segunda-feira, 1 de agosto de 2011

FC Porto 1 - Lyon 2 (Declarações)

Vítor Pereira

"Faltou tranquilidade na hora de encostar"

No último jogo de preparação, a uma semana da estreia oficial, o FC Porto sofreu a primeira derrota. Vítor Pereira preferia ter mantido o currículo imaculado, mas não atribui especial significado ao desaire, porque, sublinhou, no conteúdo de jogo a equipa não falhou. "De negativo, apenas o resultado; de positivo quase tudo", resumiu, explicando porquê: "Dominámos o jogo, encostámos o Lyon atrás e criámos muitas oportunidades de golo. Não fomos felizes na finalização. Às vezes por falta de tranquilidade na hora de encostar, outras por mérito do guarda-redes ou por causa do poste."

Lembrando que o Lyon "não é uma equipa qualquer", o treinador portista insistiu nos pontos fortes que lhe conferem optimismo no arranque da contagem decrescente para o jogo da Supertaça, com o Guimarães. "Houve um comportamento de grande equipa, que só falhou na concretização. Tivemos a bola, dominámos, fomos pressionantes. O Lyon foi tremendamente eficaz: em três oportunidades marcou dois golos." É por isso que, diz, não teme o início da competição oficial. "Com esta atitude, vamos dar muitas alegrias aos adeptos", garante. Ainda assim, não deixou de concordar que os dois erros cometidos obrigam a uma conversa para os corrigir. "Agastado? Não. Temos de os corrigir e estamos apenas no início. Mas, esta equipa não merecia a derrota."

Do ano passado, este FC Porto conserva intacta a filosofia. "Estamos a trabalhar em cima dos conceitos do ano passado, até porque eu fazia parte dessa equipa técnica e é natural que as ideias fossem partilhadas. Este ano, vamos tentar evoluir para comportamentos mais fortes." Desmontando um pouco a tal filosofia, assente na posse de bola, percebe-se também neste FC Porto a vontade de provocar o erro ao adversário."Procuramos ser pressionantes em zonas adiantadas. Um risco que exige capacidade física e táctica para perceber as coisas antes de elas acontecerem", explica Vítor Pereira. "Partimos um pouco na segunda parte, quisemos ganhar, de forma algo precipitada e entrámos no jogo rápido das transições de que eu não gosto", remata.

O onze que enfrentou o Lyon é já um esboço fiel ao que se espera com o Guimarães. O técnico finge que não, porque, diz, "ainda temos uma semana para decidir quem está melhor". Aliás, uma semana em que o treinador portista recebe reforços sul-americanos, os que estiveram na Copa América. "Vamos ver como eles chegam", sublinha.


"Infelizmente o mercado continua aberto"

Walter, Kelvin e Bracali não foram convocados. Terá sido um primeiro sinal das dispensas? Vítor Pereira diz que não. "Foram opções que só a mim dizem respeito; são coisas do grupo, mas nada de especial. A ideia é tentar dar tempo a toda a gente. Na semana passada ficou o Beto de fora, esta semana o Bracali". Sobre o mercado, que ainda pode desviar do plantel alguns jogadores, o treinador portista não evitou um desabafo. "Ainda temos o mês de Agosto, infelizmente o mercado continua aberto e isso é complicado para as equipas; estou satisfeito com os que tenho", disse, não desarmando com a insistência sobre saídas. "Todos os jogadores são importantes, mas, no FC Porto, vale o colectivo."

Fucile

"O importante é o Guimarães"

A pesar da ausência de concorrentes para o lado esquerdo da defesa portista - Álvaro Pereira descansa da brilhante participação na Copa América, Alex Sandro está no Mundial de sub-20 e Emídio Rafael recupera da grave lesão da época passada -, Fucile não tem abdicado de dar o máximo na pré-temporada. Ontem jogou nos dois lados da defesa e no final deixou avisos para dentro. "Os nossos rivais vão dar-nos luta e se pensarmos que somos os melhores estaremos mal", afirmou no final do jogo, já depois de concordar que, não sendo o favorito a ganhar os troféus nacionais, o FC Porto possui uma vantagem. "Sim, conhecemos bem, sabemos o que temos de fazer e isso é, de facto, que nos ajuda".

Posta a opinião no que ao colectivo diz respeito, o uruguaio falou da luta pela titularidade. "Sempre fui reconhecido pelo que fiz quando joguei. A concorrência é boa para o grupo, porque quanto mais gente a lutar, melhor."
Antes ainda de reflectir sobre a derrota com o Lyon, a única da pré-temporada portista, o lateral-direito não deixou de falar do mais importante. "O que interessa, no fim, é estarmos prontos para defrontar o Guimarães", defendeu para não esconder, apesar disso, a desilusão pela derrota com a equipa francesa. "Acho que fomos melhores, mas não é isso que está reflectido no marcador. Ficámos, como tal, chateados e com cara de maus, porque não gostamos destes resultados. Mas, foi um bom jogo do FC Porto", disse, Fucile, a concluir.

in "ojogo.pt"

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