James puxa dos galões. Não é um novato e tem um espaço no FC Porto que resiste à participação no Mundial de sub-20, onde capitaneia a selecção anfitriã. No dia em que se estreia na competição, fala a O JOGO sobre o que o espera quando regressar à Invicta. E James rejeita que possa perder terreno por estar longe da equipa. "Não estou a perder nada, porque tenho um ano de FC Porto e todos me conhecem. Já todos sabem o que posso dar", avisa, ciente de que já ultrapassou o processo de adaptação à Europa e de que, agora, é sempre a somar. "Sou um jogador conhecido, já tenho estatuto na equipa e por isso não acho que possa atrasar-me nos meus objectivos no FC Porto só porque estou num torneio tão importante como este", complementa, sem perder o respeito pela concorrência interna.
James não adianta se a sua afirmação no clube passará pela ala ou por uma posição mais central, mais estratégica. Esse é assunto para o treinador e o colombiano admira aqueles que com ele discutem um lugar. Internamente, a luta sairá reforçada com as chegadas de Iturbe ou Djalma, mas James interpreta os sinais e a determinação da SAD para o segurar, renovando-lhe contrato e reforçando a cláusula de rescisão até aos 45 milhões de euros.
Um aviso ao mercado e uma garantia de que o futuro é azul e branco. Aliás, aos 20 anos o futuro de James é já. Por isso, olha para o calendário e pensa na Supertaça Europeia. "Quero ganhar o Mundial, que acaba no dia 20 de Agosto, e depois sigo logo para aí. Espero jogar na Supertaça e contem comigo para ganhar ao Barça. Será um sonho e ninguém quer perder esse jogo", projecta. É um momento único e de que James não abdica. O colombiano só fez 12 minutos na final de Dublin e espera por uma oportunidade mais consistente no Mónaco, alegando que o Mundial de sub-20, ao invés de o fragilizar, reforça o seu estatuto.
Em Bogotá, James carrega uma selecção às costas. Ele é o 10 e o líder, mas distribuiu a pressão. "Começamos com a França, será um grande jogo e uma reedição da final do Torneio de Toulon, que vencemos. Estou tranquilo, sei que há muita expectativa e que as pessoas contam comigo. É um grande torneio, mas estou preparado. Toda a Colômbia espera muito desta equipa, mas não sinto pressão. Temos de fazer o que sabemos", aponta.
A voz não treme, o que confirma a maturidade de um jogador que foi campeão na Colômbia (Envigado, na 2ª Divisão), na Argentina (Banfield) e em Portugal. É um vencedor: "Olhe, vamos agora para o último treino. Tenho de desligar, mas espero defrontar a vossa selecção na final."
in "ojogo.pt"
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