mas houve um menino de 19 anos que saiu de Setúbal com uma grande exibição. Fez o cruzamento para o primeiro golo - na própria baliza -, mas também para o segundo de Otamendi e ainda para o terceiro de Walter. Mas não é tudo. Começou na esquerda e foi pela esquerda que os portistas atacaram; a meio da primeira parte, mudou-se para a direita, e o FC Porto mudou-se com ele. Impressionante é também a confiança que os companheiros depositam nele, tal a forma insistente como fizeram questão de o procurar. Ontem, James abandonou em definitivo o título de promessa. Afinal, ele já é uma certeza. E das boas.


Beto 7
Regressou à titularidade para acabar, apenas pela segunda vez esta temporada, sem sofrer golos. E na partida de ontem, com grande mérito. Depois de uma hora sem trabalho digno de registo, começou por defender um remate forte de Jaílson, antes de assinar o momento alto da noite: penálti para Pitbull e defesa para Beto. Antes de ter cedido o lugar a Kieszek, ainda voltou a evitar o golo, novamente na sequência de um tiro de Pitbull.

Sereno 7
Na ausência de Fucile (lesionado) e Sapunaru (castigado), Sereno voltou a ser adaptado com sucesso ao lado direito. Uma vez mais, não acusou a falta de rotinas na posição de lateral, que já experimentou em algumas ocasiões durante a temporada; defendeu sempre bem e ainda conseguiu subir diversas vezes pelo corredor.

Otamendi 7
Chegou a Portugal com apenas um golo apontado na carreira, mas ontem, em Setúbal, fez o sexto (!) da temporada, quinto no campeonato, através de um cabeceamento na sequência de um canto. Nas alturas, deu maior conforto à vantagem do FC Porto, mas até foi pelo chão que mais brilhou, com alguns cortes importantes. Estar sempre no sítio certo também ajuda.

Maicon 5
Um erro individual seu ofereceu aos sadinos a melhor oportunidade da primeira parte - um erro que parece ser uma tradição. Retirando esse grande pormenor, esteve quase... perfeito, não tivesse sido novamente batido, já na segunda parte, pela velocidade de Jaílson, que depois rematou bem perto do poste.

Álvaro Pereira 6
Na ausência dos habituais artistas da equipa, o uruguaio foi um dos que mais levaram a equipa para a frente, tendo formado uma ala esquerda verdadeiramente letal com James. Os portistas apostaram todas as fichas por ali, e foi mesmo por ali que começaram a ganhar o jogo.

Souza 5
Repetiu a titularidade no campeonato - a primeira vez tinha sido em Portimão - novamente na posição de trinco e, apesar de ter sido pouco incomodado defensivamente por um adversário demasiado macio, realizou uma exibição segura. Curiosamente, falhou onde menos costuma falhar - no passe.

Guarín 6
Apesar de não ter emprestado ao jogo a intensidade dos últimos encontros - também não era preciso, diga-se -, voltou a demonstrar que atravessa uma fase de enorme confiança capaz de o transformar num dos jogadores mais influentes deste FC Porto. Acabou por sair a meio da segunda parte, até porque há uma segunda mão da Liga Europa para disputar já na próxima quinta-feira.

Rúben Micael 7
Exibição intermitente, mas pincelada com momentos geniais, sobretudo ao nível do passe. Na ausência de João Moutinho, foi ele que pensou o jogo e definiu o ritmo mais conveniente para a equipa. Ter um "suplente" destes é um luxo.

Mariano 5
Estreou-se a titular no campeonato, e logo com a braçadeira de capitão, numa espécie de prémio pela importância que tem no balneário. Em campo, no entanto, a história é outra. Apesar de esforçado - como sempre -, voltou a realizar uma exibição muito pobre, tão pobre que até deu parta falhar um golo de baliza aberta (50').

Walter 6
Marcou um golo (56') em que só teve de encostar e até mandou uma bola à barra (62') na sequência de um bom gesto técnico, mas vê-lo jogar no lugar de Falcao parece quase uma heresia. A comparação tem tanto de injusta, até pela inegável qualidade do colombiano, como de inevitável. Apesar de estar mais magro, continua "pesado", dando a sensação, em determinados momentos do jogo, de que se anda a arrastar pelo campo. Mas a verdade é que lá voltou a marcar. E vão quatro no campeonato.

Fernando 5
Entrou num momento em que o jogo estava decidido e apenas com um objectivo: fazer descansar Guarín.

Varela 6
Deixou a sua marca em pouco mais de 20 minutos em campo. Marcou um golo na sequência de um bom gesto técnico já depois de ter tentado um pontapé de bicicleta que saiu rente ao poste.

Kieszek 4
Jogou os últimos minutos para se sagrar campeão, mas quase que sofria um golo depois de um atraso de Maicon mal resolvido por si.

in "ojogo.pt"

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