sexta-feira, 9 de setembro de 2011

F.C. Porto-V. Setúbal, 3-0 (destaques)


O planeta dos baixinhos: Belluschi, Moutinho e Defour, defendem, atacam, marcam e jogam muito. É possível fazê-los coincidir mais vezes?


Estrela: Belluschi
Está em algum ponto do processo em tudo o que o F.C. Porto faz de melhor: invariavelmente. Foi dele a recuperação para o remate, com golo no fim, de Moutinho, foi dele também a abertura que deu a Hulk a assistência para o golo de James, foi dele enfim o terceiro golo. Nota máxima, claro.

Positivo: Moutinho
Entrou para mudar a face do jogo. Antes de mais, pelo golo que marcou, o primeiro para a Liga com a camisola do F.C. Porto, mas também pelo nervo que imprimiu na equipa. Recuperou bolas, pressionou, distribuiu jogo e rematou. Foi por isso precioso quando as bancadas começavam a ficar agitadas.

Surpresa: Deffour
Fez a estreia oficial a titular e deixou várias promessas animadoras: é agressivo, recupera bolas, toca rápido, tem visão de jogo e qualidade de passe. No fundo, todo ele é futebol. Quase marcava, num cabeceamento que Diego defendeu, mas deu nas vistas sobretudo na forma como dinamizou o jogo.

Negativo: tão pouco, Vitória
Demorou 72 minutos a criar uma ocasião de golo: só nesse minuto é que Helton foi pela primeira vez incomodado. Numa altura em que o F.C. Porto já ganhava. Foi aguentando o golo adversário, é certo, mas pouco saía do meio-campo defensivo. Enfim, foi de uma impotência ofensiva que já não se usa.

Outros destaques:

James Rodriguez
Marcou um golo, e muito fez por o merecer. Mas jogou mais do que isso, claro: surgiu à direita, ao centro e à esquerda, pediu a bola, tocou com rapidez, serviu os colegas para ocasiões de golo e rematou também ele com perigo. Aquela finalização de ângulo impossível, tentando enganar Diego, é de craque.

Diego
O guarda-redes do V. Setúbal ameaçava ser um dos melhores do jogo, o melhor se os sadinos conseguissem esse milagre que era não sofrer golos. A derrota diminuiu-lhe a importância no jogo, mas foi ainda admirável numa série de defesas, uma das quais fantástica a cabeceamento de Defour.

Hulk
Esteve em dúvida, não foi titular exactamente porque ainda não estará a cem por cento fisicamente, por isso entrou apenas a vinte minutos do fim. Vinte minutos que dizem tudo sobre o talento do brasileiro: assistiu James para o segundo golo e assistiu Belluschi para o terceiro. É preciso mais?



in "maisfutebol.iol.pt"